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DAS SÍNDROMES

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04/09/2023, 13:01 wlldd_231_u4_psi_crime
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681249&atividadeDesc… 1/25
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INTRODUÇÃO
Síndromes são conjuntos de sintomas que revelam desequilíbrios na psiquê humana e se manifestam em forma
de sinais. Esses, têm sido estudados ao longo da história da Psicopatologia para elaborar diagnósticos precisos
e indicar tratamentos correspondentes, capazes de melhorar a qualidade de vida de cada paciente.
O desenvolvimento do estudo da síndrome, a identi�cação e o diagnóstico se comportam de acordo com a
formação da psiquê do paciente, modi�cando ou se transformando para a abordagem quanto ao tratamento
correto.
Os sintomas especí�cos ou emergentes são, portanto, vivências pontuais, que ocorrem sempre sobre
determinado transfundo ou ancoragem, in�uenciando de modo marcante o sentido, a direção, a qualidade
especí�ca do sintoma emergente. O sintoma emergente é o transfundo entre a �gura e o fundo, a parte e o
todo, o pontual e o contextual.
Bons estudos!
DA SÍNDROME
Aula 1
DAS SÍNDROMES
O desenvolvimento do estudo da síndrome, a identi�cação e o diagnóstico se comportam de
acordo com a formação da psiquê do paciente, modi�cando ou se transformando para a
abordagem quanto ao tratamento correto.
31 minutos
DAS SÍNDROMES
 Aula 1 - Das síndromes
 Aula 2 - Das síndromes neuróticas
 Aula 3 - Das síndromes psicóticas
 Aula 4 - Das síndromes da sexualidade e substâncias psicoativas
 Referências
131 minutos
04/09/2023, 13:01 wlldd_231_u4_psi_crime
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Diante dos modelos sugeridos por Karl Jaspers e Kurt Schneider, o psicopatólogo alemão Hans Jörg Weitbrecht
(1909-1975) ordena as vivências psicopatológicas em duas perspectivas fundamentais. Os transfundos e as
ancoragens das vivências psicopatológicas. Nesses transfundos, surgem os chamados sintomas especí�cos
ou emergentes, sendo aqueles que ocorrem e se desenvolvem de forma perceptível e delimitável.
Os sintomas especí�cos ou emergentes são, portanto, vivências pontuais, que ocorrem sempre por
determinado transfundo. Esse transfundo ou ancoragem in�uencia de modo marcante o sentido, a direção, a
qualidade especí�ca do sintoma emergente.
Seguindo esse modelo, existem dois tipos básicos de transfundos (estados): os estáveis e duradouros
(personalidade e inteligência) e os mutáveis e momentâneos (nível de consciência e atenção; humor e estado
afetivo de fundo).
1. Os transfundos estáveis: pouco mutáveis, basicamente pela personalidade e a inteligência. Qualquer
experiência (alucinação, delírio, afeto, entre outras), diferente da personalidade especí�ca que a vivencia.
Pacientes passivos, dependentes, “sem energia”, tendem a vivenciar os sintomas de modo passivo. Já os
indivíduos hipersensíveis, explosivos, muito reativos a diferentes estímulos, tendem a responder aos sintomas
de forma mais viva e ampla. A inteligência é o outro transfundo estável, determinando os contornos da
diferenciação, a profundidade e a riqueza de todos os sintomas psicopatológicos.
2. Os transfundos mutáveis e momentâneos: nível de consciência e atenção pelo humor e estado afetivo de
fundo. Atuantes na determinação da qualidade e no sentido do conjunto das vivências psicopatológicas. O nível
de consciência e atenção estabelecem a clareza, a precisão e a nitidez dos sintomas emergentes. Estado de
turvação da consciência, alucinações auditivas ou visuais, recordações, sentimentos são experimentados de
forma nebulosa, menos clara e confusa.
O humor e o estado afetivo de fundo são momentâneos e passageiros, in�uenciando em decisões e
desencadeando sintomas (os chamados catatímicos). Lembranças, alucinações, delírio, ansiedade e irritação,
ganham dimensões próprias. Em estado depressivo grave, há di�culdade cognitiva, lembrança e pensamento
recorrente.
Sintomas emergentes ou especí�cos são todas as vivências psicopatológicas mais destacadas, individuais,
vivenciadas na psicopatologia. Diferentemente dos transfundos e das ancoragens, são elementos como uma
alucinação (sensopercepção), um sentimento determinado (afetividade), um delírio (juízo), um pensamento
obsessivo (pensamento), uma paramnésia (memória), uma alteração da linguagem ou da vontade.
Em relação aos sintomas, como as síndromes, os possíveis fatores predisponentes (carga genética,
experiências emocionais na infância e adolescência, condições pregressas de vida) e precipitantes (estresses,
perdas, fatores atuais ou mais recentes) e os surgimentos dos transtornos mentais se articulam como conjunto
de fatores biológicos, psicológicos e sociais para a ocorrência ou não de sintomas, síndromes ou transtornos
mentais.
Podemos citar, ainda, a vulnerabilidade constitucional (hereditariedade, constituição) para os distintos
transtornos. Os chamados fatores predisponentes são aqueles que se con�guram com articulação da
vulnerabilidade constitucional e as primeiras experiências, no início da vida, que ocorrem na primeira e segunda
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infância (0-6 anos).
Assim, os fatores predisponentes, além de genética, incluem eventos ocorridos nos primeiros anos de vida. Os
fatores precipitantes, por sua vez, são geralmente eventos estressantes e/ou traumáticos que ocorrem em
proximidade ao de�agramento do transtorno mental. Os fatores predisponentes tornam as pessoas mais ou
menos vulneráveis para a ação dos fatores precipitantes. Também é importante assinalar que a resiliência,
capacidade de absorver e lidar com os fatores precipitantes, é fundamental no processo de saúde-doença no
campo da psicopatologia.
SÍNDROMES PSIQUIÁTRICAS
As síndromes são conjuntos de sinais e sintomas que se agrupam de forma recorrente e são observados na
prática clínica diária. São agrupamentos estáveis de sintomas, conjuntos sígnios (SAURI, 2001), que podem ser
produzidos por várias causas (). Identi�car síndromes é o primeiro passo no sentido de ordenar a observação
psicopatológica dos sinais e dos sintomas dos pacientes.
Do ponto de vista psicopatológico, as síndromes depressivas têm como elementos mais salientes o humor
triste e, na esfera volitiva, o desânimo, mais ou menos marcantes. Tal tristeza e desânimo são, na depressão,
desproporcionalmente mais intensos e duradouros do que nas respostas normais de tristeza que ocorrem ao
longo da vida.
Os quadros depressivos caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas afetivos instintivos e
neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e a psicomotricidade. Em formas
graves de depressão, podem ocorrer sintomas psicóticos (delírios e/ou alucinações), marcante alteração
psicomotora (geralmente lenti�cação ou estupor) e fenômenos biológicos (neuronais ou neuroendócrinos)
associados.
