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Conceito, funções e princípios do orçamento público

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Questões resolvidas

Quais os primeiros passos a serem dados relativamente ao processo orçamentário?

Quais os projetos de cunho orçamentário que deverão ser elaborados e qual será o trâmite deles?

What is the purpose of the public budget?


a) To organize financial management for the following year, predicting revenues and establishing expenses.
b) To analyze where and how public policies are being applied and prioritized.
c) To serve as a disciplinary and administrative control mechanism.
d) All of the above.

Como instrumento norteador da elaboração e da execução do orçamento, a LDO apresenta os objetivos, as metas e as prioridades a serem incluídas na proposta de LOA, assim como as metodologias para sua elaboração. Além disso, a LDO determina as formas de controle de custos e de avaliação de resultados dos programas contemplad


A LDO traz o Anexo de Metas Fiscais, no qual são estabelecidas as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício seguinte e para os dois exercícios posteriores. Já no Anexo de Riscos Fiscais estão os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se realizem.


A LOA é a responsável pela programação das ações a serem executadas pelo Governo, com o objetivo de viabilizar as diretrizes, os objetivos e as metas programadas no PPA, em consonância com a LDO. Da mesma forma que o PPA e a LDO, a LOA é de iniciativa do Poder Executivo e deve conter a previsão de receitas e a fixação das despesas.


Conforme o art. 22 da Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964, a LOA deve conter: I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital; II - Projeto de Lei de Orçamento; III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação: a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta; b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta; c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta; d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior; e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta. IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa. Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação (BRASIL, 1964, documento on-line).


É importante esclarecer que deve existir apenas uma LOA para cada ente da Federação, na qual devem constar três peças orçamentárias: o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade social. Caso haja necessidade de realizar despesas acima do limite previsto, o Poder Executivo deve encaminhar ao Poder Legislativo um pedido de suplementação orçamentária, que tem por objetivo atender despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA. Porém, conforme a LRF, o projeto da LOA deve ser elaborado de forma compatível com o PPA e com a LDO e deverá conter um anexo demonstrando a compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e as metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO.


No processo de arrecadar receitas e executar despesas, o governo realiza intervenções para promover o aumento nos níveis de emprego, na distribuição da renda, na oferta e na procura de bens e serviços, com reflexos em diversos setores da economia.


É no contexto da política fiscal que o orçamento público se caracteriza como instrumento fundamental para a atuação do Estado, no sentido de alcançar resultados que promovam a estabilidade, a sustentabilidade econômica e uma maior qualidade de vida.


What are the functions of the public budget?

I- Allocative function: aims to meet needs in areas where market forces cannot ensure optimal results, such as meeting social demands and building large infrastructure projects (roads, hydroelectric power plants, airports, etc.).
II- Distributive function: adjustment of income distribution in order to combat regional and social imbalances and assist in the efficient functioning of the economy and balanced growth of the country.
III- Stabilizing function: maintaining a high level of utilization of economic resources through the pursuit of price stability, full employment, balance of payments and exchange rates, and stable currency value.

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Questões resolvidas

Quais os primeiros passos a serem dados relativamente ao processo orçamentário?

Quais os projetos de cunho orçamentário que deverão ser elaborados e qual será o trâmite deles?

What is the purpose of the public budget?


a) To organize financial management for the following year, predicting revenues and establishing expenses.
b) To analyze where and how public policies are being applied and prioritized.
c) To serve as a disciplinary and administrative control mechanism.
d) All of the above.

Como instrumento norteador da elaboração e da execução do orçamento, a LDO apresenta os objetivos, as metas e as prioridades a serem incluídas na proposta de LOA, assim como as metodologias para sua elaboração. Além disso, a LDO determina as formas de controle de custos e de avaliação de resultados dos programas contemplad


A LDO traz o Anexo de Metas Fiscais, no qual são estabelecidas as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício seguinte e para os dois exercícios posteriores. Já no Anexo de Riscos Fiscais estão os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se realizem.


A LOA é a responsável pela programação das ações a serem executadas pelo Governo, com o objetivo de viabilizar as diretrizes, os objetivos e as metas programadas no PPA, em consonância com a LDO. Da mesma forma que o PPA e a LDO, a LOA é de iniciativa do Poder Executivo e deve conter a previsão de receitas e a fixação das despesas.


