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Paleontologia Módulo 4 Era Paleozóica ✓ Cronologia ✓ Conceitos gerais ✓ Explosão Cambriana ✓ Faunas fósseis: Tommotiana, Chengjiang, e Folhelho Burgess ✓ Períodos da Era Paleozóica (Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano) ✓ Principais eventos de extinção em massa 1. Cronologia A Era Paleozóica é a era geológica que compreende uma das grandes eras do Éon Fanerozóico, correspondente aos 542 a 251 milhões de anos atrás. O Paleozóico se subdivide nos períodos Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. 2. Conceitos gerais Durante todo o Paleozoico, os continentes ainda estão em formação, até se unirem e formarem o mega continente conhecido como Pangea. O clima da Terra oscila entre períodos de aquecimento e resfriamento. O Paleozoico inicia com o período marcado pela explosão da vida nos mares, segue com a diversificação da vida durante todos os períodos desta era, e encerra com a maior das extinções que ocorreram na história da Terra. Principais acontecimentos: • Os continentes estão agrupados em uma massa única: Pangeia • Diversificação da vida animal: animais com partes minerais, animais com exoesqueleto, micro- organismos filamentosos, peixes com mandíbulas e pares de nadadeiras, aranhas e centopeias, insetos, tetrápodes em água rasa • Diversificação da vida vegetal: surgimento de líquens e briófitas, grandes florestas • Extinções em massa da vida na Terra • Formação das grandes geleiras https://www.infoescola.com/geologia/eon-fanerozoico/ https://www.infoescola.com/continentes/ https://www.infoescola.com/sistema-solar/terra/ https://1.bp.blogspot.com/-IEuNztTiYeA/Wz9uHCix9fI/AAAAAAAAMaM/fjPZsT7TYEE6cWiHVYysAdUKebRpoSokgCLcBGAs/s1600/Cambriano.png 3. Explosão cambriana A explosão cambriana ou radiação evolutiva cambriana foi o aparecimento “súbito” (do ponto de vista geológico) e de rápida diversificação de organismos macroscópicos multicelulares complexos. Este período marca uma transição brusca no registro fóssil com o aparecimento dos membros mais primitivos de muitos filos de metazoários (animais multicelulares). O termo explosão pode ser um pouco inadequado visto que a vida Cambriana foi precedida por muitos milhões de anos de evolução. Em possivelmente mais ou menos 10 milhões de anos, animais marinhos evoluíram a maioria dos formatos básicos de corpo que vemos hoje em grupos modernos. Entre os organismos preservados em fósseis desse tempo há parentes de crustáceos e estrelas-do-mar, esponjas, moluscos, vermes, cordados e algas. Não há uma causa universalmente aceita para explicar a explosão cambriana, teorias apontam fatores biológicos e geológicos: competição ecológica (falta de predadores nos mares), genes HOX, fragmentação do supercontinente Pannotia, alterações climáticas catastróficas como glaciação global, aumentando a concentração de oxigênio atmosférico capacidade ou produção de colágeno estrutural. Além disso, desenvolveram-se novas adaptações competitiva (predação, visão, natação ativa, etc). 4. Faunas fósseis: Tommotiana, Chengjiang, e Folhelho Burgess A Fauna Tommotiana representa o conjunto de fósseis que existiram logo no início do período Cambriano, há cerca de 570-560 milhões de anos. É caracterizada por uma fauna fóssil de pequenos animais de corpos esqueléticos, como conchas, cones, tubos, espículas, moluscos, braquiópodes, esponjas, anelídeos, entre outros, representando os primeiros metazoários com partes duras preservadas. Seus fósseis são encontrados em afloramentos principalmente na Rússia. A Fauna Chengjiang (520 milhões de anos) ocorre principalmente em afloramentos na China, conhecidos por conter todos os grupos fósseis encontrados na fauna do Folhelho Burgess, evidenciando a diversificação dos metazoários ainda no Cambriano Inferior. A fauna é caracterizada por organismos de corpo mole, bem preservados, e composta por espécies de esponjas à cordados e artrópodes. A Fauna do Folhelho Burgess (510 milhões de anos) são os fósseis de animais invertebrados mais importantes do mundo, pois registram um dos acontecimentos cruciais da história da vida na Terra: o resultado do processo de diversificação que ocorreu logo após a explosão cambriana. As rochas contendo esta fauna fóssil afloram em rochas canadenses, e contém fósseis de organismos de corpo mole