Subtipos de síndromes e transtornos depressivos
1. Episódio de depressão e transtorno depressivo maior recorrente (CID-11 e DSM-5).
2. Transtorno depressivo persistente e transtorno distímico (CID-11 e DSM-5).
3. Depressão atípica (DSM-5).
4. Depressão tipo melancólica ou endógena (CID-11 e DSM-5).
5. Depressão psicótica (CID-11 e DSM-5).
6. Estupor depressivo ou depressão catatônica (CID-11 e DSM-5).
7. Depressão ansiosa ou com sintomas ansiosos proeminentes (CID-11 e DSM-5) e transtorno misto de
depressão e ansiedade (CID-11 e DSM-5).
8. Depressão unipolar ou depressão bipolar (CID-11 e DSM-5).
9. Depressão como transtorno disfórico pré-menstrual (CID-11 e DSM-5).
10. Depressão mista (CID-11 e DSM-5).
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11. Depressão secundária ou transtorno depressivo devido a condição médica (incluindo aqui o transtorno
depressivo induzido por substância ou medicamento) (CID-11 e DSM-5).
Sintomas da síndrome maníaca: a base da síndrome maníaca são sintomas de euforia, alegria exacerbada,
elação (expansão do Eu), grandiosidade ou irritabilidade marcante, desproporcionais aos fatos da vida e
distintos do estado comum de alegria ou entusiasmo que o indivíduo sadio apresenta em sua vida ().
Também ocorrem ideias de grandeza, poder, riqueza e/ou importância social. Eles podem chegar a con�gurar
verdadeiros delírios humor-congruentes, como delírios de grandeza, missão ou poder, ou humor-
incongruentes, como delírios de perseguição ou de passividade. Também podem estar presentes
alucinações (geralmente auditivas, olfativas ou visuais).
Subtipos de síndromes maníacas:
1. Mania franca ou grave.
2. Mania irritada ou disfórica.3. 
4. Mania com sintomas psicóticos.
5. Mania mista com características mistas.
6. Hipomania (ou episódio hipomaníaco).
7. Ciclotimia ou transtorno ciclotímico (CID-11 e DSM-5).
No transtorno bipolar, os episódios de mania e depressão ocorrem de modo relativamente delimitado no
tempo e, com frequência, há períodos de remissão, em que o humor do paciente se encontra normal, eutímico,
e as alterações psicopatológicas mais intensas regridem.
Apesar da possibilidade de períodos de remissão mais ou menos completa, o TB é um transtorno mental grave
com importantes implicações em termos de prejuízo na qualidade de vida, na produtividade e sociabilidade das
pessoas acometidas, bem como prejuízos neuropsicológicos e risco aumentado de doenças físicas e suicídio
(GOODWIN; JAMISON, 2010).
Subtipos de síndromes do transtorno bipolar
1. Transtorno bipolar tipo l e tipo ll.
2. Transtorno bipolar, tipo ciclagem rápida.
SEMIOTÉCNICA DE EPISÓDIOS (QUADROS)
A seguir, veja um quadro para ser aplicado como apoio em entrevistas pro�ssionais como ponto de partida para
diagnósticos.
Quadro 1 | Semiotécnica de episódios depressivos no passado
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PERGUNTAS:
- Você teve período em que se sentiu muito triste ou desanimado (claramente diferente do habitual)?
- Percebeu que o apetite diminuiu ou aumentou? Emagreceu ou engordou?
- Sentia-se também irritado ou nervoso? Tinha insônia ou dormia demais?
- Sentia-se mais cansado que o habitual? Perdeu o “pique”?
- Tinha di�culdade para trabalhar ou estudar?
- Sentia di�culdade para se concentrar ou tomar decisões?
- Tinha ideias negativas como pensar em morrer? Sentia-se culpado ou arrependido?
EM CASO DE RESPOSTA CONFIRMANDO QUE JÁ TEVE PERÍODOS DE DEPRESSÃO, PERGUNTAR:
- Quando foi que isso aconteceu pela primeira vez? Ocorreu mais de uma vez?
- Quanto tempo duravam esses períodos? Quando foi o último período?
- O que o ajudou a melhorar? O que o fazia piorar?
Fonte: Dalgalarrondo (2019, p. 354).
Quadro 2 | Semiotécnica de episódios maníacos no passado
PERGUNTAS:
- Você teve períodos em que se sentiu muito bem ou acelerado (claramente diferente do habitual)?
- Seus familiares ou amigos acharam que era algo mais que simplesmente estar “legal”?
- Teve períodos em que sentia pouca necessidade de dormir?
- Sentia-se mais forte ou poderoso?
- Teve períodos em que você esteve bem mais ativo que o comum, envolvendo-se em muitas atividades?
Houve períodos em que não conseguia �car parado, tinha que se mexer a toda hora?
- Vinham muitas ideias na cabeça?
- Você se sentia especialmente autocon�ante?
- Sentia que se distraía com muita facilidade?
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No caso de as respostas con�rmarem que já houve episódios de mania ou hipomania, perguntar:
- Quando foi que isso aconteceu pela primeira vez? Ocorreu mais de uma vez?
- Quanto tempo duravam esses períodos? Teve internações psiquiátricas por causa desses episódios?
- Quando foi o último episódio? Algo ajudou você a sair desse estado ou a �car mais calmo?
Fonte: adaptado de Dalgalarrondo (2019, p. 364).
Quadro 3 – Critérios diagnósticos para transtornos maníacos segundo DSM-5 e a CID-11 (período de pelo
menos uma semana com sintomas bem desmascarados de humor persistentemente elevado, irritado
ou expansivo)
Diagnóstico de episódio maníaco e hipomaníaco
Subtipos de transtornos bipolares
Episódio maníaco
Humor anormal e persistentemente elevado,
expansivo ou irritável e pelo menos mais três dos
sintomas abaixo (quatro se o humor for apenas
irritado) durante pelo menos uma semana:
- Autoestima falante, loquaz ou logorreico
- Fuga de ideias
- Distraibilidade
- Necessidade de sono
- Aceleração psicomotora
- Desinibição social e/ou sexual ou
gasto de dinheiro
- Envolvimento em atividades prazerosas e risco
TB tipo 1 com pelo menos um episódio maníaco:
Especi�car se o episódio atual ou mais recente for do
tipo hipomaníaco, maníaco, misto, depressivo.
Episódio hipomaníaco
Por menos quatro dias, deve haver três ou mais
sintomas bem demarcados de humor
persistentemente elevado, irritado ou expansivo. Não
pode haver sintomas psicóticos; os sintomas não
perturbam claramente o funcionamento pro�ssional
ou social, e não há necessidade de hospitalização.
TB tipo II com pelo menos um episódio hipomaníaco.
Transtorno ciclotímico: por pelo menos dois anos,
deve haver numerosos períodos com sintomas
hipomaníacos e sintomas depressivos (que não
satisfazem os critérios para episódio depressivo).
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Fonte: adaptado de Dalgalarrondo (2019, p. 361).
VÍDEO RESUMO
Os sintomas, síndromes e transtornos mais recorrentes do mundo psiquiátrico são o tema de nossa videoaula.
Vamos conhecer de forma aprofundada as síndromes, como elas atuam nos transtornos mentais e na cognição.
