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LITERATURA CONTEMPORÂNEA - ATIVIDADE 4

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LITERATURA CONTEMPORÂNEA
ATIVIDADE IV
1. “O discurso literário que se manifesta na obra de vários escritores contemporâneos não só identificam no passado causas para o que veio depois, mas também investigam o processo pelo qual, lentamente, essas causas começaram a produzir seus efeitos. São memórias que, silenciadas, adquirem corpo e voz. Não num movimento linear que poderia ter sido promovido por um narrador autoritário que quer ‘falar pelo outro’. Antes, inscrevem-se tais memórias do corpo e da voz do dominado”
FONSECA, Maria Nazareth Soares; CURY, Maria Zilda Ferreira. Mia Couto: espaços ficcionais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p. 21
 
A literatura sempre teve uma relação com o seu tempo de produção, bem como é o espaço por excelência para o resgate de um passado pouco explicado. Exemplo disso é a obra “A máquina de fazer espanhóis”, na qual as personagens que vivem no asilo trazem à tona
· 
de Portugal e o sentimento saudosista dos que viveram durante o período da ditadura.
· Resposta correta
de Portugal na atualidade, e como ele precisa se reinventar após toda a convivência história com a África.
· 
a situação de Portugal após a perda de suas possessões além-mar.
· Sua resposta (incorreta)
a situação de Portugal que relembra a ditadura Salazarista.
· 
de Portugal que prosperou durante a ditadura Salazarista.
Resposta incorreta. Há personagens que idealizam a antiga pátria portuguesa, mas admitem que o sofrimento experimentado foi maior do que as vitórias. A consequência disso é que a perda dos símbolos nacionais não é maior do que a dos símbolos identitários, dentre os quais o próprio continente africano como parte da formação cultural portuguesa
2. “Sendo o conjunto de mediações um ordenador de apropriações distintas da recepção, ele funciona como uma “lente”. As mediações socioculturais constituem-se em parte ativa dos processos de significação, atuando no modo como o receptor vê/lê um determinado produto televisivo (ou um fato social), da mesma forma que são influenciadas pelos modos de ver... Assim, o autor rompe como uma visão de sociedade homogeneizada, vítima indiscriminada dos meios de comunicação de massa, para evidenciar como as mediações dos receptores são sempre ativas e diferentes entre si, pois envolvem outras mediações em relação direta e dinâmica”.
OLIVEIRA, Amanda Leal de. "Estudo sobre O conceito de negociação cultural nos processos de mediação e apropriação da informação" - p. 402-403. Disponível em:<http://www.uel.br/eventos/cinf/index.php/secin2017/secin2107/paper/viewFile/473/286>. Acessado em 27 07 2019.
 
Com base no texto, pode-se dizer que a influência de Kafka em Haruki Murakami ocorre por mostrar a banalidade do cotidiano e
suas inconsistências.
admitem que o sofrimento experimentado foi maio
· suas inconsistências.
· 
suas benesses.
· 
seus eventos.
· Resposta correta
seus absurdos.
· 
suas incongruências.
Resposta correta. Da mesma forma que as obras de Kafka mostram como o cotidiano é tomado de eventos absurdos que nos parecem normais, Murakami mostra o cotidiano de se viver em um país que passa por constantes transformações e choque de culturas, o Japão. O absurdo do cotidiano, por si, torna-se o banal. 
3. “A mediação da informação, na contemporaneidade, passa por processos tão revolucionários quanto aqueles originados pelo advento das “antigas” tecnologias de registro e circulação, não apenas com intensidade certamente mais contundente, em razão da natureza e da abrangência que as tecnologias eletrônicas permitiram (sobretudo depois da Segunda Guerra), mas também face às estruturas e circuitos pelos quais a informação passa a ser organizada e mediada. O novo quadro de desenvolvimento de tecnologias, portanto, não significa tão somente a concorrência de meios atualizados de transporte de informação a distância. Trata-se do estabelecimento de uma nova ordem histórica mundial, de concepções, modos e recursos de configuração da sociedade e da informação, transformada em produto no mercado internacional, ou em armas ideológicas dos Estados. Midiatizada por meio das novas técnicas e tecnologias eletrônicas de registro, circulação e recepção, a informação ganhou territórios antes inalcançáveis, lançando mão dessas instâncias de mediação que modificam extraordinariamente a relação entre sujeitos, conhecimento e memória social”.
PIERUCCINI, I. “A ordem informacional dialógica” Disponível em:< http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27143/tde-14032005-144512/pt-br.phphttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27143/tde-14032005-144512/pt-br.php> . Acesso em: 10 jul2019.
 
