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Paleontologia 4 - Era Paleozóica

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Paleontologia 
Módulo 4 
 
Era Paleozóica 
✓ Cronologia 
✓ Conceitos gerais 
✓ Explosão Cambriana 
✓ Faunas fósseis: Tommotiana, Chengjiang, e Folhelho Burgess 
✓ Períodos da Era Paleozóica (Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano) 
✓ Principais eventos de extinção em massa 
 
1. Cronologia 
A Era Paleozóica é a era geológica que compreende uma das grandes eras do Éon Fanerozóico, 
correspondente aos 542 a 251 milhões de anos atrás. O Paleozóico se subdivide nos períodos Cambriano, 
Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. 
 
 
 
2. Conceitos gerais 
Durante todo o Paleozoico, os continentes ainda estão em formação, até se unirem e formarem o mega 
continente conhecido como Pangea. O clima da Terra oscila entre períodos de aquecimento e resfriamento. O 
Paleozoico inicia com o período marcado pela explosão da vida nos mares, segue com a diversificação da vida 
durante todos os períodos desta era, e encerra com a maior das extinções que ocorreram na história da Terra. 
 
Principais acontecimentos: 
• Os continentes estão agrupados em uma massa única: Pangeia 
• Diversificação da vida animal: animais com partes minerais, animais com exoesqueleto, micro-
organismos filamentosos, peixes com mandíbulas e pares de nadadeiras, aranhas e centopeias, insetos, 
tetrápodes em água rasa 
• Diversificação da vida vegetal: surgimento de líquens e briófitas, grandes florestas 
• Extinções em massa da vida na Terra 
• Formação das grandes geleiras 
https://www.infoescola.com/geologia/eon-fanerozoico/
https://www.infoescola.com/continentes/
https://www.infoescola.com/sistema-solar/terra/
https://1.bp.blogspot.com/-IEuNztTiYeA/Wz9uHCix9fI/AAAAAAAAMaM/fjPZsT7TYEE6cWiHVYysAdUKebRpoSokgCLcBGAs/s1600/Cambriano.png
 
 
3. Explosão cambriana 
A explosão cambriana ou radiação evolutiva cambriana foi o aparecimento “súbito” (do ponto de vista 
geológico) e de rápida diversificação de organismos macroscópicos multicelulares complexos. Este período 
marca uma transição brusca no registro fóssil com o aparecimento dos membros 
mais primitivos de muitos filos de metazoários (animais multicelulares). O termo 
explosão pode ser um pouco inadequado visto que a vida Cambriana foi 
precedida por muitos milhões de anos de evolução. 
Em possivelmente mais ou menos 10 milhões de anos, animais marinhos 
evoluíram a maioria dos formatos básicos de corpo que vemos hoje em grupos 
modernos. Entre os organismos preservados em fósseis desse tempo há 
parentes de crustáceos e estrelas-do-mar, esponjas, moluscos, vermes, 
cordados e algas. 
Não há uma causa universalmente aceita para explicar a explosão 
cambriana, teorias apontam fatores biológicos e geológicos: competição 
ecológica (falta de predadores nos mares), genes HOX, fragmentação do 
supercontinente Pannotia, alterações climáticas catastróficas como glaciação global, aumentando a 
concentração de oxigênio atmosférico capacidade ou produção de colágeno estrutural. Além disso, 
desenvolveram-se novas adaptações competitiva (predação, visão, natação ativa, etc). 
 