Vamos compartilhar esse conhecimento nesta aula, aguçando as nossas curiosidades e aprimorando as nossas
experiências. Esperamos por você!
 Saiba mais
Caro estudante,
Leia esse artigo interessante sobre o assunto da aula:
BRAGÉ, Émilly Giacomelli et al. Per�l de internações psiquiátricas femininas: uma análise crítica. Jornal
Brasileiro de Psiquiatria, v. 69, p. 165-170, 2020.
https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/cxysQDvZYf9QqM6TckK5FHt/?format=html. Acesso em: 06 mar. 2023.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Os transtornos mentais são sintomas ansiosos que con�guram formas “puras” ou “quase puras” de transtornos
de ansiedade (transtornos de ansiedade generalizada [TAG] e transtorno de pânico), ou formas de ansiedade
mais pontuais, que conhecemos como: fobias, ansiedade social, estresse pós-traumático, quadros dissociativos
e conversivos, quadros hipocondríacos e de somatizações e transtorno obsessivo-compulsivo [TOC].
Diante de tantas situações com as quais convivemos nos dias de hoje, no dia a dia, na correria do trabalho e na
pressão pela busca pro�ssional, nos deparamos com angústias, estresses, nervosismos, apreensões,
relacionamentos, e ainda precisamos lidar com tantos sentimentos e emoções. Vamos compreender como
essas fobias surgem, quais os sintomas e a sua dinâmica.
Bons estudos!
Aula 2
DAS SÍNDROMES NEURÓTICAS
Conhecer síndromes neuróticas e psicóticas. Conhecer ostranstornos sexuais e suas espécies.
32 minutos
https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/cxysQDvZYf9QqM6TckK5FHt/?format=html
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DAS FOBIAS E DO TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
A ansiedade se manifesta em formas de crises e eclosões de vários sintomas ansiosos, em número e
intensidade signi�cativos. Associados às crises agudas e intensas de ansiedade, pode ou não haver sintomas
constantes de ansiedade generalizada.
As crises de pânico são marcadas pela ansiedade, ocorrendo importante descarga do sistema nervoso. Pode
haver sintomas como taquicardia, suor frio, tremores, desconforto respiratório ou sensação de as�xia, náuseas,
formigamento em membros, dedos e/ou lábios.
A pessoa pode experimentar diversos graus da chamada despersonalização – sensação de cabeça leve, de o
corpo �car leve, de o corpo �car estranho, sensação de perda do controle, estranhar-se a si mesmo. Também
ocorre a desrealização, sensação de que o ambiente, antes familiar, agora parece estranho e diferente. As
crises podem durar de 5 a 10 minutos (curta duração), 15 minutos (mais comum), e raramente chegam a 1 hora.
Transtorno do pânico: crises recorrentes, desenvolvendo medo de novas crises, preocupações com possíveis
implicações da crise (perder o controle, ter um ataque cardíaco ou enlouquecer) e sofrimento. Pode ou não
acompanhar a agorafobia, muito desconforto e fobia de lugares amplos e aglomerações. Geralmente as
pessoas possuem transtornos de personalidade associados ao TP borderline, evitativo e paranoide.
Transtornos fóbicos: são medos intensos e irracionais, desproporcionais, por situações e objetos ou animais
que objetivamente não oferecem ao indivíduo perigo real e proporcional à intensidade de tal medo.
Agorafobia: o medo e a angústia em indivíduos com crises que chegam ao pânico e com tendência de evitar
situações, o que geralmente leva a estreitamento das possibilidades vivenciais, restringindo-os, às vezes, a sua
casa e a ambientes muito familiares e seguros.
Ansiedade social e fobia social: é o medo intenso e persistente de situações sociais que envolvam expor-se ao
contato interpessoal, demonstrar capacidade de desempenho ou participar de situações competitivas e de
cobrança. Pessoas com fobia social têm, com frequência, TP evitativa.
Transtorno obsessivo-compulsivo: é marcado pela ansiedade, caracterizada pelas ideias, fantasias e imagens
obsessivas e por atos, rituais ou comportamentos compulsivos. Vividos como uma pressão, como algo que o
obriga e a que se submete. Pode ser dividido em dois subtipos: aqueles em que predominam ideias obsessivas
e aqueles nos quais prevalecem os atos e os comportamentos compulsivos.
Quadros obsessivos são ideias, pensamentos, fantasias ou imagens persistentes que surgem de forma
recorrente na consciência: são vivenciados como angústias e como algo que “invade” a consciência.
Reconhecendo o caráter irracional e absurdo desses pensamentos, tentando neutralizá-los com outros
pensamentos, tais tentativas fracassam.
Em quadros compulsivos predominam comportamentos e rituais repetitivos, como lavar as mãos diversas
vezes, tomar banhos, veri�car portas e janelas. São atos mentais, como repetir palavras mentalmente em
silêncio, fazer listas mentais, em geral em resposta obsessiva.
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Os comportamentos e atos compulsivos surgem como forma de cumprir regras mágicas que precisam ser
rigidamente seguidas. Os atos e os rituais compulsivos são pensamentos mágicos que vinculam a realização do
ato compulsivo com o afastamento de algum evento temível ou indesejado.
Pessoas com TOC têm com frequência TP: TP obsessivo-compulsivo, TP evitativa ou TP dependente, podendo
apresentar TP paranoide e TP narcisista.
HISTERIAS E SOMATIZAÇÕES
As crises histéricas, com acometimento da consciência, desmaios, movimentos abruptos e marcantes,
parecidos com a crise de epilepsia, ou os quadros conversivos com afonia, cegueira ou paralisias psicogênicas,
ocorriam, muitas vezes, em pessoas com comportamentos e personalidades caracteristicamente dramáticos,
certo infantilismo e, eventualmente, sedução pueril e necessidade de ser o centro das atenções.
O paciente histérico apresenta uma peculiaridade: necessita de contato e tem incapacidade de mantê-lo e
aprofundá-lo. Do ponto de vista existencial, tais indivíduos vivem em um contexto de inautenticidade no
contato interpessoal, suas relações soam falsas, eles parecem que precisam representar constantemente em
seu relacionamento com as pessoas.
Os quadros histéricos são subdivididos em três grandes subgrupos: histeria de conversão ou conversiva (que
corresponde ao atual transtorno conversivo, no DSM-5), histeria dissociativa (que corresponde ao atual
“transtorno dissociativo) e a forma mista de histeria (com conversão e dissociação).
O comportamento provocado pela histeria não é equivalente à função biológica ou natural do órgão, segundo
suas estruturas e disposição anatomofuncionais; o distúrbio corresponde, sempre, à utilização habitual que o
paciente faz do órgão, ou à representação imaginária e simbólica que tem daquela função.
Ao quebrar e subdividir a histeria ou neurose histérica em transtornos, como o transtorno da personalidade
histriônica, transtorno dissociativo de movimentos, sensação ou cognição, transtorno de identidade, amnésia
dissociativa, fuga dissociativa e transtorno conversivo, os sistemas DSM e CID desmontaram a noção de uma
identidade nosológica unitária, com subformas inter-relacionadas, em várias condições relativamente
independentes. No entanto, ao que parece, tal mudança tem produzido pouco avanço, tanto para a
compreensão psicopatológica, como para o tratamento adequado das pessoas acometidas.
