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Semiologia Radiológica do Tórax DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO TÓRAX Þ Com à evolução dos vários métodos de estudo por imagem do tórax, a radiografia convencional foi enriquecida pelas técnicas de tomografia computadorizada (TC), ultrassonografia (USG), ressonância magnética (RM) e medicina nuclear (MN). RADIOLOGIA DE TÓRAX Þ Uma boa técnica de execução radiografia é essencial para que se interprete corretamente à imagem. As incidências mais frequentemente utilizadas são: TÉCNICA Þ Incidência frontal: as incidências frontais, tanto á anteroposterior (AP) quanto a posteroanterior (PA), realizadas em inspiração profunda (para uma maior visibilidade das estruturas), sempre que possível. Þ Lateral: como complemento do estudo adequadamente interpretado em incidência frontal. FATORES TÉCNICOS Þ Colimação: para proteção e prevenção de radiação secundária. Þ Penetração: é a qualidade que permite avaliar o máximo de estruturas anatômicas em uma incidência única. Þ É importante ressaltar que os fatores que influenciam no resultado de uma imagem podem ser divididos em 3 grupos: Fatores técnicos de exposição (tensão do tubo, estação da corrente, tempo de exposição), fatores associados ao paciente (espessura da área anatômica, composição e densidade da área analisada, idade do paciente) e os fatores relacionados à qualidade da imagem, que serão detalhados neste artigo. PRINCIPAIS FATORES RELACIONADOS À QUALIDADE DA IMAGEM DENSIDADE Þ A densidade de uma imagem é medida pelo enegrecimento do processo. Quanto mais escura e quanto mais densa for a estrutura analisada, mais ressaltada essa característica estará nos resultados. A densidade pode ser definida pela duração da descarga de radiação e pela distância entre o foco e o objeto analisado. DETALHE Þ O detalhe é definido pela nitidez das regiões a serem analisadas. Uma imagem com boa nitidez permite aos profissionais da área visualizarem com precisão cada detalhe anatômico e detectarem micro fraturas, o que não é possível em uma imagem com um nível alto de borramento. CONTRASTE Þ O contraste se refere à diferença de densidade entre duas regiões adjacentes. O contraste baixo é marcado por diversos tons de cinza semelhantes na imagem, enquanto o contraste alto é composto pela interação entre a cor preta e branca, e a maneira como elas ajudam um profissional a identificar diferentes áreas na imagem. DISTORÇÃO Þ A distorção diz respeito à reprodução errada dos tamanhos da área analisada. Quando em demasia, ela inviabiliza a imagem radiográfica para o diagnóstico. Para minimizar a distorção na imagem, é preciso atentar-se ao controle da distância foco-filme. PENETRAÇÃO POSICIONAMENTO E ROTAÇÃO Þ Para saber se a incidência AP ou PA está adequada. INSPIRAÇÃO Þ Para avaliar à inspiração, as cúpulas diafragmáticas devem estar no nível da extremidade da oitava costela. EXPOSIÇÃO Þ O tempo de exposição deve ser o mais curto possível. MEIOS DE CONTRASTE Þ Sulfato de bário para contrastação de esôfago e alças intestinais e respectivas inter-relações com estruturas normais ou patológicas do tórax. ANÁLISE Þ Metodologia: o roteiro sugerido inicia-se pelas estruturas extratorácicas, porção superior do abdome, base do pescoço, tubos e cateteres, partes moles, esqueleto torácico, mediastino (timo, traqueia, grandes vasos e coração), diafragma e, finalmente, campos pulmonares. Þ (A,B,C,D,E) ESTRUTURAS EXTRATORÁCICAS ESQUELETO MEDIASTINO INDICE CARDIO TORAXICO: A + B / C = ATE 0,5 CÚPULAS DIAFRAGMÁTICAS CAMPOS PULMONARES Þ Padrões Do Raio X do tórax. CONSOLIDAÇÃO: Þ Redução da transparência, sem perda de volume (Preenchimento dos alvéolos) Þ Lobar; Difusa; multifocal RETICULAÇÃO: Þ Opacidades lineares irregulares (Alteração do interstício pulmonar). • Finas; • Grosseiras; • Reticulonodular. ATELECTASIA: Þ Redução da transparência com perda de volume (Colapso dos alvéolos) • Segmentar; • Lobar; • Completa. NÓDULO E MASSA: Þ Opacidade arredondada (Nódulo < 3 cm, Massa > 3 cm) (Tumores e infecções) Þ Solitário; múltiplos HIPER TRANSPARENCIA Þ Pulmão mais escuro, diminuição das marcas vasculares (Enfisema, obstrução, bolhas) • Localizada • Difusa INFECÇÕES PULMONARES INFECÇÕES BACTERIANAS Þ Pneumonia é