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Isadora Nunes – Med 101 1 Técnicas radiológicas do tórax Radiografia de tórax: Método diagnóstico mais utilizado Geralmente, é o 1° exame de imagem. Caso tenha uma alteração, pode se complementar com TC Baixo custo Amplamente disponível Incidência radiológica é o que vai determinar a direção e o sentido dos feixes de raios-x Regra geral na radiologia sugere que são necessárias no mínimo duas incidências feitas o mais próximo possível de 90° entre si para a maioria dos procedimentos radiológicos Duas incidências: As estruturas anatômicas se sobrepõem, logo é necessário fazer duas incidências para ter uma real noção das estruturas Permite a localização de lesões ou corpos estranhos Determinação de alinhamento de fraturas Incidências: Incidência de rotina (básica): São comumente feitas em todos os pacientes que podem cooperar totalmente Incidências complementares: Realizadas para melhor demonstrar partes anatômicas especificas, ou em determinadas condições patológicas, ou que podem ser necessárias para pacientes que não conseguem cooperar completamente Distância padrão: distância foco-filme Distancia de 180 cm entre o filme e o tubo é a ideal para uma boa imagem Figura 1:radiografia em PA A estrutura branca poderia estar na blusa do paciente. A imagem de perfil, conclui a localização da estrutura branca entre o parênquima pulmonar e o mediastino Isadora Nunes – Med 101 2 As incidências básicas do tórax são em PA e perfil O coração deve ficar mais próximo do filme. Quando ele fica mais perto do tubo, ele fica magnetizado e aumenta de tamanho, tampando outras estruturas do tórax. Ex: o coração pode cobrir pneumonias de libo inferior esquerdo, que só é visto em incidência lateral Essa posição (mãos para trás) afasta as escapulas do parênquima pulmonar Incidência póstero-anterior (PA) O raio entra na superfície posterior e sai na anterior O raio incide perpendicular ao plano coronal do corpo e paralelo ao plano sagital Incidência ideal para avaliar o pulmão/tórax Incidência lateral (perfil): Deve incluir um termo de qualificação da posição como uma posição lateral esquerda ou direita (direita apenas quando solicitado). O coração tem que ficar mais próximo do filme, logo perfil esquerdo é feito, normalmente Incidência antero-posterior (AP): O raio entra na superfície anterior e sai posterior ao tórax Usada quando o paciente não consegue ficar de pé, acamado ou quando não consegue fazer o PA Geralmente, pacientes acamados que fazem AP, possuem sondas, cateteres que sobrepõe as estruturas Figura 2: AP no leito Isadora Nunes – Med 101 3 3 condições que pioram a visualização do pulmão em AP no leito: Não alcança uma distância de 180 cm Coração magnificado Paciente deitado não inspira (profundamente) da mesma forma que o paciente em pé PA x AP no leito: Na incidência em AP, a sombra cardíaca apresenta um aumento em ralação à projeção PA devido à difusão dos feixes de raios x Figura 3: PA x AP no leito AP em decúbito lateral (Laurell): O paciente fica em decúbito lateral e os raios vem no sentido horizontal Usado, principalmente em caso de suspeita de derrame pleural e pneumotórax. O liquido vai se concentrar no lado de baixo e o ar pra cima, facilitando a visualização Incidências obliquas: Deve incluir um termo de qualificação descrevendo a posição do corpo como OAD, OAE, OPD e OPE Antigamente era usado para avaliar câmaras cardíacas. Hoje se utiliza mais para ver fratura de costela Isadora Nunes – Med 101 4 Incidência lordótica OU AP picolordótica : Se faz quando quer tirar ainda mais as sobreposições de estruturas do ápice pulmonar Considerações técnicas: A aquisição adequada da radiografia de tórax é mais difícil que a de outras partes do corpo devido ao contraste produzido pelas diversidades de tecidos existentes: espaço aéreo, alvéolos, estruturas ósseas Exposição correta permite visualizar: Vasos periféricos Campos pulmonares Margens paraespinhais Hemidiafragma esquerdo (atrás do coração) A superexposição aos raios x produz uma imagem mais penetrada, que favorece a visualização da coluna dorsal, estruturas do mediastino, área retrocardíaca e tubos nasogástricos ou endotraqueais Pequenos nódulos ou estruturas pulmonares não são visualizados Quando ocorre uma exposição reduzida aos raios x, a imagem torna-se mais clara e dificulta a interpretação A vascularização pulmonar fica mais proeminente e pode induzir a uma percepção de infiltrados generalizados, quando em realidade não estão presentes Além disso, os detalhes do mediastino, o espaço retrocardiaco ou a coluna dorsal ficam prejudicados Isadora Nunes – Med 101 5 Hiperpenetrada x hipopenetrada: A avaliação é prejudicada Masculino x feminino: A principal diferença nas radiografias é a quantidade de tecido mamário, que pode interferir na interpretação da projeção PA ou AP. O tecido mamário absorve boa parte da radiação, resultando em um aspecto mais esbranquiçado da imagem atrás das mamas, e um padrão vascular pulmonar mais proeminente. Um problema comum de interpretação radiológica é a ocorrência de mastectomia unilateral, que resultará em densidade pulmonar assimétrica. O campo pulmonar atrás da mastectomia estará mais escuro que o contralateral, o qual poderá ser interpretado erroneamente como um infiltrado pulmonar. Os mamilos podem apresentar uma imagem semelhante a um nódulo bem definido nas bases pulmonares, na exposição em AP ou PA. Contudo, essas imagens não apresentarão correspondência na radiografia em projeção lateral (perfil). Figura 4: mamilos Avaliação da imagem: O certo é avaliar o raio x no negatoscópio, não olhar com a luz de lâmpada
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