Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0LM… 1/21 Unidade 2 - Monumento, monumento histórico e as razões culturais da viagem Christiane Alves Faria Iniciar Introdução O que entendemos como patrimônio? Será que podemos classi�car como cultural tudo o que nos rodeia como um bem? Como se classi�cam os bens materiais e os motivos dessa classi�cação? É isso o que estudaremos nesta unidade. Vamos entender o que é um tombamento histórico e como o Brasil chegou, no decorrer da sua formação populacional, nessa diversidade cultural e compreender como podemos classi�cá-las, registrá-las e protegê-las através de leis junto às entidades governamentais. O entendimento de cultura material e imaterial, as diferentes classi�cações de patrimônio, sua importância e sua história serão tratados nesta unidade. Portanto, estude o conteúdo com atenção para a realização das atividades, atente-se às normas, tente entender e identi�car o patrimônio brasileiro sob a ótica do turismo, bem como pelas entidades zeladoras, a �m de compreender como esse processo de turismo cultural deve ser tratado com cuidado. Acessem o material complementar para melhor aprimoramento e compreensão dos temas. Bons Estudos! 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0LM… 2/21 1. O conceito de patrimônio histórico e artístico Segundo o Iphan (2017), na teoria, Patrimônio é o conjunto de vários fatores e ou singularidade e até mesmo características únicas. Por exemplo: a biodiversidade e o ecossistema de determinados locais, o fator estético, artístico, documental, cientí�co, antropológico, religioso, histórico, espiritual e outros. Segundo o mesmo instituto, a de�nição de Patrimônio pode ser dividida em: Bem Móvel: são coleções arqueológicas, documentais, bibliográ�cos, videográ�cos, fotográ�cos, cinematográ�cos, acervos museológicos, etc; Bem Imóvel ou Natural: são os núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais, etc. Tratando-se de patrimônio artístico, podemos dizer que uma coleção de obras consideradas de elevado valor artístico é um bem cultural. Temos como exemplo renomadas obras de pintura, arquitetura ou escultura. Essas obras, que possuem reconhecido valor artístico, costumam ser usadas como reserva de valor, ou seja, foi a forma encontrada também de proteger o patrimônio pessoal contra alguma crise, que pode ser também usado no balanço �nal. Obras de autores conhecidos como Tarsila do Amaral, Pablo Picasso, Vincent Van Gogh também podem ser usados como especulação, no caso de futuro aumento de cotação das suas obras. Saiba mais É possível visitar os museus do mundo sem sair de casa. Descubra as maravilhas desses lugares. Acesse aqui . https://www.greenme.com.br/viver/arte-e-cultura/4938-10-museus-visitar-sem-sair-de-casa 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0LM… 3/21 Figura 1 - MONA Lisa (1503 - 1506) de Leonardo da Vinci. 2018 Figura 2 - ABAPORU (1928) de Tarsília do Amaral. Fonte: Pensador. Figura 3 - A NOITE Estrelada (1889) de Vincent Van Gogh. Fonte: Pensador, 2019 “A imagem que a expressão “patrimônio histórico e artístico” evoca entre as pessoas é a de um conjunto de monumentos antigos que deveríamos preservar, ou porque constituem obras de arte excepcionais, ou por terem sido palco de eventos marcantes, referidos em documentos e em narrativas dos historiadores. Entretanto, é forçoso reconhecer que essa imagem, construída pela política de patrimônio conduzida pelo Estado por mais de sessenta anos está longe de re�etir a diversidade, assim como as tensões e os con�itos que caracterizam a produção cultural do Brasil, sobretudo a atual, mas também a do passado” ( ABREU; CHAGAS; LONDRES FONSECA, 2003, p.59 ). A interpretação depende da história e da sociedade desse patrimônio, e é realizada por pro�ssionais como museólogos, sociólogos, arquitetos, historiadores, turismólogos, entre outros. 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0LM… 4/21 É importante lembrarmos que, em se tratando de um patrimônio histórico ou artístico, são necessárias medidas de proteção para a manutenção do mesmo. Essas medidas são realizadas através de muito estudo e acompanhamento de entidades públicas, desde sua identi�cação, captação e manutenção. Até chegarmos formalmente a um patrimônio cultural devidamente protegido por lei. A sociedade contemporânea exige que esses patrimônios não sejam de difícil entendimento popular e que também haja um acesso mais fácil a eles do que no século anterior. É necessária a gestão de um patrimônio em espaços museológicos de compreensão ou fruição, conforme explica Funari: “Em função disso, é urgente e primordial fornecer a turismólogos, historiadores e aos quadros locais dos municípios envolvidos com planos de desenvolvimento cultural a formação necessária e continuada acerca dos instrumentos de reconhecimento, de apreensão e de preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural que compõe um acervo memorialístico que se apresenta ao público.” ( FUNARI; PINSKY; MELO NETO, 2007, p.56 ). 