Conforme o art. 22 da Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964, a LOA deve conter: I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital; II - Projeto de Lei de Orçamento; III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação: a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta; b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta; c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta; d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior; e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta. IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa. Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação (BRASIL, 1964, documento on-line).


É importante esclarecer que deve existir apenas uma LOA para cada ente da Federação, na qual devem constar três peças orçamentárias: o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade social. Caso haja necessidade de realizar despesas acima do limite previsto, o Poder Executivo deve encaminhar ao Poder Legislativo um pedido de suplementação orçamentária, que tem por objetivo atender despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA. Porém, conforme a LRF, o projeto da LOA deve ser elaborado de forma compatível com o PPA e com a LDO e deverá conter um anexo demonstrando a compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e as metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO.


No processo de arrecadar receitas e executar despesas, o governo realiza intervenções para promover o aumento nos níveis de emprego, na distribuição da renda, na oferta e na procura de bens e serviços, com reflexos em diversos setores da economia.


É no contexto da política fiscal que o orçamento público se caracteriza como instrumento fundamental para a atuação do Estado, no sentido de alcançar resultados que promovam a estabilidade, a sustentabilidade econômica e uma maior qualidade de vida.


What are the functions of the public budget?

I- Allocative function: aims to meet needs in areas where market forces cannot ensure optimal results, such as meeting social demands and building large infrastructure projects (roads, hydroelectric power plants, airports, etc.).
II- Distributive function: adjustment of income distribution in order to combat regional and social imbalances and assist in the efficient functioning of the economy and balanced growth of the country.
III- Stabilizing function: maintaining a high level of utilization of economic resources through the pursuit of price stability, full employment, balance of payments and exchange rates, and stable currency value.

