6 - Dinâmica Interna do Sistema Terrestre

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Dinâmica Interna do Sistema
Terrestre
IDENTIFICAR OS PROCESSOS GEOLÓGICOS QUE OCORREM NO INTERIOR DA
TERRA E SUAS CONSEQÜÊNCIAS NA SUPERFÍCIE.
A crosta terrestre sofre ação da  geodinâmica interna (forças
endógenas) e externa (forças exógenas), que modificam a topografia do planeta.
 
A  geodinâmica interna  (processos geológicos internos) é estudada sob os
aspectos:  magmáticos plutônicos e vulcânicos; terremotos; a epirogênese e
orogênese; dobramentos e falhamentos; a deriva continental e tectônica de
placas.
Magma
O magma é uma mistura complexa de substâncias (sílica, silicatos e óxidos) no
estado de fusão, localiza-se na Astenosfera e movimenta-se por energia própria
acionada pela força expansiva dos gases ou passivamente através das forças
tectônicas.
 
Quando se resfria no interior da crosta forma os  plútons, se for expelido pelo
vulcão e está em estado de fusão forma a lava.
 
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Os plútons podem ser concordantes, quando se intromete numa rocha e obedece
a disposição de suas camadas e, discordantes, quando não obedecem.
 
Conforme a forma que os  plútons  se resfriam recebe suas denominações.
Ex: sill (forma tabular); lacólito (forma de cogumelo); dique (preenche fendas).
 
Quando o magma sofre ascensão temos um  vulcanismo  e o material será
liberado na cratera (abertura) de um edifício vulcânico ou vulcão. A chaminé são
os condutos (canais) que vão desde a cratera até a câmara magmática.
 
Como sabemos se um vulcão entrará em erupção?
Ocorrem algumas atividades que indicam sua erupção, nos sismógrafos teremos
registros de  tremores  (propagação das ondas sísmicas); formação de fendas;
liberação de gases e cinzas (fase fumarola); derramamento de lava e
alternâncias entre os derrames.
 
As  atividades vulcânicas  são classificadas conforme seus derrames, material
liberado e período de repouso. Ex: Na atividade rítmica se libera vapores,
prolifera-se para explosões suaves e por 15min fica calmo, repetindo-se o
processo.
 
O material liberado nas atividades vulcânicas está nos três estados físicos:
gasoso (fumaça e vapores), sólido (tufos, blocos, bombas, cinzas) e líquido
(lavas).
OBSERVAçãO:
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Em algumas áreas de vulcanismos são liberados jatos quentes de água
com intervalos de repouso, denominados gêiseres.
Sismos
Conhecido com abalo, tremores ou terremoto trata-se de uma vibração na
superfície terrestre, produzida por forças naturais, situadas no interior da Terra.
 
É estudado pela sismologia no intuito de sua previsão; diminuição dos prejuízos
e mortalidades; no conhecimento do interior da Terra; na procura de jazidas
minerais e de hidrocarbonetos e, na realização de obras.
 
Uma onda se forma no interior do planeta, local denominado foco ou
hipocentro. Propagando-se nas camadas da Terra onde sofre reflexão e refração,
exceto no núcleo externo, camada líquida, onde só refrata.
 
Ao chegar à superfície terrestre não consegue se propagar na atmosfera e
descarrega sua energia, esse local recebe o nome de epicentro.
 
Quando a onda penetra no núcleo externo e não se reflete mais, não teremos
mais seu registro no sismógrafo, denominamos esse período de zona de
sombra; essa só voltará a ser registrada entre 11.300 a 15.900 km do epicentro;
mas somente as ondas P.
 
Com relação às ondas além das ondas P (profundidade), S (transversais) temos
as ondas L (superficiais), que se subdividem em Love (se propagam
perpendicularmente a vibração) e Rayleigh (se deslocam em movimento
elíptico).
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Conforme os tipos de ondas, local de sua origem e da quantidade de energia da
propagação teremos diferentes tipos de sismos, alguns nem são perceptíveis. Os
grandes sismos provocam deslocamento na superfície (afundamentos, abertura
de fendas, deslizamento de áreas), tremores e tsunamis.
 
Eles são medidos pela Escala Richter, que quantifica o nível da energia liberada
e pela Escala de Mercalli Modificada, que avalia os efeitos do sismo sobre cada
ponto do território.
 
Como sabemos se irá ocorrer um terremoto?
 
Através do uso de sismógrafo e das atividades sísmicas (fenômenos que
antecedem ou precedem um grande terremoto).
 