1.1 O Brasil e a formação do seu patrimônio cultural Conforme nos esclarece Souza (2005), a respeito da ampliação dos conceitos de patrimônios e a criação do conceito de patrimônio imaterial: “A adoção deste conceito por parte de órgãos internacionais como a Unesco se deu dentro do contexto do pós-guerra. Foram reconhecidos os direitos humanos em âmbito internacional. O redirecionamento das preocupações mundiais foi fator importante para que o mundo enxergasse novos patrimônios e de desprendesse do reducionismo artístico e histórico. As convenções e os tratados internacionais re�etem o despertar para o dinamismo inerente às manifestações culturais: Convenção sobre a Proteção do patrimônio Mundial Cultural e Natural, Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular, ambas aprovadas pela UNESCO respectivamente em 1972 e 1989, Convenção de Diversidade Biológica, assinada durante a ECO 92, Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, de 2001, e Convenção para a Salvaguarda do patrimônio Cultural Imaterial, de 2003, todas elas são importantes na contextualização acerca da nova concepção de patrimônio cultural. ( Souza,2005, p.7 ). Segundo Finazzi Porto (2015), a Constituição Brasileira de 1988 pautou-se na proteção do patrimônio cultural sob a ótica do seu conceito antropológico e da Declaração Universal de Direitos do Homem de 1948 para a criação dos art. 215 e 216. Nossa a Carta Magna tem um capítulo exclusivo à cultura, onde reconhece o patrimônio como material e imaterial. Entendendo o conceito de patrimônio cultural e imaterial equiparando às manifestações que ocorrem na interação social, as formas de se fazer, viver e ou recriar algo, a língua, a dança e os costumes, entre outros. Os artigos também preveem formas de proteção e resguardo do patrimônio cultural dos grupos formadores de nação. 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0LM… 5/21 Nos primeiros anos o Iphan trabalhou para a�orar a sensibilização da população para entender o ao valor e à importância do acervo cultural que são os edifícios que fazem parte dos núcleos tombados e dos bens móveis neles existentes, com o desejo de proteger o que fosse possível, principalmente os bens excepcionais de “pedra e cal”, conforme vimos no e-book anterior, ou seja, toda a arquitetura monumental e as cidades históricas. Essas ações levaram o Iphana ter um grande prestígio internacional e deixou um considerável número de bens culturais culturais salvos do desaparecimento. (POLÍTICA, IPHAN, 2017). 1.2. Políticas públicas de proteção do patrimônio cultural Antes de serem implementadas no Brasil, as Políticas Públicas foram originadas nos EUA. Porém, as políticas públicas brasileiras receberam in�uências dos EUA e também da Europa. [...] na Europa, a área de política pública vai surgir como um desdobramento dos trabalhos baseados em teorias explicativas sobre o papel do Estado e de uma das mais importantes instituições do Estado - o governo -, produtor, por excelência, de políticas públicas. Nos EUA, ao contrário, a área surge no mundo acadêmico sem estabelecer relações com as bases teóricas sobre o papel do Estado, passando direto para a ênfase nos estudos sobre a ação dos governos ( SOUZA, 2006, p. 21 ). O patrimônio Cultural faz parte dos direitos culturais, já estabelecidos pela Constituição. “A expressão direito cultural surgiu pela primeira vez na história constitucional brasileira com o advento do art. 215 da Constituição Federal de 5 de outubro de 1988. De acordo com esse artigo, o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional, além de apoiar a incentivar a valorização e a difusão das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, bem como das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional, democratiza o acesso aos bens de cultura e valoriza a diversidade étnica e regional”. ( FINAZZI PORTO, 2015, p. 95 ). O conteúdo sobre patrimônio na constituição encontra-se no art. 216. Nele temos as de�nições, instrumentos, agentes e fundos que devem ser organizados para a preservação do patrimônio cultural brasileiro. (FINAZZI PORTO, 2015, p 94.). O art. 216 discorre também sobre os instrumentos que devem ser usados pelo Poder Público, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. Devemos reforçar que todas essas garantias só ocorrem após processo o�cial, feito por instância federal, estadual ou municipal. (FINAZZI PORTO, 2015, p 96.) 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0LM… 6/21 Você quer ler? Saiba mais sobre os artigos abordados neste tópico. Acesse o texto da Constituição Federal, em material disponível no site do Senado aqui. 2. A carta internacional sobre turismo cultural O ICOMOS, (Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios) , em 1985, que foi o autor da Carta patrimonial juntamente com outras organizações internacionais e algumas indústrias de turismo mostraram re�exão diante do agravamento das desigualdades sociais e as transformações da sociedade. Os objetivos da Carta Internacional sobre o Turismo Cultural são quatro. Abaixo vamos relacioná-los e explicar um a um: 1. Encorajar e facilitar o trabalho dos que participam na conservação e na gestão do patrimônio cultural a �m de o tornar mais acessível às comunidades de acolhimento e aos visitantes. 2. Encorajar e facilitar o trabalho da indústria turística para promover e gerir o turismo no respeito e valorização do patrimônio e das culturas vivas das comunidades de acolhimento. 3. Encorajar e facilitar o diálogo entre os responsáveis pelo patrimônio e pelo turismo, a �m de compreenderem a importância e a fragilidade dos conjuntos patrimoniais, dos acervos culturais e das culturas vivas, com o objetivo de as preservar, a longo prazo. 