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Fundamentos de Geologia e Paleontologia MODULO IV

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Fundamentos 
de Geologia e 
Paleontologia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Adriana Maria Giorgi Barsotti
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Noções de Paleontologia
5
• Introdução
• Fósseis
• Tempo Geológico
 · Aprender a importância dos estudos da Paleontologia para a compreensão da 
formação da Terra, como por exemplo, a evolução dos animais e vegetais.
 · Aprender breves aspectos do processo de fossilização e tempo geológico. 
Nesta Unidade iniciaremos os estudos sobre fósseis e o tempo geológico, o que lhe 
permitirá entender um pouco mais sobre a formação da Terra e a evolução dos seres vivos.
Para melhor aprendizagem e memorização do assunto abordado, leia com atenção o 
material teórico e complementar, incluindo referências bibliográficas e vídeos.
Recomenda-se a pesquisa de outras fontes, para contribuir e abranger seus conhecimentos 
e aprendizado.
Noções de Paleontologia
6
Unidade: Noções de Paleontologia
Contextualização
A Paleontologia é a Ciência que estuda os fósseis, ou seja, analisa os restos e vestígios de 
animais ou vegetais que viveram há milhões de anos e que se conservaram em rochas. 
O estudo da Paleontologia é importante para entendermos sobre a evolução dos seres vivos 
na Terra, pois fornece informações não apenas sobre a vida de animais e vegetais ancestrais, 
mas também sobre a geografia, o clima e a ecologia da Terra nos tempos remotos.
O processo de fossilização é extraordinário, pois conserva restos ou vestígios de seres vivos, 
permitindo-nos compreender e estimar como se deu a formação da Terra, assim como sobre 
a ancestralidade dos animais e vegetais.
7
Introdução
A palavra Paleontologia vem do grego, que significa: palaios = antigo + ontos = ser 
+ logos = estudo. É a Ciência que estuda os fósseis, os quais nada mais são do que restos 
ou vestígios de animais ou vegetais que viveram antes dos tempos históricos e que se 
conservaram nas rochas.
A Paleontologia possui diversas funções, entre as quais a descrição e a classificação dos 
fósseis, o que auxilia no entendimento da evolução e interação dos seres pré-históricos com 
seus antigos ambientes, assim como da distribuição e datação das rochas que possuem fósseis.
A Paleontologia é uma Ciência que se preocupa em entender a evolução física da Terra, 
dessa forma é considerada uma Ciência multidisciplinar, pois mantém relações com a Biologia, 
fornecendo informações sobre a vida animal – Paleozoologia – e vegetal – Paleobotânica – do 
passado e também possui relações com a Geografia – Paleogeografia –, com o clima – Paleoclima 
–, com os ecossistemas – Paleoecologia –, além de sua importante relação com a Geologia, 
auxiliando na determinação da idade das rochas e do tipo de ambiente em que se formaram.
Existem três grandes subdivisões da Paleontologia: a Paleozoologia, a Paleobotânica e a 
Micropaleontologia, essa que designa seus estudos aos fósseis de dimensões diminutas, os 
microfósseis.
8
Unidade: Noções de Paleontologia
Fósseis
O termo fóssil – do latim, fossilis = extraído da terra – é uma designação para restos 
ou vestígios deixados por seres que habitaram a Terra nos tempos pré-históricos, tais são 
encontrados principalmente em rochas sedimentares, entretanto, há registros de fósseis 
localizados em rochas metamórficas e magmáticas.
O estudo dos fósseis é muito importante, pois pode nos fornecer datação e correlação das 
camadas geológicas, possuindo grande aplicabilidade na pesquisa do petróleo e de outras 
substâncias de interesse econômico. Além disso, constitui um vasto documentário dos caminhos 
da evolução através do tempo geológico. 
Fossilização é um conjunto de processos que conserva restos ou vestígios de animais ou 
plantas. É realizado apenas em condições ambientais favoráveis, nas quais até organismos 
delicados, como os cnidários, podem deixar vestígios nas rochas. Uma condição que favorece 
um bom registro é o soterramento rápido, pois fornece proteção imediata aos restos.
