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RESUMÃO DA P2 1
💯
RESUMÃO DA P2
RISCO, AVALIAÇÃO E MANEJO DO 
SUICÍDIO - Alexandre Bello
Segundo Émile Durkeim, suicídio é o ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, 
cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, 
usando um meio que acredita ser letal
Comportamento suicida: aqueles que podem resultar em tirar a vida → exclui ideação 
suicida
EPIDEMIOLOGIA SILENCIOSA
A cada 100 habitantes: 17 possuem pensamentos, 5 fazem planos, 3 já fizeram 
tentativas, 1 precisou de pronto-atendimento
20 tentativas para cada 1 suicídio
ESTIGMAS E TABUS
Aspectos religiosos, morais e culturas
Vergonha e discriminação à partir do estigma
Dificuldade de acesso à ajuda
Falta de conhecimento e atenção sobre o tema
FRASES QUE DEVEM SER EVITADAS
“Por que não faz direito? Da próxima vez toma o remédio todo”
“Tem paciente mais grave pra tratar”
RESUMÃO DA P2 2
”Não tenho tempo pra convencer gente a se tratar”
É POSSÍVEL PREVENIR O SUICÍDIO?
90 a 91% dos suicidas apresentam transtorno psiquiátrico, segundo a OMS
De todas as pessoas com transtorno psiquiátrico, apenas 2% cometem suicídio
Pessoas internadas por transtorno de humor: 4% cometem suicídio
Pessoas internadas por risco de suicídio: 9% cometem suicídio
Transtorno psiquiátrico é o principal fator de risco para suicídio
As pessoas de maior risco são aquelas que já foram internadas por transtorno de 
humor ou já foram internadas por risco de suicídio
FATORES DE RISCO E CAUSA SUFICIENTE
Transtornos mentais: 90 a 91% dos paciente que cometem suicídio possuem algum 
tipo de transtorno mental
Tentativa prévia: risco de 5 a 6x de nova tentativa
Abuso de álcool e letalidade do método: fatores de agravo
Fatores de menor impacto: rigidez comportamental, desemprego, desamparo, 
desesperança, desespero, doenças físicas, impulsividade, agressividade, dor crônica, 
história familiar positiva para suicídio, genética
RESUMÃO DA P2 3
Causa suficiente: é aquela que inevitavelmente produz ou inicia um desfecho
Causa necessária: sem ela o desfecho não pode acontecer
PREVENÇÃO
Embora não exista um algoritmo efetivo para prevenir o suicídio na prática clínica, o 
reconhecimento e entendimento dos fatores de risco clínicos, psicológicos, sociológicos 
e biológicos podem auxiliar na detecção de indivíduos em alto risco e assisti-los na 
seleção do tratamento
Social: combate ao estigma, integração social
Ambiental: mídia, dispensação de medicação, arquitetura de segurança, treinamento 
de médicos, restrição de armas, regulação de pesticidas
Individual: psicoterapia cognitiva, dialética comportamental, psicoeducação para os 
pais, ketamina, eletroconvulsoterapia, ISRS / lítio / clozapina, follow up pós-
emergência, educar sinais de alerta, linha telefônica
RESUMÃO DA P2 4
Abordagem individualizada
FATORES DE PROTEÇÃO
Suporte social e / ou familiar
Gestação
Maternidade / paternidade
Espiritualidade / religiosidade
Estilo de vida saudável
Acesso a serviços de saúde mental
Habilidade em resolver conflitos
Acesso restrito aos métodos
MEIOS MAIS UTILIZADOS
Pesticidas, enforcamento, armas de fogo
EFEITO WERTHER
Corresponde a um aumento do número de suicídios depois de um caso amplamente 
divulgado
Ocorre quando a mídia ou outro veículo de comunicação aborda o suicídio de maneira 
muito intensa e exagerada
Pode ocorrer com chacinas e atentados
EFEITO PAPAGENO
Corresponde a um fenômeno pelo qual a exposição a modelos e exemplos de pessoas 
que tentaram se suicidar, mas desistiram da ideia e superaram a crise, gera um efeito 
preventivo ao suicídio
Demonstra que o suicídio tem tratamento e pode ser previnido
RESUMÃO DA P2 5
AVALIAÇÃO DE RISCO SUICIDA
“Você já pensou em fugir dos problemas? Em alguns momentos você imagina que seria 
melhor morrer?”
“Você já pensou em fazer alguma coisa contra si mesmo?”
Próximo passo: avaliar plano e planejamento, letalidade, intencionalidade, ideação 
passiva ou ativa
RISCO BAIXO
Ideação suicida sem planejamento sem plano → baixa intencionalidade e baixa 
letalidade
Manejo: escuta terapêutica sem julgamentos, tratamento de possível transtorno 
psiquiátrico, planejar reavaliações regulares, encaminhar caso não haja melhora
Melhores consultas mais frequentes do que mais longas
Encaminhamento: esclarecer os motivos do encaminhamento, agilizar o atendimento, 
buscar contra-referência
Marcar consulta com o médico anterior ao encaminhamento também para atualização, 
pois o paciente pode se sentir abandonado
Vigilância 24 horas: esconder armas, facas e cordas, manter medicamentos em local 
que paciente não tenha acesso, retirar chaves da porta, dormir e acordar com o 
paciente (não deixar o paciente sozinho) → estresse ao cuidador
RISCO MODERADO
Ideação suicida com planejamento e sem plano
Projeta a ação no futuro, caso a situação de crise não se resolva (”se eu tiver câncer, 
se a minha esposa me largar”, dor, qualidade de sono)
Manejo: total cuidado com possíveis meios de suicídio que possam estar no local de 
atendimento, escuta terapêutica sem julgamentos, contrato terapêutico (retornar a 
próxima consulta), investir nos fatores protetores, orientar vigilância 24 horas, 
seguimento com consultas regulares, sempre encaminhar para serviço de psiquiatria, 
RESUMÃO DA P2 6
“autorização” para contato com a família e explicar a situação (se o paciente não 
autorizar, deve ser comunicado mesmo assim)
RISCO ALTO
Ideação suicida com planejamento e com plano de fazer prontamento
Acúmulo grave dos fatores de risco, alta intencionalidade e letalidade do método
Manejo: nunca deixar a pessoa sozinha, total cuidado com possíveis meio de suicídio 
que possam estar no local do atendimento, contrato terapêutico, informar a família, 
encaminhar para o serviço de psiquiatria, transferência do paciente sob vigilância (em 
ambulância)
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
Alto risco de suicídio
Baixo suporte familiar
Exaustão psicológica dos cuidadores
Tentativas de suicídio progressivamente graves
Síndrome psicótica
Fatores que interfiram no nível de consciência ou juízo crítico, impossibilitando 
avaliação de emergência (uso de substância psicoativas, delirium)
Quadro psiquiátrico com indicação hospitalar (mania sem psicose)
Na maioria das vezes, o primeiro contato não se dará com o psiquiatra e sim na UPA e 
UBS
ABORDAGEM ESPECIALIZADA
PSICOTERAPIA DE CRISE
Negociação em crise, intervenções breves focadas no suicídio, psicoterapia cognitiva, 
dialética comportamental
Tempo é o maior aliado do negociador de crise
RESUMÃO DA P2 7
Escuta ativa e reforçar que não está sozinha e que há opções (dar esperança)
Parafrasear mais breve, refletir as últimas palavras ditas, perguntas abertas, 
demonstrar que está presente (”hum”, “ok”, “entendo”)
INTERVENÇÕES BREVES FOCADAS NO SUICÍDIO
1 a 4 sessões de cuidados intensivos (20-45min)
Instauração do plano de segurança
Identificar gatilhos de uma crise suicida
Lista hierárquica de 06 estratégias internas de enfrentamento e fontes externas de 
apoio social e profissional
Sugere conversas sobre mudanças de estilo de vida em vez de sobre suicídio
Redução da ideação suicida imediatamente, bem como 2 meses após introdução do 
tratamento
Psicoterapia cognitiva
Dialética comportamental: redução no comportamento suicida, mas sem relevância na 
redução de ideação suicida
ABORDAGENS NÃO PRESENCIAIS
RESUMÃO DA P2 8
MEDICAMENTOS
LÍTIO
Lítio mais efetivo do que o placebo, reduz número de suicídios e de hospitalizações por 
tentativa de suicídio
Efeito anti-suicida em tratamentos de longo prazo de transtornos de humor
Redução de risco de suicídio e de mortalidade por outras causas, comparado a outros 
E.H. e placebo
Maior monitorização pelos riscos do medicamento podem reduzir o risco de suicídio
CLOZAPINA
Clozapina em esquizofrênicos com risco de suicídio pode reduzir os custos de 
tratamento, por ser importante causa de hospitalização
Comportamento suicida reduzido melhora a qualidade de vida de pacientese de 
familiares
RESUMÃO DA P2 9
Maior monitorização pelos riscos do medicamento podem reduzir o risco de suicídio
KETAMINA
Reduz ideação suicida independentemente da melhora de outros sintomas de humor 
em pacientes deprimidos
Limitações dos demais tratamentos: tempo prolongado para eficácia em emergências 
psiquiátricas, comparado à rápida resposta da ketamina (ECT / clozapina / lítio)
ESKETAMINA NASAL
Muito cara: 40.000 reais
ISRS
Redução de ideação suicida
Questionável entre crianças e adolescentes
BUPRENORFINA
Opioide
Estudos maiores ainda são necessários
ANTICONVULSIVANTES
Aumento de eventos relacionados ao suicídio nos pacientes que tinham depressão e 
no grupo de outras doenças, que não fossem epilepsia
TRANSTORNOS ALIMENTARES - 
Alessandra
1874: William Gull publica dois relatos de caso → denominação da anorexia nervosa
RESUMÃO DA P2 10
1940: conhecimento da bulimia nervosa (em combinação com anorexia)
Década de 60: crescente interesse científico e na população, mídia, ocorrência em 
celebridades e maior valorização da aparência física, maior conscientização, 
refinamento do diagnóstico e métodos de tratamento
Twiggy graveto
SUBTIPOS DA ANOREXIA
Restritivo: dietas, jejuns ou exercícios excessivos
Compulsivo / pulgativo: vômitos auto induzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos 
ou anorexígenos 
ANOREXIA NERVOSA
Total redução da ingestão alimentar + métodos adicionais
Perda de apetite é rara → força por controlar a fome
Rituais alimentares
Interesse por comida
Aparecimento associado com acontecimento vital estressante
Curso de resultados variáveis
Hospitalização necessária em alguns casos (restauração do peso / correção de 
desequilíbrios hidroeletrolíticos)
Condições médicas gerais associadas: amenorreia, constipação, dor abdominal, 
intolerância ao frio, letargia, aparência emaciada, cefaleia, hipotensão, hipotermia, pele 
seca, lanugo, unhas e cabelos quebradiços, bradicardia, edema periférico, 
amarelamento da pele (associado com hipercarotenemia), hipertrofia das glândulas 
salivares (parótidas), erosão do esmalte dentário, calos no dorso das mãos, anemia, 
prejuízo da função renal, problemas cardio-vasculares (arritmia e hipotensão severa), 
osteoporose, dentre outros
Características familiares: padrões de comunicação disfuncionais, rigidez, aparência e 
peso com grande importância emocional, pais controladores e supreprotetores, 
expectativas altas sobre os filhos, investimento no alimento
RESUMÃO DA P2 11
Características de funcionamento: história de discreto excesso de peso, 
perfeccionismo, autoestima rebaixada, desejo excessivo de evitar situações de 
estresse, tendência a se auto-avaliar a partir da opinião dos outros, atribuição de todo 
insucesso ao corpo, sensação de falta de controle em sua vida, medo de novas 
situações, rigidez, escolha de atividade ou carreira que enfatiza o peso
Anorexia nervosa → grito por atenção e por maior controle sobre a própria vida → 
promover alívio do estresse e conquista de independência, chamar atenção dos pais, 
propiciar uma forma de controlar a vida
Sistema familiar: trabalhar os padrões de comunicação disfuncionais, modificar estilo 
de vida, evitar falar de dieta e exercício na presença da paciente, diminuir grau de 
exigência frente ao sucesso, trabalhar ansiedade dos pais, discutir a culpa pela 
ocorrência da doença
Tratamento: motivação para o tratamento, equipe multidisciplinar (psicólogo, 
nutricionista, endocrinologista, psiquiatra, clínico geral), avaliação das condições atuais 
de saúde, hospitalização / atendimento ambulatorial, coleta de informações (família, 
intrumentos EAT-26 e BITE), importância da qualidade da relação terapêutica (equipe 
interdisciplinar), terapia familiar, psicoterapia individual
Indicações para hospitalização: grande perda de peso, perda em ritmo acelerado, 
risco de vida, risco de suicídio, baixa resposta ao tratamento ambulatorial
PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Diminuição da restrição alimentar:
Aumento da ingestão alimentar de forma gradual
Padrão regular de alimentação (3 refeições e 2 ou 3 lanches planejados)
Discussões centradas nas perdas ocasionadas pela inanição que são reversíveis 
com a perda de peso
Educação sobre a natureza da anorexia nervosa e a importância dos fatores 
cognitivos
Incorporar alimentos de maior valor calórico
Crenças que dificultam o aumento da ingestão alimentar: “tenho uma fome maior do 
que o normal”, “esse tratamento só objetiva me engordar”
RESUMÃO DA P2 12
Crenças distorcidas associadas aos alimentos e seus efeitos → “alimentos 
engordativos” / qualidade x quantidade → “alimento bom e alimento ruim”
Diminuição da frequência de atividade física
Abordagem da imagem corporal: a precisão da percepção do tamanho corporal, o grau 
de ansiedade associada a aparência, o comportamento de evitação de exposição 
corporal
Modificação do sistema de crenças
BULIMIA NERVOSA
Bous (boi) e limos (fome) = fome de boi
Pacientes eutróficos
Restrição do consumo calórico total entre os episódios compulsivos
Influência do contexto psicossocial
Maior adesão ao tratamento se comparada à anorexia nervosa
Binge eating: “se embreagar de comer”
Facilidade em ocultar a doença
Personalidade não centrada somente no comportamento alimentar
Vômita como objetivo em si mesmo
Métodos para indução de vômito
Tendências das pessoas com o diagnóstico de anorexia tomaram-se bulímicas
RESUMÃO DA P2 13
Condições médicas gerais associadas: perda de esmalte dentário, cáries dentárias, 
dentes lascados e corroídos, hipertrofia das glândulas salivares parótidas, calos e 
cicatrizes na superfície dorsal das mãos, miopatias cardíacas e esqueléticas, 
irregularidades menstruais ou amenorréia, dependência de laxantes, perturbações 
hidroeletrolíticas, rupturas do esôfago, ruptura gástricas e arritmias cardíacas
Curso:
Começo no final da adolescência ou início da idade adulta
Compulsão periódica inicia após episódio de dieta
Comportamento disfuncional persiste por vários anos
Curso crônico ou intermitente
Diagnóstico anorexia / bulimia:
Ocorrência de compulsão / purgação durante anorexia: anorexia tipo compulsiva / 
purgativa
Ocorrência de compulsão / purgação sem critérios para anoreia tipo compulsiva / 
purgativa: anorexia tipo compulsiva / purgativa em remissão parcial ou bulimia 
RESUMÃO DA P2 14
nervosa
Terapia cognitivo-comportamental: psicoeducação sobre o problema, controle dos 
episódios de compulsão alimentar e da indução de vômito, modificação do sistema de 
crenças que contribuem para a ocorrência dos episódios de compulsão alimentar
ANOTAÇÕES EXTRAS
Anorexia → restritiva 
 → compulsiva / purgativa → bulimia nervosa → transtorno da compulsão 
alimentar periódica (T.C.A.P.)
