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Instrumentos de planejamento e 
orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)
Apresentação
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é um dos três instrumentos que propõe a Constituição Federal 
para o uso do dinheiro público, junto com o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). É no projeto de Lei Orçamentária Anual que o governo define as prioridades 
contidas no Plano Plurianual e as metas que deverão ser atingidas naquele ano.
A LOA disciplina todas as ações do executivo. Nenhuma despesa pública pode ser executada fora 
do orçamento, mas nem tudo é feito pelo Governo Federal. As ações dos governos estaduais e 
municipais devem estar registradas nas leis orçamentárias dos estados e municípios.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os objetivos da LOA, sua composição e como ela 
garante o orçamento público e o atingimento das metas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os objetivos da LOA.•
Estabelecer a composição da LOA.•
Mostrar a atuação da LOA na garantia do orçamento público e das suas metas.•
Desafio
A participação popular é essencial para o desenvolvimento de políticas públicas que ajudem a 
resolver e a atender às demandas da população, para a formação de metas e objetivos que 
contemplem todo o município e de forma igualitária.
Suponha que você esteve na seguinte situação:
 
Com base no seu conhecimento sobre a Lei Orçamentária Anual, você acha que o percentual de 
12% é suficiente para resolver a falta de remédios? Caso não esteja de acordo com esse valor, o 
que você faz?
Infográfico
A Lei Complementar 87/1996, conhecida como Lei Kandir, promoveu significativas mudanças no 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), entre as quais a desoneração desse 
tributo de competência estadual sobre as exportações de produtos primários e semielaborados. A 
medida de isenção fiscal foi oferecida aos estados como um “seguro-receita”, que retorna ao ente 
federado como ressarcimento das possíveis perdas de arrecadação. Nesse processo, os valores 
estimados revelam a insuficiência dos repasses federais na compensação das perdas de 
arrecadação de ICMS aos estados.
Conheça, no Infográfico, um pouco mais sobre a Lei Kandir e sua participação no orçamento 
público.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/6fbfe27c-5162-46ba-8073-bfddb629e826/e1037701-5d06-44c4-912a-7d1ef365f364.jpg
Conteúdo do livro
A Lei Orçamentária Anual, elaborada anualmente pelo Poder Executivo, em atendimento à 
Constituição Federal e à Lei Federal 4.320/64, estabelece as normas gerais para elaboração, 
execução e controle orçamentário.
É elaborada para possibilitar a concretização das situações planejadas no Plano Plurianual. Ela 
obedece a Lei de Diretrizes Orçamentárias, estabelecendo a programação das ações a serem 
executadas para alcançar os objetivos determinados, cujo cumprimento se dará durante o exercício 
financeiro, sendo instrumento constitucional de planejamento operacional e definindo as receitas e 
as despesas para o próximo exercício. É uma importante ferramenta para a transparência e para o 
controle das contas.
No capítulo Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA), do livro 
Planejamento e Orçamento Público, você verá como identificar os objetivos da LOA e estabelecer 
sua composição, além de como a atuação da LOA garante o orçamento público e suas metas.
Boa leitura.
PLANEJAMENTO 
E ORÇAMENTO 
PÚBLICO 
Luciane Rosa de Oliveira 
Instrumentos de 
planejamento e orçamento: 
Lei Orçamentária 
Anual (LOA)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os objetivos da LOA.
  Estabelecer a composição da LOA.
  Mostrar a atuação da LOA na garantia do orçamento público e das 
suas metas.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a Lei Orçamentária Anual (LOA), que 
consiste em um dos três instrumentos de planejamento e orçamento 
públicos previstos na legislação brasileira. A LOA está interligada com os 
outros dois instrumentos de planejamento e orçamento, que são o Plano 
Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O PPA, a LDO 
e a LOA são os instrumentos que determinarão as metas de orçamento 
público de um período. Cada um deles possui características e regras 
próprias no que tange à sua elaboração, aprovação e implementação.
Neste capítulo, você vai aprender mais sobre a LOA, verificando seus 
objetivos, sua composição e sua atuação em relação ao orçamento 
público. 
A Lei Orçamentária Anual 
O Estado organiza seus recursos para realizar suas tarefas e se manter por 
meio do orçamento público, um instrumento utilizado para planejar a forma 
como serão utilizados todo os recursos arrecadados com os contribuintes sob 
a forma de tributos. É por meio do orçamento público que o Estado é capaz de 
organizar seus recursos e especifi car os gastos que serão alocados a cada área 
sobre a qual a gestão pública atua, como saúde, educação, segurança pública etc.
Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o Brasil possui 
um modelo orçamentário de gestão de recursos públicos composto por três 
instrumentos de planejamento e orçamento: o PPA, a LDO e a LOA (Figura 
1). Veja o que diz o art. 165 da CF/1988:
Seção II – DOS ORÇAMENTOS
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais (BRASIL, 1988, documento on-line).
Figura 1. Instrumentos do orçamento público.
A LOA corresponde à parte operacional do orçamento brasileiro, garan-
tindo que tudo o que foi planejado no PPA seja executado. Destaca-se que 
cada ente federativo (União, estados, Distrito Federal e municípios) deverá 
elaborar sua própria LOA a cada novo ano, como seu próprio título indica. Por 
ser um instrumento anual, a LOA é elaborada no período de 18 de julho a 31 
de agosto de cada ano. A partir disso, a LOA é enviada ao Poder Legislativo, 
Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)2
para apreciação e alterações (se necessárias). A aprovação da LOA ocorre 
no período de 01 de setembro a 22 de dezembro de cada ano. Assim, no ano 
seguinte, a LOA é executada de 01 de janeiro a 31 de dezembro (Figura 2).
Figura 2. Prazos da Lei Orçamentária Anual.
O prazo de vigência da LOA coincide com o exercício financeiro e com 
o ano civil. Durante esse período, serão realizados os objetivos e as metas 
definidos para aquele ano no PPA e na LDO. Destaca-se que o termo exercício 
financeiro diz respeito ao período no qual ocorrem as operações financeiras 
dos entes públicos, enquanto ano civil corresponde ao ano-calendário, isto é, 
de 01 de janeiro a 31 de dezembro.
A LOA de um município deve discriminar a fonte das receitas e como esses recursos 
serão distribuídos nos programas da cidade.
3Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)
Os elementos legais que regem a LOA são a CF/1988 e a Lei nº. 4.320, de 
17 de março de 1964, e suas alterações. De acordo com essas normas, a LOA 
apresentará a política econômico-financeira e o programa de trabalho do 
governo, ao discriminar a forma como serão obtidas as receitas e como serão 
realizadas as despesas do ente no período de um ano (BRASIL, 1964; 1988). 
Nesse sentido, compreende-se que o principal objetivo da LOA é o de 
estimar receitas e fixar despesas. Isso significa dizer que, anualmente, 
deverá ser elaborado um projeto de lei em que estarão provisionadas todas as 
receitas que cada ente obterá naquele exercício e todas as despesas que serão 
realizadas com base nas receitas estimadas. 
Após sua aprovação, a LOA torna-se uma Lei, que deverá ser observada 
no exercício para o qual foi criada. Por se tratar de um instrumento orçamen-
tário, a LOA deverá seguir regras e padrõespreviamente estabelecidos. Para 
entender quais são os critérios que deverão ser observados pelos entes para a 
elaboração da LOA, você vai verificar, a seguir, como é elaborada a LOA e 
quais elementos a compõem.
O que compõe a Lei Orçamentária Anual 
Até o momento, vimos que a LOA consiste em uma lei para tratar dos orça-
mentos anuais dos entes públicos. Para atingir seu objetivo, a LOA deverá 
observar especifi cidades determinadas na CF brasileira. De acordo com o 
disposto no art. 165, § 5º, da CF/1988, a LOA compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público (BRASIL, 
1988, documento on-line).
Depreende-se desse artigo que a LOA é estruturada em três documentos: 
orçamento fiscal, orçamento de investimento e orçamento da seguridade social 
(Figura 3). Vamos entender um pouco mais sobre cada um deles?
Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)4
Figura 3. Documentos que compõem a LOA.
O orçamento fiscal representa a maior parte das receitas e despesas dos 
entes públicos. Com base nele, são executadas as receitas tributárias, como 
impostos, taxas e contribuições, e são realizadas as despesas com compras e 
pagamento de pessoal. Gontijo (2004) explica o orçamento fiscal como um 
elemento orçamentário que abrange:
  os poderes federal, estadual e municipal e seus fundos, órgãos, autar-
quias e fundações;
  as empresas públicas e as sociedades de economia mista;
  as demais entidades controladas que recebem recursos do Tesouro 
Nacional, cujo caráter não esteja vinculado à participação acionária, 
ao recebimento pela prestação de serviços ou ao fornecimento de bens 
ou pagamentos de empréstimos e financiamentos concedidos. 
Percebe-se, portanto, que o orçamento fiscal se refere aos recursos que 
os governos obtêm a partir dos tributos que arrecadam. Esses tributos se 
configuram a partir dos impostos, das taxas e das contribuições recolhidas. 