4. Faunas fósseis: Tommotiana, Chengjiang, e Folhelho Burgess 
A Fauna Tommotiana representa o conjunto de fósseis que existiram logo no início do período Cambriano, 
há cerca de 570-560 milhões de anos. É caracterizada por uma fauna fóssil de pequenos animais de corpos 
esqueléticos, como conchas, cones, tubos, espículas, moluscos, braquiópodes, esponjas, anelídeos, entre 
outros, representando os primeiros metazoários com partes duras preservadas. Seus fósseis são encontrados 
em afloramentos principalmente na Rússia. 
A Fauna Chengjiang (520 milhões de anos) ocorre principalmente em afloramentos na China, conhecidos por 
conter todos os grupos fósseis encontrados na fauna do Folhelho Burgess, evidenciando a diversificação dos 
metazoários ainda no Cambriano Inferior. A fauna é caracterizada por organismos de corpo mole, bem 
preservados, e composta por espécies de esponjas à cordados e artrópodes. 
A Fauna do Folhelho Burgess (510 milhões de anos) são os fósseis de animais invertebrados mais 
importantes do mundo, pois registram um dos acontecimentos cruciais da história da vida na Terra: o resultado 
do processo de diversificação que ocorreu logo após a explosão cambriana. As rochas contendo esta fauna fóssil 
afloram em rochas canadenses, e contém fósseis de organismos de corpo mole preservados. A fauna evoluiu 
bastante desde a ocorrência da fauna anterior (a fauna de Chengjiang), sendo caracterizada por organismos 
invertebrados, sem partes resistentes fossilizáveis, e 
sem correspondentes com organismos da atualidade. 
É composta por 140 espécies, contendo artrópodes 
(trilobitas, transicionais entre trilobitas e crustáceos), 
celenterados, medusóideos, polipóideos, anelídeos 
e equinodermos. 
Figura 1- Vista de um afloramento do Folhelho Burguess/ 
Impressão de uma trilobita fóssil, do Burgess Shale 
https://www.infoescola.com/biologia/moluscos-mollusca/
https://www.infoescola.com/biologia/cordados-chordata/
https://www.infoescola.com/artropodes/
https://www.infoescola.com/sistema-solar/terra/
https://www.infoescola.com/biologia/crustaceos-crustacea/
https://www.infoescola.com/biologia/anelideos-annelida/
https://www.infoescola.com/biologia/equinodermos/
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/fossil-trilobita-1071869300.jpg
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/folhelho-burgess-1057634366.jpg
 
5. Períodos da Era Paleozóica 
 
I. Período Cambriano (545-485 milhões de anos) 
O Cambriano é o período conhecido pela explosão da vida (explosão cambriana), onde se tem a origem 
dos principais grupos de organismos marinhos, e onde ocorre a irradiação de quase todos os grupos que 
encontramos atualmente. Rochas e fósseis cambrianos são relativamente raros, sendo o Folhelho Burgess, 
no Canadá, o principal local em que são encontrados. 
 
As condições que geraram essa explosão da vida e sua diversidade durante o Cambriano foi a falta de 
predadores nos mares, pois estes também estavam se originando junto a todos os outros organismos, o 
aparecimento de esqueletos biomineralizados (conchas e recifes), e as mudanças geoquímicas nos mares, 
devido ao aumento de temperatura e oxigênio na Terra. 
Em relação à fauna, aparecem os trilobitas, os graptólitos e os arqueociatos, além dos primeiros 
equinodermos, vermes, moluscos, esponjas, artrópodes e cordados, entre muitos outros grupos animais 
extintos e modernos. Os chamados trilobitas foram um grupo bastante importante de invertebrados que 
dominou o período Cambriano. Esses artrópodes chegaram a compor cerca de 60% do registro fóssil do 
período. Foram encontrados durante toda a Era Paleozoica, porém foram extintos no final do Permiano, 
acompanhados de outras tantas espécies. 
 
As algas ocupavam extensa distribuição e, como seres fotossintetizantes, contribuíam consideravelmente 
para aumentar a concentração de oxigênio no ambiente. Existia uma variedade de plantas marinhas 
macroscópicas, embora a terra fosse coberta somente por um aglomerado microbiano de fungos e algas 
(líquens). 
 Os continentes emersos estavam agrupados, envoltos pelo oceano. A Terra possuía quatro continentes: 
os três pequenos próximos aos trópicos eram Laurência, Báltica e Sibéria, e o supercontinente Gonduana. 
As temperaturas se elevam a partir do final do Pré-Cambriano e permanecem assim durante todo o 
Cambriano. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera era cerca de 18 vezes maior do que hoje, 
a maior em toda a história do planeta. Como o clima era bem quente, não existiam calotas polares, e os 
níveis d'água eram altos. 
Figura 2-Disposição dos continentes 
http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/01/trilobitas.html
https://3.bp.blogspot.com/-qN1mZfL_x4g/WGcrBYRqBfI/AAAAAAAADwk/-iUGvSKKE5w2B-GHeHXApOA48pTxY2WdQCLcB/s1600/Cambriano.jpg
 
