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Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA) Apresentação A Lei Orçamentária Anual (LOA) é um dos três instrumentos que propõe a Constituição Federal para o uso do dinheiro público, junto com o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). É no projeto de Lei Orçamentária Anual que o governo define as prioridades contidas no Plano Plurianual e as metas que deverão ser atingidas naquele ano. A LOA disciplina todas as ações do executivo. Nenhuma despesa pública pode ser executada fora do orçamento, mas nem tudo é feito pelo Governo Federal. As ações dos governos estaduais e municipais devem estar registradas nas leis orçamentárias dos estados e municípios. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os objetivos da LOA, sua composição e como ela garante o orçamento público e o atingimento das metas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os objetivos da LOA.• Estabelecer a composição da LOA.• Mostrar a atuação da LOA na garantia do orçamento público e das suas metas.• Desafio A participação popular é essencial para o desenvolvimento de políticas públicas que ajudem a resolver e a atender às demandas da população, para a formação de metas e objetivos que contemplem todo o município e de forma igualitária. Suponha que você esteve na seguinte situação: Com base no seu conhecimento sobre a Lei Orçamentária Anual, você acha que o percentual de 12% é suficiente para resolver a falta de remédios? Caso não esteja de acordo com esse valor, o que você faz? Infográfico A Lei Complementar 87/1996, conhecida como Lei Kandir, promoveu significativas mudanças no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), entre as quais a desoneração desse tributo de competência estadual sobre as exportações de produtos primários e semielaborados. A medida de isenção fiscal foi oferecida aos estados como um “seguro-receita”, que retorna ao ente federado como ressarcimento das possíveis perdas de arrecadação. Nesse processo, os valores estimados revelam a insuficiência dos repasses federais na compensação das perdas de arrecadação de ICMS aos estados. Conheça, no Infográfico, um pouco mais sobre a Lei Kandir e sua participação no orçamento público. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/6fbfe27c-5162-46ba-8073-bfddb629e826/e1037701-5d06-44c4-912a-7d1ef365f364.jpg Conteúdo do livro A Lei Orçamentária Anual, elaborada anualmente pelo Poder Executivo, em atendimento à Constituição Federal e à Lei Federal 4.320/64, estabelece as normas gerais para elaboração, execução e controle orçamentário. É elaborada para possibilitar a concretização das situações planejadas no Plano Plurianual. Ela obedece a Lei de Diretrizes Orçamentárias, estabelecendo a programação das ações a serem executadas para alcançar os objetivos determinados, cujo cumprimento se dará durante o exercício financeiro, sendo instrumento constitucional de planejamento operacional e definindo as receitas e as despesas para o próximo exercício. É uma importante ferramenta para a transparência e para o controle das contas. No capítulo Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA), do livro Planejamento e Orçamento Público, você verá como identificar os objetivos da LOA e estabelecer sua composição, além de como a atuação da LOA garante o orçamento público e suas metas. Boa leitura. PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO PÚBLICO Luciane Rosa de Oliveira Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA) Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os objetivos da LOA. Estabelecer a composição da LOA. Mostrar a atuação da LOA na garantia do orçamento público e das suas metas. Introdução Neste capítulo, você vai estudar a Lei Orçamentária Anual (LOA), que consiste em um dos três instrumentos de planejamento e orçamento públicos previstos na legislação brasileira. A LOA está interligada com os outros dois instrumentos de planejamento e orçamento, que são o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O PPA, a LDO e a LOA são os instrumentos que determinarão as metas de orçamento público de um período. Cada um deles possui características e regras próprias no que tange à sua elaboração, aprovação e implementação. Neste capítulo, você vai aprender mais sobre a LOA, verificando seus objetivos, sua composição e sua atuação em relação ao orçamento público. A Lei Orçamentária Anual O Estado organiza seus recursos para realizar suas tarefas e se manter por meio do orçamento público, um instrumento utilizado para planejar a forma como serão utilizados todo os recursos arrecadados com os contribuintes sob a forma de tributos. É por meio do orçamento público que o Estado é capaz de organizar seus recursos e especifi car os gastos que serão alocados a cada área sobre a qual a gestão pública atua, como saúde, educação, segurança pública etc. Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o Brasil possui um modelo orçamentário de gestão de recursos públicos composto por três instrumentos de planejamento e orçamento: o PPA, a LDO e a LOA (Figura 1). Veja o que diz o art. 165 da CF/1988: Seção II – DOS ORÇAMENTOS Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais (BRASIL, 1988, documento on-line). Figura 1. Instrumentos do orçamento público. A LOA corresponde à parte operacional do orçamento brasileiro, garan- tindo que tudo o que foi planejado no PPA seja executado. Destaca-se que cada ente federativo (União, estados, Distrito Federal e municípios) deverá elaborar sua própria LOA a cada novo ano, como seu próprio título indica. Por ser um instrumento anual, a LOA é elaborada no período de 18 de julho a 31 de agosto de cada ano. A partir disso, a LOA é enviada ao Poder Legislativo, Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)2 para apreciação e alterações (se necessárias). A aprovação da LOA ocorre no período de 01 de setembro a 22 de dezembro de cada ano. Assim, no ano seguinte, a LOA é executada de 01 de janeiro a 31 de dezembro (Figura 2). Figura 2. Prazos da Lei Orçamentária Anual. O prazo de vigência da LOA coincide com o exercício financeiro e com o ano civil. Durante esse período, serão realizados os objetivos e as metas definidos para aquele ano no PPA e na LDO. Destaca-se que o termo exercício financeiro diz respeito ao período no qual ocorrem as operações financeiras dos entes públicos, enquanto ano civil corresponde ao ano-calendário, isto é, de 01 de janeiro a 31 de dezembro. A LOA de um município deve discriminar a fonte das receitas e como esses recursos serão distribuídos nos programas da cidade. 3Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA) Os elementos legais que regem a LOA são a CF/1988 e a Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964, e suas alterações. De acordo com essas normas, a LOA apresentará a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, ao discriminar a forma como serão obtidas as receitas e como serão realizadas as despesas do ente no período de um ano (BRASIL, 1964; 1988). Nesse sentido, compreende-se que o principal objetivo da LOA é o de estimar receitas e fixar despesas. Isso significa dizer que, anualmente, deverá ser elaborado um projeto de lei em que estarão provisionadas todas as receitas que cada ente obterá naquele exercício e todas as despesas que serão realizadas com base nas receitas estimadas. Após sua aprovação, a LOA torna-se uma Lei, que deverá ser observada no exercício para o qual foi criada. Por se tratar de um instrumento orçamen- tário, a LOA deverá seguir regras e padrõespreviamente estabelecidos. Para entender quais são os critérios que deverão ser observados pelos entes para a elaboração da LOA, você vai verificar, a seguir, como é elaborada a LOA e quais elementos a compõem. O que compõe a Lei Orçamentária Anual Até o momento, vimos que a LOA consiste em uma lei para tratar dos orça- mentos anuais dos entes públicos. Para atingir seu objetivo, a LOA deverá observar especifi cidades determinadas na CF brasileira. De acordo com o disposto no art. 165, § 5º, da CF/1988, a LOA compreenderá: I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público (BRASIL, 1988, documento on-line). Depreende-se desse artigo que a LOA é estruturada em três documentos: orçamento fiscal, orçamento de investimento e orçamento da seguridade social (Figura 3). Vamos entender um pouco mais sobre cada um deles? Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)4 Figura 3. Documentos que compõem a LOA. O orçamento fiscal representa a maior parte das receitas e despesas dos entes públicos. Com base nele, são executadas as receitas tributárias, como impostos, taxas e contribuições, e são realizadas as despesas com compras e pagamento de pessoal. Gontijo (2004) explica o orçamento fiscal como um elemento orçamentário que abrange: os poderes federal, estadual e municipal e seus fundos, órgãos, autar- quias e fundações; as empresas públicas e as sociedades de economia mista; as demais entidades controladas que recebem recursos do Tesouro Nacional, cujo caráter não esteja vinculado à participação acionária, ao recebimento pela prestação de serviços ou ao fornecimento de bens ou pagamentos de empréstimos e financiamentos concedidos. Percebe-se, portanto, que o orçamento fiscal se refere aos recursos que os governos obtêm a partir dos tributos que arrecadam. Esses tributos se configuram a partir dos impostos, das taxas e das contribuições recolhidas. O orçamento fiscal deverá elencar a