O termo “somatização” é o processo pelo qual um indivíduo padece em seu corpo sintomas físicos que não têm
origem exclusiva em uma doença física, mas se relacionam bem mais a di�culdades psicológicas, psicossociais
ou interpessoais.
A somatização pode acontecer na presença de doença física demonstrável (intensi�cando demasiadamente a
apresentação sintomática), assim como na ausência de qualquer doença ou condição física. Há o desejo,
consciente ou inconsciente, de estar no papel do doente físico a �m de obter de alguma forma os ganhos
primários (tentativa inconsciente de reequilibrar psicologicamente) ou ganhos secundários (benefícios sociais
ou interpessoais concretos, como licenças médicas e aposentadoria).
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Chama-se alexitimia a di�culdade em identi�car sentimentos e outras experiências subjetivas e diferenciá-las
de sensações corporais, como a di�culdade de falar sobre as próprias emoções e as di�culdades subjetivas e a
tendência a ter um estilo de pensamento orientado para o externo, para o concreto.
Os quadros de somatização podem ser transitórios (durante uma fase difícil da vida) ou estáveis e duradouros,
passando a ser um estilo de vida ou modo de conduzir a vida. Os indivíduos com o quadro hipocondríaco e
somatizações tendem a rejeitar a ideia de que seu sofrimento seja de origem psicológica ou psicossocial,
voltando-se sempre à queixa corporal.
SEMIOTÉCNICA DE EPISÓDIOS (QUADROS)
Abaixo, segue um quadro para ser aplicado como apoio em entrevistas pro�ssionais como ponto de partida
para diagnósticos.
Quadro 1 | Critérios diagnósticos para os transtornos de ansiedade segundoDSM-5 e a CID-11
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) ATAQUE DE PÂNICO E TRANSTORNO DE PÂNICO
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- Ansiedade, apreensão e preocupações excessivas na
maioria dos dias, por muitos meses (no DSM-5 pelo
menos seis meses), em diferentes atividades e eventos
da vida. Além disso, a pessoa considera difícil
controlar a preocupação e a ansiedade.
- A ansiedade e a preocupação estão associadas a pelo
menos mais três dos seguintes sintomas:
- Inquietações ou sensação de estar “com os nervos à
�or da pele”
- Cansaço fácil, fatigabilidade
- Di�culdade de concentrar-se
- Irritabilidade, “pavio curto”
- Tensão muscular, di�culdade para relaxar
- Alteração do sono (di�culdade de pegar no sono ou
mantê-lo)
- O foco da ansiedade ou preocupação não é
decorrente de outro transtorno mental (como medo
de ter crises de pânico; de ser contaminado, no caso
de TOC; ou de ganhar peso, no caso da anorexia)
- Ansiedade, preocupação ou sintomas físicos causam
sofrimento signi�cativo ou prejuízo no funcionamento
social.
Ataques de pânico
Crises de ansiedade, de intenso desconforto ou de
sensação de medo que alcançam um pico em minutos
(geralmente não duram mais que meia hora ou uma
hora), com pelo menos quatro dos seguintes critérios:
- Palpitação ou taquicardia
- Sensação de falta de ar, desconforto respiratório
- Sensação de as�xia ou de estar sufocando
- Suor de mãos, pés, face, geralmente frio
- Medo de perder o controle ou enlouquecer
- Medo de morrer, de ter um ataque cardíaco
- Tremores ou abalos
- Formigamento ou anestesias nos dedos e nos lábios
- Ondas de calor ou calafrios
- Desrealização (sensação de que o ambiente familiar
está estranho) ou despersonalização (sensação de
estranheza quanto a si mesmo)
- Tontura, instabilidade
- Dor ou desconforto torácico
- Náusea ou desconforto abdominal
Transtorno de pânico
- Ter ataques de pânico de forma repetitiva e
inesperada
- Pelo menos um dos ataques foi seguido por período
mínimo de um mês com os seguintes critérios:
- Preocupação persistente com a possibilidade de ter
novos ataques
- Preocupação com implicações ou consequências dos
ataques, como perder o controle, enlouquecer ou ter
um infarto
- Alterações do comportamento relacionadas aos
ataques (evitar aglomerações, evitar sair de casa)
04/09/2023, 13:01 wlldd_231_u4_psi_crime
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- Presença ou não de agorafobia associada
O transtorno não é devido a efeitos �siológicos diretos de uma substância (medicamentos, uso de substâncias)
ou uma condição médica ou doenças (como hipertireoidismo, lúpus, diabetes, entre outras).
Fonte: adaptado de Dalgalarrondo (2019, p. 366)
VÍDEO RESUMO
Os sintomas, síndromes e transtornos mais recorrentes do mundo psiquiátrico são o tema da nossa videoaula.
Vamos conhecer de forma aprofundada as síndromes e como elas atuam nos transtornos mentais e na
cognição. Vamos compartilhar esse conhecimento nessa aula, aguçando as nossas curiosidades e aprimorando
as nossas experiências. Esperamos por você!
 Saiba mais
Caro estudante,
Laia os seguintes artigos:
BARBOSA, Rayza Cristina de Souza. A �gura do psicopata e sua punibilidade no direito penal brasileiro:
efeitos na ressocialização. 2019.
http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/3566. Acesso em: 06 mar. 2023
LAURINDO, Cosme Rezende et al. Prevalência e fatores associados à ansiedade e depressão em mulheres
adultas privadas de liberdade: revisão integrativa: contributions to Primary Health Care. Revista de APS, v.
25, n. 3, 2022.
https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/36279. Acesso em: 06 mar. 2023.
INTRODUÇÃO
As alucinações e delírios que são marcantes em pensamentos e comportamentos desorganizados são
denominados síndromes psicóticas e iremos abordá-los nessa nova etapa.
Aula 3
DAS SÍNDROMES PSICÓTICAS
Estudaremos também os estados de psicoses na funcionalidade do espaço e do tempo, e o
impacto da perda com a realidade.
32 minutos
http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/3566
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Estudaremos também os estados de psicoses na funcionalidade do espaço e do tempo, e o impacto da perda
com a realidade.
Veremos também o espectro da esquizofrenia na forma da psicose ou psicótica, em formas distintas da
“loucura”, na desarmonia interna do funcionamento mental com a sua quebra da realidade, e conheceremos os
principais quadros e aspectos.
Ainda quando falamos em outras formas de psicoses, permaneceremos em outros quadros da esquizofrenia
diferenciados como breves, curtos e transitórios.
Vamos compreender as diferenças?
Bons estudos!
SÍNDROME PSICÓTICA E ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA
As síndromes psicóticas são experiências como alucinações e delírios, desorganizações marcantes do
pensamento e/ou do comportamento catatônico. Experiência intensa de estar sendo perseguido ou ameaçado
(por pessoas ou forças estranhas), assim como alterações evidentes na vida pessoal, familiar e social são
frequentes nos quadros psicóticos. São condições, de modo geral, de acentuada gravidade.
