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Analise de acidente no trabalho - METRO

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Funcionários do Metrô sofrem
queimaduras após levarem choque
elétrico em subestação
Rodrigo Oliveira Silva
Leilson da Silva dos Santos
Luis Augusto Carvalho Costa
Robson de Moura de Silva
Maria Félix da Silva Santana
Gabriel de Aguiar Moraes Rego
Curso de Especialização em Segurança do Trabalho - DEMP
UEMA
17 de junho de 2023
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1 Atividades dos funcionários
1. Limpeza de todas as conexões nos terminais de alta e baixa tensão;
2. Limpeza do sistema de aterramento das partes metálicas não energizáveis;
3. Revisão das guarnições e isoladores de alta e baixa tensão;
4. Revisão e ajustes nas chaves seccionadoras primárias;
5. Verificação dos disparadores dos para-raios;
6. Reaperto geral das conexões elétricas;
7. Troca do óleo isolante do transformador;
8. Análise cromatográfica do óleo isolante do transformador;
9. Programação do desligamento junto a Concessionária de energia elétrica.
2 APR - Análise Preelimar de Risco
Uma apreciação preliminar de riscos (APR) para uma atividade laboral
de Manutenção Geral em uma Subestação deve incluir uma análise detalhada
dos riscos potenciais associados a essa atividade. Aqui apresentamos o docu-
mento gerado apresentando os elementos na APR da atividade:
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3 Ocorrência do acidente
Dois funcionários da Companhia do Metropolitano sofreram queimadu-
ras, nesta terça-feira (14), após levarem choque elétrico em uma subestação de
energia dentro da Estação Galeria, na Asa Sul, em Braśılia.
Uma das v́ıtimas, de 43 anos, sofreu queimaduras de grau 1, 2 e 3 em
aproximadamente 50% do corpo. O outro funcionário, de 44 anos, também
sofreu ferimentos e inalou fumaça.
Figura 1: ”Classificação das queimaduras segundo a profundidade.”
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4 Análise do Acidente
4.1 Local e data
O acidente ocorreu na subestação de energia localizada na Estação Ga-
leria, Braśılia. Local o qual desempenha um papel fundamental na transferência
de eletricidade de alta tensão para ńıveis de tensões mais baixos, adequados para
uso em na Estação.
O acidente ocorreu durante a madrugada por volta das 2:00 a.m., horário
em que o Corpo de Bombeiro foi chamado para socorrer as v́ıtimas.
4.2 Pessoas envolvidas
A primeira v́ıtima foi um homem de 43 anos, o qual não teve a sua
identidade informada.
A segunda v́ıtima, um homem de 44 anos, o qual também não teve a
sua identidade informada.
4.3 O que aconteceu
Os dois funcionários estão trabalhando na subestação para efetuar a
troca de óleo de um transformador. Ambos estão usando equipamentos de
proteção individual, como luvas isolantes, capacetes e roupas resistentes a cha-
mas.
O primeiro funcionário era responsável por desenergizar o transformador
e garantir que todas as medidas de segurança fossem tomadas antes de iniciar
a troca de óleo. Enquanto isso, o segundo funcionário estava preparando os
equipamentos necessários, incluindo uma bomba de vácuo e recipientes para
armazenar o óleo usado.
No entanto, durante o processo de desenergização do transformador,
ocorre um incidente imprevisto. Enquanto um funcionário estava isolando cor-
retamente o transformador para evitar a passagem de corrente elétrica, um
curto-circuito ocorre devido a um cabo com isolamento danificado.
Esse curto-circuito gera um arco elétrico, criando uma explosão repen-
tina e intensa. O primeiro funcionário, que estava mais próximo do transforma-
dor, é atingido diretamente pelo arco elétrico, sofrendo queimaduras graves em
50% do seu corpo.
Já o segundo funcionário, que estava um pouco mais afastado, é atingido
pela onda de calor e inalação de fumaça, causando-lhe lesões leves e problemas
respiratórios temporários.
Após o incidente, o primeiro colaborador é socorrido imediatamente
pelo segundo e levado às pressas para uma área libre para atendimento médico,
liga imediatamente para o corpo de bombeiros e toma medidas para evitar que
o incêndio se espalhe.