Prévia do material em texto

Conceito, funções e princípios do 
orçamento público
Apresentação
É inegável a importância de se planejar gastos, seja na vida pessoal, seja no âmbito empresarial. Na 
administração pública, essa necessidade ganha contornos ainda mais especiais, pois os gastos 
públicos dizem respeito à toda a sociedade. É bem provável que você já tenha se perguntado sobre 
o destino do dinheiro pago na forma de tributos e sobre como os governos organizam as suas 
despesas e investimentos, não é mesmo?
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as definições de orçamento público, seus 
princípios e funções, bem como as relações entre as funções do orçamento público e as funções de 
Estado, especialmente na execução das políticas públicas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir orçamento público, bem como citar os seus objetivos e as suas características.•
Relacionar o orçamento público com as funções do Estado.•
Indicar os princípios orçamentários.•
Desafio
É por meio do orçamento público que é possível acompanhar como o dinheiro público está sendo 
gasto e em que está sendo investido. Na sua área, é fundamental compreender como ocorre o 
orçamento público e a sua importância para a sociedade.
Veja a seguinte situação:
Nesse sentido, responda:
a) Quais os primeiros passos a serem dados relativamente ao processo orçamentário?
b) Quais os projetos de cunho orçamentário que deverão ser elaborados e qual será o trâmite 
deles?
Infográfico
O estudo do orçamento público é bastante complexo, pois envolve a compreensão de conceitos 
específicos e a sua relação com outros elementos de planejamento governamental. Além disso, ele 
tem funções e princípios que regem e orientam as ações planejadas dos Governos.
No Infográfico a seguir, veja um resumo sobre esses aspectos e conheça esses elementos de forma 
simplificada.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/de58ce39-c4e5-483e-983a-2a43b8878067/19f78a6f-9ccd-41c3-b280-82584e5c2097.png
Conteúdo do livro
O orçamento público é o principal instrumento de planejamento governamental. É por meio dele 
que os Governos organizam os seus recursos financeiros, tanto na obtenção, quanto na definição 
das receitas. Para tanto, existe todo um regramento legal para definir a forma de realizar o 
orçamento público, o qual também define os seus conceitos, funções e princípios.
Na obra Planejamento e orçamento público, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o 
capítulo Conceito, funções e princípios do orçamento público e conheça um pouco mais sobre o 
orçamento público e como o controle político dele é realizado, de acordo com os princípios 
basilares definidos em lei. Conheça, ainda, as formas de aplicação desses preceitos nas decisões 
governamentais que envolvem a aplicação de recursos financeiros.
Boa leitura.
Planejamento e 
Orçamento Público
Guilherme Corrêa Gonçalves
Conceito, funções 
e princípios do 
orçamento público
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: 
  Definir orçamento público, os seus objetivos e as suas características.
  Relacionar o orçamento público com as funções do Estado.
  Indicar os princípios orçamentários.
Introdução
O orçamento público é um instrumento legal de gestão utilizado para 
planejar as finanças e estabelecer os mecanismos de controle e de apli-
cação desses recursos. Segue regras específicas, propostas pelo Poder 
Executivo e aprovadas pelo Poder Legislativo, que devem ser cumpridas 
pelos gestores públicos e acompanhadas pela sociedade.
Neste capítulo, você vai estudar os conceitos de orçamento público, 
os seus objetivos e as suas principais características. Além disso, você vai 
compreender as funções do Estado relacionadas ao orçamento público 
e verificar como os princípios orçamentários se inserem no contexto da 
administração pública.
Orçamento público
O orçamento público é a principal ligação entre o planejamento governamental 
e a gestão fi nanceira. Por intermédio dele, é possível acompanhar a execução 
dos planos e verifi car a disponibilidade de recursos fi nanceiros. O orçamento 
público é o instrumento utilizado pelo Estado para acompanhar a execução 
de seus projetos, expressando, em determinado período, seu programa de 
atuação. O orçamento informa a origem e o montante dos recursos a serem 
obtidos, bem como a natureza e o montante dos dispêndios a serem efetuados 
(GIACOMONI, 2003).
O orçamento é também o meio pelo qual o cidadão pode analisar onde 
e de que forma as políticas públicas estão sendo aplicadas e priorizadas. 
Resumidamente, o orçamento público é o planejamento em forma de lei, 
que visa a organizar a gestão financeira para o exercício seguinte; ele faz a 
previsão de receitas e estabelece as despesas a serem realizadas no período. 
Da mesma forma, o orçamento público pode ser visto como um mecanismo 
disciplinador e de controle administrativo, jurídico, contábil, econômico e 
financeiro na forma de lei.
O processo de elaboração do orçamento envolve diversas normas legais, 
a começar pela Constituição Federal de 1988. A CF/1988 (BRASIL, 1988) 
reforçou a relação entre planejamento e orçamento por intermédio do seu 
