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AVALIANDO A HISTÓRIA DA JUSTIÇA NO BRASIL

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Disc.: A HISTÓRIA DA JUSTIÇA NO BRASIL   
	
	
	Acertos: 2,0 de 2,0
	13/09/2023
		1a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	Paolo Grossi defende a historicidade da experiência jurídica medieval que não pode ser analisada pelo prisma estatalista contemporâneo, na medida em que deturpa a visão do fenômeno jurídico e o vincula exclusivamente à lei. Assinale a alternativa correta acerca da ordem jurídica medieval que influencia o direito português.
		
	
	A Igreja medieval, instituição que detinha o monopólio da cultura letrada, era a principal responsável pelas normas sociais, sendo a Igreja a construtora da tradição jurídica portuguesa.
	 
	A factualidade (direito que se constituía a partir dos fatos; a validez cede à efetividade) e historicidade eram duas de suas características principais na tradição portuguesa.
	
	O direito medieval apresentava-se como dependente de uma estrutura política centralizada nas mãos do rei, o que resultava em um direito régio.
	
	O direito canônico funcionava como uma espécie de ius commune na medida em que tinha validade em todos os territórios cristãos.
	
	O homem estava no centro da ordem cósmica criada por Deus e sua vontade era explicitada em normas de conduta social.
	Respondido em 13/09/2023 09:55:19
	
	Explicação:
A resposta correta é: A factualidade (direito que se constituía a partir dos fatos; a validez cede à efetividade) e historicidade eram duas de suas características principais na tradição portuguesa.
	
		2a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	Um aspecto relevante ao se analisar o Código Criminal do Império diz respeito à forma como as manifestações religiosas são tratadas. Dessa forma, qual a relação do Código Criminal de 1830 com a religiosidade na sociedade brasileira imperial?
		
	
	O Código Criminal de 1830 previa a liberdade religiosa, mas considerava qualquer prática religiosa fora do cristianismo como uma forma de insurreição.
	
	O Código Criminal de 1830 baseava-se em dogmas religiosos da Igreja Católica, que legislava sobre os crimes e castigos relacionados à moralidade.
	
	O Código Criminal de 1830 não abordava a questão da religiosidade, focando apenas nos tipos de crimes e punições relacionados à ordem e aos bons costumes.
	
	O Código Criminal de 1830 previa punições específicas para crimes religiosos, sendo contrário à Constituição que permitia a livre prática de outras religiões.
	 
	O Código Criminal de 1830 não previa crimes de ordem religiosa, permitindo que a Igreja legislasse sobre seus próprios dogmas.
	Respondido em 13/09/2023 09:56:54
	
	Explicação:
Um ponto importante sobre o Código diz respeito à religiosidade. Ao mesmo tempo em que a Constituição não condenava o exercício de outras religiões, desde que fosse no âmbito privado, o Código também não previa crimes de ordem religiosa, diferentemente da legislação portuguesa, baseada nas Ordenações Filipinas. Nesse caso, caberia à Igreja legislar sobre seus dogmas. No entanto, o Código possui uma moralidade que passa pela ideia religiosa cristã de bons costumes e manutenção da ordem.
	
		3a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	(FUNCAB/2010 - Adaptada)
O período da ditadura militar no Brasil vai de 1964 a 1985, sendo seu primeiro presidente o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, indicado pela junta militar que governara o país na primeira quinzena após o golpe. Sobre o seu período presidencial, analise as afirmativas abaixo, assinalando as ações realizadas durante a sua gestão.
I. O Congresso Nacional foi convocado para a promulgação de nova Constituição, elaborada pelo Poder Executivo.
II. Foi criado o bipartidarismo, sistema em que apenas dois partidos foram autorizados a funcionar oficialmente: Movimento Democrático Brasileiro e Aliança Renovadora Nacional.
III. No transcorrer desse período, houve forte contestação popular, culminando com a passeata dos "Cem Mil", promovida pela União Nacional dos Estudantes no estado do Rio de Janeiro.
Marque a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
		
	
	I, II e III.
	 
	Apenas I e II.
	
	Apenas I e III.
	
	Apenas II e III.
	