4. Encorajar os que propõem programas e políticas que tenham por objetivo o desenvolvimento de projetos precisos e mensuráveis, e estratégias que integrem a apresentação e a interpretação dos conjuntos patrimoniais, bem como as atividades culturais, no contexto da sua proteção e da sua conservação. https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_216_.asp 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0LM… 7/21 PRINCÍPIOS DA CARTA INTERNACIONAL SOBRE O TURISMO CULTURAL: 2.1. O turismo cultural e sua regulamentação internacional O turismo cultural é um dos segmentos que mais tem crescido nas últimas décadas em todo o mundo. A organização dos receptivos, além da melhoria das condições de acesso, com mais meios de transporte, propiciada pela popularização do transporte aéreo, �zeram com que o turismo não fosse apenas visto pelo lado do lazer, como ocorria na época de nosso avós. Durante todo o século XX, a prioridade das viagens familiares era sempre o lazer, com as idas às praias ou montanhas, com o intuito de passar as merecidas férias de �m de ano. A partir do �nal do século XX, principalmente na década de 1990, aumentou o turismo dirigido a cidades históricas, como Paraty, Ouro Preto e Olinda, localidades difundidas graças à iniciativa de grandes formadores de opinião. ( FINAZZI PORTO, 2015, p.48 ). Segundo o Ministério do Turismo, o Turismo Cultural signi�ca que as atividades turísticas devem ser realizadas com o foco voltado para os elementos do patrimônio histórico e cultural juntamente dos eventos culturais, de forma que valorize e promova os bens materiais e imateriais da cultura. PRINCÍPIO 1 PRINCÍPIO 2 PRINCÍPIO 3 PRINCÍPIO 4 PRINCÍPIO 5 PRINCÍPIO 6 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0LM… 8/21 É considerado como patrimônio histórico e cultural segundo o Ministério do Turismo (2014), os bens de natureza material e imaterial, ou seja que expressam ou revelam a memória e a identidade das populações e comunidades. Esses bens culturais possui valor histórico, artístico, cientí�co ou simbólico, e que gerem interesse público a ponto de se tornarem atrações turísticas, como por exemplo: arquivos, edi�cações, conjuntos urbanísticos, sítios arqueológicos, ruínas, museus, sítio e outros espaços destinados à apresentação ou contemplação desses bens, também podemos incluir as , manifestações como música, gastronomia, artes visuais e cênicas, festas e celebrações, como por exemplo o Carnaval e a Parada LGBT. Esses eventos culturais podem incluir as manifestações que são temporárias, que seja enquadradas ou não na de�nição de patrimônio, incluindo-se nessa categoria os eventos gastronômico, religiosos, musicais, de dança, de teatro, de cinema, exposições de arte, de artesanato e outros. “A pluralidade da cultura brasileira tem sido aclamada pelos governos e pela sociedade como uma das principais características do patrimônio do país, ao lado dos recursos naturais, o que pode signi�car para o turismo a possibilidade de estruturação de novos produtos diferenciados, com o consequente aumento do �uxo de turistas. O grande mérito desta possibilidade é fazer do turismo uma atividade capaz de promover e preservar a nossa cultura. Nesse caso, cultura e turismo con�guram, em suas diversas combinações, um segmento denominado Turismo Cultural – que se materializa quando o turista é motivado a se deslocar especialmente com a �nalidade de vivenciar aspectos e situações que podem ser considerados particularidades da cultura”. ( HTTP://WWW.DOMINIOPUBLICO.GOV.BR/PESQUISA/PESQUISAOBRAFORM.JSP, 2006 ) No entanto, o Brasil não tem conseguido, historicamente, garantir o desenvolvimento do turismo local. “O Brasil tem os patrimônios naturais e a biodiversidade mais ricos do planeta, mas seu potencial turístico é limitado por de�ciências em segurança, infraestrutura, mão de obra e outros fatores. Essa é a conclusão do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). Numa lista de 136 países, o Brasil aparece em primeiro lugar em potencial de recursos naturais, mas perde competitividade em quase todos os outros 13 itens listados.No ranking geral, �ca na 27ª posição.” ( BRASIL, G1, 2017, p.1 ). Conforme descrito acima, o Brasil está no 22º posição do ranking da WEF entre os países da América Latina, por conta das melhorias na sustentabilidade, atendimento, saúde e infraestruturas. No entanto para que seja compatível com os países das primeiras posições nesse ranking, o governo atualiza constantemente as leis e regras de cada setor para cada setor, seja turismo rural, a parques nacionais, arqueológicos, etc. São leis podem ser acessíveis no site do Ministério do Turismo e estão disponíveis aos público, como a Portaria Nº 27, que “estabelece requisitos e critérios para o exercício da atividade de Guia de Turismo e dá outras providências.” Em 17 de setembro de 2008, foi aprovada a Lei Nº 11.771, intitulada como LGT (Lei Geral do Turismo), que “dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, de�ne as atribuições do Governo http://www.dominiopublico.gov.br/PESQUISA/PESQUISAOBRAFORM.JSP 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0LM… 9/21 Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico; revoga a Lei no 6.505, de 13 de dezembro de 1977, o Decreto-Lei no 2.294, de 21 de novembro de 1986, e dispositivos da Lei no 8.181, de 28 de março de 1991; e dá outras providências”. (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS, 2008). A LGT (Lei Geral do Turismo) reuniu as diversas normas relativas ao turismo que estavam desalinhadas na legislação brasileira, na qual havia interpretações diferentes e confusas, e as alinhou de forma a desenvolver o setor de turismo. 