Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Membrana plasmática Membrana plasmática é um envoltório que toda célula possui, e todos os compartimentos internos também estão envoltos de membrana biológica, mantendo as diferenças de composição dos meios celulares. Ela é constituída por proteínas, lipídios e carboidratos e ela define quem passar por ela por transporte ativo ou passivo. Evolução dos modelos de membrana Gorter e Grendel (1925): membrana com duas camadas de lipídios com a parte apolar voltadas para os meios intra e extracelular. Danielli e Davson (1935): membrana de bicamada lipídica com proteínas na membrana celular. Robertson (1957-59): bicamada lipídica com proteínas globulares fora da camada. Stein e Danielli (1956): poros hidrofílicos atravessando toda a bicamada para justificar a comunicação com o meio externo. Lucy e Glauert (1964): micelas lipídicas em ambas as faces e recobertas por proteínas. Benson (1966): matriz de proteínas e lipídios mergulhados nelas. Lenard e Singer (1966): dupla camada descontinuada em que as proteínas estariam fixas. Singer e Nicolson (1972): mosaico fluido de moléculas proteicas colocadas em uma camada fluida de lipídios. Cabeça polares para o meio extra e caudas apolares para o meio intra. As proteínas podem ser periféricas (só na superfície tanto interior quanto exterior) ou integrais (atravessam a membrana). E além de lipídios e proteínas, tem carboidrato revestindo a membrana, com função de reconhecimento celular. Parâmetros elétricos 1. Rigidez dielétrica da membrana: o citosol é mais negativo em relação ao meio extracelular, criando um campo elétrico no interior da membrana. 2. Capacitância da membrana: como separa dois meios condutores, funciona como um capacitor. 3. Resistência de membranas: elevada resistência elétrica. Composição da membrana celular 50% da massa da maioria das membranas celulares são lipídios. Sendo formada por: fosfolipídios, colesterol e glicolipídios. Fosfolipídios: mais abundantes, uma cabeça polar e duas caudas hidrofóbicas, sendo uma delas flexionada por cauda de uma dupla ligação cis- fluidez na membrana. Colesterol: uma cabeça polar e na região hidrofóbica tem anéis de esteroides e uma cauda de ácido graxo - menos deformações na membrana e diminui a permeabilidade. Proteínas são multitarefas e tem funções como: 1. Regular o volume celular 2. Manter a composição iônica 3. Manter pH 4. Captar nutrientes 5. Eliminar produtos do metabolismo Classificação funcional das proteínas transmembranas 1. Receptores: conversão de sinais químicos extracelulares em respostas intracelulares. 2. Enzimas: catalisam reações no meio intra e extra. 3. Citosqueleto: altera a forma da célula e fixa a proteína. 4. Proteínas de junção: adesão entre células adjacentes (oclusiva, aderentes, comunicante, desmossomo). 5. Proteínas que induzem resposta imune: marcam e fazem o sistema imune notar células estranhas. 6. Proteínas de transporte: transportam solutos. Fluido bidimensional A membrana não é uma estrutura estática, e os lipídios realizam 4 movimentos: a. Flip-flop: de uma monocamada para outra, durante 45 dias. b. Difusão lateral: movem-se lateralmente na camada. c. Rotação: ao longo do próprio eixo. d. Flexão: movimento das caudas. O que controla a fluidez da membrana plasmática? a. Temperatura: quanto mais alta, mais fluida, quanto menos alta, menos fluida. b. Número de dupla ligações nas caudas: quanto maior o número de insaturação mais fluida é a membrana, pois como dobra a cauda, afasta os vizinhos. c. Concentração de colesterol: quanto mais colesterol, menos fluida. d. Tamanho da cauda: quanto mais curta, mais fluida. Lembrando que a membrana plasmática é assimétrica na sua composição e isso permite melhor sinalização e realização de determinadas funções. Transporte transmembrana Difusão simples: do meio extra para o meio intra ou vice e versa diretamente pela membrana, do meio mais concentrado para o menos concentrado. SEM GASTO DE ATP. Difusão facilitada: do meio mais concentrado para o menos concentrado, porém mediado por proteínas transportadoras (canal ou carreadoras), pois as substâncias não possuem afinidade com a camada lipídica. a. Carreadora: sítios de ligação para o soluto, sofrendo mudança conformacional e deixa o soluto entrar na membrada do outro lado, sendo uniporte (único sentido e única molécula), simporte (dois solutos diferentes no mesmo sentido) ou antiporte (dois solutos diferentes dois sentidos contrários - trocador). b. Canal: transporta sem se fixar no soluto, é passivo movido pela concentração. Os canais funcionam através de mecanismos como voltagem, mediador químico, ativação mecânica. Transporte ativo: do meio menos concentrado para o mais concentrado, tendo gasto de ATP e quem realiza o trabalho são as proteínas carreadoras chamadas de bombas. Bomba de Sódio e Potássio: transporta 3 íons Na+ para o meio extracelular e 2 íons K+ potássio para o meio intracelular, consumindo uma molécula de ATP. Ambos os íons são transportados de um meio menos concentrado para um mais concentrado do mesmo íon. É importante pois: 1. Deixa o meio intra mais negativo. 