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Figura 2: ”Percentuais de área afetadas.”
Figura 3: ”Arco elétrico.”
4.4 Como
Uma investigação subsequente revela que o cabo danificado não foi de-
tectado durante a inspeção prévia ao trabalho. A falha pode ter ocorrido devido
a desgaste natural do cabo ao longo do tempo ou a um erro de avaliação durante
a inspeção.
Esse acidente destaca a importância da inspeção rigorosa de todos os
equipamentos elétricos antes do ińıcio do trabalho. Além disso, ressalta a
necessidade de uma formação adequada em segurança elétrica, para garantir
que os eletricistas saibam como lidar com situações de emergência, incluindo
a ocorrência de arcos elétricos, e estejam preparados para reagir de maneira
rápida e segura.
4.5 Atividades em exerćıcio
Os funcionários estavam em uma de suas atividades normais de trabalho
de efetuar a troca do óleo isolante do transformador, a qual é uma tarefa im-
portante realizada por eletricistas que trabalham na manutenção de subestações
elétricas. O transformador é um componente cŕıtico de uma subestação, res-
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ponsável por aumentar ou diminuir a tensão elétrica de um sistema de energia.
Figura 4: ”Corte de transformador a óleo.”
O óleo isolante é utilizado dentro do transformador para isolar e resfriar
as partes internas. Com o tempo, o óleo pode se degradar devido ao calor,
contaminação ou envelhecimento natural. Quando isso ocorre, a qualidade do
isolamento pode ser comprometida, o que representa um risco para a segurança
e confiabilidade do sistema elétrico.
A troca do óleo isolante envolve várias etapas e requer habilidades
técnicas espećıficas.
Para essa atividade espećıfica, o seguinte troubleshooting deve ser se-
guido:
� Desenergizar o transformador: Processo de interromper o fornecimento
de energia elétrica para o transformador, tornando-o seguro para realizar
atividades de manutenção, reparo ou troca de óleo. Isso envolve a desco-
nexão da fonte de alimentação do transformador, garantindo que não haja
corrente elétrica fluindo por suas partes internas ou externas.
� Preparação: Antes de iniciar a troca do óleo, é essencial fazer uma análise
detalhada do transformador para garantir que ele esteja desenergizado
e seguro para trabalhar. Isso inclui a realização de procedimentos de
bloqueio e etiquetagem para evitar a energização acidental e a verificação
das condições de segurança.
� Drenagem: O primeiro passo é drenar todo o óleo isolante antigo do trans-
formador. Normalmente, isso é feito por meio de válvulas espećıficas pre-
sentes no equipamento. O óleo é coletado e armazenado adequadamente
para posterior descarte ou tratamento adequado, pois pode conter impu-
rezas ou contaminantes.
� Limpeza: Após a drenagem, o transformador e seus componentes inter-
nos são minuciosamente limpos para remover quaisquer reśıduos de óleo
antigo, sedimentos ou outros contaminantes. Isso pode envolver o uso de
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métodos de limpeza a vácuo, lavagem com soluções espećıficas e inspeção
visual.
� Testes e inspeção: Antes de prosseguir com a troca do óleo, é comum
realizar testes adicionais para avaliar a condição geral do transformador.
Isso pode incluir testes de resistência do isolamento, análise de gases dis-
solvidos, medição da umidade e outros testes de diagnóstico.
� Enchimento: Com o transformador limpo e aprovado nos testes, o próximo
passo é o enchimento com o novo óleo isolante. O óleo adequado é selecio-
nado de acordo com as especificações do fabricante e das normas aplicáveis.
O processo de enchimento é realizado com cuidado para evitar bolhas de
ar e garantir que o transformador esteja completamente preenchido.
� Tratamento e filtragem: Às vezes, o óleo isolante novo pode conter im-
purezas ou contaminantes, por isso é importante realizar um processo de
filtragem para remover quaisquer part́ıculas indesejadas. Isso pode ser
feito usando filtros especiais ou unidades de tratamento de óleo.
� Testes finais:Após a troca do óleo isolante, são realizados testes finais
para verificar a qualidade do isolamento e a eficácia do novo óleo. Isso
pode incluir medições de resistência, análise de gases dissolvidos, testes de
rigidez dielétrica e outros procedimentos de verificação.
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