2.2. Regulamentos e leis “Brasília (03/12/2010) – O Diário O�cial da União publicou hoje o Decreto 7.381 que regulamenta a Lei do Turismo. Dividida em dez capítulos, a legislação de�ne as atribuições das instâncias responsáveis pelo planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor e as regras para cadastramento, classi�cação e �scalização dos prestadores de serviços turísticos. Disciplina ainda as atividades das empresas do setor.” ( MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010) Esse decreto trata da relação de consumo entre turista e empresa, que em acordo com o Código de Defesa do Consumidor regula as atividades de hospedagem, das agências de turismo, das empresas que abrangem o serviço de turismo como organizadoras de eventos, parques temáticos, etc, sendo assim essas empresas ter a necessidade de se cadastrar no sistema Cadastur, conforme descrito pelo Ministério do Turismo (2010). Ainda segundo o Ministério do Turismo, a sustentabilidade ambiental da atividade turística é outro foco do decreto. Toda a parte física de sua construção até o funcionamento de estabelecimentos de turismo que podem ser poluidores, por exemplo, devem te licenciamento ambiental. Bem como, a qualquer atividade de turismo na Antártica, por parte de operadoras brasileiras, deverá ser aprovada pelo Ministério do Turismo. A legislação também é responsável por todas as regras que garantam boas condições de higiene, salubridade e segurança para o usuário. Um exemplo, a íntegra do Decreto 7.381 que regulamenta a Lei do Turismo pode ser acessada através planalto.gov, conforme descreve o decreto em si: “Regulamenta a Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, de�ne as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, e dá outras providências.” Portanto, existem atividades que necessitam de aprovação prévia do governo por termos leis e regras a serem cumpridas pelas empresas de turismo e suas parcerias e �liadas. 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 10/21 3. O patrimônio cultural: teorização Quando pensamos em patrimônio, logo imaginamos dinheiro, posses, terras, fábricas, ações e heranças. mas também pensamos naquilo que nossos ancestrais nos deixaram como legado no sentido amplo, ou seja, naquelas coisas, objetos e lugares deixados para as gerações vindouras. ( FINAZZI PORTO, 2015, p.23 ) A partir do pensamento de posse individual para se ter a noção de bem coletivo, o qual é entendido como um legado comum, algo conjunto, que tem importância primordial para a conformação de um povo é necessário lermos essa de�nição de patrimônio. Segundo Finazzi Porto (2015) “Dessa forma, constituiu-se em um conjunto de bens, expressões, signi�cados, realidade, paisagens e modos de vida que compõem determinada civilização, nação, tribo ou povo”...Logo o patrimônio que não seja individual, está dentro de um tempo, relacionado a um povo, e que transmite memória coletiva e não apenas individual e que precisa de conservação para que se permaneça na história. Sem devida conservação através dos anos, sua existência pode ser comprometida. Portanto, o que chamamos de preservação do patrimônio é de importância capital para a civilização humana. Para melhor exempli�car a teoria sobre patrimônio, temos as categorias classi�cadas pelo Iphan conforme abaixo segundo o Iphan: Patrimônio Cultural Material: O patrimônio material protegido pelo Iphan é composto por um conjunto de bens culturais classi�cados segundo sua natureza, conforme os quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográ�co; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Os bens tombados de natureza material podem ser imóveis como os cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; ou móveis, como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográ�cos, arquivísticos, videográ�cos, fotográ�cos e cinematográ�cos. (patrimônio, Iphan, 2014). Patrimônio Cultural Imaterial: Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 11/21 e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais. (patrimônio, Iphan, 2014). No Brasil, a ideia de patrimônio cultural foi construída ao longo de um processo histórico que conformou um campo da política pública e também um campo de estudos acadêmicos. Embora o marco legal para a política de patrimônio imaterial seja a Constituição Federal de 1988, Fonseca (2005, p. 99) observa que o anteprojeto de criação do Serviço do patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), elaborado por Mário de Andrade em 1936, já apresentava a ideia de que fatos culturais, hoje chamados de imateriais ou intangíveis, teriam interesse patrimonial para os poderes públicos. Entretanto, o projeto efetivo de criação da instituição não deu ênfase a este aspecto. (patrimônio, Iphan, 2014). Patrimônio da Humanidade: patrimônio Mundial ou ainda patrimônio da Humanidade é uma região ou área (denominadas "sítios") que vem a ser considerado pela comunidade cientí�ca de inigualável e fundamental importância para a humanidade. Pode vir a ser um único monumento ou construção, ou o conjunto arquitetônico delimitado em uma cidade, vila ou região, ou toda a área, pode ser uma única caverna, ou vale, ou toda a região devido ao seu valor histórico, arqueológico, natural, ambiental, ou um conjunto desses fatores e vem a ser reconhecida pela UNESCO fazer parte da Lista do patrimônio Mundial, também se inclui na lista, pela importância e singularidade, manifestações e rituais, como outros,reconhecendo sua dimensão histórica, praticado por algumas comunidades ou povos. (patrimônio, Iphan, 2017). 