preservados. A fauna evoluiu bastante desde a ocorrência da fauna anterior (a fauna de Chengjiang), sendo caracterizada por organismos invertebrados, sem partes resistentes fossilizáveis, e sem correspondentes com organismos da atualidade. É composta por 140 espécies, contendo artrópodes (trilobitas, transicionais entre trilobitas e crustáceos), celenterados, medusóideos, polipóideos, anelídeos e equinodermos. Figura 1- Vista de um afloramento do Folhelho Burguess/ Impressão de uma trilobita fóssil, do Burgess Shale https://www.infoescola.com/biologia/moluscos-mollusca/ https://www.infoescola.com/biologia/cordados-chordata/ https://www.infoescola.com/artropodes/ https://www.infoescola.com/sistema-solar/terra/ https://www.infoescola.com/biologia/crustaceos-crustacea/ https://www.infoescola.com/biologia/anelideos-annelida/ https://www.infoescola.com/biologia/equinodermos/ https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/fossil-trilobita-1071869300.jpg https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/folhelho-burgess-1057634366.jpg 5. Períodos da Era Paleozóica I. Período Cambriano (545-485 milhões de anos) O Cambriano é o período conhecido pela explosão da vida (explosão cambriana), onde se tem a origem dos principais grupos de organismos marinhos, e onde ocorre a irradiação de quase todos os grupos que encontramos atualmente. Rochas e fósseis cambrianos são relativamente raros, sendo o Folhelho Burgess, no Canadá, o principal local em que são encontrados. As condições que geraram essa explosão da vida e sua diversidade durante o Cambriano foi a falta de predadores nos mares, pois estes também estavam se originando junto a todos os outros organismos, o aparecimento de esqueletos biomineralizados (conchas e recifes), e as mudanças geoquímicas nos mares, devido ao aumento de temperatura e oxigênio na Terra. Em relação à fauna, aparecem os trilobitas, os graptólitos e os arqueociatos, além dos primeiros equinodermos, vermes, moluscos, esponjas, artrópodes e cordados, entre muitos outros grupos animais extintos e modernos. Os chamados trilobitas foram um grupo bastante importante de invertebrados que dominou o período Cambriano. Esses artrópodes chegaram a compor cerca de 60% do registro fóssil do período. Foram encontrados durante toda a Era Paleozoica, porém foram extintos no final do Permiano, acompanhados de outras tantas espécies. As algas ocupavam extensa distribuição e, como seres fotossintetizantes, contribuíam consideravelmente para aumentar a concentração de oxigênio no ambiente. Existia uma variedade de plantas marinhas macroscópicas, embora a terra fosse coberta somente por um aglomerado microbiano de fungos e algas (líquens). Os continentes emersos estavam agrupados, envoltos pelo oceano. A Terra possuía quatro continentes: os três pequenos próximos aos trópicos eram Laurência, Báltica e Sibéria, e o supercontinente Gonduana. As temperaturas se elevam a partir do final do Pré-Cambriano e permanecem assim durante todo o Cambriano. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera era cerca de 18 vezes maior do que hoje, a maior em toda a história do planeta. Como o clima era bem quente, não existiam calotas polares, e os níveis d'água eram altos. Figura 2-Disposição dos continentes http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/01/trilobitas.html https://3.bp.blogspot.com/-qN1mZfL_x4g/WGcrBYRqBfI/AAAAAAAADwk/-iUGvSKKE5w2B-GHeHXApOA48pTxY2WdQCLcB/s1600/Cambriano.jpg Ao final do período Cambriano, em torno de 488 milhões de anos atrás, o planeta passou por sua primeira extinçãoem massa. Os cientistas suspeitam de uma queda na temperatura global, que veio a ocasionar a glaciação do final do Ordoviciano. A extinção também marcou o fim do domínio dos dinocáridos - artrópodes marinhos semelhantes a camarões que eram os predadores de seu tempo. Figura 3- Dinocárido: o Anomalocaris, foram os primeiros predadores que já existiram na Terra. II. Período Ordoviciano (488-443 milhões de anos) No período Ordoviciano ocorre uma expansão e diversificação dos animais marinhos, incluindo o surgimento dos moluscos nautilóides como predadores e peixes primitivos, os primeiros corais no registro fóssil. Além disso, surgiram os primeiros vertebrados, um grupo conhecido como ostracodermes. Este termo diz respeito ao grupo extinto de vertebrados