forma como tais recursos serão utilizados na sociedade. Para compreender melhor esse orçamento, observe a Figura 5Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA) 4, que traz um exemplo de orçamento fiscal extraído da LOA de São Paulo, referente ao exercício de 2019 (SÃO PAULO, 2019). Figura 4. Orçamento fiscal que compõe a Lei Orçamentária Anual de São Paulo, referente ao exercício de 2019. Fonte: Adaptada de São Paulo (2019). Como você pode observar na Figura 4, a LOA apresenta estruturas es- pecíficas para cada ente. No entanto, a Lei deverá evidenciar, pelo menos: Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)6 1. os dados básicos, com especificação do órgão a que se referem e sua respectiva unidade; 2. a esfera (se orçamento fiscal, de investimento ou da seguridade social); 3. o resumo da unidade orçamentária, com o programa, a função e a subfunção, a modalidade de aplicação, a fonte e as formas de distri- buição de recursos; 4. a programação da unidade orçamentária, apresentando o detalhamento de todos os programas atendidos, a ação realizada, o grupo de despesa ao qual está vinculado e a fonte de recursos. O orçamento de investimento, por sua vez, elenca as receitas e despesas das empresas públicas e sociedades de economia mista. De acordo com o Ministério da Economia, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (BRASIL, 2015, documento on-line), O orçamento de Investimento compreende todas as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, não incluídas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade, e que tenham investimentos programados para o exercício, independentemente da fonte de financiamento utilizada [...]. São incluídos nesse orçamento as receitas e despesas das empresas públicas e sociedades de economia mista que não foram contemplados nos orçamentos fiscal e de seguridade social. Ainda no que diz respeito ao orçamento de in- vestimento, enquadram-se como despesas as aquisições de bens imobilizados (como veículos, imóveis, terrenos etc.) e as benfeitorias realizadas nos bens da União. O orçamento da seguridade social representa as receitas e despesas relacio- nadas à saúde, à previdência e à assistência social. Nele, os entes federativos deverão apresentar a composição de suas receitas a partir de órgãos relacionados à seguridade social e às despesas que serão destinadas a essa rubrica. Segundo Gontijo (2004, documento on-line), o orçamento da seguridade social: […] constitui o detalhamento dos montantes de receitas vinculados aos gastos da seguridade social — especialmente as contribuições sociais nominadas no art. 195 da Constituição. Compreende também outras contribuições que lhe sejam asseguradas ou transferidas pelo orçamento fiscal, bem como do detalhamento das programações relativas à saúde, à previdência e à assistên- cia social que serão financiadas por tais receitas. Esse orçamento abrange todas as entidades e órgãos vinculados à seguridade social, da administração 7Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA) direta e indireta, bem como fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. No que tange às contribuições sociais destacadas por Gontijo (2004), trata-se de recursos destinados ao custeio das atividades específicas que não competem ao Estado, como aquelas que são previstas no orçamento fiscal. Dessa forma, para compor o orçamento da seguridade social, as receitas deverão, obrigatoriamente: 1. possuir norma (constitucional ou infraconstitucional) que vincule a receita ao financiamento da seguridade social; e 2. ter como destinação as áreas de saúde, previdência ou assistência. Isso significa dizer que o objetivo da receita de compor a seguridade social deverá estar explicitado em alguma norma, e o seu uso (para fim específico) deverá ser creditado às áreas supracitadas (saúde, previdência ou assistência). A LOA poderá autorizar o Poder Executivo a abrir créditos suplementares até determi- nado valor e executar operações de crédito por antecipação da receita em qualquer mês, com a finalidade de suprir insuficiências de caixa. Acesse o link a seguir e saiba mais sobre os créditos suplementares. https://qrgo.page.link/9Y7JN A composição da LOA, portanto, respeita todas as metas e os objetivos previamente estabelecidos nos demais instrumentos de planejamento e orça- mento, mas apresenta uma grande complexidade, tendo em vista que demanda o detalhamento específico de cada recurso que será utilizado nos programas dos diferentes entes federativos. Importância da Lei Orçamentária Anual A partir do que discutimos até agora, pode-se perceber a importância da LOA na consecução do orçamento público. Ela é fundamental para que todos os Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)8 