Ortorexia: define a obsessão pela alimentação saudável
Vigorexia é o nome dado para o transtorno dismórfico muscular, um problema 
psicológico que faz com que os pacientes se enxerguem fracos e sem músculos, 
quando são fortes e musculosos
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS - 
Alessandra
CONSCIÊNCIA
Consciência = cum (com) + scio (conhecimento)
Nos transtornos dissociativos, a consciência se rompe
Definição neuropsicológica: nível de consciência
Definição psicológica: dimensão subjetiva
Definição ético-filosófica: consciência moral ou ética
Aspecto global da consciência = consciência do mundo + consciência de si ao ter 
consciência do mundo
Campo da consciência = margem + foco
ESTADO DE CONSCIÊNCIA LÚCIDA
RESUMÃO DA P2 15
No estado de consciência lúcida, funcionam adequadamento a capacidade de atenção 
ou de concentração, as faculdades de fixar novos fator e de rememorar o vivido e o 
aprendido, a capacidade de compreender ou de dar-se conta das coisas, de refletir 
sobre as questões objetivas e subjetivas e os complexos dispositivos de orientação 
autopsíquica e alopsíquica
O quanto o paciente está acordado, alerta ou vigilante, em suma, o quanto está 
neurologicamente apto a manter contato com o mundo ao seu redorINTENSIDADE DO CAMPO DA CONSCIÊNCIA
Hipovigilância: diminuição da intensidade do campo da consciência
Hipervigilância: amplificação do campo da consciência → elevação e exaltação do nível 
da consciência
Alterações da consciência podem se apresentam tanto pelo lado quantitativo 
(intensidade e abrangência), quanto pelo lado qualitativo (qualidade do campo)
DISSOCIAÇÃO
O termo dissociação pode ser entendido de diversas formas e dar margem a múltiplas 
interpretações, dependendo do contexto do seu uso
Não há definição única, simples e coerente capaz de obter o consenso dos 
pesquisadores da área
Dissociação ou desagregação: dois ou mais processos mentais não estão associados 
ou integrados
Domínio da dissociação (Cardeña): baseado nos diferentes usos do termo, pode ser 
abordado sob três perspectivas diferentes
Para caracterizar processos mentais semi-independentes ou sistemas cognitivos 
não acessados conscientemente e/ou não integrados dentro da memória, 
identidade e volição (conscientes) do indivíduo
Como representação de alterações da consciência do indivíduo, em situações em 
que certos aspectos do Eu e do ambiente se desconectam
Como um mecanismo de defesa associado a fenômenos variados, tais como 
amnésia psicológica, eliminação de sofrimento físico ou emocional
RESUMÃO DA P2 16
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS
A característica central dos transtornos dissociativos é o distúrbio das funções 
normalmente integradas de consciência, memória, identidade ou percepção do 
ambiente
Tais distúrbios podem ser súbitos ou graduais, transitórios ou crônicos
DSM-V: subtipos principais: amnésia dissociativa, transtorno de despersonalização / 
desrealização, transtorno dissociativo de identidade
Sintomas dissociativos também fazem parte dos critérios diagnósticos de outros 
transtornos mentais, como o de estresse pós-traumático e transtornos somatoformes
Transtornos conversivos são inerentemente dissociativos, já que envolvem a exclusão 
de conteúdos mentais do controle e da consciência do indivíduo → amnésia, fuga 
dissociativas e transtorno dissociativo de identidade indicam transtornos na integração 
da memória e identidade, fenômenos análogos ocorrem nos transtornos conversivos, 
tais como cegueira funcional, surdez, anestesia e paralisia, que desagregam 
percepções e atividade motora dos processos conscientes do indivíduo
Os transtornos dissociativos são caracterizados por perturbação e / ou descontinuidade 
da integração normal de consciência, memória, identidade, emoção, percepção, 
representação corporal, controle motor e comportamento
Os sintomas dissociativos podem potencialmente perturbar todas as áreas do 
funcionamento psicológico 
Sintomas dissociativos são vivenciados como:
Intrusões espontâneas na consciência e no comportamento, acompanhadas por 
perdas de continuidade na experiência subjetiva (i.e., sintomas dissociativos 
“positivos”, como fragmentação da identidade, despersonalização e desrealização) 
e / ou 
Incapacidade de acessar informações e de controlar funções mentais que 
normalmente são de fácil acesso ou controle (i.e., sintomas dissociativos 
“negativos”, como amnésia) 
Transtornos relacionados a trauma e a estressores: relação estreita com sintomas 
dissociativos – (amnésia, flashbacks, entorpecimento e despersonalização / 
desrealização)
RESUMÃO DA P2 17
Na prática clínica, deparamo-nos com pacientes que desafiam tanto a nossa 
experiência e conhecimento técnico quanto as convenções de enquadramento 
diagnóstico
Após décadas de relativa negligência, devido principalmente à desconsideração dos 
efeitos das experiências traumáticas da vida real na psicopatologia e na psicoterapia, 
há um aumento de interesse no estudo dos transtornos dissociativos”
TRANSTORNO DE DESPERSONALIZAÇÃO / DESREALIZAÇÃO
Caracterizado por despersonalização (i.e., experiências de irrealidade ou 
distanciamento da própria mente, de si ou do corpo) e/ou desrealização (i.e., 
experiências de irrealidade ou distanciamento do ambiente ao redor) clinicamente 
persistente ou recorrente
Sem prejuízo ao teste de realidade
Indivíduos com esse transtorno podem ter despersonalização, desrealização ou ambos
AMNÉSIA DISSOCIATIVA
Caracterizada por incapacidade de recordar informações autobiográfIcas
RESUMÃO DA P2 18
Pode ser localizada (um evento ou período de tempo), seletiva (um aspecto específico 
de um evento) ou generalizada (identidade e história de vida)
Incapacidade de recordar informações autobiográficas incompatível com o 
esquecimento normal
Percepção de parte de indivíduos que apresentam AD de uma lacuna em sua memória, 
embora a maioria daqueles com transtornos dissociativos inicialmente não têm 
consciência de suas amnésias “amnésia de sua amnésia”
Amnésia é vivenciada como um aspecto fundamental da amnésia dissociativa; os 
indivíduos são acometidos mais comumente por amnésia localizada ou seletiva, sendo 
a generalizada um fenômeno raro
A fuga dissociativa é incomum em pessoas com amnésia dissociativa, porém comum 
no transtorno dissociativo de identidade
TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE
O indivíduo humano não é unitário nem internamente consistente, mas complexo, 
contraditório e dividido
RESUMÃO DA P2 19
Em alguns casos, essas atitudes contraditórias e os comportamentos podem se tornar 
incompatíveis, ameaçando a estabilidade e a integridade da personalidade
Em raras ocasiões, a estabilidade somente pode ser preservada por uma dissociação 
ou por uma separação da personalidade em subunidades mais estáveis
O transtorno protótipo da categoria (transtorno dissociativo de identidade, TDI) é tema 
de controvérsia particular
Esse diagnóstico é feito na América do Norte com certa frequência, enquanto que na 
Europa sua avaliação é discutível, e muitos casos clínicos publicados são considerados 
como produtos artificiais
Caracterizado por: 
Presença de dois ou mais estados distintos de personalidade ou uma experiência 
de possessão e
Episódios recorrentes de amnésia
A fragmentação da identidade pode variar entre culturas, por exemplo apresentações 
na forma de possessões
Indivíduos com transtorno dissociativo de identidade sofrem:
Intrusões recorrentes inexplicáveis em seu funcionamento consciente e no senso de 
identidade própria, por exemplo: vozes; ações e fala dissociadas, pensamentos, 
emoções e impulsos intrusivos
Alterações do senso de identidade própria, por exemplo: atitudes, preferências, e 
sentir como se o corpo ou as ações não lhes pertencessem
Mudanças bizarras da percepção, por exemplo: despersonalização ou 
desrealização, como sentir-se distanciado do próprio corpo enquanto se corta
Sintomas neurológicos funcionais intermitentes
Tipos muito complexos do transtorno de estresse pós-traumático, começando na 
infância e se tornando crônicos durante toda a adolescência e vida adulta
Trauma produz uma dissociação, que é uma descontinuidade da experiência 
(consciência) e da memória
Tais processos psíquicos inicialmente podem funcionar como defesas adaptativas, 
preservando o ego do aniquilamento 
RESUMÃO DA P2 20
A dissociação distorce o desenvolvimento da personalidade e a integração contínua de 
vivências, autopercepções e percepção das emoções das outras pessoas, obliterando 
o desenvolvimento da capacidade de mentalização (desenvolvimento de habilidades 
metacognitivas que permitem a reflexão crítica sobre o próprio estado da mente ou das 
outras pessoas)
Por vezes, a dissociação também facilita a perpetuação de uma hiperexcitação 
autonômica via hipófisehipotálamo-su- prarrenal, através da evocação da memória 
traumática em resposta a estímulos remanescentes ao trauma, criando, assim, 
sucessivos microtraumas
Os alters (estados dissociativos) passam a assumir partes do conflito interno, 
resultando em estados do ego com diferentes identidades e desempenhando funções 
executivas distintas de acordo com as demandas internas e os estímulos externos
O diagnóstico de TDI está associado quase universalmente com uma história préviade 
trauma mais significativo, que ocorre frequentemente na infância
Estudos sistemáticos que examinaram a história de trauma de pacientes com TDI 
encontraram uma taxa mais elevada de traumatismo na infância nesses pacientes 
quando comparados com qualquer outro grupo clínico
Logo, o processo diagnóstico deve incluir uma possível história de trauma, sendo muito 
comum história de abuso sexual ou outros tipos de abuso
A grande maioria dos casos tem histórias psiquiátricas complexas e longas
O intervalo médio entre as primeiras apresentações e o diagnóstico psiquiátrico de TDI 
é de 7 anos 
Grande variedade de sintomas psiquiátricos e físicos, incluindo depressão, ansiedade, 
alucinações auditivas e visuais, transtornos alimentares e queixas somáticas 
Prevalência, em média 92% dos casos são mulheres, com idade média no diagnóstico 
de 31 anos e um número médio de 13 personalidades
Em 85% dos casos, uma das personalidades é de criança
Muitas personalidades são autodestrutivas, violentas, criminosas ou desinibidas 
sexualmente
RESUMÃO DA P2 21
DISSOCIATIVE EXPERIENCES SCALE (DES)
Apesar de a escala não ser utilizada como instrumento diagnóstico, o escore de 30 é 
considerado o ponto de corte acima do qual se pode identificar os pacientes com 
transtornos dissociativos
Numa investigação dos autores da DES, 74% dos pacientes com TDI e 80% daqueles 
com outro transtorno dissociativo foram corretamente identificados por esse ponto de 
corte
TRANSE: IMPORTÂNCIA DO CONTEXTO SÓCIO CULTURAL
Sonho acordado, mas com a presença de atividade motora estereotipada com a 
suspensão parcial dos movimentos voluntários
Estado modificado de consciência em que esta se interioriza e manifesta vivências 
habitualmente reprimidas na vigília
As características psíquicas deste estado são típicas: sugestionabilidade aumentada, 
estereotipias, exibicionismo ou teatralismo, etc
Manifestações espontâneas de transe são uma tentativa de auto regulação psíquica: 
alívio temporário
RESUMÃO DA P2 22
ESQUIZOFRENIA E OUTROS 
TRANSTORNOS PSICÓTICOS - Luiz Márcio
ESQUIZOFRENIA
A esquizofrenia é um transtorno mental crônico, grave e incurável (tecnicamente 10% 
podem se curar depois do tratamento) que provoca alterações no pensamento, na 
sensopercepção, nas emoções (embotamento / raso / plano), na cognição e no 
comportamento dos pacientes
Tem como sintomas típicos os delírios, alucinações, desorganização (de pensamentos 
e comportamento) → sintomas positivos (tudo que não existia e passa a existir: 
alucinação, delírio) e negativos (o que existia e deixa de existir: associalização, 
anedonia, anergia, afeto embotado, alogia)
Alogia: empobrecimento do pensamento
Solilóquio: falar sozinho
HISTÓRIA
Na antiguidade, médicos gregos já descreviam delírios de grandeza e persecutórios, 
além de prejuízo cognitivo
Emil Kraepelin → dementia precox: curso deteriorante de longo prazo, associado a 
alucinações e delírios, diferenciando do curso mais benigno da psicose maníaco 
depressiva
Eugen Bleuler cunho o termo esquizofrenia
Associação (desorganização), afeto (embotado), autismo (associalização) e 
ambivalência
Sintomas acessórios: alucinações e delírios
EPIDEMIOLOGIA
Acomete 1% da população, mais em área urbana, minoriais étnicas
Destes, metade recebe tratamento
Igualmente prevalente em homens e mulheres
RESUMÃO DA P2 23
Início entre 10 e 25 anos nos homens e entre 25 e 35 anos nas mulheres
90% dos pacientes iniciam entre 15 e 55 anos
Homens costumam ter mais sintomas negativos que mulheres
Parentes de 1º grau tem risco 10x maior de ter a doença que a população geral
Complicações no parto, hipóxia, idade avanlada dos pais, estresse, infecções, 
desnutrição, diabetes materno aumentam o risco
A mortalidade e a morbidade de pacientes com esquizofrenia é maior que da 
população normal
Diagnóstico e tratamento de doenças clínicas e cirúrgicas representam um desafio 
nestes pacientes
Influenza pré-natal, desnutrição materna, incompatibilidade RH mãe e filho aumentam 
chance da doença e sugerem que alterações no neurodesenvolvimento influenciam 
surgimento da patologia
Há maior abuso de substância em esquizofrênicos, álcool (40%), maconha (estudo 
nórdico), anfetaminas e cocaínas, alucinógenos
90% são fumantes (nicotina diminui nível sérico de antipsicóticos)
Nicotina pode melhoras parkinsonismo, cognição e alucinações
15 a 45% dos moradores de rua tem esquizofrenia
O custo do tratamento dos EUA é superior ao custo de todos os tipos de câncer → 
muita hospitalização, antipsicótico para a vida inteira
Hospitalização caiu drasticamente após 1950
50% dos pacientes internados em hospital psiquiátrico tem esquizofrenia (parte 
psiquiátrica, sem contar adição de álcool e drogas)
Criação adversa aumenta o risco de esquizofrenia → mãe esquizofrênica com filho 
adotivo, ete tem risco maior de esquizofrenia
Expectativa de vida 10 anos menor que a população geral
ETIOLOGIA / GENÉTICA / BIOQUÍMICA / IMAGEM
Genética mais importante que o ambiente
RESUMÃO DA P2 24
Gêmeos monozigóticos → 50% de concordância
Hipótese dopaminérgica (bloqueadores e agonistas)
Serotonina (clozapina e atípicos antagonistas da serotonina)
Noradrenalina, GABA, etc
Alargamento de ventrículos e diminuição no volume cortical visto em TC
Hipotrofia no sistema límbico (emoções): amígdala e hipocampo
Córtex pré-frontal, tálamo
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5
Dois ou mais dos itens por período de um mês (ou menos, se tratados com sucesso) → 
pelo menos um dos 3 primeiros
Delírios → persecutórios, referência, grandiosos, místicos, religiosos, somáticos
Alucinações → auditivas (comando, comentam, conversam, irradidação 
pensamento), visuais
Discurso desorganizado → desconexão, ecolalia, neologismos
Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico
Sintomas negativos (diagnóstico diferencial com parkinsonismo e depressão → As)
Prejuízos e sofrimento
Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos seis meses: um mês 
de sintomas da fase ativa e sintomas prodrômicos (completando o tempo): sintomas 
negativos ou sintomas positivos atenuados
Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar com 
característcias psicóticas são dercatados
A perturbação não pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma substância (droga 
de abuso ou medicamento) ou a outra condição médica
QUADRO PRODRÔMICO 
Os pacientes são quietos, passivos e introvertidos
RESUMÃO DA P2 25
Na infância, tinham pouco amigos
Adolescentes pré-esquizofrênicos podem não ter amigos próximos, nem interesses 
românticos e também evitam esportes de equipe
Muitas vezes, preferem assistir a filmes ou televisão, escutar música ou jogar games de 
computador a participar de atividades sociais
Interesse por ideia abstratas, filosofia e por questões ocultas ou religiosas e místicas
6 meses de prodrômico e 1 mês fase ativa para diagnóstico
ESPECIFICADORES
Primeiro episódio, atualmente em episódio agudo
Primeiro episódio, atualmente em remissão parcial