Ao final do período Cambriano, em torno de 488 milhões de anos atrás, o 
planeta passou por sua primeira extinçãoem massa. Os cientistas suspeitam de 
uma queda na temperatura global, que veio a ocasionar a glaciação do final do 
Ordoviciano. A extinção também marcou o fim do domínio dos dinocáridos - 
artrópodes marinhos semelhantes a camarões que eram os predadores de seu 
tempo. 
Figura 3- Dinocárido: o Anomalocaris, foram os 
primeiros predadores que já existiram na Terra. 
 
II. Período Ordoviciano (488-443 milhões de anos) 
No período Ordoviciano ocorre uma expansão e diversificação 
dos animais marinhos, incluindo o surgimento dos moluscos 
nautilóides como predadores e peixes primitivos, os primeiros 
corais no registro fóssil. Além disso, surgiram os primeiros 
vertebrados, um grupo conhecido como ostracodermes. Este 
termo diz respeito ao grupo extinto de vertebrados aquáticos que 
não apresentava mandíbula (agnatos), que inclui tubarões e peixes 
ósseos como os mais antigos vertebrados com maxila. Os 
invertebrados continuaram sendo as formas de vida dominantes 
nos mares, apresentando uma grande diversidade de espécies, 
entre elas graptólitos, braquiópodes e trilobitas (que atingiram seu 
auge). Dividiam espaço algas, moluscos cefalópodes (semelhantes 
a lulas) e os primeiros lírios-do-mar. 
 
 
Quanto a flora, há o surgimento de líquens e briófitas. Algas verdes proliferavam e se 
adaptaram a habitats de água doce, enquanto plantas similares aos musgos começaram 
a colonizar os ambientes terrestres, que até esse momento eram habitados somente por 
líquens. Essas plantas estavam ainda fortemente vinculadas à água, necessitando dela 
para reprodução, e cresciam somente nas margens de lagos e córregos, são as briófitas, 
a principal espécie é Cooksonia (figura ao lado). 
 
 
Os continentes ocupavam o hemisfério sul, e o final do período registrou uma das maiores glaciações da 
Terra, gerando uma crise na biodiversidade. O período foi caracterizado por frequentes terremotos. O mar 
estava acima do nível atual, e a atmosfera possuía grandes concentrações de gás carbônico. A maior parte 
das massas continentais confinava-se ao sul, formando o supercontinente Gonduana (mesma configuração 
continental do Cambriano). Suas terras, invadidas por extensos mares rasos, possuíam agora um clima mais 
úmido e ameno. O Ordoviciano foi um período de resfriamento global: mais tarde, uma grande camada de 
gelo cobriria grande parte do Hemisfério Sul. 
 
O evento que marca o fim do Ordoviciano é uma nova extinção em massa, que dizimou considerável 
número de organismos, possivelmente causada pela chegada do período glacial. Estima-se que 60% das 
espécies tenham sido completamente extintas com as mudanças de temperatura. 
 
 
https://1.bp.blogspot.com/-WYRkuHCQaMI/U3pT-rnQOgI/AAAAAAAACW8/JssQtghNyD8/s1600/Anomalocaris%2Bby%2Baaronjohngregory.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cooksonia.png
 