3.1. Entendendo a teorização do patrimônio Conforme o IPHAN: O que a Roda de Capoeira, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA), à Arte Kusiwa - Pintura Corporal (AP), ao Frevo (PE) e o Círio de Nazaré (PA), têm em comum? Todos possuem o título de patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, reconhecido pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura). (patrimônio, Iphan, 2017) 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 12/21 Imagem 4 - Arte de pintura corporal dos índios Wapaji. Foto: Iphan/Heitor Reali Na lista de bens imateriais brasileiros estão a festa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Feira de Caruaru, o Frevo, a capoeira, o modo artesanal de fazer Queijo de Minas e as matrizes do Samba no Rio de Janeiro. (patrimônio, Iphan, 2017) Entre os bens materiais brasileiros estão os conjuntos arquitetônicos de cidades como Ouro Preto (MG), Paraty (RJ), Olinda (PE) e São Luís (MA) ou paisagísticos, como Lençóis (BA), Serra do Curral (Belo Horizonte), Grutas do Lago Azul e de Nossa Senhora Aparecida (Bonito, MS) e o Corcovado (Rio de Janeiro). (patrimônio, Iphan, 2017) Imagem 6 - Praça Tiradentes em Ouro Preto MG. Fonte: Acervo Iphan 3. 2. Classificação e inventário patrimonial. Não é de hoje que o inventário tem sido utilizado como instrumento destinado a se conhecer e proteger o patrimônio cultural brasileiro. Quando a sociedade brasileira, através de seus intelectuais e lideranças, iniciou, nos anos 20 do século passado, a luta pela preservação do nosso patrimônio cultural, a preocupação com a institucionalização do inventário veio formalmente à tona. ( SOUZA MIRANDA, 2008 ) Para salvaguardar um bem, é preciso cumprir uma série de procedimentos, pelo município, pelo estado, ou pelo país. É através dos órgãos públicos que temos as principais ferramentas que executam de forma legal esse processo: O inventário, o registro e o tombamento. "Assim concebido, o inventário poderá ser a base de uma nova política de preservação, que, ao invés de tutelar apenas os bens excepcionais normalmente produzidos pelas elites, buscará administrar o patrimônio amplo e pluralista construído por todos os brasileiros"( AZEVEDO, 2008, p.82 ). 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 13/21 “O inventário, segundo Finazzi Porto (2015): é um conjunto de itens de determinado âmbito, que atendem a um padrão especí�co. Podemos fazer o inventário de móveis, imóveis, bens naturais, bens materiais, entre outros elementos. É possível ainda os relacionar com fatos ocorridos ali, criando assim um dossiê sobre essa localizada de ou sítio, ou mesmo monumento ou bem móvel. Trata-se de um processo de coleta de informações, com uma metodologia apropriada e a busca de comprovação da origem de todas as peças e fatos ocorridos”. O registro se constitui em um instrumento de salvaguarda. Ao contrário do tombamento, cujo objetivo é a preservação das características originais de uma obra - seja móvel, seja imóvel -, o registro trata apenas de salvaguardar o desejo de uma comunidade em manter viva uma tradição, que pode vir a sofrer mudanças com o tempo. Um exemplo é o modo de produção de queijo em Minas Gerais, cujo registro preservar e repassar o saber do ofício da fabricação de queijo tipo minas, difundido em todo o Brasil. (FINAZZI PORTO, 2015, p 97.) De acordo com o documento do Iphan, o embasamento do ato de tombamento e a legitimidade para a atuação do instituto nas cidades se dão pelo Processo de Tombamento, que deve ser, portanto, corretamente instruído. A Portaria n. 11, de 11 de setembro de 1986 (Iphan,1986), regulamentou sua organização, determinando a apresentação, de forma clara e organizada, de instrução técnica contendo os aspectos necessários à compreensão do objeto a ser tombado (como localização, contextualização histórica, análise dos principais elementos, caracterização e propriedade)e, principalmente, a justi�cativa para que ele seja considerado patrimônio nacional. O processo de tombamento é administrativo e, além do número de protocolo vinculam-se à chamada "série histórica" (ou série "T"), que enumera sequencialmente todos os processos já abertos pelo Iphan. Esse controle é feito pelo Arquivo Central situado no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. (FINAZZI PORTO, 2015, p.99). 