Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA 
CAMPUS ALPHAVILLE 
 
 
 
Bruna Karen Mota Neves – G49GCH-7 
Elisangela De Freitas Oliveira – T86890-4 
Geovanna Mendes De Souza – G096CJ-1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alphaville 
2023 
 
 
Bruna Karen Mota Neves – G49GCH-7 
Elisangela De Freitas Oliveira – T86890-4 
Geovanna Mendes De Souza – G096CJ-1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA 
Preconceito e Desigualdade de Gênero 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina Psicologia Social 
do curso de Psicologia da Universidade 
Paulista - UNIP Professor: Pedro 
Checchetto. 
 
 
 
 
 
 
 
Alphaville 
2023 
 
 
SUMÁRIO 
 
1- INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 
2- ESTERIÓTIPOS E GÊNERO ............................................................................................ 6 
2.1- DESIGUALDADE DE GÊNERO ................................................................................... .8 
2.2- DESIGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL .............................................................. 10 
3- CONTEXTO HISTÓRICO ................................................................................................ 12 
4- CONCLUSÃO ................................................................................................................ .13 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 14 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A sociedade é constantemente caracterizada por mudanças de pensamento. Coisas que 
antes eram consideradas tabus ou definidas como verdades absolutas, passaram a ser mais 
debatidas ultimamente. Nesse contexto de autorreflexão, vale destacar um importante tema que é 
discutido diariamente no mundo todo: o preconceito e suas terríveis consequências. 
Seja dentro de um ônibus ou através da mídia, falar e combater o preconceito é essencial 
para uma sociedade mais justa e igualitária. Tais ações são de extrema importância porque todos 
sabemos que episódios de preconceito (principalmente motivados pelo ódio) já evidenciaram o 
infeliz fato da história, desde a escravidão até a xenofobia contemporânea. 
O preconceito é um julgamento preconcebido, caracterizado principalmente pela falta de 
lógica ou base crítica. Geralmente se manifesta como uma atitude discriminatória em relação a 
outras pessoas, tendências comportamentais, crenças e sentimentos. Em outras palavras, o 
significado de preconceito é um juízo pré-concebido, que vem de pessoas que se limitam a ver o 
mundo única e exclusivamente do seu ponto de vista (equivocado e distorcido). 
Além de todos esses problemas, ainda existem outros piores, infelizmente a maioria dos 
preconceitos são ignorados e excluídos, e com eles vem a hostilidade e o ódio. Portanto, é preciso 
aprofundar o debate sobre esse tema, para que seja mais fácil reconhecê-lo e combatê-lo a cada 
dia. 
O presente trabalho tem o objetivo de adentrar à uma análise histórica sobre a luta 
incansável feminina em busca de direitos e de igualdade de gênero. Assim como direitos humanos 
conquistados por elas e sua evolução no tempo e na sociedade. Tem também o intuito de enfatizar 
suas conquistas em marcos importantes não só em nosso país como no mundo, trazendo assim 
uma perspectiva sobre a real importância do papel feminino na sociedade, assim como a 
importância que se teve em conquistar seu espaço em meio ao patriarcado. 
Por meio do método dedutivo, se criou considerações acerca da conquista pela 
independência, econômica, política e sexual, desobjetificando a mulher de um papel doméstico em 
que sempre foi colocada. E por fim, apresentaremos o contexto social peculiar em que se estabelece 
a incompletude da tutela da figura feminina, ao longo da história e atualmente, visto que a mulher 
ainda é vítima de violência nos mais variados contextos sociais. 
5 
 
