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Artigo 4 (1)

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Universidade de Fortaleza – UNIFOR/Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas - CIESA
	Mestrado Interinstitucional
	Disciplina: Governança Corporativa 
	Artigo 4: PRÁTICAS DE GOVERNANÇA PÚBLICA NOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
	Aluna: Tânia Roberta Costa Marques
A governança pública organizacional desempenha um papel fundamental na avaliação, direcionamento e monitoramento da atuação da gestão pública, visando à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade (TCU, 2020, p. 36). O Tribunal de Contas da União (TCU) tem como uma de suas responsabilidades contribuir para o aperfeiçoamento da administração pública em benefício da coletividade (BRASIL, 1988) e promover a governança pública nos órgãos e entidades da federação (TCU, 2020).
O Referencial Básico de Governança (RBG) do TCU define três atividades básicas inerentes à governança pública organizacional:
1. Avaliar: Esta atividade envolve a avaliação baseada em evidências, onde os órgãos de controle analisam a eficiência dos processos, a operacionalização dos planos, o gerenciamento adequado de recursos e a adequabilidade aos riscos.
2. Direcionar: Aqui, a governança pública orienta a preparação, articulação e coordenação de políticas e planos, priorizando as ações e garantindo que estejam alinhadas com as metas estabelecidas e as expectativas das partes interessadas.
3. Monitorar: Essa atividade concentra-se na monitorização de resultados, desempenho e cumprimento de políticas e planos, confrontando-os com as metas e as expectativas das partes interessadas (TCU, 2020).
A boa governança é um direito de todo cidadão (CARMO, 2020), e as organizações públicas devem seguir diretrizes para atender às expectativas das partes interessadas. Existem práticas de governança organizacional que podem ser aplicadas a organizações públicas para promover a transparência, a ética e a integridade, bem como melhorar a gestão de riscos, os controles internos e a prestação de contas.
No contexto brasileiro, a Lei de Acesso à Informação (LAI) regulamenta o direito de acesso à informação, permitindo que qualquer pessoa tenha acesso às informações produzidas pelas instituições públicas (BRASIL, 2011). O Decreto 9.203/2017 (BRASIL, 2017) define a transparência como uma diretriz da governança pública, promovendo a comunicação aberta e transparente dos resultados e atividades das organizações.
A auditoria interna desempenha um papel crucial na proteção do valor das organizações públicas e privadas. Os órgãos de correição e controle avaliam objetivamente a eficácia dos processos, a operacionalização dos planos e o gerenciamento adequado de recursos. Ao emitir conclusões baseadas em evidências, a auditoria interna recomenda medidas para melhorar continuamente os serviços oferecidos (INTOSAI, 2019).
Em Minas Gerais, o Plano Mineiro de Promoção da Integridade (PMPI) foi instituído em 2017 por meio do Decreto nº 47.185/2017, com o objetivo de promover a cultura da ética, probidade e respeito às normas na administração pública. Cada órgão ou entidade da Administração Pública do Poder Executivo é responsável pela formulação e promoção de planos de integridade específicos (SEPLAG, 2017).
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (SEJUSP) é responsável pela implementação e acompanhamento da política estadual de segurança pública. Ela elaborou seu Plano de Integridade com base nos princípios e objetivos do PMPI, abordando a cultura da ética, integridade, transparência, gestão de riscos e controles internos (SEJUSP, 2020).
É importante notar que a Polícia Penal de Minas Gerais faz parte da estrutura da SEJUSP, e a aplicação das práticas de governança pública se estende a essa instituição.
A governança pública organizacional desempenha um papel essencial na administração pública, contribuindo para a transparência, ética, integridade e eficiência na prestação de serviços públicos. No contexto dos órgãos de segurança pública de Minas Gerais, a implementação de práticas de governança, a auditoria interna, a transparência e a promoção da integridade são elementos cruciais para atender às expectativas das partes interessadas e garantir uma administração pública eficaz e responsável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RODRIGUES, S. V.; FURQUIMA, F. M.; MELO, D. PRÁTICAS DE GOVERNANÇA PÚBLICA NOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS . Disponível em: <REFAG – Revista FACTHUS de Administração e Gestão, Uberaba/MG, v. 6, n. 1, p. 4-29, 2023>. Acesso em: 10 set. 2023.
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