Primeiro episódio, atualmente em remissão completa
Episódios múltiplos, atualmente em episódio agudo
Episódios múltiplos, atualmente em remissão parcial
Episódios múltiplos, atualmente em remissão completa
Contínuo
Com catatonia
Especificar a gravidade atual
SUBTIPOS
Paranóide → mais comum
Desorganizado / hebefrênico
Catatônico
Residual
Indiferenciado
COMPROMETIMENTO COGNITIVO
RESUMÃO DA P2 26
Gravidade deste prediz prejuízo no funcionamento, atinge todos os pacientes
Ocorre disfunção em atenção, função executiva e memória recente
Já é presente mesmo antes do primeiro episódio e em geral, permanece estável
Alguns exibem demência genuína no fim da vida, não relacionada a outras causas
Familiares não psicóticos também exibem algum prejuízo cognitivo
Busca por tratamento da cognição é importante
COMORBIDADES CLÍNICAS / PSIQUIÁTRICAS
Obesidade: IMC maior que a população normal, antipsicóticos, inatividade e 
alimentação inadequada
Diabetes mellitus:aumenta o risco para DM tipo 2 (obesidade e antipsicóticos)
Doenças cardiovasculares aumentadas por DM, obesidade, sedentarismo, tabagismo e 
dislipidemia
DPOC → fumam mais
HIV: por sexo desprotegido e uso de drogas → transam menos, libido baixa
Transtorno de uso de substâncias psicoativas
Transtorno de ansiedade
TOC
Transtorno do pânico
Transtorno de personalidade esquizotípica
Transtorno de personalidade esquizóide
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transtorno depressivo maior ou transtorno bipolar com psicose
Transtorno esquizoafetivo: mania ou depressão durante episódio agudo psicótico, 
psicose duas semanas antes ou depois, ao menos
Transtorno esquizofreniforme (entre um mês e 6 meses) / Transtorno psicótico breve 
(entre um dia e um mês)
RESUMÃO DA P2 27
Transtorno delirante: apenas delírios (mínimo 30 dias), funcionamento melhor
Transtorno personalidade esquizotípica: excentricidade, distorções cognitivas e 
perceptivas
Transtorno obsessivo compulsivo → se acredita é delírio (egossintônico), se não 
acredita é obsessão (egodistônico)
TOC psicótico / TOC com insight ausente: TOC sem juízo crítico (egossintônico) → 
não é esquizofrenia, nem TOC, área intermediária
Transtorno espectro autista
Transtorno de estresse pós-traumático: revive o trauma
Transtorno psicótico induzido por substância / medicamento: inicia e cessa com uso / 
abstinência da substância (máximo 30 dias após cessar) → depois de 30 após cessado 
o uso e ainda mantém os sintomas é feito o diagnóstico
Transtorno induzido por condição médica: epilepsia, neoplasias, doença 
cerebrovascular, aids, deficiência de vitamina B12, envenenamento por metais pesado, 
neurossífilis, LES, etc
PROGNÓSTICO
RESUMÃO DA P2 28
TRATAMENTO: FARMACOLÓGICO E PSICOSSOCIAL
Indicações de hospitalização:
Riscos para si e outrem
Ideais suicidas / violência / homicidas
Comportamento desorganizado
Incapacidade de cuidade de si próprio
Instabilização de medicação, trocas
ANTIPSICÓTICOS DISPONÍVEIS NA REDE PÚBLICA
Típicos:
Haloperidol (VO, IM e depósito → Haldol decanoato 50 mg) VO 2 a 20 mg (2 a 5 
mg) (não usar biperideno associado)
RESUMÃO DA P2 29
Clorpromazina 1952 (VO) 300 a 900 mg
Atípicos: teoricamente mais eficazes em sintomas negativos, melhores em sintomas 
depressivos, menos sintomas extrapiramidais (discinesia), metade dos típicos causam 
síndrome metabólica, VIA LME
Risperidona 2 a 8 mg VO (risperdal consta: depósito)
Olanzapina 2,5 a 20 mg
Quetiapina 300 a 900 mg
Clozapina 300 a 900 mg → mais eficaz, mas tem efeitos colaterais piores 
(convulsões, leucopenia, agranulocitose)
Usar anti-epiléptico a partir de 600 mg
ANTIPSICÓTICOS NÃO DISPONÍVEIS NA REDE
Ziprazidona (Geodon) 80 a 160 mg
Aripiprazol (Abilify) 10 a 30 mg
Lurasidona (Latuda) 40 a 160 mg (com comida)
Paliperidona (invega sustena) depósito
Todos mais eficazes que placebo, em torno de 60% de resposta
Clozapina: 80% de resposta → 50% dos resistentes a outros antipsicóticos respondem
Monitorar hemograma, suspender a leucócitos abaixo de 3.000 / neutrófilos 1.500
1º EPISÓDIO
Afastar drogas / doenças
Antipsicóticos de 1ª e 2ª geração tem mesma eficácia
Antipsicóticos de 2ª geração são melhor tolerados, diminuindo má aderência ao 
tratamento
Há risco de mais efeitos colaterais no 1º episódio
Há probabilidade de melhor resposta no 1º episódio
Avalia resposta entre 2ª e 4ª semana, aderência e uso de substâncias
RESUMÃO DA P2 30
Considerar antipsicótico de depósito
Inicia com mínima dose terapêutica e observa: se precisar, aumenta
Intervenção precoce / evitar recaída melhora prognóstico a longo prazo
Antipsicótico por 18 meses, no mínimo e retirar gradualmente, 1 a 20% não retornam 
os sintomas
TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO
Iniciado caso haja recaída após suspensão do antipsicótico 1 a 2 anos após 1º episódio
Em dois anos com placebo, 85% recaem
Em dois anos com antipsicótico, 25 a 50% recaem
Antipsicóticos são escolha: menos discinesia tardia, alguma melhora em cognição
Se não responder ao 1º atípico, 2º atípico, se não responder, 3º típido ou típico
Se não responder, clozapina (mínimo 6 meses de uso)
Se não responder, clozapina + outro antipsicótico, antidepressivo, estabilizadores de 
humor (lamotrigina, lítio, ácido valproico)
Se não responder, ETC
Se não responder, 
ECT + antipsicóticos
Clozapina + ECT
Estimulação magnética transcraniana
Lembrando que, antes de trocar, avaliar a aderência ao tratamento
TRANSTORNO DELIRANTE PERSISTENTE
Não trás tanto prejuízo como a esquizofrenia
Mais difícil de tratar que a esquizofrenia
Não costuma ter alucinações e ilusões
Tipos:
RESUMÃO DA P2 31
Erotomaníaco: paciente acredita que alguém de uma classe superior (famoso) é 
apaixonado por ele
Grandioso
Ciumento (mais comum em homens)
Persecutório (mais comum)
Somático: paciente acredita que possue alguma doença
QUADROS DE ANSIEDADE - Alessandra
MANIFESTAÇÕES DE ANSIEDADE
Autonômicas: taquicardia, sudorese…
Musculares: dores, tremores…
Respiratórias: falta de ar, sufocamento, hiperventilação
Comportamentais: insegurança, apreensão, medo, mal-estar, dificuldade de 
concentração
MEDO E ANSIEDADE
Resposta de fuga e esquiza
Eliminação ou adiamento dos estímulos aversivos
Elimina temporariamente o estímulo aversivo
Graves prejuízos nas atividades cognitivas, afetivas, comportamentais e sociais
Década 90: estudos sobre o tratamento não farmacológico dos transtornos de 
ansiedade
Estilo de vida contemporâneo
Medo: fobias de algo
Ansiedade: não necessariamente tem motivo
RESUMÃO DA P2 32
FORMAS DE ANSIEDADE
Aguda
Crônica / generalizada
Fóbica
Obsessiva-compulsiva
DSM-5
Transtorno de Ansiedade de Separação
Mutismo Seletivo
Fobia Específica
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Transtorno de Pânico
Agorafobia
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento
Transtorno de Ansiedade Devido à Outra Condição Médica
Outro Transtorno de Ansiedade Especificado
Transtorno de Ansiedade Não Especificado
PÂNICO
Deus grego Pã: Deus grego que causava pavor
Ataques agudos de ansiedade
Sensações físicas típicas: tremores, aperto no peito, palpitações, calafrios, náuseas, 
medo de morrer
Sintomas presentes em diversas configurações sintomáticas
Experimentos de Donald Klein (1959): ponto de partida para o tratamento das crises de 
ansiedade
RESUMÃO DA P2 33
Associação à agorafobia
DSM-5
Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto 
de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o 
qual ocorrem quantro (ou mais) dos seguintes sintomas:
Palpitações, coração acelerado, taquicardia
Sudorese
Tremores ou abalos
Sensações de falta de ar ou sufocamento
Sensações de asfixia
Dor ou desconforto torácico
Náusea ou desconforto abdominal
Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio
Calafrios ou ondas de calor
Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento)
Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar 
distanciado de si mesmo)
Medo de perder o controle ou enlouquecer
Medo de morrer
O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso
Podem ser vistos sintomas específicos da cultura (tinido, dor na nuca, cefaleia, grito, 
choro incontrolável). Esses sintomas não devem contar como um dos quatro sintomas 
exigidos
Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as 
seguintes características:
Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou 
sobre suas consequências (ex.: perder o controle, ter um ataque cardíaco, 
enlouquecer)
RESUMÃO DA P2 34
Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos 
ataques (ex.: comportamntos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, 
como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas)
A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (ex.: 
drogade abuso, medicamento) ou de outra condição médica (ex.: hipertireoidismo, 
doenças cardiopulmonares)
A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental
Os ataques de pânico não ocorrem:
Apenas em resposta a situações sociais temidas, como no transtorno de ansiedade 
social
Em resposta a objetos ou situações fóbicas circunscritas, como na fobia específica
Em resposta a obsessões, como no transtorno obsessivo-compulsivo
Em resposta à evocação de eventos traumáticos, como no transtorno de estresse 
pós-traumático
Em resposta à separação de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade de 
separação
Nesses casos, a presença de um ataque de pânico deve ser anotada como um 
especificador (ex.: transtorno de ansiedade social com ataques de pânico)
MODELO DE CLARK
Primeiro ataque
RESUMÃO DA P2 35
MODELO DE BARLOW
Medo de novos ataques
RESUMÃO DA P2 36
AGORAFOBIA
Do grego ágora: praça de mercado
Medo de lugares cheio, de difícil fuga
Diferente de fobia social, que é o medo de avaliação (falar em público, fazer / 
responder perguntas em sala de aula), que é diferente de timidez
MEDO
Estado emocional inato
Aspecto cognitivo: avalliação de perigo ou de prenúncio de perigo
Aspecto fisiológico: taquicardia, falta de ar, tensão muscular, dormências, 
formigamentos, sudorese, calafrio, ondas de frio e calor, etc.
Aspecto comportamental: respostas de fuga, esquiva e congelamento
O medo como uma manifestação inapropriada caracteriza-se pela intensidade 
exagerada da reação emocional e a irracionalidade e sua desproporção em relação ao 
perigo real
Fobia é o medo irracional ao medo real
Resultado de uma longa evolução nas diferentes espécies: resposta de emergência
FISIOLOGIA
Reações fisiológicas induzidas por sinais potenciais de perigo:
2 grandes sistemas: natureza neural (SNA) e natureza neuro-hormonal
A consciência dessas respostas fisiológicas promovidas por sistemas neuro hormonais 
por meio de estruturas corticais é fundamental para a expressão subjetiva do medo
LEI DE YERKES-DODSON
Excitação (ansiedade) x performance (desempenho)
RESUMÃO DA P2 37
MEDOS PATOLÓGICOS
Classificados pelas situações, pelos estímulos que os geram, pela intensidade da 
reação
Reação intensa de medo = fóbica
Phóbos = medo intenso, ou irracional, medo mórbido; aversão instintiva; hostilidade 
instintiva (Aurélio)
Ex: Claustrofobia, agorafobia, cronofobia, fotofobia, aracnofobia, etc.
Agorafobia, transtorno de ansiedade social (fobia social), fobias específicas
FOBIA SOCIAL
Medo acentuado e persistente (≥ 6 meses) ou ansiedade em uma ou mais situações 
sociais em que podem ser julgadas por outras pessoas
O medo deve envolver uma avaliação negativa por outras pessoas (p. ex., de que os 
pacientes serão humilhados, envergonhados ou rejeitados ou ofenderão outros)
Além disso, todos os seguintes devem estar presentes:
As mesmas situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade
Pacientes evitam ativamente a situação
O medo ou a ansiedade é desproporcional à ameaça real (levando em conta as 
normas socioculturais)
RESUMÃO DA P2 38
O medo, a ansiedade e / ou esquiva causam sofrimento significativo ou prejudicam 
muito o funcionamento social ou ocupacional
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
Transtorno crônico que se caracteriza por ansiedade excessiva e por preocupações 
sobre diversos eventos ou situações rotineiras na maioria dos dias
Associação de sintomas físicos e psicológicos
Preocupações não se restringem ao foco de outros transtornos psiquiátricos
Difere dos outros transtornos pela presença disseminada de distorções cognitivas: 
superestimação de riscos e antecipação de desfechos negativos ou prejudiciais
Sintomas físicos podem incluir: tensão muscular, mãos úmidas e frias, boca seca, 
sudorese, náusea, diarreia, desejo frequente de urinar, dores no corpo
Sintomas psicológicos podem incluir: irritabilidade, insônia, dificuldade de 
concentração, falhas de memória
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO E TRANSTORNOS ASSOCIADOS
Transtorno obsessivo-compulsivo:
Indicar se as crenças relacionadas ao TOC são atualmente caracterizadas por:
Insight bom ou razoável: o indivíduo reconhece que as crenças TOC 
definitivamente ou provavelmente não são verdadeiras, ou que elas podem ser 
ou não ser verdadeiras
Insight pobre: o indivíduo pensa que as crenças TOC são provavelmente 
verdadeiras
Insight ausente: o indivíduo está completamente convencido de crenças TOC 
são verdadeiras
Especificar se o TOC é relacionado a tiques, se o indivíduo tem uma história de um 
transtorno de tique crônico ao longo da vida
Transtorno do colecionamento
Síndrome de referência olfatória
RESUMÃO DA P2 39
Transtorno de beliscar-se
Transtorno do arrancar cabelos
Transtorno do corpo dismórfico
DSM-5 DO TOC
Presença de obsessões, compulsões ou ambas
Obsessões são definidas como:
Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são 
experimentados em algum momento durante a perturbação, como intrusivos, 
indesejáveis e que causam acentuada ansiedade ou desconforto na maioria dos 
indivíduos
O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens, ou 
neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação (por exemplo, executando uma 
compulsão)
Compulsões são definidas como:
Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos 
mentais (rezar, contar, repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente 
compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que 
devem ser aplicadas rigidamente
Os comportamentos ou atos mentais visam prevenir ou reduzir ansiedade ou 
desconforto ou prevenir algum evento ou situação temida. Entretanto, esses 
comportamentos ou atos mentais ou não são conectados de uma forma realística 
com o que pretendem neutralizar ou prevenir ou são claramente excessivos
As obsessões ou compulsões consomem tempo (por exemplo, tomam mais de uma 
hora por dia) ou causam desconforto clinicamente significativo ou comprometimento 
social, ocupacional ou em outras áreas importantes do funcionamento
Os sintomas obsessivo-compulsivos não podem ser atribuídos ao efeito fisiológico 
direto de uma substancia (p.ex. droga de abuso ou a uma medicação) ou a outra 
condição médica
O conteúdo das obsessões ou compulsões não pode ser preferentemente atribuído a: 
preocupações excessivas no TAG; comer ritualisticamente em transtornos da 
RESUMÃO DA P2 40
alimentação; arrancar cabelos na tricotilomania; beliscar a pele no transtorno do 
beliscar-se; preocupação com aparência no transtorno dismórfico corporal; 
preocupação com drogas ou com jogo nos transtornos de uso de substância ou 
relacionados; preocupação com objetos no transtorno do colecionamento; preocupação 
com doenças graves na presença de ansiedade relacionada a doenças; preocupação 
com impulsos ou fantasias sexuais nas parafilias; preocupação com impulsos nos 
transtornos de controle de impulsos; ruminações de culpa no transtorno depressivo 
maior; inserção do pensamento ou preocupações delirantes num transtorno psicótico, 
ou padrões de comportamentos repetitivos nos transtornos do espectro do autismo
RESUMÃO DA P2 41
TRANSTORNOS RELACIONADOS A 
TRAUMAS E ESTRESSORES - Alessandra
Transtornos relacionados a traumas e a estressores são quadros psiquiátricos 
relacionados a exposição a um evento traumático ou estressante, resultando em 
sofrimento psicológico relevante, prejuízo social, profissional e em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo
MEMÓRIA
Curto prazo: informações que permanecem na consciência depois de terem sido 
percebidas e constituem parte do presente psicológico
