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podcast sergio buarque cap 1


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Este é o Podcast do material: Metodologia de planejamento do desenvolvimento local e municipal sustentável, do autor Sérgio Buarque.
Vamos tratar apenas do Capítulo 1, que tem como tema principal o desenvolvimento local.
De início fica a pergunta: O que é o desenvolvimento local e municipal?
Pode-se dizer que se trata de um processo endógeno, que começa internamente ao local, onde as pessoas começam a se mobilizar para buscar formas de desenvolvimento, que tem por fim a melhoria da qualidade de vida. 
Pode-se afirmar que esse fenômeno acontece em locais grandes e pequenos: sempre objetivando dinamismo econômico e melhoria da qualidade de vida da população. Sendo assim, são consideradas as capacidades e potencialidades específicas de cada região, ou seja, coisas que favorecem o desenvolvimento, como: turismo, artesanato, mobilidade e outros.
Esse desenvolvimento também representa uma forma de integrar a economia com o contexto regional e nacional, adequando-o aos princípios de desenvolvimento. 
Podemos dizer que experiências bem sucedidas de desenvolvimento local decorrem de um ambiente político e social favorável, mobilização, convergência de opinião dos atores e orientação básica de desenvolvimento. Portanto, precisamos de um grupo de pessoas influentes com um objetivo comum, na região, para que ocorra o desenvolvimento buscado.
Continuando pelo texto, o autor avança em alguns conceitos importantes, assim ele afirma que:
· O desenvolvimento municipal é um caso particular de desenvolvimento local, com uma amplitude espacial delimitada pelo corte político-administrativo do município;
· O desenvolvimento de assentamentos da reforma agrária também é uma forma particular de desenvolvimento local, o qual é delimitado pelo espaço da comunidade vinculada aos projetos de assentamentos.
Já em outro tópico - Globalização e desenvolvimento local - começamos com duas discussões:
· Na primeira, dizemos que a globalização é um processo benéfico ao desenvolvimento dos locais, sendo que ela permite o contato com cultura, produtos, alimentos e conhecimentos que não são originários de uma dada região; 
· Na segunda, pode-se dizer que apesar da globalização propiciar a chegada dessas mercadorias e favorecer a economia, também uniformiza o mercado dos produtos. Assim sendo, prejudica o local em questão, por fazê-lo perder as suas peculiaridades.
Seguidamente, e ainda nesse tópico, o autor também fala sobre a virtualidade. Segundo ele, a virtualidade permite que pequenos negócios se integrem em grandes mercados, que estão articulados pelo sistema de informação, de modo que podem acessar compradores nos mais distantes espaços, com baixo custo e volume de capital.
Agora seguimos para o tópico: Desenvolvimento local e descentralização.
Nesta seção, o autor afirma que o desenvolvimento local e a descentralização são processos distintos e independentes, embora estejam sempre interligados, já que a descentralização pode favorecer o desenvolvimento. 
A descentralização ocorre quando instâncias menores têm maior autonomia de decisão. Como por exemplo, quando bairros e/ou municípios têm poder concedido pelo estado, para gerenciar recursos que lhe são enviados. 
Outro exemplo interessante é quanto aos níveis de educação: alguns são gerenciados exclusivamente pelos municípios, como a classe de alfabetização. Sendo assim, aí também ocorre o fenômeno da descentralização.
Em outro momento, o autor traz o princípio da descentralização como assunto. Ele diz que ela só deve ser realizada quando for contribuir para a melhoria da gestão da máquina pública - elevando resultados e reduzindo custos - ao mesmo tempo que assegura sua contribuição para o desenvolvimento local e a democratização da sociedade. 
 
VIDEO 09.08.2021 - pag 26 sergio buarque
Partindo agora para: descentralização e participação da sociedade:
Neste tópico, o autor argumenta que a participação social é facilitada em regiões menores, onde os habitantes daquele local se sentem mais à vontade para conversar e expor suas opiniões. Acontece também que a proximidade das instâncias decisórias é muito maior quando se diminui o espaço geográfico.
Porém, temos como contra que nos espaços menores pode acontecer maior influência das forças locais, o que normalmente oprime quase que majoritariamente a opinião da população dependente. 
Continuando, precisamos saber quem são os atores sociais: esses são os grupos e segmentos sociais diferenciados na sociedade que constituem conjuntos relativamente homogêneos segundo sua posição na vida econômica e na vida sócio-cultural. 
Podem estar organizados de forma corporativa - os quais possuem interesse em aumento de renda, comunitária - que é uma forma de organização voltada para o interesse comum - e ainda ocorrem os temáticos - que se encontram voltados para melhoria da qualidade de vida de todos. 
Também é tratado nesse tópico uma dúvida importante. Afirma-se que ONGs não são atores sociais pois são privados e sem fins lucrativos. Portanto, apenas dão suporte técnico a estes grupos de atores citados. 
Falando agora do estado, é dito que ele é uma instância política e jurídica cujo objetivo é representar os interesses da sociedade. 
Também temos os Conselhos e Fóruns de Participação, que são espaços criados para que os atores possam se manifestar, negociar e outros.
Mudando novamente de tópico: Desenvolvimento local sustentável
Podemos começar com a ideia de que este visa atender os padrões de sustentabilidade para procurar assegurar a permanência de ações que permitam a melhora na qualidade de vida, como a conservação do meio ambiente. 
Temos a seguir, uma definição que vale ser citada: Buarque afirma que o desenvolvimento local sustentável é o processo de mudança social e elevação das oportunidades da sociedade, compatibilizando, no tempo e no espaço, o crescimento e a eficiência econômicos, a conservação ambiental, a qualidade de vida e a eqüidade social, partindo de um claro compromisso com o futuro e a solidariedade entre gerações.
Essa definição tem três conjuntos interligados e com papéis no processo de desenvolvimento: 
· a elevação da qualidade de vida e a equidade social;
· a eficiência e crescimento econômicos;
· e a conservação ambiental.
Outro ponto que não pode deixar de ser abordado nesse podcast, é quando logo em seguida o autor fala que “os objetivos do desenvolvimento sustentável envolvem relações bastante complexas entre as diversas dimensões da realidade – econômica, social, ambiental, tecnológica e institucional – com processos e dinâmicas nem sempre convergentes e combinados no tempo e no espaço.” Estudando essa fala, concluímos que é necessária uma integração entre as dimensões para que ocorra de fato o desenvolvimento local sustentável. Assim, deve-se abordar todas as dimensões da área de estudo. 
Por fim, conclui-se que o desenvolvimento local sustentável é um processo a longo prazo, onde devem ser definidas metas para que ao decorrer desse processo possamos verificar se o desenvolvimento está ocorrendo de fato, e também para garantirmos que o objetivo seja alcançado como e quando era esperado.

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