aquáticos que não apresentava mandíbula (agnatos), que inclui tubarões e peixes ósseos como os mais antigos vertebrados com maxila. Os invertebrados continuaram sendo as formas de vida dominantes nos mares, apresentando uma grande diversidade de espécies, entre elas graptólitos, braquiópodes e trilobitas (que atingiram seu auge). Dividiam espaço algas, moluscos cefalópodes (semelhantes a lulas) e os primeiros lírios-do-mar. Quanto a flora, há o surgimento de líquens e briófitas. Algas verdes proliferavam e se adaptaram a habitats de água doce, enquanto plantas similares aos musgos começaram a colonizar os ambientes terrestres, que até esse momento eram habitados somente por líquens. Essas plantas estavam ainda fortemente vinculadas à água, necessitando dela para reprodução, e cresciam somente nas margens de lagos e córregos, são as briófitas, a principal espécie é Cooksonia (figura ao lado). Os continentes ocupavam o hemisfério sul, e o final do período registrou uma das maiores glaciações da Terra, gerando uma crise na biodiversidade. O período foi caracterizado por frequentes terremotos. O mar estava acima do nível atual, e a atmosfera possuía grandes concentrações de gás carbônico. A maior parte das massas continentais confinava-se ao sul, formando o supercontinente Gonduana (mesma configuração continental do Cambriano). Suas terras, invadidas por extensos mares rasos, possuíam agora um clima mais úmido e ameno. O Ordoviciano foi um período de resfriamento global: mais tarde, uma grande camada de gelo cobriria grande parte do Hemisfério Sul. O evento que marca o fim do Ordoviciano é uma nova extinção em massa, que dizimou considerável número de organismos, possivelmente causada pela chegada do período glacial. Estima-se que 60% das espécies tenham sido completamente extintas com as mudanças de temperatura. https://1.bp.blogspot.com/-WYRkuHCQaMI/U3pT-rnQOgI/AAAAAAAACW8/JssQtghNyD8/s1600/Anomalocaris%2Bby%2Baaronjohngregory.jpg https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cooksonia.png III. Período Siluriano (443-416 milhões de anos) No início do Siluriano, a fauna teve que se recuperar da extinção em massa que dizimou 60% das espécies marinhas do Ordoviciano, adaptando-se às condições climáticas mais frias. O Siluriano é marcado pela baixa diversidade de organismos nos mares no início do período, evolução dos peixes e primeiras tentativas de adaptação da vida ao ambiente terrestre. A vida só surgiu no continente a partir do Siluriano, espécies de plantas, bem como algumas espécies de artrópodes, foram encontradas no registro fóssil referente a esse período. No final do Siluriano, as comunidades voltam a atingir seu grau de complexidade anterior. Continuam a predominar os invertebrados, principalmente trilobitas, crinoides (lírios-do-mar), euriptéridos (escorpiões- marinhos) que foram os maiores artrópodes da Terra, e cefalópodes (o grupo dos polvos e lulas). Os peixes já se diversificavam bastante, chegando também à água doce, e os corais começavam a constituir recifes. Além disso, houve também o aparecimento de peixes ósseos e cartilaginosos. Em terra, surgiram os primeiros insetos, similares a aranhas e centopeias. Começam aparecer as primeiras plantas terrestres vasculares. Nestas, os vasos condutores de seiva solucionaram o problema do transporte de água e alimento através do corpo da planta; as células desses vasos também desenvolveram um preenchimento de lignina em suas paredes, que lhes possibilitou maior sustentação e resistência. No entanto, a vida terrestre só se consolidaria mais significativamente no Devoniano. Ao longo do período, o clima se tornou mais ameno e estável, o que provocou o descongelamento de grandes massas glaciais e, com isso, o aumento do nível dos mares. As terras que hoje são América do Norte, Europa, Ásia e Oceania ficaram encobertas durante algum tempo, antes de se soerguerem e as águas começarem a baixar novamente. IV. Período Devoniano (416-359 milhões de anos) Nesse período, ocorre o refinamento da vida na Terra, quando aparecem as plantas vasculares, animais artrópodes e os primeiros tetrápodes que habitam em águas rasas. O Devoniano é conhecido como Idade dos Peixes, em virtude da grande variedade e abundância de peixes, além dos nautilóides, corais, braquiópodes, e equinodermas nos mares tropicais quentes. Os trilobitas