artigo 174. A Seção II do Capítulo II apresenta o planejamento de médio 
prazo, por meio do Plano Plurianual (PPA), a definição das diretrizes, metas 
e prioridades da administração, pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), 
e, por fim, a Lei Orçamentária Anual (LOA), conforme enunciado no art. 165 
e demais incisos e parágrafos: 
Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§1º – A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regiona-
lizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal 
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
§ 2º – A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (BRASIL, 
1988, documento on-line).
Além de definir que a iniciativa de elaboração orçamentária é do Poder 
Executivo, cuja missão é planejar a distribuição dos recursos financeiros, a 
CF/1988 (BRASIL, 1988) deixa a cargo do Poder Legislativo a possibilidade 
de emendar os projetos relacionados ao orçamento, segundo o art. 166, § 3°. 
Cada um desses projetos de lei, referentes ao PPA, à LDO e à LOA, é subme-
tido à apreciação do Poder Legislativo. No âmbito federal, tais projetos são 
submetidos às duas casas do Congresso Nacional: a Câmara dos Deputados e o 
Conceito, funções e princípios do orçamento público2
Senado Federal. Mais especificamente, eles são enviados à Comissão Mista de 
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), formada por integrantes 
de ambas as casas (deputados federais e senadores). Cabe a essa comissão 
emitir parecer sobre os aspectos relevantes do processo orçamentário desde 
os seus projetos de lei até os planejamentos setoriais, conforme previsto no 
art. 166, §§ 1º e 2º da CF (BRASIL, 1988).
A tramitação dos três projetos de lei referentes aos instrumentos orçamen-
tários no Congresso Nacional (o PPA, a LDO e a LOA), de modo geral, segue 
as etapas apresentadas na Figura 1.
Figura 1. Tramitação das propostas orçamentárias no Congresso Nacional.
Fonte: Adaptada de Noblat, Barcelos e Souza (2013).
Recebimento
da proposta
do Executivo
Apresentação,
discussão e
votação dos
pareceres
Abertura do
prazo para
emendas
Leitura do
projeto
Realizações
das audiências
públicasRecebimento
e parecer
sobre as
emendas
Encaminhamento
ao Presidente da
República (Poder
Executivo) para
sanção
Votação do
relatório geral
no plenário do
Congresso
Apreciação e
votação do
relatório final
na CMO
Designação
do relator
Distribuição
aos
parlamentares
O processo, no Legislativo, começa com o recebimento da proposta do 
Poder Executivo. Na sequência, é feita a leitura do projeto e a distribuição 
dos projetos aos parlamentares; um relator é designado, e são agendadas e 
realizadas audiências públicas para que a sociedade civil organizada possa 
se manifestar a respeito da proposta e de seus projetos. Então, ocorrem a 
apresentação, a discussão e a votação dos pareceres preliminares, os quais vão 
estabelecer as regras gerais para o processo, e é aberto o prazo de emendas 
à proposta. Recebidas pelo relator, as emendas são objetos de parecer e são 
apreciadas e votadas, fechando o seu ciclo na CMO. Então, o relator submete 
o seu relatório final ao plenário do Congresso Nacional; depois de votado, o 
3Conceito, funções e princípios do orçamento público
relatório é encaminhado ao presidente da República para sanção (NOBLAT; 
BARCELOS; SOUZA, 2013).
Nos estados e no Distrito Federal, as propostas são analisadas pelas res-
pectivas casas legislativas — assembleias legislativas, no caso dos Estados, e 
câmara legislativa, no caso do Distrito Federal. Nos municípios, as propostas 
orçamentárias são analisadas pelas câmaras de vereadores.
Plano Plurianual
O PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da administração 
pública para as despesas de capital e os programas de duração continuada, 
caracterizando-se, assim, como um planejamento de médio prazo. O projeto 
de lei do PPA deverá ser enviado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo 
até quatro meses antes do fi nal do primeiro exercício fi nanceiro, que coincide 
com o ano civil, ou seja, até 31 de agosto do ano do primeiro mandato. O 
projeto de lei do PPA deve ser devolvido para sanção até o encerramento da 
sessão legislativa do respectivo ano, geralmente, no fi nal do mês de dezembro.
Com duração de quatro anos, o PPA é elaborado no primeiro ano do mandato do 
governante eleito, e sua vigência inicia no segundo ano de mandato. Portanto, ele é 
elaborado no primeiro ano do mandato, começa a viger no segundo e encerra o seu 
prazo no início do mandato do próximo governo eleito (BRASIL, 1988).
É importante ressaltar que o PPA se constitui na síntese dos esforços de 
planejamento de toda a administração pública, orientando a elaboração dos 
demais planos e programas de governo, assim como do próprio orçamento 
anual. Nesse sentido, nenhum projeto governamental, cujo investimento ex-
trapole o período de um exercício financeiro, poderá ser iniciado sem estar 
previsto no PPA, ou sem que a lei que o instituiu autorize a sua inclusão 
(GIACOMONI, 2003).
Conceito, funções e princípios do orçamento público4
Lei de Diretrizes Orçamentárias
A LDO é a lei responsável pela defi nição das metas e das prioridades, em 