Sensorial: aquela que nos permite reter as informações que chegam até nós através 
dos sentidos
Memória de trabalho: armazena e retém temporariamente a informação enquanto 
uma determinada tarefa está sendo realizada
RESUMÃO DA P2 42
Longo prazo: eventos que deixaram a consciência fazendo parte do passado 
psicológico
Declarativa:recordação consciente
Semântica: conhecimento geral, estudo, fatos, conceitos
Episódica: autobriografia, eventos vividos
Não declarativa: recordação inconsciente
As informações são armazenadas em uma grande e interligada rede de esquemas
Um esquema pode ser visto como uma construção cognitiva que categoriza a 
informação de forma que ela possa ser tratada
São blocos fundamentais do conhecimento que tem a função de reduzir a 
sobrecarga da memória de trabalho
Esquemas relacionados são interligados formando conceitualmente uma rede 
semântica. Quando um item é ativado, a ativação se espalha aos itens relacionados
REPRESÃO DE MEMÓRIAS
Pode ser voluntária ou inconsciente
Na primeira, propomo-nos a cancelar a evocação de memórias que nos causam 
desagrado, mal-estar ou prejuízo:
"Não quero me lembrar mais da cara daquele sujeito (ou daquele lugar, ou 
daquele incidente)"
Na segunda, o cérebro faz isso por conta própria, para o qual evidentemente tem 
uma tendência autoprotetora
Um processo reconstrutivo, não uma espécie de ‘registro em vídeo’ literal do passado
RESUMÃO DA P2 43
No final, uma experiência de evocação pode ser tida como precisa e subjetivamente 
convincente quando é apenas uma aproximação do passado e não de uma reprodução 
exata
Evocar uma lembrança episodicamente - não importa o quanto ela seja importante - 
não é como olhar uma fotografia num álbum
A recordação é um processo criativo
Acredita-se que aquilo que a mente armazena é apenas uma porção nuclear da 
memória
Ao ser recordada, essa porção nuclear é então elaborada e reconstruída, com 
subtrações, adições, elaborações e distorções
Plasticidade do sistema nervoso é o mecanismo subjacente à aprendizagem e à 
memória de longo prazo, uma vez que cada ser humano cresce num ambiente 
diferente e tem experiências diferentes, a arquitetura do cérebro de cada pessoa é 
única
ESTRESSE E MECANISMOS ADAPTATIVOS
O estresse pode ser definido como toda reação do organismo, juntamente com os 
componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais que ocorre quando surge a 
necessidade de uma grande adaptação a um evento estressor, mas que será 
prejudicial se houver exposição prolongada ao evento ou uma predisposição do 
indivíduo a determinadas doenças
MODELO TRIFÁSICO (Hans Selye, década 50)
Fase de alerta: ocorre quando o indivíduo entra em contato com o estressor
Fase de resistência: o corpo tenta voltar ao seu equilíbio, o organismo pode se adaptar 
ao problema ou eliminá-lo
Fase de exaustão: nessa fase podem surgir diversos comprometimentos físivos em 
forma de doença
MODELO QUADRIFÁSICO (Lipp, 2010)
RESUMÃO DA P2 44
DSM-5
O DSM-5 estabelece que todos esses diagnósticos estão relacionados à exposição a 
um evento traumático ou estressante, resultando em sofrimento psicológico importante, 
prejuízo social, profissional e em outras áreas importantes da vida do indivíduo
Ademais, a apresentação clínica de tais transtornos é caracterizada por sintomas de 
ansiedade e medo, anedonia, disforia, externalizações da raiva, agressividade e 
sintomas dissociativos
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
Sintomas de evitação e embotamento, reexperimentação do evento traumático, 
excitabilidade aumentada (insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, 
hipervigilância e resposta de sobressalto exagerada), presentes após a exposição a um 
ou mais eventos traumáticos, envolvendo experiência pessoal direta ou não
Sintomas do TEPT comumente se manifestam dentro dos primeiros três meses depois 
do trauma, embora possa haver um atraso de meses, ou até anos
3 apresentações clínicas:
Aguda com duração de 1 a 3 meses
Crônica com mais de 3 meses de duração
De expressão ou manifestação tardia em que os sintomas aparecem no mínimo 6 
meses após o trauma
Reação ao trauma: natureza do evento traumático, a quantidade de exposições, a 
reação diante do estressor, vulnerabilidade genética e a rede de apoio do indivíduo 
RESUMÃO DA P2 45
após o evento
Além disso, o TEPT está relacionado com a dificuldade de elaborar o evento traumático 
vivido, já que o medo faz com que a pessoa reviva constantemente aquela situação
Significado pessoal que o indivíduo atribui a determinada situação traumática
Expansão do critério A: além do indivíduo vivenciar ou testemunhar o trauma, ele pode 
ter conhecimento da ocorrência do evento traumático com algum familiar ou amigo 
próximo, além de ser exposto a detalhes aversivos do trauma
Foi especificado no critério D: sintoma depressivo passa a ser um critério importante 
para caracterização do TEPT
Os critérios diagnósticos se aplicam para adultos, adolescentes e crianças a partir dos 
seis anos de idade
Pesquisas científicas apontam que quanto mais precoce for realizada as intervenções 
terapêuticas maiores serão as chances do paciente apresentar um bom prognóstico
FATORES DE RISCO
Pré-traumáticos: associados com problemas emocionais na infância até os seis anos 
de idade, transtornos mentais prévios, status socioeconômico baixo, gênero feminino e 
idade mais jovem durante a exposição, além de exposição a estressores na infância
Peritraumáticos: gravidade do trauma, ameaça à vida e dissociação ocorrida durante o 
trauma (suporte social pobre e estressores adicionais, avaliações negativas, 
estratégias de enfrentamento inapropriadas e desenvolvimento do transtorno de 
estresse agudo
O desenvolvimento do TEPT envolve uma complexa interação de componentes 
genéticos e ambientais, os quais ocasionam um desequilíbrio nos fatores de risco e na 
resiliência, ou seja, a capacidade de superação ou adaptação diante de uma 
dificuldade considerada como um risco para o individuo
DSM-5 TEPT
RESUMÃO DA P2 46
TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO
Medo intenso ou sensação de impotência mediante à exposição traumática
Apresentação clínica individualizada, mas em geral envolve uma resposta de 
ansiedade, incluindo reatividade ou revivência do evento traumático, a partir de sonhos, 
pensamentos e imagens, ocasionando prejuízos significativos
RESUMÃO DA P2 47
Duração variando de 3 dias a 1 mês após a exposição
Eventos traumáticos devem ser violentos ou acidentais
DSM-5: além do indivíduo vivenciar ou testemunhar o trauma, ele pode ter 
conhecimento da ocorrência do evento traumático com algum familiar ou amigo 
próximo
Fatores de risco: histórico de transtorno psiquiátrico anterior, níveis elevados de 
afetividade negativa, maior gravidade percebida do evento traumático, estilo de 
enfrentamento evitativo, avaliações exageradas de dano futuro, culpa ou desespero
Principais comorbidades: ataques de pânico dentro do primeiro mês após o evento 
traumático, sendo desencadeado pelas lembranças do trauma ou até mesmo de 
maneira espontânea
T. E. agudo pode predispor ao TEPT
Graves prejuízos funcionais (indivíduo afasta-se de situações percebidas como 
potencialmente ameaçadoras, originando faltas a consultas médicas, no trabalho e 
evitação em compromissos importantes)
Prognóstico está relacionado com diversos fatores, sendo eles: a curta duração do 
quadro psicopatológico, apoio social, ausência de outros transtornos psiquiátricos 
anteriores
DSM-5 TRANSTORNO DO ESTRESSE AGUDO
RESUMÃO DA P2 48
TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO
Presença de sintomas emocionais ou comportamentais em resposta a um estressor ou 
estressores identificáveis, sendo que o estressor pode ser um único evento ou haver 
múltiplos estressores
Eles podem ser recorrentes, como crises profissionais cíclicas, ou contínuos, como por 
exemplo, doença dolorosa com incapacidade persistente, podendo ainda afetar um 
único sujeito ou a família como um todo, a exemplo das situações de desastre natural
Pode ainda ser diagnosticado após a morte de um ente querido quando a qualidade, 
intensidade e persistência do luto exceder a expectativa ligada ao contexto de vida do 
paciente
O curso e desenvolvimento do transtorno começam dentro de três meses após o 
estressor e não dura mais que seis meses depois que o estressor cedeu
Prejuízoe mudanças temporárias nas relações sociais
Comorbidade: transtorno obssessivo-compulsivo, sendo ainda comum a ocorrência de 
doenças clínicas
RESUMÃO DA P2 49
DSM-5 TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO
TRANSTORNO DE LUTO COMPLEXO PERSISTENTE
Transtorno de adaptação diagnostigado, quando após a morte de um ente querido, as 
reações excedem em intensidade, qualidade, persistência
DIMENSÕES DO LUTO
Aspectos emocionais : choque, sensação de perda, negação, tristeza, apatia, angústia, 
agitação, raiva, ansiedade, medo, culpa, alívio, solidão 
Aspectos cognitivos: preocupação, descrença, baixa concentração, desorganização, 
déEcit de memória, confusão, desorientação
Aspectos físicos: “aperto no peito”, “vazio no estômago”, “nó na garganta”, falta de ar, 
distúrbios do sono e da alimentação
Aspectos espirituais: sonhos, perda da fé, raiva de Deus, dor espiritual, questionamento 
de valores, traição de Deus
Aspectos sociais: perda de identidade, isolamento, falta de interação, perda da 
habilidade para se relacionar socialmente
RESUMÃO DA P2 50
FASES DO PROCESSO DE ENLUTAMENTO
1. Entorpecimento – até uma semana (raiva e tristeza)
2. Anseio ou protesto – emoções fortes e agitação física (procura da pessoa perdida)
3. Desespero – fase lenta e dolorosa (apatia, depressão, desmotivação)
4. Recuperação – adaptação e possibilidade de investimento afetivo em novas figuras 
de apego
Elisabeth Kubler-Ross
FATORES DE RISCO INIBIDORES DO LUTO
No enlutado: idade, sexo, baixa autoestima, perdas mal elaboradas
Da relação com o morto: ambivalência, dependência ou insegurança
Causas e circunstâncias da perda: inesperada ou prematura
Suporte social: ausência de rede de apoio
Personalidade do enlutado: resiliência
Luto não reconhecido
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO LUTO
RESUMÃO DA P2 51
Imprevisibilidade (duração e intensidade)
Elaboração dificilmente ocorre num período menor que um ano
Sinais que evidenciam o término:
Lembranças ocorrem sem dor e tristeza
Ausência de manifestações psicológicas e físicas
Reorganização da vida
Adaptação aos novos papéis
DEPRESSÃO NO IDOSO E DEMÊNCIAS - 
Alexandre Bello
Atividades de vida diária → prejuízo maior
Atividades instrumentais de vida diária → prejuízo menor
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE
Prejuízo persistente de níveis cognitivos prévios
Amnéstico e não amnéstico
Ao menos 1,5 DP abaixo da média de mesma idade e nível educacional
Sem prejuízo das atividades de vida diária
Tratamento:
Inibidores da colinesterase: não são efetivos e não devem ser utilizados
Souvenaid: resultados promissores
DEMÊNCIA
Síndrome clínica frequente à partir dos 65 anos
Prejuízo persistente de níveis cognitivos prévios
Prejuízo das atividades de vida diária
RESUMÃO DA P2 52
Sem prejuízo do nível de consciência (delirium)
PROGRESSÃO PARA A DEMÊNCIA
Mais frequentes: Alzheimer (50 a 75%, memória), vascular (20 a 30%, atenção), corpos 
de Lewy (10 a 25%, motora), frontotemporal (10 a 15%, comportamento), Parkinson
Menos frequentes: pós-TCE, infecções, abuso de álcool e outros
RESUMÃO DA P2 53
DEMÊNCIA MISTA
Soma de demências, geralmente Alzheimer e vascular
Quanto mais comorbidades clínicas, maior a probabilidade
FATORES DE AGRAVO
Pior educação, perda auditiva (principal fator modificável), hipertensão, obesidade, 
tabagismo, depressão, sedentarismo, isolamento social, diabetes, dieta → fatores 
potencialmente modificáveis (35%)
Idade, sexo, PSN1, PSN2, ApoE 4 → não podificáveis (65%)
Quantifica a contribuição dos fatores de risco que emergem com o passar dos anos
Potencial de prevenir ou postergar demências
PREVALÊNCIA
7,6% dos idosos
FATORES DE MELHORA
Álcool agrava, mas vinho numa quantidade leve não interfere
Café, frutos do mar, vegetais, frutas, legumes, azeite de oliva, nozes
Necessita de mais estudo
DEPRESSÃO: FATOR DE RISCO INDEPENDENTE OU PRÓDROMO PARA 
DEMÊNCIA?
Risco aumentado é diretamente proporcional à gravidade do episódio depressivo e ao 
número de episódios depressivos
RESERVA COGNITIVA
RESUMÃO DA P2 54
Justifica quando lesões cerebrais relevantes não se associam a declínio funcional e 
cognitivo
Menor risco de demência:
Exercício físico
Atividades lúdicas variadas ao longo da vida
Intervenção cognitiva:
Melhora de diversos domínios cognitivos em idosos saudáveis
Sem caráter preventivo para demência → atrasa a manifestação só
DEPRESSÃO
Depressão: até 5% dos idosos
Sintomas depressivos: 8 a 16% dos idosos
Tristeza não é a maior queixa, tem sintomas clínicos também e indisposição
Critérios diagnósticos CID-10 e DSM-V inadequados
Escalas de depressão (p. ex. Yezavage) são usados
Pode ser pródromo demencial
Aposentadoria e síndrome do ninho vazio
Risco aumentado de suicídio
Redução do cuidado com doenças clínicas
Depressão secundária
Usar benzodiazepínicos com cautela
Neuroimagem se início tardio
RESUMÃO DA P2 55
DOENÇA DE ALZHEIMER
1906: Alois Alzheimer - descreve características
1910: Emil Krepelin - "Doença de Alzheimer”
1984: McKhann Alzheimer's Diagnostic Criteria
1991: John Hardy - Amyloid Hypothesis
1999: Ronald Petersen - C.C.L.
2007 a 2021: revisão de critérios diagn e biomarcadores
2011: Reisa Sperling - estágios pré-clínicos
2018: Clifford Jack Jr - classificação biológica
EPIDEMIOLOGIA
Incidência quase dobra após os 65 anos, a cada 5 anos
Protótipo das demências corticais primariamente degenerativas
Idade é o principal fator de risco
RESUMÃO DA P2 56
PATOLOGIA
Marcadores histopatológicos:
Placas senis: lesões extracelulares, por clivagem anormal da proteína beta-amilóide 
(constituinte da membrana dos neurônios)
Emaranhados neurofibrilares: lesões intra-neuronais, por fosforilação anormal da 
proteína Tau (parte do citoesqueleto neuronal)
RESUMÃO DA P2 57
RESUMÃO DA P2 58
FASE PRÉ-CLÍNICA
Permite informar o paciente - modificar hábitos - retardar a fase clínica
LCR com biomarcador beta-amilóide e / ou PET com marcador de proteína TAU ou de 
deposição de placa beta-amilóide
Limitado à pesquisa clínica
APOE
Proteína plasmática relacionada ao transporte de colesterol, sendo constituinte de LDL, 
VLDL e HDL
E2, E3 e E4
Polimorfismo de ApoE E4 relacionado à forma esporádica
MANIFESTAÇÕES COGNITIVAS - Forma clássica
Prejuízo + comum: memória episódica anterógrada
Memória imediata e remota nos casos + avançados
Atrofia hipocampo
Confabulações
Atenção: geralmente preservada no início
Discurso: fluente, principalmente no início
“tá na ponta da língua, mas não consigo dizer”
Desorientação espacial progressiva
Erros de nomeação: geralmente semânticos, raramente fonológico ou visuais
Disfunção executiva geralmente nas fases intermediárias (acometimento frontal)
MANIFESTAÇÕES COMPORTAMENTAIS - Forma clássica
RESUMÃO DA P2 59
Maior causa de morbidade e principal motivo de internação
Mais comuns: apatia, depressão, irritabilidade, agressividade, desinibição, delírios, 
falsos reconhecimentos
Psicose: delírios de roubo, abandono, infidelidade e envenenamento, raramente 
alucinação
NEUROIMAGEM
RNM crânio: método de preferência para diagnósticos precoces
Repetir em um ano pode clarificar diagnóstico
Escala Visual de Atrofia Global
Escala Visual de Scheltens → hipocampo
TC: aos impossibilitados de realizar RNM crânio
PET F-FDG: hipometabolismo têmporo-parietal bilateral, avalia metabolismo da glicose
SPECT: radiofármaco, hipocaptação em parietal e temporal à esquerda, cintilografia de 
perfusão cerebral
TRATAMENTO
Individualizar o tratamento
Revisar suporte social e familiar em cada consulta
Estresse dos cuidadores: 40% apresentam significativos sintomas depressivos e 
ansiosos
Dividir com paciente e familiares o manejo da gravidade do quadro neuro-degenerativo
Evitar o confronto e abordar de forma acolhedora
"Pedir ajuda ao paciente"
Proporcionar ambiente tranquilo e seguro
Manter rotina rígida
Ex: toalete - banho - café da manhã...
Orientar o cuidador, o paciente não vai mudar!