Os organismos que possuem estruturas mais rígidas, como conchas, ossos e dentes, 
demonstram maior oportunidade de conservação. Além disso, muitos organismos podem ser 
conservados através de soterramento em cinzas vulcânicas, depósitos de calcário, resinas – 
como o âmbar – ou até no gelo. A presença de bactérias é desfavorável para a conservação, 
pois são organismos decompositores, assim como os organismos necrófagos. 
Quando o ambiente fornece condições favoráveis à fossilização, as partes “moles” dos 
organismos, como a pele, podem ser conservadas praticamente sem serem alteradas. Um 
bom exemplo é a conservação em gelo de um mamute de dez mil anos encontrado na Sibéria 
(Figura 1). A conservação no gelo foi tão apropriada que permitiu aos cientistas extraírem a 
pele quase completa.
Figura 1 – Restos de um mamute conservado no gelo, na Sibéria. A data aproximada é de dez mil anos.
Fonte: Wikimedia Commons
9
No entanto, é mais comum encontrarmos conservadas apenas as partes mais resistentes do animal. 
O processo de fossilização possui início com a morte do organismo, de modo que bactérias 
e fungos iniciam a fase de decomposição da matéria orgânica. Após essa etapa, o organismo 
é soterrado, o qual acontece quando a água ou outro agente transporta o sedimento que acaba 
por recobrir o organismo. Posteriormente ao soterramento, o organismo passa pelo processo 
de diagênese, o qual consiste na compactação e na cimentação. Durante a diagênese, o 
organismo já é considerado um fóssil.
O paleontólogo encontra os fósseis após o movimento das placas tectônicas, fazendo com 
que determinada rocha seja erguida acima da superfície, ficando exposta e permitindo acesso 
aos registros fósseis (Figura 2).
Figura 2 – Processo de fossilização, desde a morte do animal até seu afloramento
Fonte: Revista Scientific American, 303, p. 27.
O processo de fossilização costuma demorar milhares de anos, podendo variar a 
forma como ocorre.
Um dos processos envolvidos na conservação dos fósseis é denominado permineralização, em 
que há o preenchimento dos poros dos ossos, conchas, entre outras estruturas, por substâncias 
minerais, tais como carbonato de cálcio, sílica etc. Outro processo relacionado à conservação 
dos fósseis é a incrustação, na qual os organismos são envolvidos por um depósito mineral 
relativamente delgado.
De maneira geral, o processo de fossilização ocorre através das alterações das estruturas 
inorgânicas, por substituição, destilação ou recristalização, as quais:
 � Substituição (Figura 3): basicamente esse 
processo constitui a retirada do material original 
e sua substituição simultânea por um material 
de natureza diferente. Se a substituição ocorrer 
lentamente, molécula por molécula, poderá ser 
observada uma réplica do organismo, sendo 
essa modalidade de substituição denominada 
histometabase. Caso ocorra a destruição 
rápida da matéria, não existirá oportunidade 
favorável à reprodução da microestrutura e 
a substituição fornecerá apenas uma forma 
grosseira do resto original.
A substituição pode ser realizada com diferentes materiais e seu processo leva o nome 
do material utilizado, como por exemplo, silicificação – sílica –, calcificação – carbonato 
de cálcio –, piritização – pirita –, entre outros.
Figura 3 - Concha do braquiópode Australospirifer. O material 
original da concha - calcita - foi substituído por pirita.
Fonte: ufrgs.br
10
Unidade: Noções de Paleontologia
 � Destilação ou carbonização (Figura 4): nesse 
processo, que ocorre na água, os elementos voláteis 
que compõem a matéria orgânica, como por 
exemplo, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, evadem 
da matéria orgânica durante sua degradação, 
deixando uma película de carbono, o que permite o 
reconhecimento do organismo. 
 � Recristalização (Figura 5): nesse processo a 
microestrutura original das partes resistentes é 
destruída, não alterando as propriedades químicas, 
entretanto, pode haver a passagem de um mineral 
para outro.Um exemplo é a concha de um 
braquiópode, composta por calcita fibrosa que 
pode se transformar em um mosaico de cristais.
Os fósseis podem ser encontrados de diferentes formas:
Restos:
Consistem nas partes duras do organismo, como espículas de esponjas, ossos de vertebrados, 
exoesqueletos de artrópodes etc. Por serem mais rígidas, tais estruturas são mais bem 
conservadas;
Vestígios:
Representam evidências da existência de um organismo ou de sua atividade, como pegadas, 
pistas, coprólitos, gastrólitos e também a formação de moldes. Os vestígios servem para 
identificar a presença de um determinado organismo quando seus restos não foram fossilizados
Glossário
Coprólitos: excrementos fossilizados.