termos de programas governamentais, que deverão ser executadas. Ela é o 
instrumento de ligação entre o PPA e a LOA. A sua função é antecipar o que 
constará na LOA e defi nir as áreas, os programas e as metas para o período 
seguinte, além de organizar a estrutura do orçamento, os limites de gastos e 
defi nir as fontes de fi nanciamento. A LDO deve estar em sintonia com o PPA, 
com vistas a dar orientação à elaboração da LOA. O projeto de LDO deve 
ser enviado ao Legislativo até o dia 15 de abril de cada exercício e deve ser 
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período legislativo, em 
meados de julho, antes do recesso legislativo (GIACOMONI, 2003).
A Lei Complementar nº. 101, de 4 de maio de 2000 (BRASIL, 2000), mais 
conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), fortaleceu o processo 
orçamentário em quatro dimensões: planejamento, controle, transparência 
e responsabilização. Com a instituição da LRF, a LDO incorporou novas 
atribuições associadas ao equilíbrio entre receitas e despesas, que norteiam 
todo o ciclo de alocação dos recursos públicos (NOBLAT; BARCELOS; 
SOUZA, 2013).
Como instrumento norteador da elaboração e da execução do orçamento, 
a LDO apresenta os objetivos, as metas e as prioridades a serem incluídas na 
proposta de LOA, assim como as metodologias para sua elaboração. Além 
disso, a LDO determina as formas de controle de custos e de avaliação de 
resultados dos programas contemplados com recursos do orçamento e impõe 
exigências para transferências de recursos a outras entidades públicas ou 
privadas. Dispõe ainda sobre alterações na legislação tributária e sobre a 
limitação de empenhos.
A LDO traz o Anexo de Metas Fiscais, no qual são estabelecidas as me-
tas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, 
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício 
seguinte e para os dois exercícios posteriores. Já no Anexo de Riscos Fiscais 
estão os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas 
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se realizem.
Lei Orçamentária Anual
A LOA é a responsável pela programação das ações a serem executadas pelo 
Governo, com o objetivo de viabilizar as diretrizes, os objetivos e as metas 
programadas no PPA, em consonância com a LDO. Da mesma forma que o PPA 
5Conceito, funções e princípios do orçamento público
e a LDO, a LOA é de iniciativa do Poder Executivo e deve conter a previsão 
de receitas e a fi xação das despesas, (RIBEIRO, 2012). 
Conforme o art. 22 da Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964, a LOA deve 
conter: 
I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-
-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, 
saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financei-
ros exigíveis; exposição e justificação da política econômico-financeira do 
Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao 
orçamento de capital;
II - Projeto de Lei de Orçamento;
III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, 
constarão, em colunas distintas e para fins de comparação:
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que 
se elaborou a proposta;
b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta;
c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta;
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior;
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta.
IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações 
globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo 
das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação 
econômica, financeira, social e administrativa.
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade ad-
ministrativa, descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação 
da respectiva legislação (BRASIL, 1964, documento on-line).
É importante esclarecer que deve existir apenas uma LOA para cada ente 
da Federação, na qual devem constar três peças orçamentárias: o orçamento 
fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade social. 
Caso haja necessidade de realizar despesas acima do limite previsto, o Poder 
Executivo deve encaminhar ao Poder Legislativo um pedido de suplementação 
orçamentária, que tem por objetivo atender despesas não computadas ou insufi-
cientemente dotadas na LOA. Porém, conforme a LRF, o projeto da LOA deve 
ser elaborado de forma compatível com o PPA e com a LDO e deverá conter 
um anexo demonstrando a compatibilidade da programação dos orçamentos 
com os objetivos e as metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO.
Conceito, funções e princípios do orçamento público6
Orçamentos anuais, projetos de lei e demaispeças importantes do orçamento federal 
podem ser acessadas pelo link a seguir.
https://qrgo.page.link/2UmYg
Orçamento público e as funções do Estado
Como visto, o orçamento público é um dos instrumentos de maior relevância 
e, segundo Noblat, Barcelos e Souza (2013), o mais antigo da administração 
pública, por meio do qual os governos organizam e controlam seus recursos 
fi nanceiros. Além da função de controle, o orçamento tem funções mais con-
temporâneas, do ponto de vista administrativo, gerencial, contábil e fi nanceiro. 