III. Período Siluriano (443-416 milhões de anos) 
No início do Siluriano, a fauna teve que se recuperar da extinção em massa que dizimou 60% das espécies 
marinhas do Ordoviciano, adaptando-se às condições climáticas mais frias. O Siluriano é marcado pela baixa 
diversidade de organismos nos mares no início do período, evolução dos peixes e primeiras tentativas de 
adaptação da vida ao ambiente terrestre. A vida só surgiu no continente a partir do Siluriano, espécies de 
plantas, bem como algumas espécies de artrópodes, foram encontradas no registro fóssil referente a esse 
período. 
No final do Siluriano, as comunidades voltam a atingir seu grau de complexidade anterior. Continuam a 
predominar os invertebrados, principalmente trilobitas, crinoides (lírios-do-mar), euriptéridos (escorpiões-
marinhos) que foram os maiores artrópodes da Terra, e cefalópodes (o grupo dos polvos e lulas). Os peixes 
já se diversificavam bastante, chegando também à água doce, e os corais começavam a constituir recifes. 
Além disso, houve também o aparecimento de peixes ósseos e cartilaginosos. Em terra, surgiram os 
primeiros insetos, similares a 
aranhas e centopeias. 
Começam aparecer as primeiras 
plantas terrestres vasculares. 
Nestas, os vasos condutores de seiva 
solucionaram o problema do 
transporte de água e alimento 
através do corpo da planta; as 
células desses vasos também 
desenvolveram um preenchimento 
de lignina em suas paredes, que lhes 
possibilitou maior sustentação e 
resistência. No entanto, a vida 
terrestre só se consolidaria mais 
significativamente no Devoniano. 
Ao longo do período, o clima se tornou mais ameno e estável, o que provocou o descongelamento de 
grandes massas glaciais e, com isso, o aumento do nível dos mares. As terras que hoje são América do 
Norte, Europa, Ásia e Oceania ficaram encobertas durante algum tempo, antes de se soerguerem e as águas 
começarem a baixar novamente. 
 
 
IV. Período Devoniano (416-359 milhões de anos) 
Nesse período, ocorre o refinamento da vida na Terra, quando aparecem as plantas vasculares, animais 
artrópodes e os primeiros tetrápodes que habitam em águas rasas. O Devoniano é conhecido como Idade 
dos Peixes, em virtude da grande variedade e abundância de peixes, além dos nautilóides, corais, 
braquiópodes, e equinodermas nos mares tropicais quentes. Os trilobitas entravam em declínio, mas 
os amonites tiveram seu nascimento. Surgiram os primeiros tubarões, os peixes com nadadeiras lobadas, 
os peixes de nadadeiras raiadas e os placodermos (grupo de peixes com armadura que assumiram o topo 
http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2014/08/periodo-ordoviciano.html
http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/01/trilobitas.html
http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/12/periodo-devoniano.html
http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/01/trilobitas.html
http://mundopre-historico.blogspot.com.br/2011/03/ammonoidea.html
https://4.bp.blogspot.com/-bMUwEidhq4U/VNqtaDhnzSI/AAAAAAAACW8/sQzV2Z1bGoQ/s1600/Siluriano.png
 
da cadeia alimentar). Alguns peixes de água doce 
desenvolveram pulmões, que lhes deram a capacidade de 
respirar fora d'água - logo teriam origem os primeiros anfíbios, 
a partir de peixes com nadadeiras lobadas. Ocorreu nesse 
período, também, o surgimento dos primeiros tetrápodes. O 
anfíbio Ichthyostega dá os primeiros passos em terra firme. Nos 
continentes, a vida animal ainda era marcada pela presença de 
artrópodes, como aracnídeos e insetos. 
 
Figura 4-Sequência de vertebrados envolvidos na conquista da terra: de 
baixo para cima, os peixes de nadadeiras lobadas Eusthenopteron, 
Panderichthys e Tiktaalik e os tetrápodes Acanthostega e Ichthyostega. 
 
No final do Devoniano, algumas plantas lentamente transitaram do ambiente aquático e passaram a viver 
no ambiente terrestre, isso reduziu drasticamente os níveis de CO2 da Terra, reduzindo a temperatura 
global e possibilitando a formação das primeiras florestas, no final desse período, já existiam espécies de 
porte arbóreo. As florestas desenvolviam-se livremente sem a presença de animais herbívoros, deste modo 
aumentando os níveis de oxigênio na atmosfera e fixando dióxido de carbono. As principais transformações 
na flora são o crescimento exponencial de pequenas plantas terrestres através do desenvolvimento dos 
esporos - unidades reprodutivas compostas por uma única célula. No Devoniano Superior, licopódios, 
samambaias e as ancestrais das plantas gimnospermas formaram os primeiros bosques de que se tem 
registro. 
 