Seguindo a tradição de grandes dramaturgos como Dias Gomes, que adaptou peças de teatro para a televisão - como “Roque Santeiro”, há uma nova geração de escritores que produzem textos literários em formatos fáceis de serem adaptados, posteriormente, para a televisão. Duas obras de Drauzio Varella, “Carandiru” e “Carcereiros”, falam da mesma temática: o cotidiano dos presídios. Assim como Lima Barreto, eles rompem com a literatura tradicional
ao contar histórias pouco envolventes para os leitores.
Resposta correta
ao contar histórias sobre os marginalizados da sociedade.
ao contar histórias violentar para os leitores.
ao contar histórias de caráter hiper-realista, assustando os leitores.
ao contar histórias pouco tratadas durante a história da literatura.
Resposta correta. Na tradição de escritores como Lima Barreto, Graciliano Ramos e Jorge Amado, Drauzio Varella conta a história das personagens à margem, seja os presidiários, seja os guardas penitenciários, apresentando uma abordagem diferenciada dos estratos da sociedade.
4. “Minha eleição recaiu sobre assunto de caráter interdisciplinar: pensar a literatura a partir da posição que ela passou a ocupar na sociedade midiática e de consumo, e pensar, também, a integração de práticas discursivas distintas nas obras literárias do novo milênio. Creio que, sem a consciência da atual perda do capital simbólico da literatura frente aos outros meios, e sem o reconhecimento dos artifícios a que a indústria cultural recorre para destacar uma obra, e não outra; um escritor, e não outro, nossa percepção de leitores e de estudiosos pode ficar bastante comprometida”.
CADERMATORI, Ligia. O professor e a literatura. São Paulo: Autêntica, 2016, p. 18.
 
A ideia de uma obra que é adaptada para a televisão ou para outros meios não é recente: clássicos da literatura, como “O Conde Monte Cristo”, de Alexandre Dumas, já foi adaptado para o teatro, musicais e cinema. Porém, entre meados do século XX e início do século XXI temos um novo conceito de autor, o “autor-midiático”, que seria não são dramaturgos que adaptam seus textos para o cinema, ma
· 
o que cria a obra midiática como uma peça de teatro.
· 
o que desenvolve uma obra teatral com elementos do romance e do conto.
 
· 
o que transporta a obra teatral para o texto cinematográfico.
· 
o que transporta a obra cinematográfica para o texto impresso.
· Resposta correta
o que cria a obra midiática com elementos do texto literário.
Resposta correta. Contemporaneamente os grandes produtores culturais não são dramaturgos que adaptam seus textos para o cinema, mas intelectuais que pensam o teor da obra midiática com elementos do texto literário.
5. “A tradução intersemiótica, também denominada tradução interartes, consiste na transposição de um sisTitle de signos para outro. Trata-se de um movimento e processo que paradoxalmente faz equivaler significados através de um sisTitle sígnico diferente. Ou seja, a tradução intersemiótica reconhece a especificidade das várias linguagens semióticas (pintura, literatura, teatro, fotografia, cinema, televisão) e ao mesmo tempo acolhe o intercâmbio entre as mesmas em um processo de transcodificação criativa”.
AZER& Ecirc;DO, Genilda; ALVAREZ, Eveline. Tradução Intersemiótica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 15.
 
Dentre as produções literárias, a negociação intersemiótica possibilita que os textos atinjam novos patamares. Isso é resultado de umaépoca
· na qual há a divisão das mídias, de maneira que o texto literário permanece em um nicho.
· 
na qual há a segregação das mídias, de maneira que uma não dialoga com a outra.
 