	Apenas I.
	Respondido em 13/09/2023 10:09:38
	
	Explicação:
Os primeiros anos do regime também foram caracterizados pela edificação de seu aparato jurídico, o que daria aos governos militares autoridade para reprimir a sociedade civil e perseguir adversários políticos. Dentre os atos praticados, encontra-se a edição de atos instituicionais.
ATO INSTITUCIONAL N° 1 (9 DE ABRIL DE 1964)
Delineou os fundamentos da LSN, que seria publicada em março de 1967, e permitiu ao governo cassar direitos políticos por um prazo de dez anos, além de suspender a Constituição por seis meses.
ATO INSTITUCIONAL N° 2 (27 DE OUTUBRO DE 1965)
Foi formulado como uma resposta ao resultado das eleições realizadas no início de outubro de 1965, nas quais a oposição ao regime conseguiu importantes vitórias. As principais determinações do AI-2 foram o aumento do poder do chefe do Executivo, a extinção do pluripartidarismo e a regulamentação das eleições indiretas para o cargo de presidente e vice-presidente da República.
ATO INSTITUCIONAL N° 3 (5 DE FEVEREIRO DE 1966)
Seu principal objetivo era regular as eleições e o funcionamento da política formal. O AI-3 estabeleceu o bipartidarismo, segundo o qual seriam reconhecidos dois partidos políticos oficiais: a Arena, o partido do governo, e o MDB, que seria a oposição institucional.
O AI-3 ainda determinou que as escolhas dos governadores dos estados e dos prefeitos das capitais se dariam por indicação. Os governadores seriam indicados pelo presidente da República; os prefeitos das capitais, pelos governadores.
ATO INSTITUCIONAL N° 4 (7 DE DEZEMBRO DE 1966)
Suspendeu definitivamente a Constituição e convocou uma Assembleia Nacional Constituinte originária para a elaboração de uma nova.
Todos esses atos institucionais prepararam o caminho para a promulgação de uma nova Constituição, o que aconteceu em 1967. A nova Carta suspendeu o texto constitucional vigente à época, que, como sabemos, datava de 1946 e estava fundada nos valores da democracia liberal. 
Eis algumas das principais características da Constituição de 1967:
· Concentra no Poder Executivo na maior parte do poder de decisão;
· Confere somente ao Executivo o poder de legislar em matéria de segurança e orçamento;
· Estabelece eleições indiretas para presidente com mandato de cinco anos;
· Apresenta tendência à centralização, embora pregue o federalismo;
· Estabelece a pena de morte para crimes de segurança nacional;
· Restringe ao trabalhador o direito de greve;
· Amplia a justiça militar;
· Abre espaço para a decretação posterior de leis de censura e banimento.
Uma vez passado esse primeiro momento, o regime, já tendo o perfil institucional e jurídico edificado, passava a cumprir outra etapa. Teve início, desse modo, o segundo momento da história da ditadura, que se arrastaria até 1974. Alguns autores o chamam de ¿terrorismo de Estado¿ e anticomunismo. Foram anos marcados por muita violência.
 
A passeata dos "Cem Mil" (junho de 68) não ocorreu sob o governo de Castelo Branco, mas de Costa e Silva.
	
		4a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	O chamado "ativismo judicial" sofre críticas de diversas origens baseadas principalmente na ideia de que comprometeria a separação de poderes, representando uma interferência indevida do Poder Judiciário sobre o mérito administrativo e sobre a ação política. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
		
	
	A legitimidade do Poder Judiciário para a realização do controle judicial de políticas públicas decorre de ser o único poder da República constituído exclusivamente por agentes selecionados mediante concurso de provas e títulos, o que assegura a sua neutralidade e imparcialidade.
	
	A impossibilidade, definida pela Constituição Federal de 1988, de controle judicial de atos administrativos é decorrência da máxima "the king can do no wrong", introduzida no direito brasileiro pormeio do pensamento positivista de Benjamin Constant.
	 
	Caso o Poder Executivo aja de modo irrazoável ou proceda com a clara intenção de neutralizar a eficácia dos direitos sociais, econômicos e culturais, justifica-se a possibilidade de intervenção do Poder Judiciário sobre a ação administrativa.
	
	A Constituição Federal de 1988 não admite a interferência do Poder Judiciário no mérito administrativo, de maneira que não merece prosperar ação judicial que pretende invalidar ato administrativo sob o argumento de não ser razoável a escolha do Administrador.
	
	Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade, motivo pelo qual não podem ser objeto de controle judicial, salvo em caso de flagrante ilegalidade.
	Respondido em 13/09/2023 09:58:13
	
	Explicação:
A resposta correta é: Caso o Poder Executivo aja de modo irrazoável ou proceda com a clara intenção de neutralizar a eficácia dos direitos sociais, econômicos e culturais, justifica-se a possibilidade de intervenção do Poder Judiciário sobre a ação administrativa.
	
		5a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	Sobre os direitos indígenas, assinale a alternativa incorreta: 
		
	
	Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo. 
	 
	São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter provisório, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, seus costumes e suas tradições. 
	
	São reconhecidos aos índios sua organização social, seus costumes, suas línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. 
	
	Os indígenas são grupos que merecem tutela constitucional, assim como outros grupos de indivíduos. 
	