O preconceito está presente desde os primórdios, e faz parte de um sistema sócio-histórico 
que sempre colocou a mulher numa posição de inferioridade. E isso deve-se principalmente aos 
estereótipos criados e disseminados geração após geração como se fossem algo normal, sem nos 
dar o direito de questionar, ou julgar positiva ou negativamente. 
Neste trabalho trataremos o assunto através da análise e correlação com o filme “Estrelas 
além do tempo”, artigos relacionados ao Preconceito e leitura do Livro “Psicologia Social. 
(Aroldo Rodrigues, Eveline Maria Leal Assmar, Bernardo Jablonski Editora Vozes . 2022)”. 
Baseado em fatos reais, o filme Estrelas Além do Tempo (2016) conta a história de três 
cientistas negras, no meio de uma disputa entre a Rússia e os Estados Unidos sobre qual pais 
enviara o primeiro homem ao e espaço, mulheres afro-americanas provam serem cruciais para a 
vitória dos Estados Unidos. Contudo, até serem as heroínas tiveram muita dificuldade por essa 
trajetória, enfrentando racismo e machismo, mas isso não impediu de entregar seu trabalho com 
excelência. 
 Viúva e mãe de três filhos, a brilhante matemática negra Katherine Johnson (atriz Taraji P. 
Henson) é selecionada para trabalhar em uma equipe de missão espacial que planeja enviar o 
primeiro homem ao espaço (e depois à lua). Os computadores ainda não eram usados para fazer 
cálculos complexos, então ela mesmo precisava calcular rapidamente e verificar as contas para que 
os astronautas possam entrar e sair do espaço com segurança. Katherine é a única mulher e a 
única negra daquele grupo e sofre de desconfiança e desvalorização. Seu trabalho está bloqueado 
e ela não pode assinar os relatórios que escreve. Além disso, ela tem que andar quase um 
quilômetro para usar o banheiro reservado para negros, e seus colegas se recusam a compartilhar 
a mesma cafeteira com ela. 
Dorothy Vaughan (a atriz Octavia Spencer) trabalha como instrutora dos "computadores 
negros" (grupo responsável pelos cálculos), mas não recebeu oficialmente esse título por ser mulher 
e negra. Ao saber que a NASA comprou um novo computador poderoso da IBM, ela descobre que 
ele pode realizar 2.000 cálculos por segundo, o que pode colocar em risco seu trabalho e o de seus 
colegas. Dorothy então decide aprender e ensina as mulheres a programar para que não sejam 
demitidas assim que a máquina comece a funcionar. 
 Mary Jackson (a atriz Janelle Monáe) sonha em se tornar uma engenheira, mas sua 
inscrição para o programa de treinamento em engenharia da NASA é rejeitada (os requisitos foram 
alterados apenas para que ela não pudesse competir). Determinada, ela decide entrar na Justiça 
para se tornar a primeira mulher negra a frequentar a Universidade da Virgínia. Ela consegue, torna-
6 
 
se a primeira engenheira da NASA e trabalha na construção da cápsula que levou um homem ao 
espaço. 
 
2 ESTERIÓTIPOS E GÊNERO 
 
Quando um homem comete uma asneira, dizem: "Como ele é 
idiota!" Quando uma mulher a comete, dizem: "Como as mulheres 
são idiotas!" Anônimo. (p.211. P Social Rodrigues, 2015) 
 
Existem muitos experimentos nos mostrando os estereótipos de gênero, artigos acadêmicos 
em termos de competência, estilo e profundidade. Como prova da difusão desse fenômeno, vale 
citar a pesquisa de Patrícia Arés (1998), da Universidade de Havana, que relata suas experiências 
com os "Grupos de reflexão para homens" como um estereótipo que une homens e mulheres. Os 
homens vistos “herói" e a mulher como "mãe" estão profundamente enraizados na cultura cubana, 
apesar dos esforços em contrário desde a Revolução Cubana de 1959., impenetrável e ousado. 
Qualquer desvio desse padrão pode significar fracasso, fraqueza ou sinal de homossexualidade. 
Arés nos lembra o papel das próprias mulheres nesse processo, pois muitas vezes elas se 
comportam de forma ambivalente: como mães, reforçam nos filhos o que criticam nos homens. 
Outro experimento, especificamente,pedia-se às crianças que indicassem, por exemplo, 
qual a boneca mais bonita, a branca ou a preta. A maioria das crianças optou pela branca, 
endossando de alguma forma a superioridade desta sobre a outra. Desta maioria, cerca de 70% 
eram crianças negras. Quando o oposto era solicitado - qual a boneca feia ou má - quase 80% das 
crianças negras apontavam para a boneca de cor preta. 
Como visto no exemplo anterior, o declínio da autoestima pode começar cedo. Como 
Aronson et al. (2009), uma pessoa com baixa autoestima pode se convencer de que não merece 
uma boa educação, um emprego e moradia decentes, e um sentido distorcido e fragmentado de 
inferioridade, que, acompanhado de culpa, o leva a um estado de impotência e sofrimento. 
De fato, algumas mudanças foram observadas, ainda que experimentalmente. Porter e 
Washington (1979) encontraram mudanças para crianças negras no sentido de que agora elas 
estão mais satisfeitas com bonecas negras do que há 30 anos. No entanto, um estudo 
encomendado pela rede de televisão americana CNN (dados publicados no noticiário Anderson 
Cooper 360 em 18 e 19 de maio de 2010) mostrou que os resultados obtidos por Clark e Clark há 
60 anos ainda eram válidos, embora ligeiramente enfraquecidos. 
7 
 