4. A turistificação do patrimônio O turismo nacional e internacional foi e continua a ser um dos principais veículos do intercâmbio cultural. Proporciona experiências pro�ssionais, não só a partir da observação dos vestígios do passado, mas também através do contacto com a vida atual de outros grupos humanos. Patrimônios brasileiros como as cidades de Ouro Preto, Olinda, São Luiz, entre outras, passaram por muitas di�culdades onde suas comunidades não tenham mais esperança de manter viva sua história para as futuras gerações. São cidades que vivem um dilema eterno, pois como sobreviver a era moderno e se manter com o seus bens sem alteração? Como manter a economia da cidades, os empregos de forma que não mudem sua história? O 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 14/21 passado, por não ser mais produtivo, engenhoso, tecnológico, perde atratividade para os menos avisados, gerando uma sensação de abandono -ou atraso, melhor dizendo. É nesse momento que o turismo desempenha um papel importante para o desenvolvimento sustentado desses lugares, porém é necessário ter muito cuidado para a atividade turística não acabar com com culturas centenárias e, muitas vezes, milenares. A falta de cuidado dos turistas em determinadas festas como o carnaval em Salvador onde as pessoas urinam nas ruas mesmo tendo banheiro químico distribuído pelas ruas, a depredação que ocorre no Rio de Janeiro por exemplo, a extração de materiais sem autorização em Diamantina, são exemplos de problemas que o turismo pode trazer se não houver uma regulamentação e �scalização presente. No entanto devemos lembrar que o turismo também pode ser um fator preponderante para a preservação da natureza, como acontece com o Pantanal e na Amazônia hoje, locais onde a visitação turística tem trazido recursos �nanceiros e possibilidade da preservação da cultura e da fauna e �ora. ( FINAZZI PORTO, 2015, p.205 ). É, pois, cada vez mais reconhecido como uma força positiva que favorece a conservação do patrimônio natural e cultural. O turismo pode aproveitar as vantagens económicas do patrimônio e utilizá-las para a conservação deste, criando recursos, desenvolvendo a educação e reorientando as políticas. Cuidar de uma patrimônio é um constante desa�o econômico para numerosos países e regiões, mas é um fator importante de desenvolvimento, se for gerido com sucesso e que traz benefícios para a região, os nativos e o país.. 4.1. Cultura e patrimônio Existem claras aproximações entre o método de história e o método do turismo cultural quando observamos as duas disciplinas em seu fazer teórico-prático. O historiador, a partir do seu lugar social, sensibiliza-se por um objeto do passado e, através de fontes documentais de variada espécie, busca compreender esse objeto e construir, a partir de sua apreensão, uma interpretação desveladora de acontecimentos, de ações humanas, en�m, de culturas passadas. Essa interpretação para ele e para o seu público, é o modelo possível daquilo que pode ter ocorrido em um contexto, muitas vezes, bem distante do momento de vivência de ambos. Parte, portanto, do tempo presente e apresenta hipóteses sobre o passado, enunciandopossíveis soluções para um problema dado. (MENESES, 2006, p.41). Meneses (2006) explica que “o exercício teórico e prático do turismólogos que se dedica ao planejamento e desenvolvimento de um turismo cultural tem sua base fundamental na interpretação de manifestações culturais que ele apreende, inventaria, documenta e transforma esses conhecimentos em momento de abstração e de fruição prazerosa”, ou seja, 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 15/21 que através dos olhos desses pro�ssionais, é possível que os turistas, assim como os nativos, tenham uma dimensão sobre o signi�cado do patrimônio para apreciá-lo e ainda .... “Parte, na maioria das vezes, de interpretação histórica, antropológicas e sociológicas, de uma tradição de saberes, mas, cada vez mais, abre-se para novas interpretações, acadêmicas e para novas manifestações recentes, em uma dinâmica que a indústria cultural estimula e promove”.... ou seja, se bem apresentados, os projetos e planos sobre a atratividade, em conjunto com as instituições responsáveis, é possível que todos se bene�ciem. São esses pro�ssionais que estudam e trabalham diariamente para salvar muitas vezes uma cultura já esquecida em prol de ter a possibilidade de mostrar aos mundo um costume ou época já esquecidos, ou ainda mais difícil, devido muitas vezes a questões burocráticas e �nanceiras que seja mantidas. Esses mesmos pro�ssionais, podem trabalhar em conjunto ou a obra de um servir de base ou complemento para outro ou ambos terem uma interpretação interdisciplinar. 4.2. Diversidades Culturais Diversidade é um termo que diz respeito a variedade, seja de ideias, crenças, costumes, origens, etc. A convivência de pessoas diferentes, ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. Já cultura é um termo com várias acepções, seria todo o complexo de conhecimento, crenças, moral, arte, costumes e hábitos de uma determinada sociedade. O povo brasileiro realmente é novo, tanto numérica quanto socialmente. Os traços das etnias que o formam são recentes. Esse vertiginoso crescimento que se deu a partir do início do século XX, fortemente ancorado no sincretismo e na miscigenação do século XIX, forma um novo povo. Ainda segundo Darcy Ribeiro (1995): “Novo por que surge como uma etnia nacional, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras, fortemente mestiçada, dinamizada por uma cultura sincrética e singularizada pela rede�nição de traços culturais delas oriundo. Também novo porque se vê a si mesmo e é visto como uma gente nova, um novo gênero humano diferente de quantos existiam. Povo novo, porque é um novo modelo de estruturação societária, que inaugura uma forma singular de organização socioeconômica, fundada num tipo renovado de escravismo e numa servidão continuada ao mercado mundial. Novo inclusive, pela inverossímil alegria e espantosa vontade de felicidade, num povo tão sacri�cado, que alenta e comove a todos os brasileiros”. 