A orientação psicodinâmica é a perda de contato com a realidade e/ou distorções muito marcantes na
percepção da realidade. A função do ego em avaliar e julgar o mundo externo estaria gravemente prejudicada
na psicose.
A orientação fenomenológica na psicose ocorre nas alterações estruturais de experiências fundamentais,
como as do espaço e do tempo. Há perda de elementos normalmente compartilhados do senso comum. Ocorre
transformação de como o indivíduo se dirige ao mundo e às pessoas, uma mudança do vetor da
intencionalidade.
O mundo invade a consciência, ocorrendo a chamada inversão do arco intencional da consciência, na visão
fenomenológica. Profundas modi�cações do eu corporal e do senso de agência do self estariam na base da
psicose.
Esquizofrenia é a principal forma de psicose ou síndrome psicótica, por sua frequência e sua importância
O psiquiatra suíço Eugen Bleuler (1857-1939) propôs, em 1911, o termo esquizofrenia, dando ênfase à
desarmonia radical do contato com a realidade que ele notava nesse transtorno. Os principais grupos de
sintomas da esquizofrenia são os seguintes (APA, 2014):
1. Sintomas negativos: perda de certas funções psíquicas (na esfera da vontade do pensamento, da
linguagem), empobrecimento global da vida afetiva, cognitiva e social. Perda da capacidade de se sintonizar
afetivamente com as pessoas, retração social ou associabilidade, apatia, alogia ou empobrecimento da
linguagem e do pensamento (diminuição da �uência verbal e pelo discurso), diminuição da vontade e iniciativa
em tarefas, capacidade de experimentar e sentir prazer (anedonia).
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2. Sintomas positivos: alucinações, ideias delirantes, distorção da realidade, percepção delirante, alucinações
auditivas, eco do pensamento ou sonorização do pensamento, difusão e/ou divulgação do pensamento (quando
tem a sensação de que os seus pensamentos são ouvidos ou percebidos pelos outros), roubo de pensamentos
(sensação de que os seus pensamentos são extraídos ou roubados pelos outros), distúrbios da vivênciado eu,
vivências de in�uência sobre seu corpo, vivência do “fabricado” ou “feito” pelos outros (ou forças externas).
3. Sintomas de desorganização: pensamento progressivamente desorganizado, de leve afrouxamento das
associações, passando por descarrilamento do pensamento até a total desagregação incompreensível
incoerente. Comportamentos desorganizados e bizarros inadequados. Afeto inadequado, incongruente e
descompasso franco entre as esferas afetivas.
4. Sintomas psicomotores e catatonia (síndrome psicomotora): lenti�cação e empobrecimento psicomotor,
estereotipias de movimentos (atos, gestos, atitudes mais complexas que os tiques, repetidos de forma
mecânica, sem �nalidades), maneirismos (gestos complexos, repetidos, que parecem ter objetivo e signi�cado
para o indivíduo).
5. Sintomas/prejuízos cognitivos: Alterações cognitivas como memória episódica, atenção, memória de
trabalho, velocidade de processamento e funções executivas frontais (inclusive �uência verbal). Alterações da
cognição social, dé�cit em teoria da mente (ligado à compreensão de intenções, disposições e crenças dos
outros e de si mesmo).
6. Sintomas de humor: Sintomas ansiosos e depressivos como depressão clínica. Ansiedade generalizada,
ataques de pânico, ansiedade/fobia social e sintomas obsessivos-compulsivos.
A esquizofrenia acaba se tornando o transtorno mental mais corriqueiro no mundo da criminalidade.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS E SÍNDROMES DA PSICOSE
A falta de insight é um elemento importante na maioria dos pacientes. Esses geralmente acham que não
possuem qualquer problema ou doença, atribuindo a situação a outras causas ou fatores, como nervosismos,
estresses, espiritualidade, di�culdades da vida, etc.
A negação e a busca por um tratamento adequado e acompanhamento médico e/ou psicológico ou tratamento
medicamentoso acaba di�cultando ou piorando a situação. O insight e a sua falta não são, de modo geral, um
fenômeno do tipo “tudo ou nada”; uma pessoa com esquizofrenia pode não ter insight algum sobre o caráter
patológico de sua condição, mas reconhece que necessita de ajuda para di�culdades nas relações familiares e
aceita a utilização de medicação antipsicótica e intervenções psicossociais para a doença.
Sintomas neurológicos inespecí�cos: prejuízos na função olfativa (dé�cits na identi�cação e na discriminação
de odores), hipoalgesia (sensibilidade diminuída à dor) e alterações da motilidade dos olhos (anormalidades
oculomotoras, dos movimentos sacádicos dos olhos). Apresentando prejuízos das habilidades de coordenação
motora e nas tarefas motoras complexas.
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Transtorno delirante (paranoia) e esquizofrenia tardia (parafrenia): uma psicose próxima à esquizofrenia,
mas distinta, é o transtorno delirante, que se caracteriza pelo surgimento e desenvolvimento de um delírio ou
sistema delirante com considerável preservação da personalidade, da afetividade da cognição e do resto do
psiquismo do indivíduo. Não deve o pensamento e/ou comportamento ser francamente desorganizado ou
haver sintomas negativos marcantes. Kraepelin caracteriza a paranoia como desenvolvimento lento e insidioso
de um “sistema delirante durável, imutável, ao lado de uma perfeita conservação da lucidez e da ordem no
pensamento, vontade e ação” (DECKER, 2007).
Alucinações não devem ser o elemento proeminente do quadro, mas, se ocorrerem, geralmente têm relação
com o tema do delírio. Como alteração do reconhecimento, podem ocorrer falsas identi�cações de pessoas, em
geral associadas ao tema do delírio. Ocorrem em sujeitos com mais de 40 ou 50 anos de idade e costumam ter
curso crônico e estável. A duração do delírio deve ser de no mínimo um mês (DSM-5) ou três meses (CID-11),
mas em geral é mais longa, podendo perdurar anos.
O termo parafrenia é uma forma de psicose esquizofreniforme de aparecimento tardio (após os 50 ou 60 anos),
em que surgem delírios, em geral organizados e acompanhados de alucinações, mas nas quais, de forma
semelhante ao transtorno delirante, há preservação da personalidade do indivíduo.
Transtornos psicóticos agudos, breves e transitórios (psicoses reativas e/ou psicoses psicogênicas): são
casos de pacientes com quadros psicóticos semelhantes à esquizofrenia (pode haver alucinações e delírios, com
discurso e comportamento desorganizados), de surgimento bem agudo (eclodem e alcançam máxima
gravidade em até duas semanas). Diferentemente da esquizofrenia (com curso grave e deteriorante), revelam
remissão relativamente rápida dos sintomas e não implicam deterioração da vida social ou empobrecimento
psíquico em forma de sintomas negativos ou perdas cognitivas (CASTAGNINI; BERRIOS, 2009).
A duração não ultrapassa três meses (CID-11) ou um mês (DSM-5), mas, de modo geral, dura de pouco dias a
um mês.