RESUMÃO DA P2 60
Medicações de horário, evitar o sob demanda→ risco de exagero
Evitar anticolinérgicos e benzodiazepínicos
Controle da dor
Atividade física
DA leve a moderada: inibidores da colinesterase
DA moderada a grave: memantina
Medicações podem ser combinadas
Inibidores da colinesterase
Bloqueiam a degradação da acetilcolinesterase
Aumentam a disponibilidade de acetilcolina
Resposta esperada:
Melhora ou redução da velocidade do declínio cognitivo
Melhora das AVDs
Melhora comportamental (mais destacada em geral)
Memantina:
Antagonista dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA)
Resposta esperada:
Reduções significativas no declínio cognitivo
Redução do declínio funcional
RESUMÃO DA P2 61
Redução dos sintomas comportamentais
Impede que o excesso de glutamato atue sobre o r-NMDA, evitando a entrada 
excessiva de cálcio, que levaria à morte neuronal
DEMÊNCIA VASCULAR
RESUMÃO DA P2 62
ETIOLOGIA
Doença cerebral de pequenos vasos
Doença cerebral de grandes vasos
DOENÇA CEREBRAL DE PEQUENOS VASOS
Mais comum
Artérias perfurantes superficiais e arteríolas perfurantes dos gânglios da base
20-30% dos AVEs em adultos
Principal causa de demência vascular (2ª causa de demência)
RNM: observa-se as consequências das lesões e não as lesões
Eventos esporádicos são muito mais comuns
Herança monogênica é rara
Principais fatores de risco: HAS e idade
O significado de uma lesão é cada vez mais determinado não apenas pela função local, 
mas também pelo padrão de conectividade da área cerebral lesionada
RESUMÃO DA P2 63
DEMÊNCIA POR INFARTO LACUNAR
Lesão única (ou poucas) em localização funcional importante
Talâmico e hipocampal
CA1: amnésia global transitória, região com vulnerabilidade seletiva
CADASIL
1/1000 indivíduos do banco de dados gnomAD carregam a mutação CADASIL
Longa fase assintomática
Evolução clássica: migrânea com aura → infartos lacunares recorrentes → transtorno 
de humor, apatia e prejuízo cognitivo → demência → óbito por volta dos 65 anos
Há formas atípicas leves da doença
RESUMÃO DA P2 64
RMI: hipersinal difuso em substancia branca em lobo temporal profundo, infartos 
lacunares profundos e microinfartos
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Infartos estratégicos talâmicos: T2
Hiperintensidade em substância branca: FLAIR
Microsangramento e calcificação: T2 ponderado
DOENÇA CEREBRAL DE GRANDES VASOS
Início abrupto e piora em degraus
Déficits neurológicos focais
Reflexos assimétricos
Síndrome pseudo-bulbar: dificuldade de engolir e de falar com afeto lábil
Reflexos primitivos
Anormalidades sensoriais
SÍNDROME PSEUDO-BULBAR
Coringa
Riso de difícil controle, traumatismo frontal
TRATAMENTO
Fatores de risco
Alimentação adequada e controle do peso
Evitar consumo excessivo de álcool
Medicamentoso:
Inibidores da colinesterase: melhora cognitiva e funcional, melhor resposta com 
doença subcortical
RESUMÃO DA P2 65
Antagonista de R glutamatérgicos (NMDA): possível melhora com doença 
subcortical
Alterações comportamentais: anticolinesterásicos e memantina, antidepressivos, 
antipsicóticos atípicos, anticonvulsivantes
DEGENERAÇÃO LOBAR FRONTO-TEMPORAL
Desinibição ou apatia
Perda de habilidades sociais
Perda de crítica e de rapport
Mudança em hábitos dietéticos
A topografia da degeneração é geralmente compatível com os sinais e sintomas
RESUMÃO DA P2 66
MANIA X DLFT
Apresentação aguda de DLFT com sintomas semelhantes a mania
Mini-mental impossibilitado pela desatenção
Neuroimagem (TC / RNM / FDG-PET)
Importância de exclusão de causas orgânicas para qualquer quadro psiquiátrico agudo 
em idosos
DEMÊNCIA POR PARKINSON
Parkinsonismo: bradicinesia + tremor de repouso ou rigidez
Parkinsonismo atípico:
Paralisia Supranuclear Progressiva
Demência com corpos de Lewy
Atrofia de Múltiplos Sistemas
Degeneração Corticobasal
RESUMÃO DA P2 67
DEMÊNCIA POR CORPOS DE LEWY
Demência
Parkinsonismo espontâneo
Alucinações visuais recorrentes e complexas
Flutuação das funções cognitivas
Incomum tremor de repouso
Placas amilóides (alguns casos)
Se sintomas motores como sintomas iniciais
Diagnóstico inicial de DP
Déficit cognitivo em 12 meses: DCL
RESUMÃO DA P2 68
Déficit cognitivo > 12 meses: demência na DP
SPECT de circuito nigroestriatal: DD de demência
Sintomas semelhantes à DA = tratamento
Déficit colinérgico
Inibidores da colinesterase
Sem piora dos sintomas parkinsonianos
Sintomas semelhantes à DP = tratamento
Menor resposta
Alta sensibilidade a antipsicóticos, preferir atípicos
DEMÊNCIAS POTENCIALMENTE REVERSÍVEIS
Principais diagnósticos diferenciais: depressão, hipotireoidismo, HPN, demência 
relacinoada ao álcool, SAOS, medicamentos, fibrilação atrial, neurossífilis, deficiência 
de B9 (fólico), deficiência de B12 (cianocobalamina), deficiência de B1 (tiamina), 
deficiência de B3 (niacina), déficits sensoriais
SAOS
Impacto em atenção, memória verbal e visual, função executiva, habilidade 
visuoespacial e construtiva
CPAP pode reverter totalmente o prejuízo
DEMÊNCIA POTENCIALMENTE REVERSÍVEIS
Anticolinérgicos
Antipsicóticos típicos
Antidepressivos tricíclicos
Hipnóticos e sedativos
Anticonvulsivantes
Encefalopatia de Wernicke (tiamina): oftalmoplegia, ataxia, confusão mental
RESUMÃO DA P2 69
Encefalopatia de Korsakoff: déficit de memória episódica, confabulações
Hipotireoidismo (amiodarona, lítio, fenitoína, CBZ, fenobarbital)
Hipertireoidismo
Déficit de B12 (18% dos idosos)
Deficiência de folato (elevação de homocisteína)
Deficiência de B3 (dermatite, diarréia e demência)
Herpes simplex
Criptococose, toxoplasmose e tuberculose
Cisticercose
Neurosífilis
Transtorno cognitivo associado ao HIV
Hidrocefalia de pressão normal: ataxia de marcha, demência, incontinência urinária, 
medida do fluxo liquórico, Índice de Evans e ângulo calosal
Encefalopatia hepática (amônia)
Encefalopatia urêmica
Encefalopatia dialítica: alumínio com hiperfosfatemia
DELIRIUM
RESUMÃO DA P2 70
Síndrome neuro-comportamental causada pelo comprometimento transitório da 
atividade cerebral, invariavelmente secundário a distúrbios sistêmicos
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Início agudo (horas a poucos dias)
Curso flutuante
Comum sonolência diurna e agitação noturna: síndrome do pôr-do-sol
Diagnóstico clínico
Sub-diagnosticado (30-50%)
Maior mortalidade, maior tempo de internação, UTI e demência
Complicação psiquiátrica mais comum entre idosos hospitalizados
Desatento, letárgico, sonolento, torporoso, incapaz de obedecer a ordens complexas 
ou manter raciocínio sequenciado, distraindo-se com muita facilidade
TRIAGEM
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
RESUMÃO DA P2 71
FATORES DE RISCOS CLÍNICOS
Idade avançada
Sexo masculino
Comorbidade clínica
Demência, DCV e enfermidades no SNC
Depressão
Polifarmácia
Privação do sono
Prejuízo sensorial
Incontinência urinária e fecal
Mudanças ambientais
MEDICAÇÕES ASSOCIADAS AO DESENVOLVIMENTO DE DELIRIUM
RESUMÃO DA P2 72
RESUMO
RESUMÃO DA P2 73
TRATAMENTO
RESUMÃO DA P2 74
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE - 
Alexandre Bello
Personalidade: características individuais de um padrão consistente de emoções, 
pensamentos e comportamentos
ELEMENTOS DO BOM FUNCIONAMENTO DE PERSONALIDADE
RESUMÃO DA P2 75
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
Padrão duradouro de experiência interna e comportamento que se desvia de forma 
marcante das expectativas da cultura do indivíduo
Início na adolescência e no início da idade adulta
Prejuízo individual e / ou coletivo
Social, interpessoal e profissional: vida familiar, desemprego, violência doméstica, 
divórcio, maior uso de substância
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-V
Um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia 
acentuadamente das expectaticas da cultura do indivíduo. Este padrão se manifesta 
em duas (ou mais) das seguintes áreas:
Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e 
eventos)
Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta 
emocional)
Funcionamento interpessoal (é um ponto bem chave para realizar o diagnóstico)Controle dos impulsos
O padrão persistente é inflexível e abrange uma ampla faixa de situações pessoais e 
sociais
RESUMÃO DA P2 76
É pervasivo (abrange todas as esferas do paciente): trabalho, escola, atividades de 
lazer, etc., portanto, acompanha o paciente
O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo
O padrão é estável e de longa duração, podendo seu início remontar à adolescência ou 
começo da idade adulta
O padrão persistente não é melhor explicado como uma manifestação ou consequência 
de outro transtorno mental
O padrão persistente não é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma 
substancia ou de uma condição medica geral (p. ex., traumatismo craniencefálico)
GRUPO A
Paranóide: padrão de desconfiança e suspeição, motivos dos outros interpretados 
como maléficos, guarda rancores persistentes implacável com deslizes
Esquizóide: padrão de desapego das relações sociais e restrição de expressão 
emocional
Frieza, distanciamento ou embotamento afetivo
RESUMÃO DA P2 77
Desconforto em relacionamentos íntimos
Distorções cognitivas ou perceptivas e excentricidades do comportamento
Afeto inadequado ou constrito, ansiedade social que tende a temores paranoides e 
não de escrutínio
Esquizotípica: desconforto em relacionamentos íntimos, distorções cognitivas ou 
perceptivas, e excentricidades do comportamento
GRUPO B
Buscam mais atendimento médico (impulsividade em comum nesse grupo; padrão de 
instabilidade de comportamento). Clinica de depressão muito intensa do ponto de vista 
dele. Ficam depressivos muito rápido
Antissocial / psicopatia / sociopata: incapacidade de adaptação às normas sociais e 
legais e ausência de remorso, repetição de atos que motivem detenção, tendência à 
falsidade e à trapaça, descaso com a segurança de si e outros, descaso com 
obrigações de trabalho, descaso com obrigações financeiras, baixa empatia, minimiza 
as consequências dos atos nocivos, dificuldade de reparação dos atos
Sintomas desde antes da puberdade
Idade > ou = a 18 anos
Transtorno de conduta < 15 anos
Prevalência 3% homens e 1% mulheres
Boderline / limítrofe / emocionalmente instável: é o mais prevalente em serviço de 
saúde, em ambulatorio de psiquiatria 20 a 30% tem boderline, é hiper-reativo
Evitar o abandono a todo custo
Relações interpessoais intensas e instáveis
Impulsividade auto-destrutiva
Instabilidade afetiva e reatividade de humor
Sentimento de vazio
Raiva intensa e inapropriada
Ideação paranoide e sintomas dissociativos
RESUMÃO DA P2 78
Pensamentos baseados no “tudo ou nada”
Atribuir os próprios sentimentos negativos para os outros
Histriônica: reaçõoes emocionais excessivas e busca por atenção excessiva
Narcisista: padrão de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia
GRUPO C → mais ansiosos
Esquiva / evitante: inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à 
avaliação negativa
Dependente: padrão de submissão e necessidade excessiva de ser cuidado
Obsessivo compulsiva: padrão de preocupação com organização, perfeccionismo e 
controle, egossintônico → não é TOC, entretanto, podem desenvolver ou são 
pródromos / sintomas subclínicos de TOC
DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO
RESUMÃO DA P2 79
Sintomas com fronteiras menos nítidas com a normalidade → diagnóstico de exclusão
Necessidade de avaliação longitudinal
As características são consideradas egossintônicas
DIFICULDADES NO TRATAMENTOS
Tendência a não procurar tratamento por baixa crítica
Maior uso dos serviços de saúde ambulatorial e de urgência 
Mais acidentes e maiores taxas de suicídio
PREVALÊNCIA
9 a 15% dos adultos
2/3 de criminosos presos
Maior prevalência em homens
Maior busca por atendimento em mulheres
Comportamento auto-lesivo mais frequente
ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO
Modelo biopsicossocial de interações
Interface entre vulnerabilidade e resiliência
Experiências prévias
Ambiente desempenha papel crucial
Fenótipo: ambiente + genética
RESUMÃO DA P2 80
ESTRESSE PRECOCE (infância) E ASSOCIAÇÃO COM TP
Principalmente TP borderline e antissocial
Principalmente desfecho de menor resiliência
TRANSTORNO DE CONDUTA
Crianças ou adolescentes
Prejuízo significativo
3 ou + dos seguintes comportamentos:
Agressividade contra pessoas ou animais
Destruição de propriedade
Trapaça, mentira ou roubo
RESUMÃO DA P2 81
Violações graves da autoridade dos pais
TRANSTORNO DE CONDUTA E TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR
Crianças com transtorno de conduta violam os direitos de terceiros repetidamente, às 
vezes sem nenhum sinal de irritação, diferente do TOD, que apresentam crítica
TRATAMENTO DOS TP
Psicoterapia é tratamento de primeira linha
Medicação para controle de sintomas nucleares e de comorbidades
TRATAMENTO DO TP BORDERLINE (grupo B)
Manejo de crises
Regulação emocional
Avaliação do risco de agressividade auto e hétero
Desenvolvimento de habilidades de enfrentamento de estresse internas e externas
Estimular a busca de apoio
Comunicação clara e direta com objetivos e limites bem estabelecidos
Estimular o paciente a participar de forma colaborativa, estabelecendo metas viáveis de 
curto prazo
Abordagem mais estruturada e direta apresentam melhores resultados
Terapia Comportamental Dialética é uma das abordagens mais eficazes
Psicoeducação, terapia de grupo, terapia familiar e outras abordagens psicossociais 
também são eficazes
Tratamento farmacológico:
Anti-psicóticos, estabilizadores de humor e antidepressivos
Alvo: regulação emocional, controle de raiva e impulsividade, sintomas psicóticos 
transitórios e sintomas depressivos
Evitar BZD: potencial de abuso e efeito paradoxal
RESUMÃO DA P2 82
Cuidado com medicações com alto potencial de toxicidade: ADT e Lítio
NEUROTRANSMISSORES
Anormalidades em 5HT e DA em indivíduos com TS e TP
Elevação 5HT reduz impulsividade e bem estar
Elevação DA pode resultar em euforia
TRANSTORNOS DO 
NEURODESENVOLVIMENTO - Kayo
No Brasil, existem cerca de 63 milhões de crianças e adolescentes com menos de 20 
anos de idade → 12 a 15% apresentam problemas mentais
Esses dados revelam que cerca de 10 milhões de crianças e adolescentes 
brasileiros necessitam de avaliação e tratamento em saúde mental
Esses transtornos afetam o presente e terão impacto futuro em diversas áreas de suas 
vidas, como no desempenho escolar, no relacionamento familiar e com amigos → 
aumento do risco de evasão escolar, engajamento em atividades ilegais, além de 
abuso e dependência de substâncias psicoativas
Manifestam desde os primeiros anos de vida (desenvolvimento) → em geral antes da 
criança ingressar no colégio
Déficits no desenvolvimento que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social, 
acadêmico ou profissional
Déficits variam desde limitações muito específicas e leves (controle da função 
executiva ou aprendizagem) até prejuízos globais em habilidades globais em 
habilidades sociais ou inteligência
Comum estarem associados → TEA + déficit intelectual (DI) ou TDAH e transtorno 
específico de aprendizagem
RESUMÃO DA P2 83
A avaliação psiquiátrica da criança e adolescência (PIA) tem a particularidade de contar 
com interlocutores (pais ou cuidadores) e são eles que o levam para consulta
Porque levam? → exigência externa ao ambiente familiar (ex: escola)
A entrevista deve ser direcionada para uma visão mais ampla possível, tentando 
identificar a funcionalidade do paciente nos vários contextos de vida, como escola, 
família, atividades de lazer, comunidade onde vive, grupo de amigos etc., além de 
dados específicos sobre o desenvolvimento, tratamentos anteriores ou patologias 
associadas
RESUMÃO DA P2 84
No caso de alguns transtornos, a apresentação clínica inclui sintomas tanto de excesso 
quanto de déficits e atrasos em atingir os marcos esperados. Por exemplo: 
TEA somente é diagnosticado quando os déficits (redução de aptidões) 
característicos de comunicaçãosocial são acompanhados por comportamentos 
excessivamente repetitivos, interesses restritos e insistência nas mesmas coisas. 