· 
na qual há a expansão das mídias, de modo que o texto literário deixa de ter sua literariedade.
· Resposta correta
na qual há a expansão das mídias, de modo que o texto literário negocia com outros meios de comunicação.
· 
na qual há a retração das mídia, de modo que o texto literário volta-se mais para si.
Resposta correta. O texto literário dialoga constantemente com as mídias, de maneira que os mesmos textos já são produzidos tendo em mente seu processo de interação.
6. “Como já previra Rubem Fonseca, em 1975, no conto “Intestino Grosso”, a cena das cidades empilhadas do presente só pode apresentar, como alternativa  à  “fantasia  oferecida  às  massas  pela  televisão  hoje”,  o  avesso de  uma  “literatura  de  autor  ou  de  mestre”,  que  seu  personagem  batizou de “pornografia terrorista”. Mas se na vertente pornográfica dos atuais realismos, a crueldade, entendida como o inescapável ou o insuportável do real, está obviamente  referida,  o  seu  característico  excesso  de  cena  revela,  paradoxalmente,um obsessivo empenho do narrador em confirmá-la, em agarrá-la, na sua extrema manifestação, para evitar que se esfume e desapareça. É como se a  desmedida  relatada  da  aberração,  da  brutalidade,  já  distendida  pelo discurso seco, direto e pela palavra-vitrine, devesse ser repisada à exaustão até  parecer  fixada,  como  um  inseto,  no  quadro  do  entomologista”.
DIAS, Ângela Maria. As cenas da crueldade: ficção brasileira contemporânea e experiência urbana. Disponível em: < http://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9079/8087>. Acessado em 28 07 2019.
 
Há uma série de escritores que produzem uma prosa que dialoga com a vida urbana, bem como suas inconsistências. Da versão sarcástica de “Memórias de Um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida, até a crônica ácida de Rubem Braga, há toda uma tradição de prosadores que, como Marçal Aquino,
· 
representam a sociedade em seus contornos cosmopolitas.
· 
representam a sociedade em seus contornos fantásticos.
· 
representam a sociedade em seus contornos luxuriosos.
· Resposta correta
representam a sociedade em seus contornos realistas.
· 
representam a sociedade em seus contornos idealizados.
Resposta correta. Diferente do ideal da sociedade burguesa do século XIX, paralelamente é produzida uma prosa que, pelo recurso à ironia e a paródia, procura relatar a sociedade como ela realmente é, tomada por malandros e pela elite, muitas vezes dois lados da mesma moeda.
7. “o discurso literário transmite, com muito mais sutileza que os outros, todas as transformações na inter-orientação sócio-verbal. O discurso retórico, diferentemente do discurso literário, pela própria natureza da sua orientação, não é tão livre na sua maneira de retratar as palavras de outrem. Ele tem, de forma inerente, um sentimento agudo dos direitos de propriedade da palavra e uma preocupação exagerada com autenticidade”.
BAKHTIN, Mikhail . Mar xismo e filosofia da linguagem. Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 4. ed. Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 2006, P. 199.
 
Assim como Rubens Braga, a prosa de Fernando Bonassi apresenta elementos violentos e exagerados, buscando
demonstrar o lado caricato da vida.
 
mostrar as sutilezas da vida.
mostrar as inconstâncias da vida.
demonstrar o lado subjetivo da vida.
Resposta correta
demonstrar o lado realista da vida.
Resposta correta. Na esteira de outros cronistas, os textos de Bonassi procuram mostrar a vida como ela é, mesmo que com contornos sádicos.
8. “Deve haver, no mais pequeno poema de um poeta, qualquer coisa por onde se note que existiu Homero”.
PESSOA, Fernando. In: REIS, Carlos. O Conhecimento da Literatura. 2. ed. Coimbra: Almedina, 2008, p. 507.
 