Devemos olhar esses desenvolvimentos com cautela. Os preconceitos podem ter se tornado 
mais sutis, menos claros. Hutz (1988) tentou determinar experimentalmente se a tendência 
observada em crianças americanas de desprezar negros ou animais seria encontrada em crianças 
brancas e negras de diferentes níveis socioeconômicos no Brasil (Rio Grande do Sul). Dados 
obtidos de testes de crianças de 4,2 a 5,8 anos mostraram que quase todas as crianças, sejam elas 
negras ou brancas, sistematicamente deram atribuições positivas a animais brancos e atribuições 
negativas a animais pretos. Não houve diferenças significativas entre os participantes por raça, 
gênero ou status socioeconômico (embora as crianças brancas fossem mais uniformemente 
preconceituosas). Segundo a autora, tais dados mostram que crianças de todas as cores têm ideias 
estereotipadas sobre trapos desde cedo e, mais grave, que os negros já desenvolveram tais 
pensamentos prejudiciais a si mesmos e à autoestima. 
Há também exemplos da vida real: um estudo de 1998 do IBGE (Pesquisa de Padrão de 
Vida) em seis grandes cidades do Brasil comparou entre outros dados, os salários médios de 
homens e mulheres, brancos e negros. Constatou que os brancos ganhavam o salário mensal mais 
alto em média; por segundo as mulheres brancas, os homens negros em terceiro e as mulheres 
negras. Um novo estudo do mesmo IBGE (2009) comparando dados de 2003 a março de 2009 
mostrou que segundo ocupação, escolaridade e renda, os rendimentos reais dos pretos e pardos 
foram de R$ 690,30 e R$ 847,70, enquanto os brancos passaram de R$ 1.443,30 para R$ 1.663,90, 
mostrando que época já havia grande diferença salarial entre negros e brancos. Embora o benefício 
econômico não possa ser reduzido pela comprovação da existência de preconceito, os números 
apresentados indicaram claramente a desigualdade racial e também de gênero. Segundo estudo 
do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, em 1992 os homens ganhavam 
50% a mais que as mulheres, um ano depois essa diferença cairia para 30% e (reportagem do 
Jornal do Brasil, edição de 3 de março de 2002, p. A19). Atal et al. (2009) em 18 países latino-
americanos mostraram a prevalência desse fenômeno, com os homens deslocando as mulheres 
em termos de renda salarial em até 27%. 
Para alguns autores (DOVIDIO e GAERTNER, 1986, LIMA e VALA, 200; MCCONAHAY, 
1986), o desenvolvimento se limitou ao que chamam de racismo moderno (ou racismo sutil ou ainda 
racismo vergonhoso). As pessoas oprimidas por normas sociais mais liberais que pregam a 
tolerância da diferença podem suavizar seu comportamento discriminatório, mas internamente 
mantêm seus preconceitos, resultando em uma óbvia mudança para uma sociedade menos 
discriminatória. 
No entanto, esses autores apontam que em um clima diferente, onde os mesmos indivíduos 
estão mais dispostos a expressar seus sentimentos, o preconceito e a discriminação voltariam aos 
níveis anteriores. Mesmo esses "racistas desavisados" podem usar explicações alternativas de raça 
ou sexismo e disfarçar suas verdadeiras origens ("Não dei uma oportunidade, não porque era 
negra/mulher, mas porque não tinha a formação necessária, traços de personalidade, etc...”) Com 
8 
 