uma doença infecciosa aguda que acomete o parênquima pulmonar, podendo ser causada por bactérias, vírus ou outros agentes. Þ Streptococcus pneumonia é o patógeno mais frequentemente implicado na pneumonia adquirida na comunidade em todas as faixas etárias. Þ Outros agentes comumente implicados são os vírus Haemophilus influenzae, Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia pneumoniae. Þ A radiografia de tórax é o método de imagem inicial na avaliação de pacientes com suspeita de pneumonia, por conta de sua razoável acurácia, grande disponibilidade, baixo custo e pouca radiação envolvida. A tomografia computadorizada (TC) é reservada para casos duvidosos, principalmente quando a radiografia de tórax é normal em pacientes com alta suspeição clinica e em pacientes imunocomprometidos. PADRÕES RADIOLÓGICOS DAS INFECÇÕES BACTERIANAS Pneumonia lobar Þ A pneumonia lobar se caracteriza na radiografia e na TC pela presença de consolidação homogênea do espaço aéreo que envolve segmentos adjacentes de um mesmo lobo, mais comumente pelo Streptococcus pneumoniae e, menos comumente, por Klebsiella pneumoniae, Legionella pneumophila, Haemophilus influenzae e Micobacterium tuberculosis BRONCOPNEUMONIA Þ A broncopneumonia se caracteriza na radiografia por opacidades focais mal definidas e focos heterogêneos de consolidação que podem acometer um ou mais segmentos de um mesmo lobo ou múltiplos lobos. Na TC, a inflamação peribronquiolar se reflete na presença de micronódulos centrolobulares e opacidades micronodulares ramificantes. Os agentes mais comuns são Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. PNEUMONIA INTERSTICIAL Þ A radiografia demonstra espessamento peribrônquico difuso e opacidades reticulonodulares mal definidas, algumas vezes associadas a atelectasias laminares ou subsegmentares e áreas focais de consolidação. A TC evidencia micronódulos centrolobulares e opacidades com padrão de “árvore em brotamento”. São causadas mais comumente pelo Mycoplasma pneumoniae e vírus. PNEUMONIAS VIRAIS Þ Os vírus influenza dos tipos A e B respondem pela maioria das pneumonias virais em indivíduos adultos imunocompetentes; outros vírus comumente envolvidos nas infecções que acometem essa população são o vírus sincicial respiratório e o adenovírus. RADIOGRAFIA SIMPLES Þ As infecções virais que cursam com traqueobronquite, frequentemente não demonstram anormalidades na radiografia. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Þ Espessamento de paredes brônquicas e/ou bronquiolares. Þ Distúrbios da atenuação do parênquima (padrão de atenuação em mosaico). Þ Nódulos, micronódulos e imagens de “árvore em brotamento”. Þ Opacidades em vidro fosco e consolidações alveolares. Þ Espessamento de septos interlobulares. EMBOLIA SÉPTICA Þ A embolia séptica é caracterizada pela presença de nódulos pulmonares que geralmente medem entre 1 e 3 cm de diâmetro. A presença de áreas de escavação nos nódulos é frequente. Quando ocorre oclusão de artérias pulmonares por trombos ou êmbolos sépticos, podem coexistir focos de hemorragia e/ou infarto pulmonar. A hemorragia se apresenta na TC como áreas de opacidades em vidro fosco, e os focos de infarto se manifestam como áreas subpleurais de consolidação, cuneiformes, geralmente com componente de necrose ou franca escavação central. Os principais agentes bacterianos são Staphylococcus aureus, Streptococcus viridans, Staphylococcus epidermidis e enterococos. COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS PLEUROPULMONARES PNEUMONIANECROTIZANTE E ABSCESSO Þ As pneumonias necrotizantes se manifestam radiograficamente como áreas radiolucentes em meio a uma consolidação, muitas vezes confluentes e formando cavidades. Þ Os abscessos pulmonares se manifestam como massas únicas ou múltiplas, que podem ocorrer isoladamente ou em meio a áreas de consolidação. Os agentes bacterianos relacionados às pneumonias necrotizantes e aos abscessos pulmonares são S. aureus, K. Pneumoniae, P. aeruginosa e outras Gram-negativas anaeróbias. PNEUMATOCELES Þ São complicações frequentes em pneumonias graves, geralmente por Staphyloccocus aureus. Trata-se de distensão alveolar que leva ao aparecimento de cistos no parênquima pulmonar.
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