O orçamento fiscal deverá elencar a forma como tais recursos serão utilizados 
na sociedade. Para compreender melhor esse orçamento, observe a Figura 
5Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)
4, que traz um exemplo de orçamento fiscal extraído da LOA de São Paulo, 
referente ao exercício de 2019 (SÃO PAULO, 2019). 
Figura 4. Orçamento fiscal que compõe a Lei Orçamentária Anual de São Paulo, referente 
ao exercício de 2019.
Fonte: Adaptada de São Paulo (2019).
Como você pode observar na Figura 4, a LOA apresenta estruturas es-
pecíficas para cada ente. No entanto, a Lei deverá evidenciar, pelo menos: 
Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)6
1. os dados básicos, com especificação do órgão a que se referem e sua 
respectiva unidade;
2. a esfera (se orçamento fiscal, de investimento ou da seguridade social); 
3. o resumo da unidade orçamentária, com o programa, a função e a 
subfunção, a modalidade de aplicação, a fonte e as formas de distri-
buição de recursos;
4. a programação da unidade orçamentária, apresentando o detalhamento 
de todos os programas atendidos, a ação realizada, o grupo de despesa 
ao qual está vinculado e a fonte de recursos.
O orçamento de investimento, por sua vez, elenca as receitas e despesas 
das empresas públicas e sociedades de economia mista. De acordo com o 
Ministério da Economia, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (BRASIL, 
2015, documento on-line), 
O orçamento de Investimento compreende todas as empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a 
voto, não incluídas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade, e que tenham 
investimentos programados para o exercício, independentemente da fonte de 
financiamento utilizada [...].
São incluídos nesse orçamento as receitas e despesas das empresas públicas 
e sociedades de economia mista que não foram contemplados nos orçamentos 
fiscal e de seguridade social. Ainda no que diz respeito ao orçamento de in-
vestimento, enquadram-se como despesas as aquisições de bens imobilizados 
(como veículos, imóveis, terrenos etc.) e as benfeitorias realizadas nos bens 
da União. 
O orçamento da seguridade social representa as receitas e despesas relacio-
nadas à saúde, à previdência e à assistência social. Nele, os entes federativos 
deverão apresentar a composição de suas receitas a partir de órgãos relacionados 
à seguridade social e às despesas que serão destinadas a essa rubrica. Segundo 
Gontijo (2004, documento on-line), o orçamento da seguridade social:
[…] constitui o detalhamento dos montantes de receitas vinculados aos gastos 
da seguridade social — especialmente as contribuições sociais nominadas 
no art. 195 da Constituição. Compreende também outras contribuições que 
lhe sejam asseguradas ou transferidas pelo orçamento fiscal, bem como do 
detalhamento das programações relativas à saúde, à previdência e à assistên-
cia social que serão financiadas por tais receitas. Esse orçamento abrange 
todas as entidades e órgãos vinculados à seguridade social, da administração 
7Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)
direta e indireta, bem como fundos e fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público.
No que tange às contribuições sociais destacadas por Gontijo (2004), 
trata-se de recursos destinados ao custeio das atividades específicas que não 
competem ao Estado, como aquelas que são previstas no orçamento fiscal. 
Dessa forma, para compor o orçamento da seguridade social, as receitas 
deverão, obrigatoriamente: 
1. possuir norma (constitucional ou infraconstitucional) que vincule a 
receita ao financiamento da seguridade social; e
2. ter como destinação as áreas de saúde, previdência ou assistência. 
Isso significa dizer que o objetivo da receita de compor a seguridade social 
deverá estar explicitado em alguma norma, e o seu uso (para fim específico) 
deverá ser creditado às áreas supracitadas (saúde, previdência ou assistência). 
A LOA poderá autorizar o Poder Executivo a abrir créditos suplementares até determi-
nado valor e executar operações de crédito por antecipação da receita em qualquer 
mês, com a finalidade de suprir insuficiências de caixa. Acesse o link a seguir e saiba 
mais sobre os créditos suplementares.
https://qrgo.page.link/9Y7JN
A composição da LOA, portanto, respeita todas as metas e os objetivos 
previamente estabelecidos nos demais instrumentos de planejamento e orça-
mento, mas apresenta uma grande complexidade, tendo em vista que demanda 
o detalhamento específico de cada recurso que será utilizado nos programas 
dos diferentes entes federativos.