Gastrólitos: estrutura encontrada nos estômagos das aves e répteis modernos 
com função de triturar os alimentos.
Assista ao vídeo abaixo para melhor compreender o processo de fossilização:
https://www.youtube.com/watch?v=an0uErs72P8
Figura 4 – Folhas da planta licófita 
Lepidodendron. A parte escura representa a 
carbonização do fóssil
Fonte: ufrgs.br
Figura 5 – Fóssil do molusco bivalve 
Anodontites pricei. A parte escura representa a 
recristalização em calcita.
Fonte: ufrgs.br
11
Tempo Geológico
Temos dificuldades em entender as informações a respeito do desenvolvimento do planeta 
Terra e uma das maiores limitações é a questão cronológica. É fácil pensarmos em horas, dias, 
meses e/ou anos, entretanto, quando mencionamos “milhões de anos” a compreensão de tempo 
se torna mais difícil.
A Geologia é um ramo que nos auxilia nessa difícil compreensão, pois, ao contrário das Ciências 
Exatas, trata-se de uma Ciência Histórica, fundamentalmente dependente do elemento tempo. O 
geólogo, por meio do exame do registro geológico das rochas, fósseis e estruturas geológicas, 
busca entender fenômenos completados há milhões ou até bilhões de anos atrás.
O planeta Terra tem 4,54 bilhões de anos e para ordenar e comparar esse longo intervalo 
os geólogos desenvolveram uma escala de tempo padronizada e aplicada no mundo inteiro. Esse 
tempo geológico foi dividido em intervalos menores, denominados unidades cronoestratigráficas: 
éons, eras, períodos, épocas e idades:
Éon: Significa um intervalo indeterminado. A história da Terra está dividida em quatro éons: Hadeano, Arqueano, Proterozoico e Fanerozoico;
Era: É caracterizada pelo modo como os continentes e os oceanos se distribuíam e como os seres vivos nessas se encontravam;
Período: É uma divisão de determinada Era, ou seja, é a unidade fundamental na escala do tempo geológico;
Época: É um intervalo menor dentro de um período;
Idade: É a menor divisão do tempo geológico. Possui duração máxima de seis milhões de anos.
A seguir há um esquema com as três maiores divisões do tempo geológico. Veremos adiante 
o que aconteceu de mais importante em cada uma dessas fases na história de nosso planeta:
12
Unidade: Noções de Paleontologia
Quadro 1: Escala de tempo geológico da Terra.
Éon Era Período Época Principais eventos milhões de anos
Fanerozoico
Cenozoico
Quaternário
Holoceno Fim da era do Gelo e a expansão da civilização humana. 0.011430 ± 0.00013
Pleistoceno Evolução dos humanos. início da era do Gelo. 1.806 ± 0.005
Neogeno (Terciário)
Plioceno
Clima frio e seco. Australopitecíneos, extinção dos grandes 
mamíferos. Aparece o Homo habilis. 5.332 ± 0.005
Mioceno
Primeiros rinocerontes, gatos, camelos, cavalos, grandes 
símios e ursos. 23.03 ± 0.05 
Paleogeno (Terciário)
Oligoceno Primeiros Aegyptopithecus 33.9±0.1 
Eoceno
Primeiros cães, elefantes, baleias, morcegos. Gelo na 
Antártida. 55.8±0.2 
Paleoceno Clima tropical, primeiros grandes mamíferos. 65.5±0.3 
Mesozoico
Cretáceo
Superior Primeiras plantas com flores, primeiros mamíferos 
placentários e a extinção dos dinossauros.
65.6±0.9 
Inferior 145.5 ± 4.0
Jurássico
Superior Dinossauros dominam, primeiros mamíferos e aves. Divisão 
da Pangeia em Gondwana e Laurásia.
161.2 ± 4.0
Médio 175.6 ± 2.0 
Inferior 199.6 ± 0.6
Triássico
Superior
Primeiros dinossauros e pterossauros.
228.0 ± 2.0
Médio 245.0 ± 1.5
Inferior 251.0 ± 0.4 
Paleozoico
Permiano
Lopingiano
Primeiros répteis gigantes e extinção dos trilobitas.