O planeta passou por grandes mudanças geológicas nesse período, o que causou intensa atividade 
vulcânica. O continente Laurência colidiu com a Báltica no início do Devoniano, formando a Euramérica. 
Além deste, havia a Sibéria e a Gonduana (o maior continente, que abrangia a Antártida, parte da África, 
América do Sul e Oceania). Grande parte da superfície do planeta estava submersa por mares rasos. 
 
 
Ao final do período, um gradual evento de extinção em massa, que durou de 2 a 3 milhões de anos, e 
afetou principalmente as comunidades marinhas. Os recifes desapareceram completamente, bem comoos 
graptólitos, os tentaculitídeos (grupo de moluscos), muitos braquiópodes (grupo de moluscos com conchas 
bivalves), animais planctônicos e peixes. Nem mesmo os implacáveis placodermos tiveram sorte, deixando 
espaço para o desenvolvimento dos tubarões. Das setenta famílias de peixes, apenas dezessete 
sobreviveram e passaram ao Carbonífero. 
 
https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2011/06/ichthyostega.html
https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2016/07/periodo-carbonifero.html
https://1.bp.blogspot.com/-IeHTQ9Nv-TU/Vm4nqXPyNEI/AAAAAAAAC3c/gpSZAcE4E-o/s1600/Devoniano%2BInferior.jpg
https://3.bp.blogspot.com/-ezvwZie8cH8/VmjlBl-RBeI/AAAAAAAAC2k/nK1wExEaI7o/s1600/Conquista%2Bda%2Bterra.jpg
 
V. Período Carbonífero (359-299 milhões de anos) 
O período Carbonífero é conhecido como o período das grandes florestas, as quais deram origem as 
grandes jazidas de carvão que temos atualmente. Também surgem os primeiros répteis. 
Os vertebrados terrestres dominantes eram os anfíbios, eles estavam no topo da cadeia alimentar e 
predavam insetos e peixes; alguns mediam vários metros de comprimento. Embora já possuíssem patas e 
conseguissem respirar ar, ainda dependiam do meio aquático para se reproduzir. O colapso das florestas 
tropicais atingiu principalmente os anfíbios, restritos aos ambientes úmidos. Enquanto isso, 
os répteis desenvolviam importantes adaptações para sobreviver em condições mais áridas: pele coberta 
de escamas, que protegia contra a desidratação, e o ovo amniótico, dotado de uma casca protetora e 
reservas alimentares que nutriam o embrião até o seu nascimento. Esta foi a maior inovação evolutiva do 
Carbonífero, que, perto de terminar, já contava com vários grupos de animais amniotas, entre eles, répteis 
e sinápsidas. Nesse período, os peixes cartilaginosos e ósseos passaram a dominar os mares, crinoides, 
braquiópodes, briozoários, amonites, gastrópodes, bivalves e recifes de coral também continuavam 
abundantes. 
 
Em terra, a artrópodes diversificaram-se rapidamente (libélulas, milípedes, aracnídeos) e surgem os 
primeiros insetos com asas, vários deles atingindo proporções gigantescas. Isso era possível por causa da 
quantidade maior de oxigênio na atmosfera (35%, contra 21% nos dias de hoje). 
Vastas porções de florestas cobriam o terreno, com árvores de até 40 m de altura. Predominavam 
as pteridófitas, plantas que não se reproduzem por sementes, mas por esporos. Havia licófitas, esfenófitas, 
fetos arbóreos e samambaias. No final do Carbonífero, surgiram as primeiras plantas com sementes, como 
as pteridospermas (samambaias com sementes), coníferas (exemplo dos pinheiros), as ginkgófitas e as 
cicadófitas. 
No início do Carbonífero, um aumento no nível dos oceanos alagou muitas terras baixas, criando mares 
litorâneos rasos, porém, esse efeito se reverteu. Gondwana, passou a sofrer uma forte glaciação, coberto 
por uma espessa camada de gelo, enquanto as regiões equatoriais mantinham-se com um clima quente e 
úmido o suficiente para o desenvolvimento de pântanos e florestas exuberantes. Ao longo do período, as 
massas de terra de todo o planeta se uniram para formar a Pangeia, o continente único que resistiu até a 
era seguinte. Montanhas erguiam-se conforme os continentes colidiam. 
 