Nesse sentido, o orçamento deve espelhar as políticas públicas, de modo a 
permitir sua análise pela fi nalidade dos gastos públicos.
É dessa forma que o Estado intervém na economia para atender às de-
mandas de bem-estar social, especialmente nas áreas de educação e saúde. 
Nesse sentido, Giacomoni (2003) ressalta que uma das características mais 
marcantes da economia atual é o crescente aumento das despesas públicas 
para atender a essas demandas, especialmente a partir do século XX, por meio 
das políticas descritas a seguir.
  Política regulatória: ato normativo cujo objetivo é mitigar as imperfei-
ções relacionadas à formação de monopólios, com a criação de agências 
reguladoras, por exemplo.
  Política monetária: controle da oferta de moeda, da taxa de juros e do 
crédito em geral, a fim de garantir a estabilidade do poder de compra 
da moeda.
  Política fiscal: abrange a administração das receitas e despesas con-
tidas no orçamento público. Assim, no processo de arrecadar receitas 
e executar despesas, o governo realiza intervenções para promover o 
aumento nos níveis de emprego, na distribuição da renda, na oferta e 
na procura de bens e serviços, com reflexos em diversos setores da 
economia.
7Conceito, funções e princípios do orçamento público
É no contexto da política fiscal que o orçamento público se caracteriza como 
instrumento fundamental para a atuação do Estado, no sentido de alcançar 
resultados que promovam a estabilidade, a sustentabilidade econômica e uma 
maior qualidade de vida à população. Isso evidencia que o orçamento público 
não é apenas uma lei que autoriza a arrecadação de receitas e a execução de 
despesas, mas um instrumento que apresenta múltiplas funções interdepen-
dentes (MACHADO, 2016), descritas a seguir.
  Função alocativa: visa ao atendimento das necessidades em áreas em 
que as forças do mercado não conseguem assegurar resultados ótimos, 
como no atendimento às demandas sociais e na construção de grandes 
obras de infraestrutura (rodovias, hidrelétricas, aeroportos etc.).
  Função distributiva: ajustamento da distribuição de renda, a fim de 
combater os desequilíbrios regionais e sociais e auxiliar no funciona-
mento eficiente da economia e no crescimento equilibrado do país.
  Função estabilizadora: manutenção de um alto nível de utilização de 
recursos econômicos, por meio da busca pela estabilidade de preços, 
pelo pleno emprego, pelo equilíbrio da balança de pagamentos e das 
taxas de câmbio e pelo valor estável da moeda.
Portanto, conforme visto, o Estado pode intervir na economia por meio 
do desenvolvimento das políticas regulatória, monetária e fiscal, a partir das 
funções orçamentárias. Essas intervenções, conforme Rezende (2001), podem 
ser diretas ou indiretas, como demonstrado na Figura 2.
Figura 2. Formas de intervenção do Estado na economia.
Fonte: Adaptada de Rezende (2001).
Alternativas de
intervenção estatal
Intervenção direta:
Produção de bens e serviços
Processo de acumulação de capital
Intervenção indireta:
Interfere nas decisões de produção do
setor privado mediante alteração dos
preços relativos
Produção de bens públicos
Produção de serviços sociais
Investimentos em infraestrutura econômica
Instituições financeiras;
Provisão de serviços urbanos;
Provisão de serviços de transportes
Uso de medidas legais; traduz-se em 
tabelamentos, quotas ou regulamentação
sobre preço, qualidade e quantidade
Política de receitas
Política monetária
Política cambial
Política de gastos
Empresas
governamentais
Regulação
(”direta”)
Política
macroeconômica
(”indireta”)
Conceito, funções e princípios do orçamento público8
Dentre as formas de intervenção indireta, está a política de receitas, que 
está relacionada diretamente ao sistema tributário, compreendendo a política 
de impostos, a renúncia de receitas e a política de regulação. Por outro lado, 
temos a política de regulação, em que o governo, representado pelas agências 
reguladoras, interfere no preço, na qualidade e na quantidade das concessões 
públicas. Na intervenção direta, tem-se a política de gastos, fortemente rela-
cionada à função alocativa do orçamento, e as empresas governamentais, que 
atuam na forma de instituições financeiras e de serviços específicos, como 
transporte, limpeza pública, entre outros (REZENDE, 2001). Ainda, nessa 
relação entre as funções orçamentárias e as políticas governamentais, pode-se 
identificar as seguintes variáveis:
  na função alocativa, gastos com saúde e educação;
  na função distributiva, impostos progressivos e transferências de renda 
direta;
  na função estabilizadora, controle da inflação e do nível de emprego.
Princípios orçamentários
Os princípios orçamentários estabelecem regras básicas que norteiam o pro-
cesso orçamentário, com a fi nalidade de conferir racionalidade, efi ciência e 
transparência a esses processos. Esses princípios são válidos para os Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo — União, 
estados, Distrito Federal e municípios — e são estabelecidos e disciplinados 
por normas constitucionais, infraconstitucionais e pela doutrina, conforme 
Rezende (2001). 
É importante destacar que esse conjunto de premissas, que deve ser obser-