Transtorno esquizoafetivo: caracteriza-se pela presença de proeminentes sintomas requeridos para o
diagnóstico de esquizofrenia, associados ao episódio depressivo maior ou episódio maníaco. Para diferenciar o
transtorno esquizoafetivo dos quadros de depressão ou mania psicótica, o DSM-5 exige que haja pelo menos
duas semanas de delírios ou alucinações na ausência de episódio depressivo maior ou mania.
SEMIOTÉCNICA DE EPISÓDIOS (QUADROS)
Segue um quadro para consultas e pesquisas cientí�cas na identi�cação em entrevistas pro�ssionais como
ponto de partida para diagnósticos.
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Quadro 1 | Alguns dos aspectos mais relevantes descritos pela pesquisa cientí�ca sobre a
esquizofrenia
1 – A esquizofrenia se caracteriza pela combinação de sintomas positivos, negativos, desorganização,
sintomas cognitivos, psicomotores e de humor. Ela geralmente é diagnosticada quando os sintomas
positivos e negativos ocorrem em conjunto com perdas no funcionamento social, na ausência de sintomas
proeminentes de humor (mania e/ou depressão), mas não são decorrentes de doenças neurológicas ou do
uso de substâncias.
2 – O surgimento dos sintomas psicóticos ocorre, de modo geral, na adolescência e no início do período
adulto. Nos homens, tende a surgir alguns anos mais cedo do que nas mulheres.
3 – A esquizofrenia e uma doença crônica, com surtos recorrentes; não há, de modo geral, remissão
completa depois dos surtos. A evolução da vida social e econômica implica, geralmente, menores taxas de
emprego e de independência �nanceira, e há maior probabilidade de o indivíduo acometido �car em situação
de rua ou ser preso. O curso da doença é, de modo em geral, dividido em três fases: fase pré-mórbida, fase
de sintomas psicóticos e fase crônica, em que há graus diversos de perdas e deteriorações implicadas.
4 – As causas (etiologia) da esquizofrenia não são conhecidas. Nos estudos de neuroimagem e
neuropatologia, foram identi�cados de forma consistente redução do volume cerebral total e do volume de
substância cinzenta, alargamento dos ventrículos e redução de estruturas como áreas mediais dos lobos
temporais, do córtex pré-frontal e do tálamo. O componente genético é importante, embora heterogêneo, e
fatores de risco identi�cados (de pequeno efeito, mas somatórios) são: complicações obstétricas e
perinatais, infecções na gestação, baixo peso ao nascer, uso de maconha na infância e na adolescência.
5 – A pior evolução se associa ao sexo masculino, surgimento mais precoce da doença, períodos mais
prolongados sem tratamento, gravidade do acometimento cognitivo (sobretudo da cognição social) e dos
sintomas negativos.
6 – A diferenciação nosológica entre a esquizofrenia e outros transtornos mentais graves pode ser pouco
clara, sobretudocom outros transtornos que ocorram com sintomas psicóticos (alucinação, delírio e
desorganização).
7 – Há considerável heterogeneidade entre os pacientes acometidos pela esquizofrenia em termos de
bases neurobiológicas, manifestações clínicas, cursos e respostas a tratamento.
8 – A gravidade dos diferentes sintomas e agrupamentos de sintomas varia muito entre os pacientes e ao
longo do curso da doença.
9 – Há perdas ou acometimentos cognitivos globais, mas de intensidades muito variáveis, entre os
pacientes. Há poucos ou nenhum insight sobre a doença na maior parte das pessoas acometidas.
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10 – Pode haver perdas adicionais em áreas especí�cas da cognição, como funções executivas no lobo
frontal, memória, atenção, velocidade de processamento psicomotor e cognição social (teoria da mente,
reconhecimento de emoções nas outras pessoas, percepção social e viés de atribuição).
11 – As perdas ou acometimentos cognitivos estão, de modo geral, presentes antes mesmo do surgimento
dos sintomas psicóticos e persistem durante o curso da doença. Há, também, em uma parte substancial de
pacientes, outros prejuízos pré-mórbidos (que antecedem a patologia), como retração social, di�culdades nos
relacionamentos, ser desengonçados socialmente.
12 – São muito frequentes entre os pacientes obesidade e doenças cardiovasculares. Há prevalência
aumentada (em relação à população em geral) de tabagismo e uso de substância. Pessoas com
esquizofrenia vivem em média 15 a 25 anos a menos do que a população em geral, em decorrência de terem
mais doenças e condições físicas (além de obesidade e condições cardiovasculares, diabetes, doenças
pulmonares, infecções, entre outras) e hábitos e estilo de vida de maior risco para a saúde (como os
mencionados anteriormente).
13 – Veri�cam-se taxas aumentadas e risco aumentado de suicídio entre os pacientes. Pode haver aumento
de comportamento violento em algumas fases especí�cas da doença. Os antipsicóticos, sobretudo para os
sintomas positivos, são as intervenções terapêuticas com mais evidência de de�ciências; entretanto, não são
ou são muito pouco e�cazes para sintomas negativos e cognitivos. A clozapina, embora implique efeitos
colaterais potencialmente graves, é o tratamento mais e�caz entre todos os antipsicóticos.
Fontes: adaptado de Keshavan e Nasrallah (2008), Tandon et al. (2009) e Dalgalarrondo (2019, p. 387).
VÍDEO RESUMO
Como aprofundar os conhecimentos em síndromes psicóticas no mundo das alucinações e pensamentos
desordenados e não aguçar a curiosidade? Assista à nossa videoaula e conheça diversas outras formas de
esquizofrenia e seus comportamentos e con�ra sintomas ainda mais detalhados. 
Você conhece suas fases, transições entre positivo e negativo? Vamos nessa!
 Saiba mais
Caro estudante,
Esse artigo trará ainda mais conhecimento sobre o assunto:
FIGUEIREDO, Thaissa Lorraine; DA FONSECA, Gema Galgani. Principais Fatores Psicológicos que
Desencadeiam Crimes Brutais, como o Homicídio: Um Estudo de Caso. Revista Saúde e Educação, v. 4, n.
2, p. 144-173, 2019.
04/09/2023, 13:01 wlldd_231_u4_psi_crime
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681249&atividadeDes… 18/25
https://ojs.fccvirtual.com.br/index.php/REVISTA-SAUDE/article/view/354. Acesso em: 6 mar. 2023
INTRODUÇÃO
A sexualidade faz parte de nossas vidas e ocupa uma das áreas fundamentais de nossas existências,
compreendendo as três dimensões básicas: biológicas, psicológicas e socioculturais.
Dimensões e seus aspectos neuronais e hormonais, psicológicos e culturais fazem parte de nossas vidas em
nossos repertórios de biogra�as assinadas de nossas existências.
Vamos entrar nessa dimensão e compreender a parte da psicologia.