base no mesmo raciocínio, Camino et al. (2001) na opinião de que no Brasil, uma vez que qualquer 
comportamento socialmente discriminatório é proibido, pessoas preconceituosas apenas controlam 
suas atitudes e/ou comportamentos mantendo suas crenças racistas. Neste estudo, os autores 
chegaram às mesmas conclusões de Rodríguez et al. No estudo de 1998, os entrevistados 
reconheceram o viés de preconceito no Brasil, mas não se consideraram preconceituosos. 
A teoria de aprendizagem social, diz que estereótipos e preconceitos fazem parte de uma 
maior de normas sociais, que por sua vez seriam o conjunto de crenças de uma dada comunidade 
acerca de comportamentos tidos como socialmente corretos, aceitáveis e permitidos. As normas 
sociais aprendidas em casa, na escola, nas instituições religiosas com colegas e através da mídia 
e das artes, passadas de geração a geração, nos instruem aberta ou sutilmente sobre o que pensar 
como agir afetivamente ou como agir no mundo. Daí surge a conformidade que e um caso especial 
ou exposto, as pessoas de tanto perceberem e viverem relações de desigualdade entre grupos, 
sexos, etc.… passam a considerar tais tratamentos diferenciados como naturais. 
 
 
2.1 DESIGUALDADE DE GÊNERO 
 
A desigualdade existe desde os primórdios da humanidade, porém ainda é um problema 
atual. Costuma ser um modelo transposto do âmbito familiar para o âmbito público, o que faz a 
mulher ser excluída dos trabalhos fora do âmbito doméstico (o que acontece muito no filme “estrelas 
além do tempo”). “ Gênero é uma espécie de performasse do que é ensinado e esperado do 
comportamento do homem e da mulher na sociedade” (Francisco Porfirio). Ornando com a 
assimilação aprendida em aula, ser mulher na sociedade é um processo de assimilação dos 
padrões comportamentais, assim como homem também tem essa assimilação. Atualmente apesar 
do movimento feminista ter ganhado voz nas redes sociais a desigualdade persiste, é tratada de 
maneira desigual nos espaços políticos, acadêmicos e científicos espaços que são dominados por 
homens. Todos os tipos de desigualdades afetam a sociedade, quando uma sociedade privilegia 
uns e descrimina outros há perda nos aspectos sociais, políticos, intelectuais e etc. 
Como dito anteriormente, a desigualdade de gênero vem atribuindo à mulher papeis sociais 
em função do gênero em diversos contextos, tais como a “função” de construir uma família, cumprir 
tarefas domésticas e suprir os desejos sexuais do homem. 
Os primeiros relatos de direitos humanos surgiram durante o século XVIII, trazendo consigo 
um aspecto revolucionário à condição humana. 
9 
 
Foi só em 1919, com a criação da 1ª República Alemã de Weimar, vinda de influências de 
outras Constituições, Revoluções, assim como das consequências da Primeira Guerra Mundial, que 
surgiram alguns direitos equiparados entre homens e mulheres, tanto na relação conjugal, como no 
aspecto político e social; trouxe melhores condições de trabalho, garantiu o direito ao voto feminino, 
e teve como principal característica o estabelecimento de distinções entre as diferenças e 
desigualdades entre os indivíduos. 
Previa que as diferenças eram essencialmente biológicas entre os seres, não havendo a 
inferioridade advinda de cor, raça e sexo por exemplo; sendo hoje apenas um documento de cunho 
histórico. 
Essa foi apenas uma tentativa de fixar na prática o ideal teórico de igualdade, mas que, no 
entanto,não passaram de tentativas até então, sendo afastadas pelos homens, que insistiam que 
a mulher não poderia ser sujeito de direito, qualquer que fosse ele; e qualquer tentativa para 
contrariá-los e alcançá-los, era considerada ameaça ao poder e a república. 
 E dentro dessa tentativa de diminuir o papel social da mulher em diversos contextos, temos 
como causas do preconceito os fatores culturais, as crenças e os estereótipos que são 
disseminados de forma cruel até os dias atuais. 
Os religiosos afirmavam que se Deus se fez caracterizado de gênero masculino, se a mulher 
foi feita a partir da costela de um homem devia, portanto, obediência a ele. 
Assim como os adeptos das teorias científicas também criaram suas explicações acerca do 
assunto; como por exemplo Pitágoras, matemático grego que afirmou: “Há um princípio bom, que 
criou a ordem, a luz e o homem; e um princípio mau, que criou o caos, as trevas e a mulher”, 
Mas principalmente tem-se acreditado e preconizado na sociedade há muito tempo, a teoria 
de Aristóteles, criados do Direito Natural e que afirmou o seguinte: “A relação do macho em face a 
fêmea é naturalmente a do superior para o inferior; o macho é governante, a fêmea o súdito”. 
Portanto o homem ser superior a mulher é uma coisa absolutamente natural. 
A partir disso, entendemos por que foi e ainda é tão difícil a construção de uma sociedade 
justa, igualitária e democrática. Tendo visto a importância da luta dessa classe de minorias, a 
Organização Mundial das Nações Unidas (ONU),¹ tem como uma das metas a ser cumprida até 
2030 a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas. 
Atualmente o Brasil está na 78° posição no ranking que mede igualdade de gênero em 144 
países, segundo dados coletados para o relatório da Equal Measures 2030,² usados pela ONU. 
Historicamente, a transformação e a inserção da mulher no mercado de trabalho tiveram início com 
a Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX) e a busca por mão-de-obra nas indústrias. Ainda assim 
10 
 