vado em cada etapa do processo orçamentário, não tem como característica 
ser absoluto ou imutável; elas se constituem em categorias históricas e estão 
sujeitas a modificações em seu conceito e em sua significação. Embora a 
legislação brasileira acolha a maioria dos princípios orçamentários, essas 
modificações nem sempre constam na legislação. Assim, os princípios orça-
mentários podem ser divididos em clássicos e modernos, conforme descrevem 
Noblat, Barcelos e Souza (2013):
  os princípios clássicos são aqueles cuja consolidação se deu ao longo 
do desenvolvimento das teorias orçamentárias, como o princípio da 
anualidade;
9Conceito, funções e princípios do orçamento público
  os princípios modernos são aqueles que foram delineados na era moderna 
do orçamento, como o da simplificação, quando sua função extrapo-
lou as fronteiras político-legais e passou a orientar os planejamentos 
governamentais e a gestão pública.
O Quadro 1 a seguir destaca alguns dos princípios orçamentários clássicos 
e modernos mais essenciais e a legislação que os instituiu. Observe que os três 
últimos princípios não têm previsão legal, pois são os chamados princípios 
orçamentários modernos, que começaram a ser delineados na era moderna 
do orçamento.
Princípio Descrição Legislação
Unidade ou 
totalidade
Deve existir um único orçamento 
para cada esfera de governo
Caput do art. 
2º da Lei nº. 
4.320/1964
Universalidade Determina que a LOA de cada 
ente federado deve conter todas 
as receitas e despesas de todos 
os poderes, órgãos, entidades, 
fundos e fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público
Caput do art. 
2º da Lei nº. 
4.320/1964
Anualidade ou 
periodicidade 
Delimita o exercício financeiro 
orçamentário, que, no caso brasileiro, 
prevê a coincidência com o ano 
civil, ou seja, de 1º de janeiro a 
31 de dezembro de cada ano
Caput do art. 
2º da Lei nº. 
4.320/1964 e § 
5º do art. 165 
da CF/1988
Exclusividade Estabelece que a LOA não conterá 
dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa
§ 8º do art. 165 
da CF/1988
Orçamento bruto Obriga o registro de receitas e 
despesas na LOA pelo valor total e 
bruto, vedadas quaisquer deduções
Art. 6º da Lei 
nº. 4.320/1964Quadro 1. Resumo dos princípios orçamentários 
(Continua)
Conceito, funções e princípios do orçamento público10
Além desses princípios específicos do orçamento público, aplicam-se também a 
ele os princípios da administração pública, previstos no art. 37 da CF: legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (BRASIL, 1988).
 Fonte: Adaptado de Noblat, Barcelos e Souza (2013). 
Princípio Descrição Legislação
Transparência Divulgar e disponibilizar o 
orçamento público de forma 
ampla à sociedade, por meio 
de relatórios sobre a execução 
orçamentária e a gestão fiscal
Arts. 48, 48-A 
e 49 da LRF
Não vinculação 
(não afetação) 
da receita de 
impostos
Veda a vinculação da receita 
de impostos a órgãos, fundos 
ou despesas, salvo exceções 
estabelecidas pela própria CF
Inciso IV do art. 
167 da CF/1988
Descentralização Execução das ações no nível mais 
próximo de seus beneficiários, 
para que a cobrança dos 
resultados seja mais efetiva
Responsabilização Os gestores públicos devem 
assumir de forma personalizada 
a responsabilidade pela 
busca da solução ou o 
encaminhamento do problema
Simplificação O planejamento e o orçamento 
devem basear-se em elementos 
de fácil compreensão
 Quadro 1. Resumo dos princípios orçamentários 
(Continuação)
11Conceito, funções e princípios do orçamento público
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 
5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/consti-
tuicao.htm. Acesso em: 16 out. 2019.
BRASIL. Lei Complementar no. 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças 
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, 5 maio 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/lcp/lcp101.htm. Acesso em: 16 out. 2019.
BRASIL. Lei no. 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Finan-
ceiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, 
dos Municípios e do Distrito Federal. Diário Oficial da União, 23 mar. 1964. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm. Acesso em: 16 out. 2019.
GIACOMONI, J. Orçamento público. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MACHADO, F. C. R. (org.). Escola virtual SOF: curso orçamento público. 2. ed. Brasília: 
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, 2016.
NOBLAT, P. L. D.; BARCELOS, C. L. K.; SOUZA, B. C. G. Orçamento público: visão geral. Mó-
dulo III: o processo. Brasília: ENAP, 2013. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/
bitstream/1/872/1/OP_Modulo_3%20-%20O%20Processo.pdf. Acesso em: 16 out. 2019.
REZENDE, F. Finanças públicas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
RIBEIRO, R. A lenta evolução da gestão de obras públicas no Brasil. E-Legis, v. 5, n. 8, p. 
82-103, 2012. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/estu-
dos/2012/ALentaEvoluodaGestodeObrasPblicasnoBrasil.pdf. Acesso em: 16 out. 2019.
Conceito, funções e princípios do orçamento público12
Dica do professor
O orçamento público é o principal instrumento legal de gestão que faz a ligação entre o 