instrumentos de planejamento e orçamento estejam alinhados. As metas e os objetivos estabelecidos tanto no PPA quanto na LDO serão realizados a partir das estratégias defi nidas na LOA. Por estimar as receitas e distribuir as despesas, a partir da LOA, é possível apurar se o governo estará com superávit ou défi cit orçamentário, permitindo atualização dos planos e das metas de governo. Superávit e déficit orçamentário são os resultados orçamentários possíveis. Quando houver uma diferença positiva entre as receitas estimadas e as despesas orçamentárias previstas para um exercício, temos o superávit orçamentário. Quando houver uma diferençanegativa entre ambos, temos o déficit orçamen- tário. Fazendo um paralelo com as instituições privadas, superávit e déficit correspondem ao lucro e ao prejuízo, respectivamente, do orçamento público. Sabe-se que a LOA somente será elaborada após o PPA ter sido aprovado e após a identificação, na LDO, das regras que serão observadas para a LOA. Existe, portanto, um ciclo orçamentário criado e estabelecido para uma melhor gestão dos recursos públicos. A importância da LOA reside, dessa forma, na conclusão do ciclo dos orçamentos públicos brasileiros (Figura 5). Figura 5. Documentos que compreendem o ciclo orçamentário. É importante destacar que o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas do ente para o período de quatro anos, e a LDO define as metas e 9Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA) prioridades do governo, apontando quais são as obras e os serviços prioritários para o ano seguinte. Dessa forma, percebe-se que deve haver um diálogo entre as peças orçamentárias do poder público. Essa conversa possibilita que as ações do setor público fluam em direção aos objetivos e às estratégias do governo. Nesse sentido, a LOA é um instrumento importante na execução das atividades de planejamento e orçamento, que auxilia no sucesso da ação do governo. Em razão de ser o único meio de previsão das despesas que poderão ser executadas, a LOA disciplina todas as ações dos três entes federativos; a partir disso, são definidas as prioridades do governo para cada um dos anos a que compete a LOA. Nesse sentido, a relevância da LOA se dá, justamente, por detalhar à população quais serão as primeiras ações executadas e aplicadas. Você pode acessar a LOA de qualquer ente federativo pela internet. Acesse o link a seguir e confira a LOA do estado de São Paulo para o exercício de 2019. https://qrgo.page.link/aL3TR A elaboração da LOA permite a participação popular, por meio de au- diências públicas. Nessas ocasiões, o cidadão tem o direito e a possibilidade de se tornar um agente responsável pela construção e posterior fiscalização do orçamento público. Essa publicidade viabiliza uma maior transparência nos gastos públicos, com a perspectiva de um adequado aproveitamento dos recursos de toda a população. A partir daí, pode-se partir para os planos de ação, para tentar reduzir as despesas do governo ou aumentar as receitas por meio de alterações na legislação tributária, cujo impacto é analisado na LDO. Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)10 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/consti- tuicao.htm. Acesso em: 12 dez. 2019. BRASIL. Lei no. 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Finan- ceiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Diário Oficial da União, 23 mar. 1964. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm. Acesso em: 12 dez. 2019. BRASIL: Ministério da Economia, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. O que é o orçamento de investimentos? 2015. Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/ servicos/faq/governanca-das-empresas-estatais/orcamento-de-investimento-das- -estatais/o-que-e-orcamento-de-investimentos. Acesso em: 12 dez. 2019. GONTIJO, V. Instrumentos de planejamento e orçamento. 2004. Disponível em: https:// www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/cidadao/entenda/cursopo/planejamento. html. Acesso em: 12 dez. 2019. SÃO PAULO. Assembleia Legislativa do Estado. Lei no. 16.923, de 7 de janeiro de 2019. Orça a Receita e fixa a Despesa do Estado para o exercício de 2019. Diário Oficial do Estado de São Paulo, 8 jan. 2019. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/norma/189140. Acesso em: 12 dez. 2019. Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. 11Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA) Dica do professor O orçamento da União é um planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro público federal no período de um ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos. O poder Executivo é o autor da proposta, e o poder Legislativo a transforma em lei. Os 26 estados, o Distrito Federal e os municípios também fazem os seus próprios orçamentos, prevendo a arrecadação e os gastos que serão realizados com os impostos arrecadados por eles. Veja, na Dica do Professor, o orçamento da União votado para 2019. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ae21d02aeef83bdadd65212f457d9c49 Exercícios 1) A Lei Orçamentária Anual é elaborada pelo poder Executivo, em atendimento à Constituição Federal e à Lei Federal 4.320/64. O que compõe a LOA? A) Orçamento fiscal, investimentos das empresas da União e orçamento de investimentos B) Investimentos das empresas da União, receitas orçamentarias e seguridade social C) Orçamento fiscal, investimentos das empresas da União e da seguridade social D) Orçamento fiscal, investimentos das empresas privadas e da seguridade social E) Orçamento fiscal, despesas orçamentárias e investimento das empresas da União 2) A seguridade social é uma responsabilidade do governo. Com relação a sua previsão na LOA, é correto afirmar que: A) atende às demandas médicas e hospitalares. B) não abrange a previdência social. C) está prevista na sua própria LOA. D) está prevista a previdência social. E) não está prevista na LOA, pois é obrigação dos estados. 3) A Lei Orçamentária Anual é um instrumento que fixa as receitas e as despesas do próximo exercício. De forma contábil, como pode ser definido o funcionamento do orçamento anual? A) Com a determinação do Executivo. B) Com a criação do PPA. C) Com a fixação de metas durante o ano. D) A partir das diretrizes orçamentárias. E) A partir do registro das entradas de recursos e saídas de gastos. 4) A Lei de Orçamentária Anual é uma lei proposta pelo Executivo e aprovada pelo Legislativo. Sobre a LOA, é correto afirmar que: A) fixa as receitas e as despesas para o exercício seguinte. B) propõe as diretrizes orçamentárias para o exercício vigente. C) visa a realizar um planejamento pelo período de quatro anos. D) determina as diretrizes orçamentária para o próximo ano. E) fixa as receitas e despesas para o exercício atual. 5) Existe uma diferença entre o que é planejado e o que é executado e, na prática, na sua composição do orçamento público, ocorre sempre divergência entre os poderes. Qual o motivo correto para essa divergência: A) As diretrizes orçamentárias não são claras. B) Estão preocupados com uma fatia maior de dinheiro. C) Normalmente, os poderes entendem que a alocação de recursos muda. D) Porque a formulação da LDO passa pelo PPA e pela LDO. E) Porque envolvem pessoas de partidos diferentes, que podem ser oposição. Na prática A Lei Orçamentária Anual, a LOA, é aquela que fixa as receitas e as despesas do próximo período. É nela que ficam estipulados os valores para saúde, educação, obras, etc. Existe um processo até a aprovação da LOA, começando com o planejamento do Executivo, que envia ao Legislativo, o qual analisa e aprova a Lei. A discussão durante o processo deve contar com a participação da população por meio das audiências públicas. Acompanhe, Na Prática, como Marcos, um pai de 3 crianças pequenas, uniu-se a outros pais e professores para conseguir mais verba para a construção de novas creches.Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/67b8e3de-5290-49bc-a24f-020fd4715185/5004464d-e892-4750-b4cb-00932dc4433a.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Orçamento-programa no contexto da gestão pública Este estudo busca compreender se o orçamento-programa está integrado ao planejamento governamental - Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e à Lei Orçamentária Anual (LOA) – ou se é apenas uma peça contábil e financeira, em vez de um instrumento de gestão. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Os custos das políticas públicas: um olhar para o orçamento com foco nos gastos Neste estudo, o autor apresenta um visão crítica acerca dos orçamentos realizados pelas diferentes esferas - municipal, estadual e federal - pois entende que são negligenciados continuadamente por todas as esferas do poder Executivo, tanto no momento de sua elaboração quanto na falha de sua execução. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Gastos públicos: análise da aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Constituição Federal no Corede Alto Jacuí Este artigo explora a aplicação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que compreende metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orienta a elaboração da lei orçamentária anual, colocada sobre as alterações na https://periodicos.ufsm.br/index.php/reget/article/view/18883 https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rdiet/article/view/5132 legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.redalyc.org/pdf/2734/273450498006.pdf