entravam em declínio, mas os amonites tiveram seu nascimento. Surgiram os primeiros tubarões, os peixes com nadadeiras lobadas, os peixes de nadadeiras raiadas e os placodermos (grupo de peixes com armadura que assumiram o topo http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2014/08/periodo-ordoviciano.html http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/01/trilobitas.html http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/12/periodo-devoniano.html http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/01/trilobitas.html http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2011/03/ammonoidea.html https://4.bp.blogspot.com/-bMUwEidhq4U/VNqtaDhnzSI/AAAAAAAACW8/sQzV2Z1bGoQ/s1600/Siluriano.png da cadeia alimentar). Alguns peixes de água doce desenvolveram pulmões, que lhes deram a capacidade de respirar fora d'água - logo teriam origem os primeiros anfíbios, a partir de peixes com nadadeiras lobadas. Ocorreu nesse período, também, o surgimento dos primeiros tetrápodes. O anfíbio Ichthyostega dá os primeiros passos em terra firme. Nos continentes, a vida animal ainda era marcada pela presença de artrópodes, como aracnídeos e insetos. Figura 4-Sequência de vertebrados envolvidos na conquista da terra: de baixo para cima, os peixes de nadadeiras lobadas Eusthenopteron, Panderichthys e Tiktaalik e os tetrápodes Acanthostega e Ichthyostega. No final do Devoniano, algumas plantas lentamente transitaram do ambiente aquático e passaram a viver no ambiente terrestre, isso reduziu drasticamente os níveis de CO2 da Terra, reduzindo a temperatura global e possibilitando a formação das primeiras florestas, no final desse período, já existiam espécies de porte arbóreo. As florestas desenvolviam-se livremente sem a presença de animais herbívoros, deste modo aumentando os níveis de oxigênio na atmosfera e fixando dióxido de carbono. As principais transformações na flora são o crescimento exponencial de pequenas plantas terrestres através do desenvolvimento dos esporos - unidades reprodutivas compostas por uma única célula. No Devoniano Superior, licopódios, samambaias e as ancestrais das plantas gimnospermas formaram os primeiros bosques de que se tem registro. O planeta passou por grandes mudanças geológicas nesse período, o que causou intensa atividade vulcânica. O continente Laurência colidiu com a Báltica no início do Devoniano, formando a Euramérica. Além deste, havia a Sibéria e a Gonduana (o maior continente, que abrangia a Antártida, parte da África, América do Sul e Oceania). Grande parte da superfície do planeta estava submersa por mares rasos. Ao final do período, um gradual evento de extinção em massa, que durou de 2 a 3 milhões de anos, e afetou principalmente as comunidades marinhas. Os recifes desapareceram completamente, bem comoos graptólitos, os tentaculitídeos (grupo de moluscos), muitos braquiópodes (grupo de moluscos com conchas bivalves), animais planctônicos e peixes. Nem mesmo os implacáveis placodermos tiveram sorte, deixando espaço para o desenvolvimento dos tubarões. Das setenta famílias de peixes, apenas dezessete sobreviveram e passaram ao Carbonífero. https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2011/06/ichthyostega.html https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2016/07/periodo-carbonifero.html https://1.bp.blogspot.com/-IeHTQ9Nv-TU/Vm4nqXPyNEI/AAAAAAAAC3c/gpSZAcE4E-o/s1600/Devoniano%2BInferior.jpg https://3.bp.blogspot.com/-ezvwZie8cH8/VmjlBl-RBeI/AAAAAAAAC2k/nK1wExEaI7o/s1600/Conquista%2Bda%2Bterra.jpg V. Período Carbonífero (359-299 milhões de anos) O período Carbonífero é conhecido como o período das grandes florestas, as quais deram origem as grandes jazidas de carvão que temos atualmente. Também surgem os primeiros répteis. Os vertebrados terrestres dominantes eram os anfíbios, eles estavam no topo da cadeia alimentar e predavam insetos e peixes; alguns mediam vários metros de comprimento. Embora já possuíssem patas e conseguissem respirar ar, ainda dependiam do meio aquático para se reproduzir. O colapso das florestas tropicais atingiu principalmente os anfíbios, restritos aos ambientes úmidos. Enquanto isso, os répteis desenvolviam importantes adaptações para sobreviver em condições mais áridas: pele coberta de escamas, que protegia contra a desidratação, e o ovo amniótico, dotado