2. Cria gradiente de concentração - potencial de repouso das células. 3. Saída de água da célula - mantém a água constante. Rafts lipídicos: Por representarem plataformas lipídicas responsáveis pela compartimentalização de eventos celulares ao nível de membrana, e regulação da atividade de enzimas membranares, a organização e dinâmica dos rafts afetam as mais diversas vias sinalizatórias e funções neurais, a incluir memória e neuroplasticidade. A desorganização ou desmonte dos microdomínios, pode, portanto, causar danos celulares. Carboidratos Tem funções diversas na membrana plasmática como: 1. Proteger a superfície da célula. 2. Superfície da célula negativa. 3. Reconhecimento celular. 4. Adesão celular. 5. Tipo sanguíneo. 6. Ligação do espermatozoide à zona pelúcida. Especificações da membrana plasmática 1. Microvilosidades -São imóveis -Aumentam a área de superfície celular -Filamentos de actina. 2. Cílios/flagelos - Projeções cilíndricas MÓVEIS, semelhantes a pêlos -Função: propulsão de muco e de outras substâncias sobre a superfície do epitélio, através de rápidas oscilações rítmicas e no caso dos flagelos funcionam na locomoção 3. Esterocílios - são parecidos com microvilosidades - mais longas e ramificadas -São imóveis. Comportamento elétrico 1. Resistor = canais iônicos (obedecem a lei de Ohm). 2. Capacitor = bicamada lipídica (dielétrico lipídico). Potencial de repouso • Acontece devido a diferença de potencial existente entre os meios que a membrana separa, gerando propriedades capacitivas. O que faz existir o potencial de repouso: 1. A permeabilidade seletiva de íons. 2. Assimetria na distribuição de íons. 3. Bomba de sódio e potássio (Na para fora depende do K no exterior e da temperatura). • O gradiente de concentração é usado para ser energia na despolarização e na repolarização. • Co-transporte e contratransporte. • Regulado pelo Na interno e pelo K externo. • O potássio extracelular é quem sustenta o potencial de repouso. Potencial de equilíbrio de um íon ou Nernst • Diferença de potencial entre o intra e o extra quando o fluxo do íon é nulo. • O potencial de repouso de uma membrana caso ela fosse permeável a apenas um único íon considerado. Potencial de ação no axônio • Overshoot = potencial de ação da membrana. • Interior torna-se positivo em relação ao meio externo. • Despolarização = entrada de Na (pouco tempo e intenso) • Repolarização = fuga do K (muito tempo, hiperpolariza) • Sódio é um íon transportador de corrente de entrada. Potencial de ação do coração Fases do potencial de ação 1. Despolarização da célula 2. Rápida e incompleta repolarização 3. Platô (cél. Despolarizada) e p.a constante. 4. Repolarização real (recuperao p.r) 5. Diástole elétrica (p.m constante) Componentes do p.a do coração • Rápido: assemelha-se ao potencial de ação do nervo despolarizado - entrada de Na. • Lento: resposta elétrica característica cardíaca, despolarização menor e velocidade pequena. Tipos de p.a do coração • A = componente rápido bem desenvolvido = amplitude do p.a. (Miocárdio de trabalho e condução ventricular). • B = tem rápido mal desenvolvido, componente lento = amplitude do p.a. (Células de transição dos nódulos) • C = não tem componente rápido. (Células nodais). Condutância da membrana no p.a • Conduz Na 30x mais que K. • Condutância ao K reduz temporariamente (manter despolarizado). • Pelo gradiente de concentração e pelo elétrico = fuga do K = repolarização. • Importante influxo de cálcio. Correntes iônicas que formam p.a cardíaco • Ocorre devido a concentração iônica e a condutância da membrana. Fase 0: despolarização da célula pelo sódio que entra pelos canais rápidos, aumentando a taxa de variação da voltagem. Fase 1: rápida e incompleta repolarização. Fase 2: platô, com a participação do cloreto, sódio e cálcio, os dois últimos pelos canais lentos. Fase 3: repolarização real com potássio. Fase 4: diástole elétrica, correntes lentas de sódio, cálcio e potássio.
Compartilhar