a mulher era tratada com inferioridade em relação aos homens, tratando-se de cargos, salários, 
além de jornada de trabalho mais extensas. 
Sendo assim, no dia 08 de março de 1857, na cidade de Nova York, um extenso grupo de 
mulheres marcharam por melhores condições de trabalho, tendo sido a primeira vez que 
demonstravam sua força quanto às questões trabalhistas. (PEREIRA, 2016). Essa data, hoje, é 
considerada o Dia Internacional da Mulher, sendo um dos mais importantes marcos do movimento 
feminista. 
A partir daí começa um dos movimentos mais importantes para a luta das mulheres no 
âmbito trabalhista, político e social, o feminismo. 
O grande embasamento do feminismo é a questão da igualdade de direitos com o principal 
intuito de colocar um fim na hierarquia de gêneros, onde o homem manda, organiza, sustenta e 
opina, enquanto a mulher é submissa à todas suas vontades e ações. E assim, a partir de ações 
esparsas por mulheres corajosas, as quais muitas delas deram até mesmo sua vida na luta por 
algum desses direitos, foram surgindo movimentos coletivos, organizados, pautados no objetivo 
daquele velho ditado: “A união faz a força”; e assim conseguiram, ao decorrer da história, com vários 
movimentos, conquistar espaço e poder diante aos homens na sociedade. 
 
2.2 DESIGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL 
 
Atualmente os direitos de igualdade de gênero estão descritos no Artigo 5 da Constituição 
Federal de 1988, prevê que todas as pessoas, independente do seu gênero, são iguais pela ótica 
da Constituição. Este instrumento deveria ser responsável por assegurar os direitos, as 
oportunidades e uma vida digna, livre e igualitária a todos os cidadãos do nosso país, no entanto, 
muito ainda precisa ser feito. 
O movimento feminista por exemplo, teve um papel fundamental para a conquista de 
importantes direitos pelas mulheres, tanto no âmbito trabalhista, político, quanto no âmbito social. 
Esse movimento teve início a partir dos pilares ideológicos da Revolução Francesa 
(Liberdade, igualdade e fraternidade), visto que esses preceitos não eram destinados a toda a 
sociedade, apenas aos homens. Isso serviu como ponto de partida para a busca das mulheres por 
direitos igualitários. 
No Brasil, a publicação do livro “Direitos das mulheres e injustiças dos homens”, da 
educadora feminista brasileira Nísia Floresta, em 1832, representa a “chegada” e a estruturação do 
feminismo no Brasil. 
11 
 