de uma casca protetora e reservas alimentares que nutriam o embrião até o seu nascimento. Esta foi a maior inovação evolutiva do Carbonífero, que, perto de terminar, já contava com vários grupos de animais amniotas, entre eles, répteis e sinápsidas. Nesse período, os peixes cartilaginosos e ósseos passaram a dominar os mares, crinoides, braquiópodes, briozoários, amonites, gastrópodes, bivalves e recifes de coral também continuavam abundantes. Em terra, a artrópodes diversificaram-se rapidamente (libélulas, milípedes, aracnídeos) e surgem os primeiros insetos com asas, vários deles atingindo proporções gigantescas. Isso era possível por causa da quantidade maior de oxigênio na atmosfera (35%, contra 21% nos dias de hoje). Vastas porções de florestas cobriam o terreno, com árvores de até 40 m de altura. Predominavam as pteridófitas, plantas que não se reproduzem por sementes, mas por esporos. Havia licófitas, esfenófitas, fetos arbóreos e samambaias. No final do Carbonífero, surgiram as primeiras plantas com sementes, como as pteridospermas (samambaias com sementes), coníferas (exemplo dos pinheiros), as ginkgófitas e as cicadófitas. No início do Carbonífero, um aumento no nível dos oceanos alagou muitas terras baixas, criando mares litorâneos rasos, porém, esse efeito se reverteu. Gondwana, passou a sofrer uma forte glaciação, coberto por uma espessa camada de gelo, enquanto as regiões equatoriais mantinham-se com um clima quente e úmido o suficiente para o desenvolvimento de pântanos e florestas exuberantes. Ao longo do período, as massas de terra de todo o planeta se uniram para formar a Pangeia, o continente único que resistiu até a era seguinte. Montanhas erguiam-se conforme os continentes colidiam. https://mundopre-historico.blogspot.com/2018/07/sinapsidas-synapsida.html https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2011/03/ammonoidea.html https://4.bp.blogspot.com/-O5yDg-1pGks/V5Zz7lpebII/AAAAAAAADfQ/cL9A0HTEsug4HNyFCQOtFhtVPK-Bx-FswCLcB/s1600/Carbon%25C3%25ADfero.jpg VI. Período Permiano (299-251 milhões de anos) Uma grande variedade de insetos terrestres e vertebrados passam a habitar a Terra durante o Período Permiano. É quando surgem as cigarras, piolhos, besouros, moscas, vespas e mariposas. Com menos oxigênio disponível, os artrópodes gigantes que vagavam pelas florestas do Carbonífero começavam agora a desaparecer, mas surgiam os primeiros besouros e percevejos. A maior parte dos braquiópodes, briozoários, foraminíferos, crinoides, amonites e gastrópodes desapareceram. Além deles, todas as espécies de peixes acantódios, trilobitas, blastoides, corais rugosos, corais tabulados e escorpiões-marinhos foram extintas. Os anfíbios sofreram uma grande perda de diversidade, enquanto os amniotas, menos dependentes da água, passavam a dominar em quase todos os continentes. Foi no Permiano que os tetrápodes amniotas iniciaram sua diversificação em linhagens Diapsida e Synapsida. A linhagem Diapsida inclui os grupos de répteis e aves, enquanto a linhagem Synapsida inclui os mamíferos e alguns outros grupos já extintos. Figura 5-Fauna Perminiano/Os pelicossauros são ancestrais distantes dos mamíferos, já que deles descenderam os ancestrais imediatos dos mamíferos, os terapsídeos, pertencem a classe Synapsida. Entre os vegetais, ganharam espaço as plantas que produziam sementes (gimnospermas), entre elas, as samambaias, cicadófitas, ginkgófitas e, principalmente, as coníferas - estas últimas viriam a predominar durante centenas de milhões de anos. O Permiano ficou marcado pela chamada “Flora Glossopteris”, região de clima mais temperado. Essa flora era encontrada onde atualmente estão Índia, África, América do Sul, https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2016/07/periodo-carbonifero.html https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2011/03/ammonoidea.html https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/01/trilobitas.html Austrália e Antártida, composta por 4 gêneros principais: Glossopteris (mais abundante), Gangamopteris, Merianopteris e Schizoneura. Em meados do Permiano, estava formado o supercontinente Pangeia, que estendia-se de norte a sul, resultado da conversão dos continentes, reunindo praticamente todas as terras emersas do globo. O restante da superfície do planeta era coberto pelo superoceano