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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA CURSO DE FARMÁCIA QUÍMICA ANALÍTICA EXPERIMENTAL PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PARA A DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE DISSOCIAÇÃO DE UM ÁCIDO FRACO ANDRESSA BEATRIZ DO NASCIMENTO MONTEIRO CAMPINA GRANDE 2023 OBJETIVO Analisar, teórica e experimentalmente, o valor da constante de dissociação (pka) de um ácido fraco, que, nesse caso, trata-se do Ácido Acético, além de obter, ao final do processo, o valor referente ao rendimento do experimento. METODOLOGIA A metodologia utilizada durante o experimento seguiu o recomendado pela apostila de Química Analítica Experimental, que continha os fundamentos disponíveis na literatura e foi acatada como roteiro. RESULTADOS E DISCUSSÃO Desse modo, no tocante à teoria no decurso do experimento, foi necessário, a priori, calcular-se o valor do pka teoricamente (Figura 1), para ter-se um parâmetro experimental presumível com o qual pudesse ser feita uma comparação posteriormente. Após isso, para as preparações das soluções-mãe ácida e salina, utilizadas na produção das 7 soluções, foram calculados os valores, em volume, do ácido e, em gramas, do sal, como detalhado na Figura 2, a fim de poder-se, após as diluições com todas as soluções, medir o pH experimental das mesmas, valores que estão tabelados na figura 4. (Figura1) (Figura 2) No mais, vale salientar que, como detalhado na figura 3, com os valores das quantidades de ácido e sal propostos no roteiro para cada uma das sete soluções, pôde-se presumir as Molaridades Finais para as mesmas. Dessa forma, obtendo-se os valores das Molaridades, dos pHs e do log(Msal/Mácido), todos tabelados para melhor compreensão, tornou-se possível elucidar o gráfico, no qual a reta traçada resultaria no valor do pka experimental e o cálculo de erro experimental pôde ser revelado. (Figura 3. Esses mesmos cálculos foram feitos para as 7 soluções, resultando nos valores da tabela) Solução Vácido Vsal Mácido Msal log (Msal/Mácido) pH 1 2,5mL 22,5mL 0,01 0,09 0,9642 5,45 2 5mL 20mL 0,02 0,08 0,6021 5,13 3 10mL 15mL 0,04 0,06 0,1761 4,82 4 12,5mL 12,5mL 0,05 0,05 0 4,54 5 15mL 10mL 0,06 0,04 -0,1761 4,36 6 20mL 5mL 0,08 0,02 -0,6021 3,96 7 22,5mL 2,5mL 0,09 0,01 -0,9542 3,62 (Figura 4) Portanto, após as análises experimentais para com todas as soluções e a estruturação desses dados, pôde-se traçar os pontos no gráfico pH x log(Msal/Mácido) levando ao conhecimento da reta R², correspondente ao Pka experimental de 4,5543, atestando um rendimento experimental bastante satisfatório de apenas 3,96% de erro, como esquematizado a seguir: CONCLUSÃO Desse modo, julga-se que os objetivos do experimento, que transcorreram entre obter o valor da constante de dissociação (pka) do ácido acético e conhecer a efetividade do processo, foram devidamente alcançados, pois chegando ao valor do erro experimental, notou-se que ficou dentro do proposto pela literatura, já que a mesma propõe que o rendimento seja o mais aproximado possível a 100%. Ademais, levando-se em consideração que o processo foi feito apenas uma vez para cada solução, pode ter havido erros de diluição ou perdas durante os transportes dos constituintes da mistura que vieram a interferir diretamente na sua eficácia teórica. Preparação do experimento 5 1. Explique a diferença entre: a. química analítica qualitativa e quantitativa; A química analítica qualitativa tem como objetivo identificar os componentes ou espécies químicas presentes em uma amostra, sem necessariamente determinar suas quantidades e a quantitativa visa determinar a concentração ou quantidade exata de um ou mais componentes na amostra. b. análise clássica e instrumental; A análise clássica se baseia em reações químicas diretas e métodos tradicionais, enquanto a análise instrumental depende de instrumentos científicos sofisticados para realizar medições precisas. c. reação por via úmida e reação por via seca. Em resumo, a principal diferença entre reações por via seca e por via úmida está no estado físico dos reagentes e nas condições em que ocorrem. Reações por via seca envolvem sólidos secos em alta temperatura, enquanto reações por via úmida envolvem reagentes em solução aquosa em uma faixa de temperatura mais variável. 