Temos como atividades sísmicas:
a. Abalos premonitórios: abalos fracos antes de um grande sismo;
b. Ruídos: semelhantes a trovões;
c. Réplicas: abalos fracos após grandes sismos;
d. Enxames: numerosos abalos num mesmo ponto;
e. Força de disparo: força de tensão que junta-se com outras e ocasiona o
terremoto.
 
O que é um tsunami?
 
É quando o epicentro se localiza em áreas oceânicas e origina ondas
gigantescas, que se deslocam em grande velocidade. Podemos perceber sua
ocorrência quando ocorre um recuo muito rápido das águas seguido de uma
invasão, por uma onda.
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O que pode ocasionar um sismo?
Os sismos podem ser formados por três causas: movimentos tectônicos,
desabamentos ou acomodações de grandes áreas e por erupções vulcânicas.
Epirogênese e Orogênese
 
A crosta terrestre é formada por várias placas (continentais, oceânicas,
plataformas continentais) que se encontram flutuando sobre o manto
equilibradamente, esse processo é denominado de Isostasia.
 
Lembre a crosta é dinâmica, se ocorre desgaste na superfície de uma área, para
manter a isostasia, a área se elevará. Se uma área sobe outra abaixa. Esse
movimento vertical ascendente e descendente de uma área é denominado
epirogênese. O movimento horizontal ocasionado pelo afastamento ou
convergência de placas é denominado orogênese.
 
Um exemplo de ascensão é o que observamos em Estocolmo, a cada 50 anos a
área sobe 19 cm. Na Holanda temos o contrário, a área abaixa 30 cm a cada
século.
 
Dobramentos e falhamentos
 
Dobramentos e falhamentos são resultados da atuação de esforços tectônicos
que deformaram um corpo rochoso. Dobra provoca enrugamento do relevo
enquanto a falha é o processo de fratura do corpo rochoso, que ocorre pelo
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deslocamento de blocos contíguos, ocasionando fratura entre eles.
 
Deriva continental e Tectônica de Placas
 
A teoria da Tectônica de Placas nasceu quando surgiram os primeiros mapas.
Francis Bacon (1620) apontou o encaixe das costas da América do Sul com a
África.
 
Em 1912, Alfred Wegener propôs a Deriva Continental, onde os continentes
estavam unidos numa única placa, o Pangea (Pa=todo Gea=Terra), sua
fragmentação teria se iniciado no Triássico, dividindo-se em dois continentes:
Laurásia (hemisfério norte) e Gondwana (hemisfério sul).
 
A Laurásia e o Gondwana teriam continuado o processo de separação,
originando os continentes que conhecemos na atualidade.
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Legenda: DERIVA CONTINENTAL
Além da semelhança entre as margens dos continentes que se encaixam como
se fosse um quebra-cabeça, Wegner buscou evidências geológicas,
paleontológicas e climáticas, para comprovar sua hipótese, ele só não conseguiu
explicar que mecanismos levavam a movimentação das placas, por isso, a teoria
sofreu contestação pelos cientistas da época.
 
No final de 1950, retomam suas idéias através de descobertas científicas ligadas
a aspectos geológicos, geofísicos e paleomagnetismo dos oceanos; das falhas e
dos terremotos, reforçando a Teoria da Tectônica Global, que explica os
movimentos através de correntes de convecção existentes entre o manto e a
litosfera.
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ATIVIDADE
Na Deriva Continental, o supercontinente Pangea se divide em:
A. Laurásia e Gondwana  
B. Eurásia e Gondwana  
C. Laurásia e Eurásia 
D. América do Sul e África 
REFERÊNCIA
Deriva Continental e Tectônica de Placas. Disponível em:
<http://www.telescopiosnaescola.pro.br/ceu1/geofisica/deriva.pdf>. Acesso em:
28.Nov.2013.
DOURADO, J.C. Métodos Sísmicos ¿ Ondas Sísmicas. Revisão (2009). Disponível
em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/DIDATICOS/DOURADO/3-
ondass%C3%ADsmicas.pdf>. Acesso em:  27.Nov.2013.
LIMA, M.I.C.; Bezerra de, P.E.L.; GONZALEZ, S.R. Atividades Sísmicas. Disponível
em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv47603_cap4_pt7.pdf>. 
Acesso em: 27.Nov.2013.
PENHA, H.M. Processos Endogenéticos na Formação do Relevo. Disponível em:
<http://www.biolohugo.xpg.com.br/6p/geo_paleo/geo_paleo_27-8-09.pdf>.
Acesso em: 27.Nov.2013.
SILVA, W.L. Processos Geológicos Intrínsecos - Rochas Ígneas. Disponível em:
<http://www.ige.unicamp.br/site/aulas/109/Rochas_igneas_(aula_9_P&B).pdf>.