A SEXUALIDADE HUMANA E OS TRANSTORNOS SEXUAIS
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vem me agitar
Que todos os suores me vem encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma a�ição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
— (BUARQUE, 1976)
Aula 4
DAS SÍNDROMES DA SEXUALIDADE E SUBSTÂNCIAS
PSICOATIVAS
A sexualidade faz parte de nossas vidas e ocupa uma das áreas fundamentais de nossas
existências, compreendendo as três dimensões básicas: biológicas, psicológicas e socioculturais.
32 minutos
https://ojs.fccvirtual.com.br/index.php/REVISTA-SAUDE/article/view/354
04/09/2023, 13:01 wlldd_231_u4_psi_crime
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681249&atividadeDes… 19/25
Entre as dimensões biológicas da sexualidade se reúnem principalmente as neuronais, hormonais e
anatomo�siológicas genitais. Os aspectos neuronais são ativações de áreas e circuitos de estruturas
subcorticais e do córtex cerebral relacionadas ao desejo, à resposta e ao comportamento sexual.
Os aspectos hormonais da biologia da sexualidade são os hormônios esteroides sexuais no organismo. As
implicações comportamentais e sexuais desses hormônios são extremamente complexas. Os principais
hormônios sexuais são o estrógeno (feminino secundário), a progesterona e a testosterona.
As dimensões psicológicas cobrem aspectos particulares e individuais do desejo sexual erótico, das fantasias
sexuais e da dimensão subjetiva de prazer que a vida sexual pode produzir. As dimensões socioculturais são o
conjunto de valores culturais, práticas, repertórios e proibições que cada sociedade produz no campo da
sexualidade. Com sentido mais especi�camente humano e subjetivo da experiência sexual, tem-se o vasto e
fascinante campo do “erótico”.
Os transtornos ou disfunções sexuais (APA, 2014) são síndromes que incluem as várias formas pelas quais
indivíduos adultos apresentam di�culdades na experiência pessoal de atividade sexual. Na CID-11, numa
síndrome como disfunção sexual, os seguintes fatores devem estar presentes:
1. Ocorrência frequente do transtorno ou disfunção, podendo estar ausente em algumas situações.
2. O transtorno deve estar presente por pelo menos alguns meses.
3. O transtorno deve estar associado a sofrimento ou disfunção clinicamente signi�cativos.
Os transtornos parafílicos dizem respeito a padrões de fantasias, impulsos e comportamentos sexuais que
implicam sofrimento ou prejuízo signi�cativos à pessoa com tal transtorno, ou cuja satisfação da
fantasia/impulso sexual causa danos ou risco a outros (como crianças, na pedo�lia, ou mulheres vítimas de
homens com transtornos exibicionistas), ou, ainda, quando não há consentimento na realização do
comportamento sexual.
O transtorno exibicionista é a compulsão e prazer em mostrar os genitais (quase sempre homens) a uma
pessoa que não espera o fato (mulheres, crianças, adolescentes), geralmente desprevenidos e que sentem essa
exposição como marcante violência. O transtorno voyeurista é a compulsão em observar o outro, que ignora
estar sendo observado, tendo relações sexuais.
No transtorno do sadismo sexual, o prazer sexual e a excitação e estão ligados ao ato de produzir, na
realidade ou na fantasia, dor e/ou humilhação no parceiro, ou abusar dele e subjugá-lo. No transtorno do
masoquismo sexual, a excitação e o prazer ocorrem ao ser o indivíduo subjugado, humilhado, torturado ou
ameaçado pelo parceiro.
O transtorno pedofílico, ou pedo�lia, é um dos mais perturbadores do sofrimento humano implicado.
Caracteriza-se por fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais ou comportamentos intensos e
recorrentesque envolvem atividades sexuais com crianças pré-púberes (em geral, com 13 anos ou menos).
O transtorno fetichista é a obtenção de prazer e excitação pelo uso de adornos, peças de vestuário ou
objetos. O indivíduo fetichista utiliza, na masturbação ou no ato sexual, objetos relacionados ao corpo, como
sapatos, meias, lingerie, luvas, etc., masturbando-se ao contato de tais objetos. Na zoo�lia, um ou mais animais
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são utilizados para atividade sexual, que pode incluir a masturbação, o contato oral-genital ou o coito completo.
Transtorno transvéstico é a excitação sexual recorrente e intensa que o indivíduo obtém em vestir-se como o
sexo oposto. Tal comportamento será considerado se causar sofrimento clinicamente signi�cativo para o
indivíduo ou prejuízo importante no funcionamento social, pro�ssional ou em outras áreas relevantes da vida.
Já o transtorno frotteurista é a excitação sexual intensa e recorrente de tocar e/ou esfregar-se em quem não
consentiu tais atos.
Os transtornos sexuais são considerados a partir do momento que causam sofrimentos a si mesmos e a outras
pessoas.
SÍNDROMES E SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
A utilização e o modo de substâncias psicoativas sobre o cérebro, e em função sobre o psiquismo e o
comportamento, agem diferentemente sobre cada indivíduo. As substâncias com ação no
psiquismo/comportamento na psicopatologia são: álcool, cafeína, tabaco, Cannabis (ou maconha),
psicoestimulantes como cocaína (pó ou crack) e anfetamínicos, opioides, alucinógenos, inalantes, hipnóticos e
ansiolíticos.
Segundo a Classi�cação internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-11), os transtornos
devido a substâncias são ordenados em categoria única para cada tipo de substância (álcool, cocaína,
maconha, etc.). Nessa categoria, para cada tipo de problema, deve-se, quando necessário, acrescentar os
especi�cadores ou subtipos – por exemplo, transtorno devido ao álcool: intoxicação, dependência, abstinência e
quadros psicopatológicos induzidos.
Já no Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5), os transtornos relacionados a
substâncias são classi�cados em dois grandes grupos: 1) transtornos por uso de substâncias e 2)
transtornos induzidos por substâncias.
Transtornos por uso de substâncias (DSM-5):
1. Di�culdade importante ou baixo controle sobre tal uso.
2. Prejuízos psicossociais e sociais
3. Riscos físicos e psicológicos.
4. Fenômenos farmacológicos como tolerância e abstinência.
Transtornos induzidos por substâncias (DSM-5): são considerados transtornos induzidos a intoxicação e a
síndrome de abstinência da substância, vários quadros psicopatológicos que podem ser induzidos pelo uso,
como psicoses, quadros de humor (mania ou depressão), quadros ansiosos, delirium e transtornos
neurocognitivos. São quadros reversíveis que podem durar horas ou dias, mas que ultrapassam, de modo de
geral, um mês sem o uso da substância.
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Álcool (DSM-5 e CID 110): o delirium tremens é uma forma grave de síndrome de abstinência de álcool, além
de sintomas clássicos do delirium (rebaixamento do nível de consciência, alteração da atenção, confusão
mental, desorientação tempoespacial, �utuação dos sintomas ao longo do dia), intensas manifestações
autonômicas (como tremores, febre, sudorese profusa, entre outras), ilusões e alucinações visuais e táteis
marcantes, principalmente com insetos e pequenos animais (zoopsias). Alucinose alcoólica, por períodos
independentes com o indivíduo sóbrio ou alcoolizado, e alucinações audioverbais (vozes que falam na terceira
pessoa), durando horas ou dias. O delírio de ciúmes (mais frequentes em homens), inserido na dinâmica social
e conjugal.