https://mundopre-historico.blogspot.com/2018/07/sinapsidas-synapsida.html
https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2011/03/ammonoidea.html
https://4.bp.blogspot.com/-O5yDg-1pGks/V5Zz7lpebII/AAAAAAAADfQ/cL9A0HTEsug4HNyFCQOtFhtVPK-Bx-FswCLcB/s1600/Carbon%25C3%25ADfero.jpg
 
VI. Período Permiano (299-251 milhões de anos) 
Uma grande variedade de insetos terrestres e vertebrados passam a habitar a Terra durante o Período 
Permiano. É quando surgem as cigarras, piolhos, besouros, moscas, vespas e mariposas. Com menos oxigênio 
disponível, os artrópodes gigantes que vagavam pelas florestas do Carbonífero começavam agora a 
desaparecer, mas surgiam os primeiros besouros e percevejos. 
A maior parte dos braquiópodes, briozoários, foraminíferos, crinoides, amonites e gastrópodes 
desapareceram. Além deles, todas as espécies de peixes acantódios, trilobitas, blastoides, corais rugosos, corais 
tabulados e escorpiões-marinhos foram extintas. Os anfíbios sofreram uma grande perda de diversidade, 
enquanto os amniotas, menos dependentes da água, passavam a dominar em quase todos os continentes. Foi 
no Permiano que os tetrápodes amniotas iniciaram sua diversificação em linhagens Diapsida e Synapsida. A 
linhagem Diapsida inclui os grupos de répteis e aves, enquanto a linhagem Synapsida inclui os mamíferos e 
alguns outros grupos já extintos. 
 
Figura 5-Fauna Perminiano/Os pelicossauros são ancestrais distantes dos mamíferos, já que deles descenderam os 
ancestrais imediatos dos mamíferos, os terapsídeos, pertencem a classe Synapsida. 
 
Entre os vegetais, ganharam espaço as plantas que produziam sementes (gimnospermas), entre elas, as 
samambaias, cicadófitas, ginkgófitas e, principalmente, as coníferas - estas últimas viriam a predominar 
durante centenas de milhões de anos. O Permiano ficou marcado pela chamada “Flora Glossopteris”, região de 
clima mais temperado. Essa flora era encontrada onde atualmente estão Índia, África, América do Sul, 
https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2016/07/periodo-carbonifero.html
https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2011/03/ammonoidea.html
https://mundopre-historico.blogspot.com.br/2015/01/trilobitas.html
 
Austrália e Antártida, composta por 4 gêneros principais: Glossopteris (mais 
abundante), Gangamopteris, Merianopteris e Schizoneura. 
 
Em meados do Permiano, estava formado o supercontinente Pangeia, que estendia-se de norte a sul, 
resultado da conversão dos continentes, reunindo praticamente todas as terras emersas do globo. O restante 
da superfície do planeta era coberto pelo superoceano Pantalassa. Devido à imensa concentração das massas 
terrestres, o interior do continente tornava-se cada vez mais seco, longe dos ventos que traziam a umidade do 
mar. As regiões úmidas e pantanosas diminuíam, as grandes florestas desapareciam e o nível de oxigênio na 
atmosfera era reduzido a um nível semelhante ao atual. 
 
O final do Permiano é marcado pela maior extinção em massa já registrada na história da Terra: a Extinção 
Permo-Triássica. Muito mais severa que a extinção que matou os dinossauros, ela eliminou cerca de 95% das 
espécies marinhas e 70% das espécies terrestres, gerando consequências devastadoras para a biodiversidade. A 
causa principal seriam as gigantescas inundações de lava na Sibéria, que teriam liberado na atmosfera enormes 
quantidades de dióxido de carbono, além do metano aprisionado no fundo oceânico, provocando um mortal 
efeito estufa que teria aumentado a temperatura da Terra em até 5ºC, assim como a temperatura dos mares, 
alterando as correntes oceânicas e reduzindo a capacidade de oxigênio na água. 
6. Principais eventos de extinção em massa 
A Era Paleozoica foi marcada por grandes extinções em massa que atingiram principalmente os animais 
marinhos. Estima-se que mais de 95% das espécies que viviam no mar desapareceram da Terra, e 70% das 
espécies continentais, exterminando com o grupo das trilobitas, entre outros grandes grupos. Essa extinção é 
conhecida como a “extinção do Permo-Triássico”, que marca a passagem da Era Paleozóica para a Mesozóica. 
 