Importância da Lei Orçamentária Anual 
A partir do que discutimos até agora, pode-se perceber a importância da LOA 
na consecução do orçamento público. Ela é fundamental para que todos os 
Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)8
instrumentos de planejamento e orçamento estejam alinhados. As metas e 
os objetivos estabelecidos tanto no PPA quanto na LDO serão realizados a 
partir das estratégias defi nidas na LOA. Por estimar as receitas e distribuir 
as despesas, a partir da LOA, é possível apurar se o governo estará com 
superávit ou défi cit orçamentário, permitindo atualização dos planos e das 
metas de governo.
Superávit e déficit orçamentário são os resultados orçamentários possíveis. 
Quando houver uma diferença positiva entre as receitas estimadas e as despesas 
orçamentárias previstas para um exercício, temos o superávit orçamentário. 
Quando houver uma diferençanegativa entre ambos, temos o déficit orçamen-
tário. Fazendo um paralelo com as instituições privadas, superávit e déficit 
correspondem ao lucro e ao prejuízo, respectivamente, do orçamento público.
Sabe-se que a LOA somente será elaborada após o PPA ter sido aprovado 
e após a identificação, na LDO, das regras que serão observadas para a LOA. 
Existe, portanto, um ciclo orçamentário criado e estabelecido para uma melhor 
gestão dos recursos públicos. A importância da LOA reside, dessa forma, na 
conclusão do ciclo dos orçamentos públicos brasileiros (Figura 5).
Figura 5. Documentos que compreendem o ciclo orçamentário.
É importante destacar que o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e 
as metas do ente para o período de quatro anos, e a LDO define as metas e 
9Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)
prioridades do governo, apontando quais são as obras e os serviços prioritários 
para o ano seguinte. Dessa forma, percebe-se que deve haver um diálogo entre 
as peças orçamentárias do poder público. Essa conversa possibilita que as ações 
do setor público fluam em direção aos objetivos e às estratégias do governo. 
Nesse sentido, a LOA é um instrumento importante na execução das atividades 
de planejamento e orçamento, que auxilia no sucesso da ação do governo. 
Em razão de ser o único meio de previsão das despesas que poderão ser 
executadas, a LOA disciplina todas as ações dos três entes federativos; a partir 
disso, são definidas as prioridades do governo para cada um dos anos a que 
compete a LOA. Nesse sentido, a relevância da LOA se dá, justamente, por 
detalhar à população quais serão as primeiras ações executadas e aplicadas.
Você pode acessar a LOA de qualquer ente federativo pela internet. Acesse o link a 
seguir e confira a LOA do estado de São Paulo para o exercício de 2019. 
https://qrgo.page.link/aL3TR
A elaboração da LOA permite a participação popular, por meio de au-
diências públicas. Nessas ocasiões, o cidadão tem o direito e a possibilidade 
de se tornar um agente responsável pela construção e posterior fiscalização 
do orçamento público. Essa publicidade viabiliza uma maior transparência 
nos gastos públicos, com a perspectiva de um adequado aproveitamento dos 
recursos de toda a população. A partir daí, pode-se partir para os planos de 
ação, para tentar reduzir as despesas do governo ou aumentar as receitas por 
meio de alterações na legislação tributária, cujo impacto é analisado na LDO. 
Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)10
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 
5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/consti-
tuicao.htm. Acesso em: 12 dez. 2019.
BRASIL. Lei no. 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Finan-
ceiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, 
dos Municípios e do Distrito Federal. Diário Oficial da União, 23 mar. 1964. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm. Acesso em: 12 dez. 2019.
BRASIL: Ministério da Economia, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. O que é o 
orçamento de investimentos? 2015. Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/
servicos/faq/governanca-das-empresas-estatais/orcamento-de-investimento-das-
-estatais/o-que-e-orcamento-de-investimentos. Acesso em: 12 dez. 2019.
GONTIJO, V. Instrumentos de planejamento e orçamento. 2004. Disponível em: https://
www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/cidadao/entenda/cursopo/planejamento.
html. Acesso em: 12 dez. 2019.
SÃO PAULO. Assembleia Legislativa do Estado. Lei no. 16.923, de 7 de janeiro de 2019. 
Orça a Receita e fixa a Despesa do Estado para o exercício de 2019. Diário Oficial do 
Estado de São Paulo, 8 jan. 2019. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/norma/189140. 
Acesso em: 12 dez. 2019.
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
11Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei Orçamentária Anual (LOA)
Dica do professor
O orçamento da União é um planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro público 
federal no período de um ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos. O poder 
Executivo é o autor da proposta, e o poder Legislativo a transforma em lei.