TDAH→ Déficits atencionais e excesso / hiperatividade motora
USO DE ESPECIFICADORES
O uso de especificadores enriquece a descrição do curso clínico e da sintomatologia 
atual do indivíduo
A demora no reconhecimento dos sintomas e no início do tratamento adequado
Considerando a alta prevalência e o impacto negativo ao longo da vida da criança e de 
sua família
RESUMÃO DA P2 85
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento definido por níveis prejudiciais de 
desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade
Alguns exemplos de sintomas de desatenção incluem: dificuldade para iniciar, 
permanecer engajado e completar tarefas; distrair-se com facilidade; perda e 
esquecimento de objetos
Sintomas comuns associados: baixa tolerância a frustrações, irritabilidade e labilidade 
de humor
É um dos transtornos mais frequentes na infância e na adolescência, afetando cerca de 
6% das crianças em idade escolar, 3% dos adolescentes e 2,5% dos adultos (pode 
chegar a 5%)
A prevalência é maior em crianças do sexo masculino 2:1 e 1,6:1 em adultos
O TDAH costuma persistir na vida adulta, resultando em prejuízos no funcionamento 
social, acadêmico e profissional
TDA COM OU SEM HIPERATIVIDADE
Desatenção e desorganização (divagação): envolvem incapacidade de permanecer em 
uma tarefa, aparência de não ouvir e perda de materiais em níveis inconsistentes com 
a idade ou o nível de desenvolvimento
Hiperatividade: atividade motora excessiva, inquietação, incapacidade de permanecer 
sentado, naquela tarefa – remexer, batucar, conversar em excesso, abrir múltiplas telas
Impulsividade: intromissão em atividades de outros, ações precipitadas, não 
premeditadas, incapacidade de aguardar, normalmente relacionadas a um desejo de 
recompensa imediata ou incapacidade de postergar gratificação (recompensa imediata) 
→ interromper os outros, assumir tarefa sem informações adequada
SINTOMATOLOGIA
Início dos sintomas antes dos 12 anos (controvérsias)
Sintomas em 2 ou + ambientes (escola, família, amigos, trabalho)
RESUMÃO DA P2 86
Sinais mínimos dos sintomas em situações novas, nas quais há recompensa, 
gratificação (telas, jogos), assunto de interesse
Não há um marcador biológico específico para TDAH
Especificar se “remissão parcial ou total” → vida adulta
Sintomas leves, moderados ou graves
DIAGNÓSTICO
Podem exibir problemas cognitivos em testes de atenção, função executiva e memória
Crianças: EEG (> ondas lentas), RNM (< maturação frontal)
Pré-escola: + comum hiparatividade (meninos principalmente)
Fundamental: desatenção 
Adolecentes: sinais de hiperatividade (correr / subir nas coisas) menos comuns, há 
mais queixas de sensação interna de nervosismo, inquietude ou impaciência
Adultos: além da desatenção e inquietude, a impulsividade permanece problemática 
(mesmo sem hiperatividade), > suicídio, transtorno de humor, conduta, maior uso de 
SPA, maior possibilidade de comportamentos antissociais
DESATENÇÃO (crianças 6 ou mais / adultos 5 ou mais)
Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em 
tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades (p. ex., negligência ou deixa 
passar detalhes, o trabalho é impreciso, esforço prolongado)
Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas 
(p. ex., dificuldade de manter o foco durante aulas, conversas ou leituras prolongadas)
Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente 
(p. ex., parece estar com a cabeça longe, mesmo na ausência de qualquer distração 
óbvia)
Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos 
escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho (p. ex., começa as tarefas, mas 
rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo)
RESUMÃO DA P2 87
Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (p. ex., dificuldade 
em gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e objetos pessoais 
em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; mau gerenciamento do tempo; 
dificuldade em cumprir prazos)
Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam 
esforço mental prolongado (p. ex., trabalhos escolares ou lições de casa; para 
adolescentes mais velhos e adultos, preparo de relatórios, preenchimento de 
formulários, revisão de trabalhos longos)
Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (p. ex., materiais 
escolares, lápis, livros, instrumentos, carteiras, chaves, documentos, óculos, celular)
Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais 
velhos e adultos, pode incluir pensamentos não relacionados)
Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas (p. ex., realizar tarefas, 
obrigações; para adolescentes mais velhos e adultos, retornar ligações, pagar contas, 
manter horários agendados)
HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE (crianças 6 / adultos 5)
Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira
Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça 
sentado (p. ex., sai do seu lugar em sala de aula, no escritório ou em outro local de 
trabalho ou em outras situações que exijam que se permaneça em um mesmo lugar)
Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado 
(em adolescentes ou adultos, pode se limitar a sensações de inquietude)
Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer 
calmamente
Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado” (p. ex., não 
consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito tempo, como em 
restaurantes, reuniões; outros podem ver o indivíduo como inquieto ou difícil de 
acompanhar)
Frequentemente fala demais
RESUMÃO DA P2 88
Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido 
concluída (p. ex., termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de falar)
Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez (p. ex., aguardar em uma fila)
Frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., mete-se nas conversas, jogos ou 
atividades; pode começar a usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber 
permissão; para adolescentes e adultos, pode intrometer-se em ou assumir o controle 
sobre o que outros estão fazendo)
RESUMÃO DA P2 89
TEMPERAMENTO E PROGNÓSTICO
Temperamentais: TDAH está associado a menores inibições comportamentais, 
afetividade negativa e busca de novidades
Genéticos e fisiológicos: herdabilidade é substancial, genes foram codificados como 
associados, mas os mesmos não são necessários para diagnóstico; anormalidades 
fisicas e motoras estão aumentadas, mas não são específicas
Ambientais → < 1500 mg ao bascer > 2-3x, a minoria pode estar relacionado a 
aspectos da dieta; pode ter história de abuso infantil, negligência, exposição 
neurotoxina (chumbo)
CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS DO TDAH
TDAH está associado a desempenho escolar e sucesso acadêmico reduzidos (se não 
tratado), rejeição social e, nos adultos, a pior desempenho, sucesso e menor 
assiduidade no campo profissional e a maior probabilidade de desemprego, além de 
altos níveis de conflito interpessoal
Adolescência: transtornos de conduta
RESUMÃO DA P2 90
Vida adulta: transtornos de personalidade antisocial / prisão e uso de SPA, além disso, 
acidentes e violações de trânsito, rupturas de relacionamento
As relações com os pares costumam ser conturbadas devido à rejeição por parte 
daqueles, negligência ou provocações em relação ao indivíduo com TDAH → 
interpretado como preguiça / irresponsabilidade e falta de cooperação
Problemas escolares e negligência pelos colegas tendem a estar principalmente 
associados a sintomas elevados de desatenção
Rejeição por colegas e, em menor grau, lesõesacidentais são mais proeminentes com 
sintomas acentuados de hiperatividade ou impulsividade
COMORBIDADE
Estima-se que cerca de 70% dos pacientes com TDAH apresentam ao menos um outro 
diagnóstico comórbido, 32% têm no mínimo dois transtornos psiquiátricos e 11% têm 
três ou mais diagnósticos
Alguns dos quadros mais frequentes são:
Transtornos disruptivos (transtorno de conduta e transtorno opositor desafiador), 
situada em torno de 30 a 50%
Transtorno depressivo (cerca de 15 a 20%)
Transtornos de ansiedade (em torno de 25%)
Transtornos da aprendizagem (10 a 25%)
TDAH + TRANSTORNOS DE EXTERNALIZAÇÃO
Na infância, o TDAH frequentemente se sobrepõe a transtornos em geral considerados 
“de externalização” → oposição desafiante (TOD) e o transtorno da conduta
30 a 50% dos casos de TDAH concomitante
O Transtorno Opositivo Desafiador é quando é identificado um padrão recorrente de 
comportamentos negativos, como por exemplo desobediência, irritação e desafio, 
geralmente perante figuras de autoridade (pais e professores)
TRANSTORNO DE CONDUTA (aumenta chances de personalidade antissocial)
RESUMÃO DA P2 91
O transtorno de conduta é uma alteração comportamental em que são violados os 
direitos básicos de outras pessoas ou normas e regras sociais importantes para a idade 
de forma repetitiva e persistente
Filme: precisamos falar com Kevin
As principais características desse transtorno são
Agressões a pessoas ou animais
Destruição de objetos 
Excesso de falas falsas (mentiras)
Realização de furtos
Violação grave de normas e regras
Os sintomas devem estar presentes por mais de um ano
TDAH + DISLEXIA
A dislexia é caracterizada por dificuldades de reconhecimento de palavras, de 
soletração, decodificação, lentidão na leitura e na escrita, inversão de letras e números 
e problemas de memorização
Os sintomas incluem fala tardia, aprendizagem lenta de novas palavras e atraso na 
aprendizagem da leitura
Na cognição há dificuldade de memorização, dificuldade em pensar e compreender ou 
dificuldade ortográfica
No desenvolvimento existe atraso de fala ou dificuldade de aprendizagem
TRATAMENTO TDAH
O tratamento do TDAH é multidisciplinar
Contemplar os sintomas do TDAH, a investigação de comorbidades, o levantamento do 
funcionamento familiar, de como a criança (ou adulto) se relaciona com amigos e seu 
desempenho acadêmico/ profissional
Orientação e apoio ao paciente e a seus familiares (psicoeducação) + psicoterapia 
(geralmente TCC / habilidades sociais) e psicofarmacoterapia (garantir a adesão)
RESUMÃO DA P2 92
Psicofarmacológico → os psicoestimulantes têm se mostrado as medicações mais 
efetivas para o tratamento de pacientes com TDAH
Existem dois tipos de psicoestimulantes disponíveis para tratar o TDAH no Brasil: o 
metilfenidato e a lisdexanfetamina, ambos com eficácia e segurança comprovadas por 
inúmeros estudos, podendo ser usados como tratamento único ou em combinação com 
outras intervenções, dependendo das características do paciente e sua família
Dependência química → evitar os de curta ação
Concluindo, a eficácia e a segurança dos psicoestimulantes foram extensivamente 
avaliadas por diversos ensaios clínicos randomizados, agregados em revisões 
sistemáticas e metanálises e comprovam os benefícios para o tratamento de pacientes 
com TDAH
RESUMÃO DA P2 93
Os efeitos benéficos dos psicoestimulantes incluem:
Melhora da desatenção e da concentração
Diminuição da impulsividade
Diminuição dos comportamentos agressivos e / ou antissociais
Diminuição da hiperatividade e da agitação motora
EFEITOS COLATERAIS
Os psicoestimulantes devem ser iniciados em doses baixas e tituladas, de acordo com 
a resposta clínica e efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais frequentes são: insônia, cefaléia, irritabilidade, tremor, 
náuseas, inapetência e perda de peso
Esses efeitos tendem a ser leves, transitórios e dose dependentes
Os estimulantes podem piorar a gravidade dos tiques, induzir quadros maniformes (se 
não excluído TAB) e convulsões em pacientes em risco para tais condições
O risco de atraso do crescimento deve ser discutivo com os pais
RESUMÃO DA P2 94
Estudos avaliando risco cardíaco demonstraram que o uso de psicoestimulantes não 
está associado a eventos cardiovasculares graves
Fármacos não estimulantes: 2º linha e usados se efeitos colaterais ou em conjunto
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
O transtorno do espectro autista (TEA), também conhecido como transtorno invasivo 
(TID) ou global do desenvolvimento (TGD)
Grupo fenotipicamente heterogêneo de síndromes neuroevolutivas
Hereditariedade poligênica: centenas de locus contribuindo para esse desfecho 
comparadas às crianças neurotípicas
Sabemos agora que não há um autismo, mas muitos tipos, causados por diferentes 
combinações de influências genéticas e ambientais
“Espectro” reflete a ampla gama de dificuldades de comunicação e padrões repetitivo 
do TEA
Portanto, trata-se de uma série de quadros → podem variar quanto à intensidade dos 
sintomas e prejuízo gerados na rotina do indivíduo
Caracterizado por uma ampla gama de problemas na comunicação social e por 
comportamentos restritos e repetitivos
Segundo o DSM-5 as principais características clínicas do TEA incluem prejuízos em 
duas áreas do funcionamento → comunicação social e interação social, além de 
padrões repetitivos de comportamento, interesses e atividades
Os sintomas estão presentes desde o início do desenvolvimento (por vezes ao 
nascimento, + comum dos 12 a 24 meses) → diagnóstico ocorre dos 4 a 5 anos de 
idade
Podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam a 
capacidade limitada da criança
PREVALÊNCIA
Segundo o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), estimam a prevalência 
do TEA como 1 em 68 crianças nos Estados Unidos
RESUMÃO DA P2 95
Isso inclui 1 em 42 meninos e 1 em 189 meninas (4:1)
Elas quando diagnosticadas possuem mais déficits intelectuais
Esse mesmo instituto afirma que hoje existe 1 caso de autismo para cada 110 pessoas
Extrapolando esses números, estima-se que o Brasil tenha hoje cerca de 2 milhões de 
autistas
Aproximadamente 407 mil pessoas somente no estado de São Paulo
FATORES DE RISCO
Importante caráter genético heterogêneo e completo
Herdabilidade estimada em 90%
Três agrupamentos genéticos:
Os mecanismos estão sendo explorados por meio de estudos de genoma, 
citogenética e avaliação de genes candidatos
Quadros sindrômicos (gene de efeito maior)
Quadros poligênicos (vários genes de pequeno efeito)
Síndrome do cromossomo X frágil ou de Angelman
ETIOLOGIA
RESUMÃO DA P2 96
Achados neuroanatômicos e de neuroimagem, apesar de não diagnósticos: aumento 
da circunferência craniana e volume cerebral aumentado (macrocefalia 20% sobretudo 
nos primeiros 18 meses) 
Afeta tanto a substância cinzenta (fronto temporal e sulcos temporais superiores), 
quanto a substância branca, e alargamento dos ventrículos (hipocampo e giro do 
cíngulo)
Diminuição do corpo caloso
Achados de neuroimagem ainda incluem anormalidades na química cerebral, síntese 
de serotonina e eletrofisiologia do cérebro
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos 
contextos, conforme manifestado pelo que segue, atualmente ou por história prévia (os 
exemplos são apenas ilustrativos):
Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de abordagem 
social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa normal a 
RESUMÃO DA P2 97
compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto, a dificuldade para 
iniciar ou responder a interações sociais
Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação 
social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco integrada 
a anormalidade no contato visual e linguagem corporal ou déficits na compreensão 
e uso gestos, a ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal
Déficits para desenvolver, manter e compreenderrelacionamentos, variando, por 
exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar a contextos 
sociais diversos a dificuldade em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em 
fazer amigos, a ausência de interesse por pares
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, conforme 
manifestado por pelo menos dois dos seguintes, atualmente ou por história prévia (os 
exemplos são apenas ilustrativos, e não exaustivos; ver o texto):
Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos (p. ex., 
estereotipias motoras simples, alinhar brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases 
idiossincráticas)
Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados 
de comportamento verbal ou não verbal (p. ex., sofrimento extremo em relação a 
pequenas mudanças, dificuldades com transições, padrões rígidos de pensamento, 
rituais de saudação, necessidade de fazer o mesmo caminho ou ingerir os mesmos 
alimentos diariamente)
Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco (p. 
ex., forte apego a ou preocupação com objetos incomuns, interesses 
excessivamente circunscritos ou perseverativos)
Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos 
sensoriais do ambiente (p. ex., indiferença aparente a dor / temperatura, reação 
contrária a sons ou texturas específicas, cheirar ou tocar objetos de forma 
excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento)
SINAIS DE ALERTA
RESUMÃO DA P2 98
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Podem ser observadas desde a primeira infância
SINAIS DE RISCO
RESUMÃO DA P2 99
SINTOMATOLOGIA
Dificuldade inicial / atraso na fala e depois nas habilidades sociais
Sabe o alfabeto, mas não responde seu nome quando chamado
Puxa outras pessoas pela mão sem qualquer tentativa de olhar para ela
Diariamente alinha objetos por horas e sofre se são movimentados
Caminha na ponta dos pés, bate na cabeça ou morde os punhos, repetidamente estala 
os dedos, abana as mãos
Dificuldade com jogos imaginativos e de fingir de formas flexível
Não entende ironias / pequenas mentirinhas (”ingênua”)
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Especificar quanto:
Comprometimento intelectual, ex: verbal / não verbal
Comprometimento linguagem → ex: ausência de fala inteligível (não verbal), apenas 
palavras isoladas ou fala telegráfica (“quero bolo”/ “ou seja”) ou troca sujeito - verbo 
- objeto
Alguma síndrome → X frágil, Síndrome De Down, condição médica (epilepsia), hx 
de exposição ambiental (ac. valpóico, álcool fetal, baixo peso ao nascer)
Outra condição do neurodesenvolvimento → TDAH. coordenação, impulso e 
conduta, tique, Tourrete, autolesão, alimentar, de eliminação ou sono
EXEMPLOS ADULTOS
Permanece horas fazendo tabelas com números
Comportamento casual em uma entrevista de emprego
Pessoa considerada “ingênua” → não entende ironia, sarcasmo, até críticas
Linguagem corporal e fala estranha, rígida sobre o mesmo assunto
Pistas sociais → quando e como entrar em uma conversa, o que dizer, tom de voz
RESUMÃO DA P2 100
Vocabulário atípico para a idade → geralmente mais pueril ou mais rebuscado
Dificuldade para entender e compartilhar sentimentos
Amizades unilaterais ou baseadas unicamente em interesses específicos → “colegas”
Perguntas repetidas ou percorre perímetros específicos
Interesses (rituais) → textura, cheiro ou luzes, assim como alimentar-se com poucos 
perfil alimentares
Evita toque físico e esquiva-se de locais com muito som (uso de protetores auriculares)
CARACTERÍSTICAS
Costumam notar sons onde a maioria das pessoas não notam (isso os incomoda)
Costumam ter dificuldade de entender as intenções dos personagens nas leituras 
(pensamento concreto) 
Gostam de coletar informações de categorias de coisas (das mais variadas - 
dinossauro, insetos, moedas...)