planejamento governamental e a gestão financeira. Por meio dele, é possível planejar os recursos 
financeiros, organizar as finanças e estabelecer os mecanismos de controle de aplicação para esses 
recursos.
Na Dica do Professor de hoje, veja como se desenvolve o processo orçamentário e como se 
relacionam entre si as etapas desse processo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) O orçamento público é um instrumento de gestão utilizado para gerir os recursos financeiros 
da administração pública e, para tanto, os gestores se utilizam das regras aprovadas pelo 
Poder Legislativo e sancionadas pelo Poder Executivo, as quais podem ser acompanhadas 
pela sociedade. Nesse sentido, é correto afirmar:
A) O PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as 
despesas de capital, e outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração 
continuada.
B) A LDO compreende as metas e prioridades da administração pública para os quatro exercícios 
financeiros subsequentes.
C) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição Federal são 
elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Poder Executivo.
D) A LOA acompanha valores correntes e constantes, relativos a receitas, despesas, resultados 
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício seguinte e para os dois 
exercícios posteriores.
E) A LOA não pode conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
incluindo-se nessa proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito.
2) Uma vez que orçamento público é a principal ligação entre o planejamento governamental e 
a gestão financeira, pode-se afirmar que:
A) a LDO estabelece a programação das despesas para o período do PPA.
B) a LDO define as diretrizes, os objetivos e as metas para o período da gestão eleita.
C) o PPA é a responsável pela programação das ações que viabilizarão os objetivos e metas 
programadas na LOA.
D) a LOA define as prioridades das ações governamentais no decorrer do exercício financeiro 
subsequente.
E) a LOA prevê as receitas e fixa as despesas que serão realizadas no exercício.
3) Quando o Poder Executivo propõe, em seu projeto de LOA, a construção de um hospital, 
constante de seu plano de Governo, trata-se de uma atividade do âmbito da seguinte função 
do orçamento:
A) Alocativa.
B) Distributiva.
C) Fiscal.
D) Estabilizadora.
E) Política.
4) Determinada Unidade da Federação elaborou um projeto para promover o emprego e o 
desenvolvimento social, uma vez que o mercado se demonstrou incapaz de promover esssas 
ações. Essa ação está baseada em qual função?
A) Distributiva.
B) Social.
C) Alocativa.
D) Estabilizadora.
E) Regulatória.
5) Embora os princípios orçamentários não sejam absolutos e imutáveis, eles estabelecem 
regras básicas que norteiam o processo orçamentário a fim de lhe conferir racionalidade, a 
eficiência e a transparência. Um desses princípios é o da "exclusividade", o qual estabelece 
que:
A) o orçamento deve se basear em elementos de fácil compreensão.
B) deve existir um único orçamento para cada esfera de Governo.
C) é obrigatório o registro de receitas e despesas pelo valor total e bruto.
D) os gestores públicos devem assumir a responsabilidade pelo encaminhamento dos problemas.
E) assuntos que não tratem da fixação das despesas ou da previsão das receitas não podem 
constar na LOA.
Na prática
Um dos princípios orçamentários é o da transparência. No Brasil, há uma clara evolução no sentido 
de disponibilizar os dados dos gastos públicos para a população. No entanto, para compreender 
melhor esses dados, é fundamental ter conhecimentos básicos sobre o orçamento público.
Interessada em saber como andam os gastos públicos, Raquel fez algumas pesquisas e descobriu 
que é possível fazer consultas e, ainda, comparar a demonstração da execução do orçamento com o 
que foi planejado no PPA.
Veja em Na Prática:
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/9ae46233-0ff6-40d4-8490-d7ed375ad4c8/6b6d01e9-91db-474f-b79f-247dcc249d6e.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Restos a pagar
Nesse vídeo você estudante compreenderá o que são os Restos a pagar, que é um item que 
envolve as questões orçamentárias na administração pública e verá que o governo reserva 
orçamento para o futuro e gasta recursos de anos anteriores
Aponte a câmera para o código e acesse o linkdo conteúdo ou clique no código para acessar.
Entenda o Orçamento no Congresso Nacional
Veja, neste material, algumas das responsabilidade do Congresso Nacional em relação ao 
orçamento público.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A importância do orçamento
Você já ouviu falar do orçamento fácil? Assista estes vídeos no Portal do Senado Federal, que 
compõem a série "A importância do orçamento".
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/CMOFqobnnao
https://www.congressonacional.leg.br/materias/materias-orcamentarias/entenda-o-orcamento#:~:text=Leis%20Or%C3%A7ament%C3%A1rias,-As%20leis%20or%C3%A7ament%C3%A1rias&text=As%20leis%20de%20car%C3%A1ter%20or%C3%A7ament%C3%A1rio,1%20de%202006%20%E2%80%93%20CN).
https://www12.senado.leg.br/orcamentofacil

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