260.4 ± 0.7 
Guadalupiano 270.6 ± 0.7 
Cisuraliano 299.0 ± 0.8 
Carbonífero
Gzheliano
Primeiros insetos, primeiros répteis e florestas de carvão.
306.5 ± 1.0
Kasimoviano 311.7 ± 1.1
Moscoviano/Bashkiriano 318.1 ± 1.3 
Carbonífero
Serpukhoviano
Primeiras samambaias com sementes e anfíbios.
326.4 ± 1.6
Viseana 345.3 ± 2.1
Tournaisiano 359.2 ± 2.5 
Devoniano
Superior
Primeiros peixes modernos.
385.3 ± 2.6 
Médio 397.5 ± 2.7 
Inferior 416.0 ± 2.8 
Siluriano
Pridoli
Primeiras plantas terrestres.
418.7 ± 2.7 
Ludlow 422.9 ± 2.5 
Wenlock 428.2 ± 2.3 
Llandovery 443.7 ± 1.5 
Ordoviciano
Superior
Primeiros peixes.
460.9 ± 1.6 
Médio 471.8 ± 1.6
Inferior 488.3 ± 1.7 
Cambriano
Superior Primeiros anelídeos, artrópodes, moluscos e trilobitas. 
Gondwana emerge.
501.0 ± 2.0 
Médio 513.0 ± 2.0
Inferior 542.0 ± 0.3
Proterozoico
Neo-proterozoico
Ediacarano Primeiros corais. 630 +5/-30
Criogeniano Formação do supercontinente Rodínia. 850
Toniano Terra bola de neve. 1000
Meso-proterozoico
Steniano Primeiros animais. 1200
Ectasiano Primeiras algas vermelhas. 1400
Calymmiano Primeira Eukaryotas. 1600
Paleo-proterozoico
Statheriano Expansão dos depósitos supercontinentais. 1800
Orosiriano Atmosfera livre de oxigênio. 2050
Rhyaciano Glaciação Huroniana. 2300
Sideriano Fotossíntese oxigenada. 2500
Arqueano
Neoarqueano Primeira glaciação. 2800
Mesoarqueano Primeiras Cyanobacteria. 3200
Paleoarqueano Primeiro supercontinente Vaalbara. 3600
Eoarqueano Primeiros Procariontes. 3800
Hadeano
Ímbrico Fim do bombardeio de meteoritos. 3850
Nectárico Grande impacto da Lua. 3920
Grupos Basin Possível formação do ARN. 4150
Críptico Formação da Terra e da Lua. c.4570
13
Abordaremos a seguir – e de forma breve – os principais eventos geológicos acima esquematizados:
 � A formação da Terra ocorreu há 4.600 bilhões de anos. Era bombardeada por corpos 
extraterrestres, o que impedia a formação de vida. Havia continentes pequenos e a 
atmosfera não possuía oxigênio livre;
 � Há cerca de 2.500 bilhões de anos houve a formação de grandes massas continentais e 
o aparecimento de oxigênio na atmosfera; 
 � Há dois bilhões de anos surgiram os primeiros seres eucariontes;
 � A grande diversificação da vida ocorreu há um bilhão de anos, dando origem aos 
organismos pluricelulares, incluindo as algas.
 � Os primeiros animais tiveram seu surgimento há seiscentos milhões de anos, logo após 
uma grande glaciação;
 � Período cambriano - 542-488,3 milhões de anos: (Fig. 6) durante esse período, as 
massas continentais do fim do período proterozoico partiram-se em blocos menores, sendo 
cobertos por mares rasos. Ocorreu uma radiação explosiva de animais, com o aparecimento 
de organismos providos de conchas ou outros revestimentos duros. Os artrópodes, inclusive os 
trilobitas, diversificaram e os cordados e vertebrados surgiram.
Figura 6 – A Terra no período cambriano.
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 21.
14
Unidade: Noções de Paleontologia
 � Período ordoviciano - 488,3-443,7 milhões de anos: (Fig. 7) nesse período houve 
extensos mares rasos nos continentes e o clima global era uniforme, até ocorrer uma 
glaciação brusca. As primeiras plantas mais complexas no ambiente terrestre foram 
evidenciadas. Houve uma grande radiação de animais marinhos, incluindo peixes agnatos.