Dificuldade de entender as intencionalidades das pessoas (ironia, sarcasmo, hipérbole, 
expressões faciais) → pensamento concreto
Pessoas com TEA se concentram mais nos detalhes que no todo
Entender as entrelinhas quando outras pessoas estão falando com ela (teoria da 
mente)
Dificuldade para entender que o interlocutor está ficando entediado e perseveram 
naquele assunto (hiperfoco naquele assunto) → prejuízo de relação social
Dificuldade de entender o que o outro está sentido pelas expressões faciais e corporais
PROGNÓSTICO
Os fatores prognósticos para desenvolvimento individual dos pacientes do espectro 
autista são:
A presença ou ausência de deficiência intelectual 
Prejuízo de linguagem (p. ex., linguagem funcional aos 5 anos de idade é sinal de 
bom prognóstico) e existência de outras doenças mentais
RESUMÃO DA P2 101
A comorbidade com epilepsia é associada a deficiência intelectual e habilidade verbal 
prejudicada
TRATAMENTO
Os tratamentos disponíveis atualmente podem melhorar muito a qualidade de vida dos 
portadores do transtorno
Porém ainda não há cura para o TEA e a maioria dos pacientes, particularmente nos 
países em desenvolvimento, não recebem tratamento especializado, ou qualquer tipo 
de tratamento
Envolve intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da 
linguagem e / ou comunicação
Objetivo: maximizar as habilidades sociais e comunicativas da criança
Intervenções evolutivas e comportamentais intensivas e precoces
DENVER: pais cooterapeutas → desenvolvimento de habilidades de relacionamento / 
socias / linguagem nas rotinas diárias / brincadeiras
Habilidades sociais: cumprimentar pessoas, iniciar jogos e prestar atenção, aprender a 
reconhecer as emoções em si e nos outros → internalizarem
Independência longo prazo / integração escolar / convenções sociais (minimizar 
comportamentos estranhos) → prática da imitação (repetição)
Lets Face (programa computacional / realidade virtual): ajuda reconhecimento de 
rostos / expressões / região facial dos olhos e emoções
A terapêutica com melhor evidência de eficácia: análise aplicada ao comportamento 
(ABA, do inglês, applied behaviour analysis)
O tratamento farmacológico tem atuação limitada nesses pacientes (melhore a 
alteração da sociabilidade e linguagem) → não leva a cura
Os medicamentos são utilizados para tratamento dos sintomas-alvo comórbidos, como 
desatenção, agitação psicomotora, agressividade, irritabilidade, ansiedade, 
estereotipias excessivas, insônia e sintomas depressivos
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
RESUMÃO DA P2 102
Irritabilidade / autolesão: risperidona (7 estudos RDC) 1 linha crianças/ adolescentes 
(uso com cautela), outros são litio, olanzapina e aripiprazol
Hiperatividade, impulsividade e desatenção: Metilfenidato (melhora do funcionamento, 
mas estereotipias / tiques)
Comportamento repetitivo e estereotipado: ISRS e quetiapina (50-200) risperidona
DÉFICIT INTELECTUAL
Aprendizagem e autogestão em situações da vida, como cuidados pessoais, 
responsabilidades profissionais, controle do dinheiro, recreação, controle do próprio 
comportamento e organização em tarefas escolares e profissionais; comunicação
Habilidades ligadas à linguagem, leitura, escrita, matemática, raciocínio, conhecimento, 
memória. Habilidades sociais/interpessoais (habilidades ligadas à consciência das 
experiências alheias, empatia, habilidades com amizades, julgamento social e 
autorregulação)
A pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e realizar 
atividades comuns para as outras pessoas
Deficiência intelectual é um transtorno do desenvolvimento que inclui prejuízos 
inteectuais e adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático
O DSM-5 retirou o quociente de inteligência (QI) como papel norteador quando menos 
de 70 (são menos válidas, principalmente nas partes inferiores desse quociente)
Existência de déficits cognitivos: os déficits cognitivos são prejuízos nas funções 
cerebrais relacionados ao raciocínio, planejamento, pensamento abstrato, juízo, 
aprendizagem
Déficits nas funções adaptativas: dificuldades em atingir padrões de desenvolvimentoe 
padrões socioculturais, por exemplo, impedimentos em estabelecer comunicação clara 
e adequada; dificuldades em desenvolver e manter vínculos com outras pessoas; e, até 
mesmo, dificuldades em realizar ações diárias de higiene, trabalho e alimentação
Observa-se também limitações quanto à independência pessoal e responsabilidade 
social
DSM-5: 85% se enquandram em deficiência intelectual leve
RESUMÃO DA P2 103
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL LEVE
Nas crianças pré-escolares, as diferenças podem não ser tão evidentes
Já, nas crianças em idade escolar e também nos adultos, observa-se: dificuldade na 
escrita, leitura, cálculos, contagem de dinheiro, contagem do tempo
Apresenta imaturidade no relacionamento com outras pessoas
Apresenta dificuldade em compreender contextos sociais, tais como: assuntos 
adequados a falar e o momento destes, ações e comportamentos cabíveis a cada 
situação social
Normalmente precisa de apoio para realizar cuidados pessoais, em grau bem menor 
comparado aos outros níveis, mas mesmo assim necessida de ajuda
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL MODERADO
O desenvolvimento das habilidades é retrógrado quando comparado a outras crianças
Necessita de assistência para realizar as atividades
A linguagem falada acaba sendo o principal meio de comunicação, porém é de 
vocabulário limitado 
Consegue realizar necessidades pessoais com dificuldades, apenas necessita 
investimento maior ao aprender
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL GRAVE
Apresenta baixa compreensão quanto à linguagem (escrita, oral ou sinais) e na 
emissão
Necessita de apoio constante para ações que envolvam raciocínio, planejamento 
mental, abstração do pensamento (imaginação)
Necessita de apoio em todas as atividades básicas do dia a dia, como alimentação, 
cuidados de higiene pessoal e, inclusive, ir ao banheiro para evacuação
Apresenta grande dificuldade em aprender, na aquisição e manutenção do domínio de 
habilidades
RESUMÃO DA P2 104
INTENSIDADE / GRAVIDADE 
Leve (85%): diagnóstico aparece 1 e 2 série, conseguem chegar a ter um nível 
intelectual de alguém da 6ª série, QI (50-70), conseguem ter relações interpessoais e 
até formar família
Moderado (10%): a maioria consegue atingir linguagem e se comunica, em 
geral não atingem 2 / 3ª série de escolaridade, adolescência apresenta dificuldade de 
socialização (tendem ao isolamento), adultos conseguem atingir atividades 
semiqualificadas / sendo supervisionado, QI 35-50
Grave (3-4%): reconhecimento de palavras / números, QI 2-35
Profunda (1-2%): treinamento conseguem expressar suas necessidades
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Os sintomas psiquiátricos em crianças com essa condição, fora do contexto de 
transtornos psiquiátricos completos, incluem hiperatividade, déficit de atenção, 
comportamentos autolesivos (p. ex., bater com a cabeça e morder o próprio corpo) e 
comportamentos estereotipados repetitivos (bater palmas e caminhar na ponta dos 
dedos)
Não usar termo portador (es) → estigma → ideal (pessoa com deficiência intelectual)
ETIOLOGIA
Podem ter genéticos, evolutivos, ambientais ou uma combinação deles
As causas genéticas incluem condições cromossômicas ou hereditárias
Os fatores evolutivos e ambientais abrangem exposição pré-natal a infecções e toxinas
Os fatores ambientais adquiridos dizem respeito a trauma pré-natal (p. ex., 
prematuridade, uso de álcool) e fatores socioculturais
Síndrome Down, fenilcetonúria, Sindrome Prader Wili
TRATAMENTO
As intervenções em crianças e adolescentes com DI fundamentam-se em avaliações 
das necessidades sociais, educacionais, psiquiátricas e ambientais
RESUMÃO DA P2 105
A DI está associada a uma gama de variedades de transtornos psiquiátricos que 
exigem tratamentos específicos, além de suporte psicossocial
Agressão, irritabilidade e automutilação 
TDAH
Comportamentos estereotipados
Raiva / explosões
TRANSTORNO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
A comunicação abrange o envio e recebimento de mensagens que requer a 
interpretação, a produção de significados e sentidos sobre o conteúdo da informação 
transmitida / recebida. Para tanto, são necessários processos que envolvem elementos 
verbais, motores e sociais.
O transtorno da linguagem é definido por contínuas dificuldades nos comportamentos 
de expressão
O aluno com transtorno da linguagem apresenta grande dificuldade na fala, na escrita 
e, até mesmo, na linguagem de sinais (consequência da própria dificuldade de 
compreender e produzir a comunicação)
O transtorno da fala estende-se à contínua dificuldade na produção da comun falada, 
prejudicando a comunicação verbal da criança
Interfere na inteligibilidade da fala ou impede a comunicação verbal de mensagens
O início do transtorno ocorre no período de desenvolvimento do sujeito
Trata-se da dificuldade de expressar e entender palavras tendo como origem 
comprometimentos neuronais (mecanismos cerebrais) e / ou traumas psicológicos
Cebolinha → personagem conhecido por falar ELADO
A gagueira, denominada tartamudez ou transtorno da fluência com início na infância 
Repetições de sons, sílabas ou palavras
Prolongamento frequente de sílabas e / ou palavras que interfiram significamente na 
fluência da expressão verbal
RESUMÃO DA P2 106
TRANSTORNO DO MOVIMENTO ESTEREOTIPADO
Refere-se ao comportamento motor repetitivo, por exemplo, apertar as próprias mãos, 
balançar o corpo, bater a cabeça, entre outros movimentos
TRANSTORNOS RELACIONADOS AO USO 
DE SUBSTÂNCIAS - Kayo
Droga: qualquer substância natural ou sintética que, quando administrada ou 
consumida por um ser vivo, modifica uma ou mais de suas funções, com exceção 
daquelas substâncias necessárias para a manutenção da saúde normal (água, 
alimentos etc.)
Substância Psicoativa: Substância que atua sobre o SNC, alterando o estado normal 
de vigília e sensopercepção
CLASSIFICAÇÃO
RESUMÃO DA P2 107
EPIDEMIOLOGIA
Cerca de 275 milhões de pessoas em todo o mundo, que representam cerca de 5,5% 
da população mundial entre 15 e 64 anos, usaram drogas pelo menos uma vez no 
último ano da pesquisa
Destes, 36,3 milhões têm TUS (13%)
O uso de drogas em todo o mundo está aumentando
Apenas 1 em cada 8 delas tem acesso a serviços para tratamento da dependência 
química
Observa-se a seguinte tendência:
Cannabis é a substância mais usada, sedativos e tranquilizantes também
Opioides são os mais prejudiciais
Uso de anfetaminas está em crescimento
No Brasil
As drogas lícitas (álcool e tabaco) seguem sendo as mais prevalentes quanto ao 
consumo e com diversos problemas associados
50% da população de 12-65 anos já consumiu bebida alcoólica em algum momento
O álcool é a substância que mais mata, direta ou indiretamente, no Brasil
POR QUE AS PESSOAS USAM SPA?
RESUMÃO DA P2 108
As drogas aumentam a liberação de dopamina, agem diretamente no sistema de 
recompensa, de maneira desigual
ETIOLOGIA DA DEPENDÊNCIA
Fatores sociodemográficos:
Demográficos (gênero, renda familiar baixa, idade)
Cultura (religião como mormons, política das drogas no país)
Ambiente familiar – trauma e estresse precoces
Estilo de vida
Pressão de grupo, social
Acesso
Biológicos/comorbidades:
Herança familiar – 40 a 60%
Personalidade – traços impulsivos
Psicopatologia (ex: TDAH, depressão)
Efeitos farmacológicos da droga
RESUMÃO DA P2 109
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
NEUROBIOLOGIA
RESUMÃO DA P2 110
A ação da droga nesse circuito se dá através da ativação da área ventral tegmental 
(AVT), região cerebral heterogênea composta em grande parte por neurônios 
dopaminérgicos, gabaérgicos, e uma glutamatérgicos
A maioria dos estudos concentrou-se na estimulação desses neurônios e a liberação 
de dopamina nos locais de projeção, principalmente o núcleo accumbens (NAC), 
produzindo prazer e recompensa
A alteração do CPF na dependência leva a um prejuízo de inibição da resposta (uso de 
drogas) e aumento da saliência da droga – essa situação gera saliência das pistas 
relacionadas às drogas, diminuição da sensibilidade a reforçadores não relacionados 
às drogas e diminuição dacapacidade de inibir comportamentos desadaptativos ou 
desvantajosos
O CONSUMO ESPORÁDICO
A ADIÇÃO
RESUMÃO DA P2 111
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS X RISCOS
A adicção é uma doença cerebral e não condição moral ou de falha de caráter
Preconceito: 41% dos entrevistados têm repulsa / ódio / antipatia de conviver com 
usuários de drogas
RESUMÃO DA P2 112
ANAMNESE
Como investigar dependência?
Inicio do contato com substâncias
Em geral álcool ou cigarro
Maconha vem crescendo muito e muitas vezes é a primeira droga
Evolução do consumo, evolução dos problemas relacionados ao uso, evolução da 
dependência
Dia típico
Personalidade, socialização, trabalho, relacionamentos amorosos e familiares, lazer, 
rotina alimentar, condição socioeconômica
Situações de uso
Frequência
Quantidade de uso por episódio
RESUMÃO DA P2 113
Comparação om os amigos e outros da mesma idade
Aparecimento de prejuízos: familiares, lazer, escolares / profissionais, jurídicos
DESAFIOS
Muitos pacientes negam insistentemente quaisquer prejuízos associados a seu 
consumo de substâncias psicoativas apesar de claramente os apresentarem
Como a distinção entre uso recreativo e o transtorno se dá pela presença de prejuízos 
(físicos, psicológicos, sociais, profissionais, financeiros etc.), realizar o diagnóstico 
pode ser desafiador
Nessa situação de negação, o profissional deve ser cuidadoso, evitar confrontar o 
paciente diretamente e tentar criar um clima de confiança e empatia para que ele se 
sinta à vontade para falar do assunto
Distinguir quadro agudo de uma emergência
DIAGNÓSTICO CID-10
TRANSTORNOS RELACIONADOS A SUBSTÂNCIAS - DSM 5
Transtornos por uso de substância
RESUMÃO DA P2 114
Transtornos induzidos por substância:
Intoxicação por ...
Abstinência por ...
Transtorno mental induzido por substância/medicamento
TRANSTORNOS ADITIVOS
Um padrão problemático de uso, levando a comprometimento ou sofrimento 
clinicamente significativos, manifestado por pelo menos dois dos seguintes critérios, 
ocorrendo durante um período de 12 meses:
Critério I: Baixo controle
Baixo controle sobre o uso da substância
Desejo em reduzir ou regular o uso da substância
Gasta muito tempo para obter a substância, usá-la ou recuperar-se
Fissura
Critério II: Deterioração social
Fracasso em cumprir obrigações no trabalho, na escola ou no lar
Manter o uso da substância apesar dos problemas sociais ou interpessoais
Atividades importantes de natureza social, profissional ou recreativa podem ser 
abandonadas ou reduzidas
Critério III: Uso arriscado → fracasso em abster-se
Uso recorrente em situações que envolvem risco à integridade física
Pode continuar o uso apesar de apresentar um problema físico ou psicológico
Critério IV: Critério farmacológico
Tolerância
RESUMÃO DA P2 115
Abstinência (diferente de intoxicação)
GRAVIDADE
Leve: 2-3 sintomas
Moderado: 4-5 sintomas
Grave: > 6 sintomas
Especificadores: “em emissão inicial”, “em remissão sustentada”, “em terapia de 
manutenção” (utilizando medicamento agonista) e “em ambiente protegido”
Trantorno por uso de outra substância: esteroides anabolizantes
Mais de um transtorno: especificar todos e gravidade
INTOXICAÇÃO DSM-5
Síndrome reversível específica de determinada substância que ocorreu devido a 
recente ingestão
Mudanças comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas associadas à 
intoxicação (ex.: labilidade de humor, julgamento prejudicado...) → não se aplica ao 
tabagismo
Os sintomas não são atribuíveis a outro transtorno mental.