	As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. 
	Respondido em 13/09/2023 10:02:37
	
	Explicação:
Aresposta correta é: São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter provisório, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, seus costumes e suas tradições. 
	
		6a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	(FCC/2018)
Considere abaixo o trecho do Hino da Inconfidência Baiana.
Igualdade e liberdade / No sacrário da Razão / ao lado da Sã Justiça / Preenchem meu coração / (...) Se este dogma for seguido (...) e assim que florescido / tem na América a Nação / Assim flutue o pendão dos franceses / que a imitaram / depois que afoitos, entraram / no sacrário da Razão. (Apud MOURA, Clóvis. Dicionário da Escravidão Negra no Brasil. Edusp, 2004, p. 205)
O trecho revela as seguintes influências da chamada Inconfidência Baiana (1798), também conhecida como Conjuração Baiana e Revolta dos Búzios:
		
	 
	a Revolução Francesa e o iluminismo, corrente que cultuava a Razão como valor universal.
	
	a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão , e a Justiça praticada pela Maçonaria, como exemplos da defesa da igualdade em nome da Razão.
	
	a Revolução Pernambucana e o nacionalismo como exemplos de libertação racional dos povos contra a escravidão e o colonialismo.
	
	o liberalismo e a religião calvinista, crença que considerava Deus como símbolo da Justiça e da Razão.
	
	o Império Napoleônico e o positivismo, escola que cultuava a ciência como Razão universal.
	Respondido em 13/09/2023 10:07:48
	
	Explicação:
Na manhã de 12 de agosto de 1798, a população de Salvador foi surpreendida pelo teor dos boletins manuscritos afixados em prédios públicos, alguns dos quais com uma mensagem que convocava o povo baiano, favorável à República; era uma ordem, uma conclamação para uma necessária revolução. A informação foi acrescida pela convocação da população a participar do levante projetado pelo Partido da Liberdade: um grupo que se intitulava Anônimos Republicanos (MATTOSO, 1969). As autoridades dos dois lados do Atlântico não desconsideraram o peso dos termos veiculados nos boletins, liberdade, república e revolução, que naquela conjuntura compunham a cadência da Revolução Americana (1776), da Revolução Francesa (1789) e da revolução escrava em São Domingo (1791).
MATTOSO, K. M. de Q. Presença francesa no movimento democrático baiano de 1798. Salvador: Itapuã, 1969. p. 150-159.
	
		7a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	A escravidão no Brasil, em termos jurídicos, pode ser corretamente associada a: 
		
	
	Luta de classes, com os trabalhadores escravos lutando por direitos. 
	
	Crise religiosa, que via na escravidão uma ofensa. 
	
	A compra de alforrias como um  processo jurídico. 
	 
	Manutenção do status financeiro e garantia da propriedade privada. 
	
	Uma mudança articulada pela aristocracia e quem tem fim por obras da princesa Isabel. 
	Respondido em 13/09/2023 09:59:16
	
	Explicação:
A resposta correta é: Manutenção do status financeiro e garantia da propriedade privada. 
	
		8a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	Sobre as formulações da justiça na Era Vargas, podemos destacar: 
I. O ideal reformista dos modelos político e jurídicos ao longo das diversas formas de governo. 
II. O ideal de rompimento estrutural como a Primeira República. 
III. O ideal de continuidade das organizações políticas e manutenções oligárquicas. 
Estão corretas as afirmativas: 
		
	 
	Apenas a afirmativa I.
	
	Apenas a afirmativa II. 
	
	Apenas a afirmativa III.
	
	Apenas as afirmativas I e II. 
	
	Apenas as afirmativas II e III. 
	Respondido em 13/09/2023 10:11:39
	
	Explicação:
A resposta correta é: Apenas a afirmativa I.
	
		9a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	(CONSULTEC/2010)
Hans Kelsen, com a sua Teoria pura do direito, introduziu a idéia de um escalonamento de leis, de uma verdadeira hierarquia entre as normas que compõem a ordem jurídica de um Estado, na qual as de hierarquia inferior extraem seu fundamento de validade das normas superiores, até se chegar à constituição jurídico-positiva, que se encontra no ápice da pirâmide normativa estatal (Princípio da Compatibilidade Vertical). Já a Suprema Corte Norte-Americana, na famosa decisão do caso Marbury versus Madison, por intermédio do Chief of Justice , o juiz John Marshall, concluiu que as normas infraconstitucionais deveriam adequar-se aos ditames constitucionais, sob pena de serem consideradas nulas, sendo certo que tal controle deveria ser realizado pelo Poder Judiciário. Com base no texto, é possível afirmar:
		
	
	O caso Marbury versus Madison deu origem ao controle concentrado de constitucionalidade, sendo certo que tal controle, na ordem jurídico-constitucional brasileira, é entregue a qualquer juiz ou tribunal.
	