2. Defina: a. reagente geral e reagente específico; A principal diferença entre reagentes gerais e específicos está na sua aplicação e seletividade. Reagentes gerais são versáteis e amplamente utilizados, enquanto reagentes específicos são projetados para fins específicos e são altamente seletivos em relação a determinadas substâncias ou reações. b. reações de precipitação Uma reação de precipitação é um tipo de reação química em que dois reagentes em solução aquosa reagem para formar um sólido insolúvel, chamado de precipitado. Esse tipo de reação ocorre quando os íons presentes nos reagentes em solução combinam-se de tal forma que a substância formada não é solúvel na água e, portanto, precipita-se, separando-se da solução como partículas sólidas. c. Agente precipitante; Um agente precipitante, em química, é uma substância que é adicionada a uma solução para induzir a formação de um precipitado, ou seja, para fazer com que uma ou mais substâncias dissolvidas na solução reajam e se transformem em sólidos insolúveis. d. Precipitado Um precipitado é uma substância sólida que se forma em uma solução quando ocorre uma reação química entre dois reagentes dissolvidos. Essa substância sólida é insolúvel na solução em questão e, portanto, separa-se como partículas sólidas visíveis, geralmente precipitando-se no fundo do recipiente ou formando uma suspensão na solução. e. Solubilidade; A solubilidade é uma propriedade química que descreve a capacidade de uma substância (chamada soluto) de se dissolver em outra substância (chamada solvente) para formar uma solução homogênea. f. Produto iônico; O produto iônico é uma constante de equilíbrio específica para reações de dissolução de compostos iônicos em solução aquosa. Ele é usado para descrever a tendência de um composto iônico em se dissolver e dissociar em íons em uma solução. O produto iônico é geralmente representado por Ksp, que é a constante de solubilidade do composto iônico. g. Produto de solubilidade O produto de solubilidade (Ksp) é uma constante de equilíbrio que descreve a tendência de um composto iônico a se dissociar em seus íons constituintes em uma solução saturada, na qual a taxa de dissolução é igual à taxa de precipitação. O Ksp é uma medida da solubilidade máxima de um composto iônico em uma dada temperatura e pressão, indicando a concentração máxima dos íons em solução antes que a precipitação ocorra. 3. Conceitue Análise sistemática. A análise sistemática é uma abordagem rigorosa e organizada que visa garantir a precisão e a confiabilidade dos resultados obtidos na análise química ou científica. É uma parte essencial da pesquisa científica, controle de qualidade, desenvolvimento de produtos e muitas outras áreas em que a caracterização de materiais é necessária. 4. Explique como foi feita a divisão de cátions em grupos. Caracterizando-se o comportamento dos cátions que tivessem reações parecidas para com cada reagente geral. Por exemplo, os cátions que, ao reagir com HCl formassem precipitados insoluveis de cloretos, teriam a classificação de cátions do primeiro grupo, etc. 5. Cite quais são os cátions de cada grupo e seu reagente geral. Grupo 1 - Ag⁺, Pb²⁺, Hg2+ (reagente geral - HCl); Grupo 2 - A - Cu²⁺, Pb2+, Cd²⁺, Bi³⁺ e Hg2+ (reagente geral H2S) e B - As3+, As5+, Sb3+, Sb5+, Sn3+, Sn5+ (reagente geral H2S + HCl); Grupo 3 - A - Fe2+, Al2+, Cr2+ (reagente geral solução tampão) e B - ZN2+, Fe2+, Co2+, Mn 2+ e Ni2+ (reagente geral NH4OH + H2S) e Grupo 4 - Ca2+, Ba2+ e Sr2+ (reagente geral NH4CO3 + NH4OH). 6. Descreva as características reacionais dos cátions do primeiro grupo. Se adiciona-se ácido clorídrico (HCl) à amostra. Cátions como Ag⁺ (prata), Pb²⁺ (chumbo), Hg₂²⁺ (mercúrio) e alguns outros formamprecipitados insolúveis de cloretos, que são identificados pela formação de um precipitado branco. 7. Qual a importância de se utilizar agentes precipitantes em determinadas concentrações Influencia diretamente a eficácia da separação e identificação de substâncias, especialmente íons metálicos em soluções, pois ajustar a concentração apropriada do agente precipitante é essencial para garantir que a precipitação ocorra seletivamente, para minimizar interferências de outros íons e para garantir a eficácia geral do procedimento.
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