Figura 7 - A Terra no período ordoviciano.
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 23.
 � Período siluriano - 443,7-416 milhões de anos: (Fig. 8) extensos mares continuaram, 
entretanto, em terra seca surgiram as primeiras plantas vasculares e artrópodes. Houve a 
radiação dos peixes agnatos e formas semelhantes aos tubarões de peixes gnatostomados 
foram detectadas.
Figura 8 - A Terra no período siluriano
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 25.
15
 � Período devoniano - 416-359,2 milhões de anos: (Fig. 9)houve formação de montanhas 
na América do Norte e Europa. As bacias de água doce foram preservadas e nessas continham 
os primeiros tetrápodes, originando os elementares anfíbios. As florestas primárias no ambiente 
terrestre surgiram e os artrópodes terrestres se diversificaram. Esse intervalo ficou conhecido como 
o “período dos peixes”, dado que ocorreu significativa diversificação de peixes gnatostomados e 
agnatos, entretanto, ambos os grupos sofreram extinção ao final desse período.
Figura 9 - A Terra no período devoniano
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 27.
 � Período carbonífero - 359,2-299 milhões de anos: (Fig. 10) na segunda metade desse período 
houve uma grande glaciação, acompanhada de níveis baixos de dióxido de carbono atmosférico. 
Brejos originaram depósitos de carvão e prevaleceram nas áreas tropicais da América do Norte 
e Europa. Os insetos sofreram grande radiação, incluindo as formas voadoras. Ocorreu grande 
diversificação de peixes gnatostomados, incluindo formas semelhantes aos tubarões e peixes 
ósseos primitivos, ocorreu também o aparecimento de tipos modernos de peixes agnatos. Os 
tetrápodes anamniotas tiveram uma grande radiação, originando os primeiros amniotas.
Figura 10 - A Terra no período carbonífero
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 29.
16
Unidade: Noções de Paleontologia
 � Período permiano - 299-251 milhões de anos: (Fig. 11) formou-se um único continente, 
denominado Pangeia. Houve um declínio dos tetrápodes anamniotas e os amniotas tiveram uma 
radiação. Além da radiação, os amniotas sofreram uma diversificação, originando os ancestrais 
dos répteis modernos, assim como os ancestrais dos mamíferos, que, na verdade, eram répteis 
semelhantes a mamíferos, tornando-se os grandes tetrápodes terrestres dominantes. Houve 
o surgimento dos primeiros tetrápodes herbívoros. O final da Era Paleozoica, a qual inclui o 
período permiano, foi marcado pelo maior evento de extinção em massa, que ocorreu tanto no 
ambiente aquático, quanto no terrestre.
Figura 11 - A Terra no período permiano
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 33.
 � Período triássico - 251-199,6 milhões de anos: (Fig. 12) o supercontinente Pangeia era 
relativamente alto, com poucos mares rasos e seu interior era árido. As pteridófitas foram 
substituídas por coníferas. Os répteis semelhantes aos mamíferos declinaram e os répteis 
arcossauros, incluindo os ancestrais dos dinossauros, tiveram sua diversificação. Nesse período 
todos os tetrápodes anamniotas que sobreviveram à extinção se especializaram em formas 
aquáticas. No final desse período surgiram os mamíferos verdadeiros, dinossauros, pterossauros, 
répteis marinhos, crocodilos, lepidossauros, anfíbios anuros e peixes teleósteos.
Figura 12 - A Terra no período triássico
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 35.
17
 � Período jurássico - 199,6-145,5 milhões de anos: (Fig. 13) o supercontinente Pangeia começou 
a se fragmentar com a formação do oceano Atlântico. Os invertebrados marinhos passaram a ter 
um aspecto moderno. Com a diversificação de predadores, raias e tubarões modernos apareceram 
e os répteis marinhos se diversificaram, assim como os insetos. A vegetação dominante era 
composta por gimnospermas e coníferas. Dinossauros também se diversificaram. No final desse 
período, aves, lagartos e salamandras apareceram pela primeira vez.
Figura 13 - A Terra no período jurássico
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 37.
