@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); Organizações.Baseando-se nos ensinamentos de Kurt Lewin, Coch e French (1948) realizaram um experimento de campo com a finalidade de verificar a forma mais eficaz de vencer as resistências à mudança geralmente encontrada toda vez que se modificam os hábitos das pessoas. Tomaram como ambiente natural para teste de suas hipóteses uma fábrica de pijamas, em que as funcionárias exerciam diferentes atividades e ganhavam um salário-base e uma gratificação correspondente ao rendimento apresentado. Verificava-se que quando uma funcionária era transferida de uma seção para outra, a novidade da tarefa afetava o seu rendimento acarretando uma diminuição de seu salário mensal, de vez que a parte variável proporcional ao seu desempenho era prejudicada pela falta de experiência na nova modalidade de trabalho (RODRIGUES, 1981).As consequências que daí decorriam eram péssimas, tanto para as funcionárias como para a fábrica. O nível de absenteísmo aumentava, abandono de emprego ocorria com maior frequência, muitas não recuperavam sua eficiência original, enfim, vários prejuízos decorriam para ambas as partes em função da mudança de seção que se justificava por outras razões. Impunha-se, portanto, descobrir a forma que possibilitasse a obtenção das vantagens decorrentes do rodízio de funções e evitasse as consequências maléficas acima aludidas. Baseadas em proposições da teoria lewiniana, Coch e French (1948) criaram três condições em seu experimento:Mudança de função das funcionárias sem qualquer participação das mesmas na decisão tomada pela direção da fábrica; mudança com participação das funcionárias por meio de representação; e uma terceira condição em que a mudança era feita com total participação de todas as funcionárias que iriam ser transferidas. Os investigadores verificaram que o grupo experimental onde havia participação total era o que revelava posteriormente maior aceitação da mudança e, consequentemente, melhores resultados no que concerne a absenteísmo, recuperação do desempenho anterior, continuação no emprego, etc. (RODRIGUES, 1981). Os resultados deste estudo são de grande aplicação a situações semelhantes, as quais aparecem com frequência nas organizações. O experimento parece mostrar que a imposição de decisões de cima para baixo são contraproducentes, devendo elas ser tomadas com a participação das pessoas que serão por elas atingidas (RODRIGUES, 1981).
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