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 16/21 Imagem 6 - Diversidade cultural do Brasil. Fonte: Só Geogra�a. “Essa conformação poderia ter gerado uma sociedade multiétnica, fragmentada e dividida pela oposição de componentes diferenciados e impossíveis de miscigenação. Ocorre que o Brasil não se dividiu em minorias raciais, culturais ou regionais, vinculadas a lealdade étnicas próprias e con�itantes perante a nação. Essa amálgama, apesar de criar uma nova etnia, não desfaz a diversidade nacional, obtida principalmente por três fatores: o ecológico, dadas a diversidade ambiental distinta que criou paisagens humanas diversas e a adaptabilidade desse novo povo; o econômico, que criou formas diferenciadas de modos de produção, como suas diversas formas de organização social; e, por �m, o migratório, que ajudou a completar essa miscigenação, especialmente com a presença de europeus, japoneses e árabes”.(FINAZZI PORTO, 2015, p.176). Foi justamente a nossa miscigenação que criou um povo único e com modos diversos em um único país que pode ser notada hoje, como sertanejos do Nordeste, caboclos da Amazônia, crioulos do litoral, caipiras do Sudeste e Centro-Oeste, gaúchos das campanhas sulistas, além de ítalo-brasileiros, germano-brasileiros, nipo-brasileiros, entre outras tantas miscigenações conforme explica Finazzi Porto(2015). Síntese Nos estudos realizados nesta unidade, podemos observar que o nosso país, devido a sua grande diversidade, é um país com ampla possibilidade de atrativo turístico cultural, onde é possível se sentir em casa, mesmo sendo de outro país devido a miscigenação que ocorre 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 17/21 desde a formação do Brasil. Além da diversidade cultural, temos um país rico em sua natureza, que é um grande atrativo. Nossas festas, comemorações, se bem organizadas, é um grande propulsor da economia e gera faturamento considerável pois atrai turismo tanto nacional quanto internacional. Mas também temos que considerar o desgaste ocasionado devido a essa massi�cação do turismo, e senão for devidamente controlado por leis, infelizmente não temos um bom desenvolvimento no setor turístico. Nossa demanda oscila ainda, mas o conceito de viagem, hoje passou a ser mais considera cultural do que de descanso, e isso nos leva a questão educacional com relação ao turismo. Preparar nativos para bem receber turistas sem alterar seus costumes é o desa�o das instituições que hoje atuam em conservação do patrimônio cultural brasileiro. Entender a complexidade das políticas públicas hoje aplicadas para a defesa de nosso patrimônio é essencial para mantermos uma cultura tão rica e diversi�cada e também mantermos o patrimônio cultural de cada região bem cuidado para que se não se perca na história e no tempo. Por todos os aspectos estudados, podemos concluir que nesta unidade foi possível: ● Entender e identi�car o patrimônio brasileiro tombado pelo IPHAN. ● Compreender como se dá o gerenciamento do patrimônio Histórico Nacional. ● Compreender a importância do patrimônio Cultural. ● Conhecer a Carta Internacional sobre Turismo Cultural (1999). ● Compreender os conceitos de patrimônio cultural material, patrimônio cultural imaterial e patrimônio da humanidade. ● Analisar as diferentes classi�cações do patrimônio já estudadas em sala de aula. ● Identi�car as características culturais e diversidades dos grupos humanos: proximidades e diferenças e cultura. ● Conhecer alguns patrimônios brasileiros. ● Compreender as leis sobre tombamento e que protegem os bens patrimoniais. Download do PDF da unidade Bibliografia 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 18/21 FUNARI, Pedro Paulo e PINSKY, Jaime (orgs). Turismo e patrimônio Cultural. SP: Contexto, 2007. Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. MENESES, José Newton Coelho. História & turismo cultural . Belo Horizonte: Autêntica, 2006. Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO, Ana Luisa Howard (Orgs.). Intervenções em centros urbanos Objetivos, estratégias e resultados . 2ª edição. Manole: Barueri-SP, 2009. Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. ABREU, Regina; CHAGAS, Mário. Memória e patrimônio - Ensaios Contemporâneos . Rio de Janeiro: Lamparina, 2003. SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura . Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul/dez 2006, p. 20-45.MARCHETTE, T.D. Educação Patrimonial e políticas públicas de preservação no Brasil . Curitiba: InterSaberes, 2016. FINAZZI PORTO, Aloísio. patrimônio Turístico do Brasil . In: FINAZZI PORTO, Aloísio. patrimônio Turístico do Brasil. Curitiba: Intersaberes, 2015. Bibliogra�a Complementar CAMARGO, L.O.L. Hospitalidade . São Paulo: ALEPH, 2004. Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações . São Paulo: Contexto, 2007. Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. PINSKY, C. B.; LUCA, T. R. (org.) O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009. Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. LASHLEY, Conrad e MORRISON, Alison (orgs.). Em busca da hospitalidade: perspectivas de um mundo globalizado . São Paulo: Manole, 2004. Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. MARCHETTE, T.D. Educação Patrimonial e políticas públicas de preservação no Brasil . Curitiba: InterSaberes, 2016. Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 19/21 Leis: MINISTÉRIO DO TURISMO. PORTARIA Nº 27 , DE 30 DE JANEIRO DE 2014 nº Portaria Nº27, de 30 de janeiro de 2014. Estabelece requisitos e critérios para o exercício da atividade de Guia de Turismo e dá outras providências. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/legislacao/?p=117 . Acesso em: 5 jul. 2019. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS. LEI Nº 11.771 , DE 17 DE SETEMBRO DE 2008. nº LEI Nº 11.771, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, de�ne as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico; revoga a Lei no 6.505, de 13 de dezembro de 1977, o Decreto-Lei no 2.294, de 21 de novembro de 1986, e dispositivos da Lei no 8.181, de 28 de março de 1991; e dá outras providências. Brasília, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11771.htm . Acesso em: 5 jul. 2019. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS. DECRETO Nº 7.381 nº LEI Nº 11.771, de 2 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, de�ne as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, e dá outras providências. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20072010/2010/Decreto/D7381.htm . Acesso em: 5 jul. 2019. Artigo: MIRANDA, Marcos Paulo de Souza. O inventário como instrumento constitucional de proteção ao patrimônio cultural brasileiro. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 13, n. 1754, 20 abr. 2008. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/11164 . Acesso em: 3 jul. 2019. JUNDURIAN CORÁ, Maria Amelia. Políticas públicas culturais no Brasil: dos patrimônios materiais aos imateriais. Políticas públicas culturais no Brasil: dos patrimônios materiais aos imateriais, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rap/v48n5/02.pdf . Acesso em: 4 jul. 2019. Site: POLÍTICA de preservação do patrimônio Cultural Brasileiro completa 80 anos. Brasília, 12 jan. 2017. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/indl/noticias/detalhes/3949/politica-de preservacao-do-patrimônio-cultural-brasileiro-completa-80-anos .Acesso em: 4 jul. 2019. http://www.turismo.gov.br/legislacao/?p=117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11771.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20072010/2010/Decreto/D7381.htm https://jus.com.br/artigos/11164 http://www.scielo.br/pdf/rap/v48n5/02.pdf http://portal.iphan.gov.br/indl/noticias/detalhes/3949/politica-de%20preservacao-do-patrim%C3%B4nio-cultural-brasileiro-completa-80-anos 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 20/21 HTTP://WWW.UNESCO.ORG. Trabalho do patrimônio Mundial no Brasil. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/work-of-world- heritage/#c1048755 . Acesso em: 4 jul. 2019(HTTP://WWW.UNESCO.ORG, 2010) patrimônio Cultural. [S. l.], 2014. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br . Acesso em: 5 jul. 2019. HTTP://WWW.DOMINIOPUBLICO.GOV.BR/PESQUISA/PESQUISAOBRAFORM.JSP. Turismo Cultural - Orientações Básicas. http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp, 2006 .. Acesso em: 4 jul. 2019. Imagens: Imagem 1 - MONA Lisa (1503 - 1506) de Leonardo da Vinci MONA Lisa (1503 - 1506) de Leonardo da Vinci. 2018. Imagem. Disponível em: https://www.pensador.com/obras_de_arte_famosas/ . Acesso em: 13 jul. 2019. Imagem 2 - ABAPORU (1928) de Tarsília do Amaral.ABAPORU (1928) de Tarsília do Amaral. 2018. Imagem. Disponível em: https://www.pensador.com/obras_de_arte_famosas/ . Acesso em: 13 jul. 2019. Imagem 3 - A NOITE Estrelada (1889) de Vincent Van Gogh.(A NOITE..., 2018) Imagem 4 - REALI, Heitor. Arte de pintura corporal dos índios wapaji. 2018. Imagem. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/54 . Acesso em: 13 jul. 2019. Imagem 5 - PRAÇA Tiradentes em Ouro Preto - MG. 2018. Imagem. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/30 . Acesso em: 13 jul. 2019. Imagem 6 - DIVERSIDADE cultural do Brasil. 2018. Imagem. Disponível em: https://www.sogeogra�a.com.br/Conteudos/Geogra�aFisica/Brasil/diversidadebrasil.php . Acesso em: 13 jul. 2019. http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/work-of-world-heritage/#c1048755 http://portal.iphan.gov.br/ http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp,%202006 https://www.pensador.com/obras_de_arte_famosas/ https://www.pensador.com/obras_de_arte_famosas/ http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/54 http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/30 https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Brasil/diversidadebrasil.php 23/03/2022 21:17 SU-BL2-HOS_HISPAT_19_E_2 https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vUZiK4KvyNjP79peuJp3gQ%3d%3d&l=ZLBYH9xlrPlbd5aUXCcp%2bQ%3d%3d&cd=G0L… 21/21
Compartilhar