	A doutrina de Hans Kelsen deu origem ao controle difuso de constitucionalidade, que não é permitido na ordem jurídico-constitucional brasileira.
	 
	A doutrina de Hans Kelsen deu origem ao controle concentrado de constitucionalidade e o julgamento do caso Marbury versus Madison deu origem ao controle difuso de constitucionalidade, ambos aceitos pela ordem jurídico-constitucional brasileira.
	
	A doutrina de Hans Kelsen e o caso Marbury versus Madison não tratam de controle de constitucionalidade.
	
	Tanto a doutrina de Hans Kelsen quanto o caso Marbury versus Madison tratam do controle social da constitucionalidade das leis infraconstitucionais, aceito apenas nos Estados Unidos da América e em parte dos países da Europa.
	Respondido em 13/09/2023 10:00:52
	
	Explicação:
Com tal viés, é importanteperceber que, em sua origem, a separação dos Poderes não contemplava uma função de controle de constitucionalidade pelos tribunais. O que havia era a ideia de que o juiz tinha um papel de mero ¿boca da lei¿, ou seja, sua função era extrair decisões do conteúdo da lei em um processo silogístico. 
Para entender a origem dessa ideia, devemos recorrer à literatura especializada. Ela nos remete à construção do modelo relativo ao caso ¿Marbury versus Madison (1803)¿, pois deriva daí a possibilidade de controle difuso de constitucionalidade das leis. 
À época, houve uma importante fundamentação de Marshall, então ministro da Suprema Corte norte-americana, segundo a qual a constituição visaria a controlar os Poderes do Estado em um conflito entre os atos normativos e a Constituição. Por uma questão de hierarquia, considerou-se que esta deveria prevalecer. 
No caso específico que estamos verificando, não foi reconhecida a competência da Corte. No entanto, ficou estabelecido o precedente de possibilidade do controle de constitucionalidade e a autoridade dela para revisar os atos do Congresso.
No Brasil, a Constituição Federal consolidou a expansão do controle de constitucionalidade e a sistematização de um modelo misto de controles difuso e concentrado. O primeiro é exercido por juízes e tribunais perante um caso concreto; o segundo, independentemente de um caso do tipo, busca a invalidação da lei para garantir a segurança jurídica das relações.
O fato é que o STF, como instância máxima do Judiciário brasileiro, possui competência explícita atribuída constitucionalmente para julgar a constitucionalidade ¿ ou inconstitucionalidade ¿ de leis e atos normativos. Isso ocorre independentemente de caso concreto ou em tese, havendo, conforme assevera o artigo 120 da CRFB/1988, a consequência de sua manutenção ou suspensão da ordem jurídica.
 
	
		10a
          Questão
	Acerto: 0,2  / 0,2
	
	A Constituição da República de 1988 ficou conhecida como a "Constituição cidadã" e é amplamente elogiada no mundo todo por sua forte proteção aos direitos fundamentais. Esse alto nível da dogmática jurídica brasileira observável no processo constituinte é uma decorrência da superação da mentalidade vivenciada durante a ditadura militar, oriunda do Golpe de 1964, notadamente em relação à posição social da mulher.  
Sobre o assunto, assinale a alternativa correta: 
		
	
	A promoção constitucional da isonomia entre homens e mulheres não implica plena equiparação, considerando que o homem possui o dever legal de proteger a mulher em situações de perigo ou naquelas situações em que se demonstre vulnerável, em razão de mais fraca condição biológica. 
	
	Na interpretação da igualdade constitucional entre homens e mulheres, é imperioso considerar a disposição do preâmbulo, que afirma ser a atual Constituição promulgada sob a proteção de Deus, o que torna a Bíblia sagrada um dos livros de doutrina úteis à hermenêutica constitucional. 
	 
	O fato de a Constituição estabelecer a igualdade entre gêneros não implica a impossibilidade da adoção de políticas públicas diferenciadoras fundadas na proteção às vulnerabilidades, que podem ser levadas a efeito pelo Legislativo, pelo Executivo ou, mediante condições específicas, até mesmo pelo Judiciário. 
	
	A Constituição expressamente estabelece que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, o que torna inconstitucionais demandas feministas de adoção de políticas de ação afirmativa em favor das mulheres. 
	
	Ao propor que homens e mulheres são iguais, a Constituição não menciona quaisquer outros gêneros - razão pela qual esse dispositivo implica a inconstitucionalidade de leis que promovam o reconhecimento formal de transgêneros como sujeitos de direitos.

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