Pantalassa. Devido à imensa concentração das massas terrestres, o interior do continente tornava-se cada vez mais seco, longe dos ventos que traziam a umidade do mar. As regiões úmidas e pantanosas diminuíam, as grandes florestas desapareciam e o nível de oxigênio na atmosfera era reduzido a um nível semelhante ao atual. O final do Permiano é marcado pela maior extinção em massa já registrada na história da Terra: a Extinção Permo-Triássica. Muito mais severa que a extinção que matou os dinossauros, ela eliminou cerca de 95% das espécies marinhas e 70% das espécies terrestres, gerando consequências devastadoras para a biodiversidade. A causa principal seriam as gigantescas inundações de lava na Sibéria, que teriam liberado na atmosfera enormes quantidades de dióxido de carbono, além do metano aprisionado no fundo oceânico, provocando um mortal efeito estufa que teria aumentado a temperatura da Terra em até 5ºC, assim como a temperatura dos mares, alterando as correntes oceânicas e reduzindo a capacidade de oxigênio na água. 6. Principais eventos de extinção em massa A Era Paleozoica foi marcada por grandes extinções em massa que atingiram principalmente os animais marinhos. Estima-se que mais de 95% das espécies que viviam no mar desapareceram da Terra, e 70% das espécies continentais, exterminando com o grupo das trilobitas, entre outros grandes grupos. Essa extinção é conhecida como a “extinção do Permo-Triássico”, que marca a passagem da Era Paleozóica para a Mesozóica. Das 5 grandes extinções da Terra (big five), 4 delas aconteceram na Era Paleozóica, sendo elas: I. Cambriano: Por volta de 550 milhões de anos atrás. Principais afetados: trilobitas. https://4.bp.blogspot.com/-GPxUCQzp3mQ/WGXTzjXevqI/AAAAAAAADvs/0Nalnyxrq7oebtre6vXesPVuAUyBrpfkACLcB/s1600/Permiano.jpg Causas: forte redução no nível do mar que eliminou o habitat das espécies de águas rasas, e/ou mudanças nas correntes marítimas que jogaram muitas das espécies em águas frias e sem oxigênio. II. Ordoviciano: Por volta de 440 milhões de anos atrás. Principais afetados: invertebrados marinhos, como moluscos,cefalópodes primitivos e peixes sem mandíbula. Extinguiu entre 60% e 70% das espécies do planeta. Causas: devido à ocorrência de um período glacial e/ou devido ao congelamento da maior parte da água dos oceanos que reduziu o nível do mar e eliminou habitats. III. Devoniano: Por volta de 365 milhões de anos atrás. Principais afetados: peixes, afetando a sobrevivência de 75% das espécies. Causas: aquecimento, seguido de rápida glaciação, associado a uma diminuição do oxigênio nos oceanos, e/ou há evidências de um grande impacto de asteróide. IV. Perminiano: Por volta de 145 milhões de anos atrás. Principais afetados: répteis anteriores aos dinossauros, aproximadamente 95% das espécies de todo o planeta foram extintas. Causas: drásticas mudanças ambientais, como impactos de asteroides (mais de 6 quilômetros de diâmetro) e atividades vulcânicas (derramamento de lava onde hoje é a Sibéria causou a maior de todas as extinções). Referências https://www.infoescola.com/geografia/era-paleozoica/ https://www.todamateria.com.br/era-paleozoica/ https://mundopre-historico.blogspot.com/2016/12/periodo-permiano.html https://www.infoescola.com/historia/periodo-cambriano/ https://www.portalsaofrancisco.com.br/geografia/explosao-cambriana https://www.preparaenem.com/biologia/era- paleozoica.htm#:~:text=O%20final%20da%20Era%20Paleozoica,tamb%C3%A9m%20foram%20alvo%20da%20extin%C3%A7%C3%A3o. https://www.coladaweb.com/geografia/extincoes-em-massa https://super.abril.com.br/ciencia/qual-foi-a-causa-das-grandes-extincoes/ https://www.infoescola.com/geografia/era-paleozoica/ https://www.todamateria.com.br/era-paleozoica/ https://mundopre-historico.blogspot.com/2016/12/periodo-permiano.html https://www.infoescola.com/historia/periodo-cambriano/ https://www.portalsaofrancisco.com.br/geografia/explosao-cambriana https://www.preparaenem.com/biologia/era-paleozoica.htm#:~:text=O%20final%20da%20Era%20Paleozoica,tamb%C3%A9m%20foram%20alvo%20da%20extin%C3%A7%C3%A3o https://www.preparaenem.com/biologia/era-paleozoica.htm#:~:text=O%20final%20da%20Era%20Paleozoica,tamb%C3%A9m%20foram%20alvo%20da%20extin%C3%A7%C3%A3o https://www.coladaweb.com/geografia/extincoes-em-massa https://super.abril.com.br/ciencia/qual-foi-a-causa-das-grandes-extincoes/