Os 26 estados, o Distrito Federal e os municípios também fazem os seus próprios orçamentos, 
prevendo a arrecadação e os gastos que serão realizados com os impostos arrecadados por eles.
Veja, na Dica do Professor, o orçamento da União votado para 2019.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ae21d02aeef83bdadd65212f457d9c49
Exercícios
1) A Lei Orçamentária Anual é elaborada pelo poder Executivo, em atendimento à Constituição 
Federal e à Lei Federal 4.320/64. O que compõe a LOA?
A) Orçamento fiscal, investimentos das empresas da União e orçamento de investimentos
B) Investimentos das empresas da União, receitas orçamentarias e seguridade social
C) Orçamento fiscal, investimentos das empresas da União e da seguridade social
D) Orçamento fiscal, investimentos das empresas privadas e da seguridade social
E) Orçamento fiscal, despesas orçamentárias e investimento das empresas da União
2) A seguridade social é uma responsabilidade do governo. Com relação a sua previsão na LOA, 
é correto afirmar que:
A) atende às demandas médicas e hospitalares.
B) não abrange a previdência social.
C) está prevista na sua própria LOA.
D) está prevista a previdência social.
E) não está prevista na LOA, pois é obrigação dos estados.
3) A Lei Orçamentária Anual é um instrumento que fixa as receitas e as despesas do próximo 
exercício. De forma contábil, como pode ser definido o funcionamento do orçamento anual?
A) Com a determinação do Executivo.
B) Com a criação do PPA.
C) Com a fixação de metas durante o ano.
D) A partir das diretrizes orçamentárias.
E) A partir do registro das entradas de recursos e saídas de gastos.
4) A Lei de Orçamentária Anual é uma lei proposta pelo Executivo e aprovada pelo Legislativo. 
Sobre a LOA, é correto afirmar que:
A) fixa as receitas e as despesas para o exercício seguinte.
B) propõe as diretrizes orçamentárias para o exercício vigente.
C) visa a realizar um planejamento pelo período de quatro anos.
D) determina as diretrizes orçamentária para o próximo ano.
E) fixa as receitas e despesas para o exercício atual.
5) Existe uma diferença entre o que é planejado e o que é executado e, na prática, na sua 
composição do orçamento público, ocorre sempre divergência entre os poderes. Qual o 
motivo correto para essa divergência:
A) As diretrizes orçamentárias não são claras.
B) Estão preocupados com uma fatia maior de dinheiro.
C) Normalmente, os poderes entendem que a alocação de recursos muda.
D) Porque a formulação da LDO passa pelo PPA e pela LDO.
E) Porque envolvem pessoas de partidos diferentes, que podem ser oposição.
Na prática
A Lei Orçamentária Anual, a LOA, é aquela que fixa as receitas e as despesas do próximo período. É 
nela que ficam estipulados os valores para saúde, educação, obras, etc.
Existe um processo até a aprovação da LOA, começando com o planejamento do Executivo, que 
envia ao Legislativo, o qual analisa e aprova a Lei. A discussão durante o processo deve contar com 
a participação da população por meio das audiências públicas.
Acompanhe, Na Prática, como Marcos, um pai de 3 crianças pequenas, uniu-se a outros pais e 
professores para conseguir mais verba para a construção de novas creches.Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para 
acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/67b8e3de-5290-49bc-a24f-020fd4715185/5004464d-e892-4750-b4cb-00932dc4433a.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Orçamento-programa no contexto da gestão pública
Este estudo busca compreender se o orçamento-programa está integrado ao planejamento 
governamental - Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e à Lei 
Orçamentária Anual (LOA) – ou se é apenas uma peça contábil e financeira, em vez de um 
instrumento de gestão.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Os custos das políticas públicas: um olhar para o orçamento 
com foco nos gastos
Neste estudo, o autor apresenta um visão crítica acerca dos orçamentos realizados pelas diferentes 
esferas - municipal, estadual e federal - pois entende que são negligenciados continuadamente por 
todas as esferas do poder Executivo, tanto no momento de sua elaboração quanto na falha de sua 
execução.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Gastos públicos: análise da aplicação da Lei de 
Responsabilidade Fiscal e da Constituição Federal no Corede 
Alto Jacuí
Este artigo explora a aplicação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que compreende metas e 
prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente, orienta a elaboração da lei orçamentária anual, colocada sobre as alterações na 
https://periodicos.ufsm.br/index.php/reget/article/view/18883
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rdiet/article/view/5132
legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.redalyc.org/pdf/2734/273450498006.pdf

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