 � Período cretáceo - 145,5-65,5 milhões de anos: (Fig. 14) os continentes sofreram mais uma 
separação. Houve a radiação dos peixes teleósteos e os répteis marinhos floresceram. Surgiram 
as angiospermas, que logo se diversificaram, tornando-se as plantas dominantes. Os tetrápodes 
dominantes eram os dinossauros. Os mamíferos pequenos se diversificaram. O espaço aéreo e as 
linhas costeiras eram compartilhados por aves e pterossauros. Houve o surgimento das primeiras 
serpentes. O final da Era Mesozoica foi marcado por uma grande extinção em massa, atingindo os 
dinossauros, pterossauros, répteis e invertebrados marinhos.
Figura 14 - A Terra no período cretáceo
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 41.
18
Unidade: Noções de Paleontologia
 � Época paleogeno - 65,5-23,03 milhões de anos: (Fig. 15) o clima da Terra era quente, 
havendo florestas acima do Ártico, mas, posteriormente, as temperaturas caíram nas latitudes mais 
elevadas, junto com a formação da calota polar Antártica. Houve diversificação dos mamíferos e 
esses adquiriram tamanhos maiores, assim como maior variedade de tipos adaptativos, incluindo 
predadores e herbívoros. As radiações dos mamíferos incluíram formas arcaicas e os primeiros 
representantes das ordens atuais. Aves carnívoras gigantes e que não voavam eram os predadores 
comuns.
Figura 15 - A Terra no período paleogeno
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 45.
 � Época neogeno - 23,03-2,6 milhões de anos: (Fig. 16) a elevação das montanhas e a 
formação do istmo do Panamá geraram climas mais frios e áridos. Houve a formação da 
calota de gelo Ártica. Nas latitudes médias ocorreu a formação das primeiras campinas. Houve 
a radiação de famílias de mamíferos e aves modernas e, nos oceanos, aves e mamíferos se 
diversificaram. Os primeiros hominídeos apareceram.
Figura 16 - A Terra no período neogeno
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 47.
19
 � Período quaternário - 2,6 milhões de anos até os dias atuais: (fig. 17) houve extensos 
intervalos de glaciação no Hemisfério Norte. Aconteceu a extinção da fauna das savanas das 
latitudes médias. Os hominídeos expandiram por todo o Velho Mundo e alcançaram o Novo 
Mundo. Mamíferos grandes sofreram extinção, principalmente no Novo Mundo e Austrália. As 
aves carnívoras incapazes de voar também se extinguiram.
Figura 17 - A Terra no período quarternário
Fonte: SCOTESE, 2001,p. 49.
Para entender um pouco mais sobre a deriva continental, assista 
ao vídeo disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=qWifSGDh0lk
20
Unidade: Noções de Paleontologia
Material Complementar
Para expandir seu conhecimento a respeito do conteúdo da unidade, sugiro os seguintes 
materiais:
Vídeos:
BIOLOGIA: aula 43 – tempo geológico, Paleontologia e evolução do homem. 25 nov. 
2013. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=UyLcZtKf2js
Livros:
CARVALHO, I. S. et al. Paleontologia: cenários de vida. v. 1. [S.l.]: Interciência, 
2007. Disponível em: 
https://bit.ly/3RdbAW5
PALEONTOLOGIA. [20--]. Disponível em: 
https://bit.ly/3CnfpnH
ROCHA, R. B. Paleontologia e evolução: a problemática da espécie em Paleozoologia. 
Ciências da terra, Lisboa, n. 17, p. 53-72, 2010. Disponível em:
https://bit.ly/3Cb9hP0
SOARES, M. Paleontologia. Rio de Janeiro: Universidade Castelo Branco, 2010. 
Disponível em: 
https://bit.ly/3fccapI
21
Referências
FAIRCHILD, T.; TEIXEIRA, W.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de 
Textos, 2000.
GOES, A. Processos e tipos de fossilização. 12 maio 2014. Disponível em: <http://
detetivesdopassado.colecionadoresdeossos.com/2014/05/processos-e-tipos-de-fossilizacao.
html>. Acesso em: 9 jun. 2015.
LAMANA, C. X.; BRANCO, P. de M. Paleoproterozoico. In: Breve história da Terra. 
9 jan. 2009. Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.
htm?infoid=1094&sid=129#paleo>. Acesso em: 9 jun. 2015.
MENDES, J. C. Introdução à Paleontologia Geral. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do 
livro, 1960.
SCOTESE, C. R.. Atlas of Earth History, Volume 1, Paleogeography. . Arlington, Texas: 
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