Desde o período colonial os direitos políticos eram restritos aos homens, de modo que todos 
os poderes e decisões ainda se mantinham exclusivamente em suas mãos. Então, ainda no século 
XIX, a mulher brasileira, antes mesmo de reivindicar seus direitos civis e políticos, lutou pela 
conquista ao acesso à educação superior, proibida para sua classe até 1879. Pois o acesso à 
educação, traz junto a independência necessária para se posicionar perante a sociedade e muitas 
vezes a tirania do próprio marido opressor. 
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), as mulheres 
representam mais da metade da população brasileira, compondo 51,8% do total de brasileiros. 
Porém, isso não impede que façam parte da minoria social. Elas ainda têm menos oportunidades 
de emprego, recebem salários menores em comparação com homens que ocupam o mesmo cargo, 
percorrem caminhos mais longos até conquistarem cargos de liderança e gestão dentro das 
empresas, desdobram-se em jornada tripla, que compreende trabalhar fora cuidar da casa e dos 
filhos e têm menos representatividade na política, além de estarem exposta a diversos tipos de 
violência. 
Atualmente os direitos de igualdade de gênero estão descritos no Artigo 5 da Constituição 
Federal de 1988, sendo o responsável por assegurar uma vida digna, livre e igualitária a todos os 
cidadãos do nosso país. 
Voltando um pouco no tempo, no Brasil, até 1962 as mulheres eram proibidas de trabalhar 
ou de abrir conta bancária sem a autorização do marido, pois eram consideradas incapazes de fazer 
tais funções. Só a partir da criação do Estatuto da Mulher Casada, de autoria da deputada Carlota 
Pereira de Queiroz, que a mulher acabou com essa dominação legal do homem e representou um 
marco para as mudanças na legislação conservadora do país. 
A inserção da mulher na política é uma das principais lutas dos movimentos feministas no 
Brasil desde a Proclamação da República em 1888, quando elas acharam que teriam direito de 
reivindicar os próprios direitos. 
No entanto, as mulheres conquistaram o direito ao voto somente em 1932, promulgado por 
Getúlio Vargas, presidente da República na época e sendo estendido esse direito as mulheres 
analfabetas em 1988. O movimento sufragista foi uma grande conquista feminina tanto no Brasil 
quanto nos EUA e na Europa. 
Dentre as lutas diárias que envolvem os direitos das mulheres no âmbito social, devemos 
citar também a sujeição do corpo feminino. Assuntos relacionados á reprodução, ao aborto, a 
violência doméstica, importunação sexual. 
Portanto se pode constatar, que a vida da mulher ainda depende muito da sociedade, não 
só pela sujeição do que fazer ou não fazer com seu corpo, mas também com o estereotipo de que 
a mulher é frágil, vitimizada, objeto de prazer ou apenas um instrumento de reprodução e controle 
12 
 
doméstico. O poder está intimamente ligado ao controle do corpo feminino, assim como com o 
controle da sexualidade. Controle que sempre existiu, inicialmente partindo da igreja, depois Estado, 
e até do próprio homem em sociedade. 
Frequentar a escola para além do ensino primário, cursar ensino superior, criar um partido 
político, votar, candidatar-se a cargos políticos, poder se divorciar, praticar qualquer esporte e dispor 
de leis que criminalizam todos os tipos de violência de gênero, são alguns dos direitos que as 
mulheres brasileiras, por meio de muita luta, conquistaram desde o século 19 até a atualidade.E 
apesar das conquistas e das leis vigentes, a luta pelo cumprimento desses direitos precisa ser 
exigida diariamente pelas mulheres. 
Levando em consideração a estrutura social atual do mundo, o Global Gender Gap Report 
2020³ produziu um relatório que concluiu que a igualdade de gênero entre homens e mulheres em 
todas as áreas sociais não ocorrerá antes dos próximos 99 anos. Essa análise foi feita em 153 
países, baseada na paridade de gênero em diversos contextos sociais, tais como participação 
econômica, realização educacional, saúde e sobrevivência e empoderamento político. 
Houve muitas conquistas pelos direitos de igualdade de gênero ao longo dos anos, mas as 
mulheres ainda têm um longo caminho de lutas que envolvem muito mais do que somente políticas 
públicas e leis, é necessário a mudança de cultura, de crenças, as quais estão enraizadas desde o 
Brasil colonial. 
 
 
3 CONTEXTO HISTÓRICO 
 
Analisando o contexto histórico do filme, cujo se passa nos anos 60, identificamos com 
facilidade algumas leis de segregação racial ainda vigorantes nos Estados Unidos. Como um dos 
exemplos, as leis de Jim Crow aplicadas até 1964, que exigiam instalações separas para brancos 
e negros em locais públicos. 
 
 Katherine Johnson, uma das três protagonistas do longa, retrata bem o racismo promovido 
por essas leis discriminatórias quando precisou ir ao banheiro e descobriu que só havia unidade 
para mulheres de sua cor em um outro prédio sem ser o que trabalhava. Além de banheiros, 
pessoas negras estudavam em escolas separadas, não podiam se hospedar em hotéis e muitas 
das suas instalações eram inferiores em comparações as instalações para pessoas brancas. 
 