Com base nesse texto, pode-se dizer que o processo intertextual que Murakami realiza no conto “Sherazade” apresenta traços de uma literatura
· Resposta correta
que é produzida em diálogo com textos anteriores.
· 
que faz uma cópia de textos anteriores.
· 
que só se constrói a partir de textos anteriores.
· 
que se constrói ao distanciar-se de todos os textos anteriores.
· 
que nasce ao buscar um caminho diferente de todos os textos anteriores.
Resposta correta. O título do conto traça uma relação intertextual com a obra “As Mil e uma Noites”. Da mesma forma que o sultão não pode matar sherazade enquanto ela não contar todas as histórias, a personagem do conto não tem alternativa a não ser conviver com a mulher sem nome.
9. “Eu comecei a escrever poesia primeiro, depois comecei a escrever contos. Contos muito marcados pelo encontro que tive com o escritor chamado Luandino Vieira. (...) ele me autorizou a fazer alguma coisa que aprecio muito fazer. As histórias que eu queria contar não podiam ser contadas no português normal, no português que, afinal, Moçambique adotou como língua oficial. (...) a mesma influência que ele tinha em mim ele tinha a partir de um escritor que nós não conhecíamos, que se chamava Guimarães Rosa. Eu fiquei alertado, avisado, e queria muito esses livros, de Guimarães Rosa. Quando chegou o primeiro livro, Primeiras Estórias, houve um fenômeno curioso. Eu não conseguia entrar naquele texto. Era como se eu lesse, ouvisse vozes, que eram as vozes da minha infância. (...) Era uma linguagem, quase uma linguagem de transe, que permitia que outras linguagens tomassem posse dela. E isto era fundamental num país em que há um amálgama, há uma ficção que se chama Moçambique”.
COUTO, Mia. “Nas pegadas de Rosa”. In: Revista Scripta, PUC-Minas, Belo Horizonte, v. 2, n. 3, p. 11-13, 2º semestre de 1998. Disponível em:< http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/10213http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/10213>. Acesso em 23 jul. 2017).
 
Mia Couto é considerado, atualmente, um dos maiores escritores de língua portuguesa no mundo. Parte do seu mérito envolve como ele cria toda uma literatura que
· s intelectuais que pensam o teor da obra midiática com 
apresenta uma visão animista do continente africano, sem a influência portuguesa.
· 
mostra uma visão excludente do continente africano, ignorando as influências externas.
· 
apresenta um olhar de fora da sociedade africana, logo, superficial.
· Resposta correta
dialoga com a cultura e a sociedade africana, por uma visão não estereotipada.
· 
reflete as marcas históricas da sociedade africana, de uma maneira generalizante.
elementos do texto literário.
Resposta correta. A literatura de Mia Couto busca representar a história, a cultura, a sociedade moçambicana e, principalmente, suas mestiçagens, de como ela é influenciada tanto pelos africanos, como pelos europeus.
10. “Todos esses escritores são ex-cêntricos, marinheiros que navegam por uma língua que criou portos nas partes mais distantes do globo”.
PADILHA, Laura Cavalcante. “Poesia angolana e remapeamento etno-cultural - trajetos”. In: José Luís Jobim (Org). Sentido dos lugares. Rio de Janeiro: ABRALIC, 2005, p. 87.
 
Muitos dos grandes escritores contemporâneos que utilizam o português como língua literária não são, propriamente, portugueses. Isso ocorre por que, mesmo tendo sido a língua do colonizador, o idioma português
· 10
deixou marcas culturais profundas nesses países, de modo a não conseguirem se desassociar esteticamente da literatura portuguesa.
· 
deixou marcas culturais profundas nesses países, mas só no uso superficial da língua.
· Sua resposta (incorreta)
deixou marcas culturais profundas nesses países, apesar de caminharem para uma ruptura completa com a influência portuguesa.
· 
deixou marcas culturais profundas nesses países, ignorando a influência dos modernistas e tendo como referência apenas a poesia de Camões.
· Resposta correta
deixou marcas culturais profundas nesses países, de maneira que seus próprios cânonesliterários tem os clássicos portugueses como referência.
Resposta incorreta. A percepção de ruptura não é muito profunda. O próprio fato de utilizar a língua portuguesa como língua literária já cria uma relação de significado e significante na obra desses escritores. A crítica ao colonizador passa a ser feita na antiga língua dos dominadores.

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