Das 5 grandes extinções da Terra (big five), 4 delas aconteceram na Era Paleozóica, sendo elas: 
 
I. Cambriano: Por volta de 550 milhões de anos atrás. 
Principais afetados: trilobitas. 
https://4.bp.blogspot.com/-GPxUCQzp3mQ/WGXTzjXevqI/AAAAAAAADvs/0Nalnyxrq7oebtre6vXesPVuAUyBrpfkACLcB/s1600/Permiano.jpg
 
Causas: forte redução no nível do mar que eliminou o habitat das espécies de águas rasas, e/ou 
mudanças nas correntes marítimas que jogaram muitas das espécies em águas frias e sem oxigênio. 
II. Ordoviciano: Por volta de 440 milhões de anos atrás. 
Principais afetados: invertebrados marinhos, como moluscos,cefalópodes primitivos e peixes sem 
mandíbula. Extinguiu entre 60% e 70% das espécies do planeta. 
Causas: devido à ocorrência de um período glacial e/ou devido ao congelamento da maior parte da 
água dos oceanos que reduziu o nível do mar e eliminou habitats. 
III. Devoniano: Por volta de 365 milhões de anos atrás. 
Principais afetados: peixes, afetando a sobrevivência de 75% das espécies. 
Causas: aquecimento, seguido de rápida glaciação, associado a uma diminuição do oxigênio nos 
oceanos, e/ou há evidências de um grande impacto de asteróide. 
IV. Perminiano: Por volta de 145 milhões de anos atrás. 
Principais afetados: répteis anteriores aos dinossauros, aproximadamente 95% das espécies de todo 
o planeta foram extintas. 
Causas: drásticas mudanças ambientais, como impactos de asteroides (mais de 6 quilômetros de 
diâmetro) e atividades vulcânicas (derramamento de lava onde hoje é a Sibéria causou a maior de 
todas as extinções). 
 
Referências 
https://www.infoescola.com/geografia/era-paleozoica/ 
https://www.todamateria.com.br/era-paleozoica/ 
https://mundopre-historico.blogspot.com/2016/12/periodo-permiano.html 
https://www.infoescola.com/historia/periodo-cambriano/ 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/geografia/explosao-cambriana 
https://www.preparaenem.com/biologia/era-
paleozoica.htm#:~:text=O%20final%20da%20Era%20Paleozoica,tamb%C3%A9m%20foram%20alvo%20da%20extin%C3%A7%C3%A3o. 
https://www.coladaweb.com/geografia/extincoes-em-massa 
https://super.abril.com.br/ciencia/qual-foi-a-causa-das-grandes-extincoes/ 
 
https://www.infoescola.com/geografia/era-paleozoica/
https://www.todamateria.com.br/era-paleozoica/
https://mundopre-historico.blogspot.com/2016/12/periodo-permiano.html
https://www.infoescola.com/historia/periodo-cambriano/
https://www.portalsaofrancisco.com.br/geografia/explosao-cambriana
https://www.preparaenem.com/biologia/era-paleozoica.htm#:~:text=O%20final%20da%20Era%20Paleozoica,tamb%C3%A9m%20foram%20alvo%20da%20extin%C3%A7%C3%A3o
https://www.preparaenem.com/biologia/era-paleozoica.htm#:~:text=O%20final%20da%20Era%20Paleozoica,tamb%C3%A9m%20foram%20alvo%20da%20extin%C3%A7%C3%A3o
https://www.coladaweb.com/geografia/extincoes-em-massa
https://super.abril.com.br/ciencia/qual-foi-a-causa-das-grandes-extincoes/