Maconha (DSM5 e CID-11): a Cannabis (ou substâncias canabinoides extraídas da planta Cannabis sativa),
utilizada através do fumo. Indivíduos que usam maconha persistentemente desenvolvem a tolerância
farmacológica e comportamental à maioria de seus efeitos. A interrupção abrupta do uso diário ou quase
diário da droga frequentemente resulta em síndrome de abstinência da substância, com ansiedade,
inquietação, irritabilidade, raiva ou agressividade, depressão, insônia ou redução do apetite. Tal síndrome,
embora não seja grave como no caso do álcool, pode produzir sofrimento signi�cativo e di�culdade em cessar o
uso (DSM-5).
Cocaína/crack (DSM-5 e CID-11): substância extraída das folhas da planta Erythroxylon coca. Três formas
principais: inalada, injetada na veia ou fumada. A cocaína pode produzir um transtorno psicótico induzido
pela ação da droga sintomaticamente parecido com um surto esquizofrênico ou um episódio de mania
psicótica. A síndrome de abstinência da cocaína geralmente não é grave, expressando-se com apatia, tristeza
e sonolência nos dias de interrupção, podendo mimetizar um quadro depressivo.
O uso de substâncias psicoativas causa dependências. A utilização em combinação com outros medicamentos e
transtornos pré-existentes causa danos emocionais, psicológicos e cognitivos.
SEMIOTÉCNICA DE TRANSTORNOS RELACIONADOS A ÁLCOOL E OUTRAS
SUBSTÂNCIAS
Quadro para apoio em avaliação de indivíduos com problemas ou transtornos relacionados a álcool e outras
substâncias na pro�ssão.
Quadro 1 | Semiotécnica de avaliação em pessoas com problemas ou transtornos relacionados a álcool
e outras substâncias
INICIAR AVALIAÇÃO DO PACIENTE
04/09/2023, 13:01 wlldd_231_u4_psi_crime
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681249&atividadeDes… 22/25
- Queixa principal e história do problema atual (para pessoas com envolvimento ou dependência de
substâncias, veri�car na história clínica: tipo de substância utilizada, idade de início e padrão de uso
[quantidade e frequência]), substância(s) de escolha (em ordem de preferência e de quantidade), vias de
administração, circunstâncias de uso, reações ao consumo, estado emocional antes, durante e depois do
uso, quantidade de consumo, fatores reforçadores, e atenuadores do consumo, manifestações de sintomas
de abstinência e tolerância. Contexto/motivos que levaram ao uso de substâncias. Avaliar se há
envolvimento e apoio de família e rede social.
- Veri�car também: história de tratamento em ambulatórios, Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas
(CAPS-AD), comunidade terapêutica e internações psiquiátricas, consequências (sociais, legais, comorbidades,
familiares), maior período de sobriedade, fatores de risco e de contenção para o consumo (como
precipitantes emocionais), história familiar de uso de substâncias (se for o caso, ambiente e circunstâncias
familiares de uso da substância). Sinais e sintomas psicopatológicos atuais e identi�cação de
comorbidades psicopatológicas (depressão, mania, psicose, transtornos de personalidade, etc.).
HISTÓRICO DE SAÚDE FÍSICA
- História médica, história de uso de medicamentos.
- Testagem para HIV, hepatites e sí�lis.
- História familiar, inclusive de uso de substâncias.
- História psicopatológica e história de vida.
- Sinais e sintomas médicos somáticos atuais.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, PSICOSSOCIAL E SOCIOCULTURAL
- Avaliação do padrão de relações interpessoais e da dinâmica familiar.
- Avaliação da rede de contatos, do “subgrupo” cultural ao qual o paciente pertence, valores (“ethos”) do grupo.
- História legal (brigas, roubos, problemas com a polícia, processos, prisões, crimes cometidos, etc.).
INÍCIO E DESENVOLVIMENTO DE TRATAMENTO
04/09/2023, 13:01 wlldd_231_u4_psi_crimehttps://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681249&atividadeDes… 23/25
- Veri�car a motivação do indivíduo para mudança e investir no estabelecimento do vínculo.
- Veri�car problemas com intoxicação (sintomáticos e reversores), abstinência (desmame, substituição,
tolerância cruzada e uso de atenuadores sintomáticos).
- Elaborar com o paciente os objetivos pessoais quanto ao tratamento. Incluir família e amigos.
- Veri�car se há necessidade de tratamento de emergência ou de problemas mais agudos.
- Pensar em intervenção breve inicial com: avaliação dos principais problemas (triagem), estabelecimento de
metas com paciente e familiares e amigos, discussão de prós e contras do uso de substâncias para o indivíduo;
pensar no desenvolvimento da autoe�cácia do sujeito.
- Intervenção no médio e no longo prazo: abordagens psicoterápicas aceitáveis e viáveis para o paciente,
abordagens farmacológicas. Manutenção da abstinência: técnica anticraving, redutor de efeito reforçador,
fatores aversivos, acentuadores de sintomas, comorbidades. Utilizar grupos de mútua ajuda (como “alcoólicos
anônimos – AA” e “narcóticos anônimos – NA”).
Fonte: adaptado de Dalgalarrondo (2019, p. 405).
1.  Utilizar o Quadro 1 como base para técnicas investigativas.
2.  Em entrevistas, caso o indivíduo não tenha passado por intervenção e seja necessário, recomende ao
psicólogo e/ou psiquiatra do caso.
3.  Acompanhe técnicas de intervenção e desenvolvimento do indivíduo.
VÍDEO RESUMO
A sexualidade tem a sua particularidade e visão no mundo da psicopatologia. Os transtornos e os psicoativos
têm as suas ações e comandos em nosso psiquismo. Vamos abordar nessa videoaula o que o DSM e o CID nos
oferecem de conhecimento para enriquecer as nossas técnicas no mundo da criminalidade e investigação.
Esperamos por você!
 Saiba mais
Caro estudante,
Leia o seguinte artigo para aprofundar seus conhecimentos:
CAVALCANTI, Maria Tavares; ROCHA NETO, Hélio. “Todos os homens, por natureza, desejam
conhecer”(Aristóteles). 2019.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
04/09/2023, 13:01 wlldd_231_u4_psi_crime
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681249&atividadeDes… 24/25
https://www.scielo.br/j/rlpf/a/q78MKDk7KkBwqqnV6yPcQ4S/?lang=pt.  Acesso em: 06 mar. 2023.
Aula 1
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Aula 3
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Lisboa: CLIMEPSI. Araujo, RB, Oliveira, M. d. S., Pedroso, RS, Miguel, AC, & Castro, M. d. GT d.(2008). Craving e
dependência química: conceito, avaliação e tratamento/Craving and chemical dependence: concept, evaluation
and treatment. Jornal. Mestrado em Enfermagem Área de Especialização de Enfermagem de Saúde Mental
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REFERÊNCIAS
4 minutos
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http://pepsic.bvsalud.org/
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04/09/2023, 13:01 wlldd_231_u4_psi_crime
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
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Aula 4
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