Agudas x crônicas → exemplo da cocaína
Via administração: intravenosa, fumada, cheirada e SPA ações rápida > VO 
(intoxicação mais rápida e padrão progressivo de uso → abstinência)
ABSTINÊNCIA
Alteração comportamental problemática específica a determinada substância, com 
concomitantes fisiológicos e cognitivos, devido à interrupção ou redução do uso intenso 
e prolongado da substância
A maioria dos indivíduos sente necessidade de readministrar a substância para reduzir 
os sintomas
RESUMÃO DA P2 116
Quase sempre associada a um transtorno por uso de substâncias
Meia-vida da substância → ação + prolongada têm abstinência mais prolongada
Ação curta → maior potencial de desenvolver abstinência
PERÍODO DE DETECÇÃO DE DROGAS NA URINA
EXAME FÍSICO E COMPLEMENTAR BÁSICO
Atentar para estado nutricional, higiene e asseio, sinais vitais (que podem estar 
alterados tanto na intoxicação quanto na abstinência)
Sinais de uso (irritação / congestão nasal, erosão dental, marcas de agulhamento na 
pele)
Comprometimento sistêmico (doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC, sinais de 
hepatopatia, alterações na sensibilidade cutânea, alteração na ausculta cardíaca)
ESTÁGIOS DE MOTIVAÇÃO
Pré-contemplação: não reconhece o problema)
Contemplação: paciente percebe que tem algo de errado, mas não está pronto para 
tratamento
Preparação para ação: considera que precisa fazer o tratamento
RESUMÃO DA P2 117
Ação: início do tratamento
Manutenção: se mantém em tratamento e abstinente
TRATAMENTO
Psicoterapia + psicofármaco: mais evidência
Múltiplos profissionais: auxílio nutricional, acompanhante terapêutico …
Ideal cessar uso → redução de risco
Indivíduo vai tentar se adaptar as perguntas (manter o consumo conforme o estágio)
Mecanismos de manutenção → polarização, desvalorização do positivo, negação → 
comum recaídas
PRINCIPAIS SPA
ÁLCOOL
Ressalta-se que, segundo a OMS, não há um nível de consumo de álcool que seja 
absolutamente seguro
Avaliar a quantidade de álcool consumida em uma única ocasião também é 
fundamental, por estar relacionada a diversas consequências
Ele compreende o consumo de grandes quantidades de álcool em curto espaço de 
tempo, atingindo altos níveis de alcoolemia (em torno de 0,08 g/dL)
Para mulheres, tal concentração alcoólica no sangue geralmente ocorre após quatro 
doses, e para homens após cerca de cinco doses, em aproximadamente 2 horas
Crescimento do consumo de álcool entre as mulheres
Problemático (menos enzimas que metabolizam a substância e menor quantidade de 
água)
Como consequência, elas apresentam maior probabilidade de ter problemas 
relacionados ao álcool com níveis de consumo mais baixos e / ou em idade mais 
precoce do que os homens.
RESUMÃO DA P2 118
Exames laboratoriais:
GGT (gama glutamil transferase): refletemdano/alteração do metabolismo do fígado
ALT e AST detectam dano aos hepatócitos
Etanol sérico: biomarcador de intoxicação aguda
Hemograma (VCM – volume corpuscular médio: aumento no consumo pesado de 
álcool. Pode permanecer aumentado mesmo após 3 ou 4 meses de abstinência).
Coagulograma
Ureia e creatinina
Glicemia de jejum e perfil lipídico
Sorologias (hepatite B e C, HIV, sífilis)
Eletrólitos (Na, K, Mg, Ca)
RESUMÃO DA P2 119
Vitamina B12, ácido fólico e ácido úrico
Eletrocardiograma
Intoxicação patológica:
Avaliar:
TCE
Infecções
Distúrbios hidroeletrolíticos
Metabólicos
Alterações psiquiátricas:
Intoxicação aguda:
RESUMÃO DA P2 120
Síndrome da abstinência alcoólica:
Tratamento de síndrome da abstiência alcoólica:
Os fármacos mais utilizados no tratamento da SAA são os benzodiazepínicos (BZD)
A prescrição deve ser personalizada e realizada baseando-se na dose e nos sinais 
e sintomas
RESUMÃO DA P2 121
Idealmente, o médico deve estar junto ao paciente e prescrever os BZD a cada 
hora, conforme a necessidade
Pode-se usar a escala CIWAAr descrita como balizador da conduta farmacológica
A partir de 10, devemos iniciar o diazepam 10 ou 20 mg, via oral, e avaliar repeti-lo 
a cada hora de acordo com a melhora dos sintomas
Nos casos em que houver suspeita de insuficiência hepática, deve-se utilizar o 
lorazepam na dose de 2 a 4 mg por hora, seguindo a mesma orientação de 
avaliações de horário dos sintomas
Após o controle dos sintomas, as medicações devem ser diminuídas lentamente, ao 
longo de vários dias, até a retirada completa dos BZD. A velocidade dessa retirada 
também se baseia na sintomatologia e no confortodo paciente.
A vitamina B1 (tiamina) também deve ser utilizada na SAA. Ainda não há um 
consenso de quais as melhores doses, vias ou tempo de administração
Pode-se utilizar 01 ampola IM por 3 dias seguida de administração via oral de 300 
mg por pelo menos 6 meses
A tiamina é indicada com o objetivo de evitar a síndrome de Wernicke, que cursa 
com ataxia, confusão mental e anormalidades de movimentação ocular extrínseca 
(esta última nem sempre presente)
Síndrome Korsakoff (forma crônica acima): alteração de memória / confabulações 
→ sulfato de magnésio 1 a 2 mg em solução de 50% IM
O que não fazer:
Tratamento de manutenção:
RESUMÃO DA P2 122
Entrevista motivacional: promove mudanças comportamentais através da 
exploração e resolução da ambivalência, com extensa evidência de eficácia na 
redução do risco de beber pesado
TCC (Terapia cognitivo comportamental): terapia focada na mudança de 
distorções cognitivas e comportamentos negativos, melhorando a regulação das 
emoções e desenvolvendo estratégias de enfrentamento
Manejo de contingência: método que envolve reforços sistemáticos de 
comportamento desejados (através de premiações, privilégios, dinheiro etc.) e 
privação de reforço ou punição de comportamentos indesejados → tem maior 
evidência na melhora da adesão ao tratamento farmacológico
Programa de 12 passos: evidências sugerem que o programa é tão eficaz 
quanto a TCC na promoção da abstinência
Intervenções baseadas em mindfulness: alguma evidência aponta para a 
efetividade das terapias baseadas em mindfulness em comparação a outros 
tratamentos ou controles
Terapia familiar e de casal: uma metanálise aponta para redução na frequência 
do uso, menores danos promovidos pelo álcool e melhora na relação nos 
pacientes tratados com terapia de casal. O envolvimento de familiares no 
tratamento auxiliou na motivação do paciente para buscar ajuda.
Dissulfiram (anti-etanol) 250 mg → risco efeito antabuse (náuseas, cefaleia, 
rubor e sudorese excessiva)
Naltrexona 25 mg até 100 mg (bloqueador do receptor opioide): droga segura 
(pedir função hepática)
Acamprosato 333 mg
Topiramato: anticonvulsivante, atua através da inibição dos canais de sódio e de 
cálcio; aumento da resposta ao GABA e antagonismo de AMPA/cainato. Dose 
inicial: 25 mg; aumento de 25 mg por semana. Manutenção: 200 a 300 mg ao 
dia.
TABAGISMO - NICOTINA
Estima-se que no cigarro consumido atualmente existam mais de 7.000 substâncias, 
incluindo a nicotina e o monóxido de carbono, além de mais de 60 agentes 
RESUMÃO DA P2 123
cancerígenos
A nicotina interage com diversos neurotransmissores, estimula a liberação de 
dopamina, noradrenalina, acetilcolina, glutamato, serotonina e GABA
O uso do tabaco é a principal causa de morte evitável no mundo.
No Brasil há um declínio na prevalência de fumantes nas últimas décadas (em 2019, 
para 9,8%)
O uso do cigarro eletrônico é a forma mais popular de consumo de nicotina em 
adolescentes norte americanos e preocupa as organizações de saúde]
O uso de tabaco constitui fator de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de 
câncer, incluindo aqueles que acometem os aparelhos gastrointestinal (boca, esôfago, 
estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto), urinário (bexiga, rim e ureter) e respiratório 
(laringe, faringe, traqueia, brônquios e pulmões)
Doenças cardiovasculares
Doenças pulmonares
AVC
Diabetes
Entre outras (cegueira, catarata, degeneração macular, periodontite, disfunções 
sexuais e infertilidade)
Teste de Fagerstrom para abstinência
Tratamento:
Reposição nicotínica (ex: chiclete, adesivo)
Bupropiona (Zyban®, Bup®, Wellbutrin®) – Iniciar 07 a 14 dias antes e manter por 
12 semanas, dose de 150 – 300 mg/dia. Atenção ao risco de convulsão
Vareniclina (Champix®) - Iniciar 07 a 14 dias (2mg por dia em 2 doses), manter por 
pelo menos 12 semanas, podendo manter até 6 meses
Nortriptilina
Terapia cognitivo-comportamental (TCC)
Mais de um tratamento pode ser utilizado
RESUMÃO DA P2 124
MACONHA
A cannabis (também conhecida como maconha) é uma planta que contém mais de 500 
componentes, dos quais 104 canabinoides foram atualmente identificados
Dois deles são, na atualidade, maior objeto de investigação científica sobre suas 
propriedades farmacológicas: Δ9tetrahidrocanabinol e (THC) e canabidio
Sistema endocanabinoide:
Na década de 1960, o químico israelense Raphael Mechoulam identificou o CBD e 
o THC
Seguiu-se a clonagem bem sucedida do receptor canabinoide 1 (CB1) e depois, 
outro receptor canabinoide denominado receptor canabinoide 2 (CB2)
Em seguida, dois endocanabinoides (produzidos no corpo humano) também foram 
isolados: anandamida (ANA) e 2 araquidonoil glicerol (2AG)
Sintomas de intoxicação:
Hiperemia conjuntival
RESUMÃO DA P2 125
Boca seca, sedação
Confusão
Alteração de atenção e memória de fixação
Lentificação ou agitação psicomotora
Incoordenação motora
Alterações de sensopercepção(visuais e táteis)
Aumento de apetite
Possíveis sintomas paranóides/ataque de pânico
Abstinência:
Irritabilidade, raiva ou agressividade
Nervosismo ou ansiedade
Dificuldade para dormir (por exemplo, insônia ou sonhos vívidos)
Diminuição do apetite ou perda de peso
Inquietação
Humor deprimido
Pelo menos um dos seguintes sintomas físicos que causam desconforto: dor 
abdominal, tremores, sudorese, febre, calafrios ou dor de cabeça
Psicose:
Estimativas que integram dados de diferentes países mostraram que entre 8 e 24% 
de todos os transtornos psicóticos poderiam ser evitados se o uso de cannabis 
altamente concentrada fosse evitado
A concentração de THC, a idade precoce e a frequência de uso parecem ser fatores 
de risco para o desenvolvimento de psicose em usuários de cannabis
Um estudo realizado em Londres mostrou que o uso frequente de skank pode 
aumentar mais de cinco vezes a chance de desenvolver psicose quando 
comparados aos não usuários de maconha
RESUMÃO DA P2 126
Tratamento:
Pacientes muitas vezes apresentam pouca motivação
Alguns estudos começam a adotar a redução no consumo como desfecho primário
Não há tratamento farmacológico aprovado pelas agências reguladoras
Combinação de terapias motivacional e cognitiva comportamental com incentivos à 
abstinência foi mais efetiva
COCAÍNA
A cocaína é um alcaloide derivado da folha de coca (Erthroxylum coca) que tem efeitos 
estimulantes sobre o sistema nervoso central (SNC), devido à sua ação ativadora 
principalmente em vias dopaminérgicas, e noradrenérgicas
Administração: cheirada, injetada e ingerida (pó) ou fumada (crack/merla)
Duração dos efeitos depende da via de administração
RESUMÃO DA P2 127
Intoxicação:
Transpiração ou calafrios
Náusea ou vômito
Palpitações e dor no peito
Taquicardia
Pressão arterial elevada
Dilatação pupilar
Convulsões
Fraqueza muscular
Discinesia
Euforia inadequada
Ansiedade
Raiva
Atenção prejudicada
Hipervigilância
Agitação psicomotora
Ideação paranoide (às vezes, de intensidade delirante)
Alucinações auditivas
Confusão
Mudanças na sociabilidade
Abstinência:
Humor disfórico
Irritabilidade
Fadiga
Inércia
Sonhos desagradáveis vívidos
RESUMÃO DA P2 128
Insônia ou hipersonia
Aumento do apetite
Ansiedade
Agitação ou retardo psicomotor
Desejo por cocaína
Tratamento:
Os tratamentos psicossociais continuam sendo os de escolha para o transtorno do 
uso de cocaína
Topiramato: alguns resultados positivos
Antidepressivos: resultados negativos
Dissulfiram: poucos estudos
Antipsicóticos: resultados negativo
Agonistas dopaminérgicos: resultados negativos
Nacetilcisteína: poucos estudos
Vacina
Modafinil: positivo em algumas populações
Estimulantes: positivo em algumas populações
Naltrexona (Revia)
Baclofeno
CRACK
Alto potencial de abuso
Efeitos + rápidos, > tolerância e adaptação
Maior velocidade de eliminação
Uso repetitivo para obtenção do efeito
RESUMÃO DA P2 129
ECSTASY (MDMA)
3,4-metilenodioximetanfetamina
Derivado da anfetamina, c/ propriedades alucinógenas e estimulantes
Também podeconter: metanfetamina, Cafeína, dextrometorfano, efedrina, cocaína
Efeitos físicos:
Aumento da PA
Aumento da FC
Aumento da temperatura
Ranger dos dentes
Psiquiátricos:
Confusão
Depressão
Problemas de sono
Ansiedade
Paranoia
Efeitos severos raros:
Desidratação severa
Rabdomiólise
Epilepsia
AVC ou hemorragia intracraniana
Morte
RESUMÃO DA P2 130
OPIOIDES
Analgésico
Ex: morfina, codeína, oxicodona
Algumas substâncias de alívio da tosse (ex: codeína)
Tratamento:
TCC
Farmacológico
Substituição com metadona
Naltrexona(Révia®)
Mais de um tratamento pode ser utilizado
ALUCINÓGENOS
Classificados como substâncias alcaloides
Mimetizam efeitos da serotonina
Ex: LSD, peiote, psilocibina, fenciclidina (“pó de anjo”)
Não é considerada uma droga que leva à dependência, mas produz tolerância
Intoxicação:
RESUMÃO DA P2 131
Físicos:
Pupilas dilatadas
Tremores
Aumento da temp corporal
Aumento da freq. cardíaca e PA
Sudorese
Psiquiátricos
Distorções na percepção e realidade
Delírios
Oscilações emocionais
“Flashbacks”
O POLIUSUÁRIO
Nos Estados Unidos, pesquisas detectaram que entre 49 a 78% dos usuários de 
drogas usavam mais de uma substância
A combinação mais comum foi cocaína + álcool. Quando três drogas eram usadas, a 
combinação mais comum foi cocaína + álcool + cannabis
A combinação de álcool e cocaína no nosso organismo gera uma terceira substância 
denominada cocaetileno (CE)
Quando comparado à cocaína, o CE parece gerar um efeito mais potente no SNC, tem 
maior potencial de letalidade em camundongos e parece ser mais tóxico para o 
miocárdio
PATOLOGIA DUAL
Depressão maior: mulheres com TUS apresentam pelo menos duas vezes mais 
chances de sofrer de depressão do que mulheres sem TUS
Pânico: indivíduos com transtorno de pânico apresentam taxas de 35% de TUS
Psicose: a comorbidade entre esquizofrenia e distúrbios do uso de substâncias é 
comum em vários países e as taxas variaram entre 30 e 66%
RESUMÃO DA P2 132
Transtorno bipolar: indivíduos com transtorno bipolar apresentaram taxas de 
prevalências entre 40 a 60% de TUS
Transtorno de personalidade: o uso de substâncias foi frequentemente associado a 
transtornos de personalidade, especialmente antissocial e borderline
Transtorno de déficit de atenção e transtorno de hiperatividade: a prevalência desse 
transtorno em usuários de substâncias que procuravam tratamento variou de 5 a 33%
SUICÍDIO
As pesquisas mostram que 40% dos pacientes que procuram tratamento para 
dependência de substância relatam histórias de tentativas de suicídio
Um estudo de casos estimou que ao consumir álcool, o indivíduo apresenta 5,1 vezes 
mais chances de tentar suicídio
Embora os homens superem as mulheres como vítimas de suicídio em quase quatro 
para um, a associação de suicídio com distúrbios de uso de substâncias em mulheres é 
marcadamente mais forte

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