 Essa herança de práticas discriminatórias ajuda a identificar e entender o fenômeno de 
13 
 
desigualdade. Visto que, a população segregada torna-se um grupo socialmente fragilizado e com 
dificuldades de ascensão devido ao acesso precário a moradia, emprego, educação e saúde. 
 
 No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas (IBGE), os negros 
representam 70% do grupo abaixo da linha da pobreza, nos mostrando que as condições podem 
sim serem desiguais conforme a cor. Essa disparidade pode influenciar também no aumento de 
violência, criminalidade e moradias irregulares dentro de uma cidade/município. 
 
 Além da questão racial, o filme aborda também questões de gênero ao colocar suas 
protagonistas em um ambiente majoritamente masculino, onde não valorizam seus trabalhos e 
duvidam de seus potenciais. Tal trama nos traz a concepção de que o gênero feminino é 
constantemente colocado em prova para que seus direitos e equidade sejam de fato acolhidos em 
uma sociedade de essência machista e hierárquica, onde há o favorecimento do homem em 
detrimento a mulher. 
 
 O comportamento machista pode ser visto e reforçado em diversos âmbitos sociais como 
trabalho, família, escola e outros. Muitas vezes sustentando pela estereótipização do que é 
considerado adequado para o gênero feminino e masculino dentro de um meio social. 
 
 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Concluímos que ser negra, principalmente naquela época, era muito difícil. Katherine, 
Dorothy e Mary sofrem preconceito de todos os lados. Tanto de homens e mulheres brancas, como 
de homens negros que se sentem superiores apenas por serem homens. Apesar disso, o filme dá 
a entender que, sem essas três protagonistas, os Estados Unidos teriam demorado muito mais para 
enviar um homem ao espaço. Se elas tivessem sido avaliadas e incluídas nos programas de 
missões espaciais anteriormente, o país poderia ter superado a União Soviética. É impossível 
assistir ao filme e não admirar a determinação e a força de vontade dessas mulheres para superar 
os desafios que enfrentam todos os dias no trabalho. Elas nos ensinam três lições inspiradoras que 
todos precisamos aprender, que são: 
14 
 
Encontre o seu propósito, não há nada pior nesta vida do que uma vida sem propósito. Nos 
faz seguir em frente e lutar para sermos sempre os melhores. 
Não desista, os desafios estão aí para nos tornar melhores. Por isso é preciso muita força 
para não desistir do que se quer no meio do caminho. 
Não tenha medo da mudança e da inovação, aprenda com elas, porque há tanta mudança 
acontecendo hoje em dia que muitas pessoas temem que a mudança prejudique seu trabalho, 
embora na maioria das vezes a inovação leve a melhorias. 
O preconceito e tão antigo quanto a humanidade, começou a ser visto como principalmente 
a questão racial. Qualquer grupo social pode ser vítima de preconceito e os efeitos do preconceito 
pode apresentar níveis distintos em termos de agressividade exibida. 
Preconceito e uma ideia mental influenciada por normas e processos de categorização social 
que divide as pessoas em grupos, com a consequência de despertar respostas discriminatórias 
contra um grupo que não e o seu. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
- https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/trabalho-
renda-e-moradia-desigualdades-entre-brancos-e-pretos-ou-pardos-persistem-no-pais. 
 
- https://novaescola.org.br/conteudo/477/o-que-o-filme-estrelas-alem-do-tempo-tem-a-ver-com-a-sua-
aula. 
- Psicologia Social. Aroldo Rodrigues, Eveline Maria Leal Assmar, Bernardo Jablonski Editora Vozes, Jul 
13, 2022. 
- https:/brasilescola.uol.com.br/sociologia/desigualdade-de-genero.htm. 
- http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/Direito/article/view/706. 
- Sustainable Development Goal 5: Igualdade de gênero https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/5 
- https://equalmeasures2030.org/wp-content/uploads/2022/03/SDG-index_report_FINAL_EN.pdf 
- https://www.weforum.org/reports/gender-gap-2020-report-100-years-pay-equality 
- Portal da Câmara dos Deputados https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1910-1919/lei-3071-1-
janeiro-1916-397989-norma-pl.html

Mais conteúdos dessa disciplina