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MÓDULO 2 PBL1

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MÓDULO 2
PROBLEMA 1 – MEDICINA POR AMOR
1. CONHECER O PROGRAMA MAIS MÉDICO;
Apesar do alto número de escolas médicas, o número de vagas oferecidas era e ainda é insuficiente e mal distribuído no território nacional, ocasionando um déficit que impacta a AB de diferentes formas. Além de ser um dos principais condicionantes da expansão da Estratégia de Saúde da Família, a insuficiência de médicos coloca os municípios em disputa pelos profissionais disponíveis, obrigandoos a propostas salariais não compatíveis com os recursos municipais. Tal situação eventualmente gera atrasos salariais, quebras de contrato e a imposição aos médicos de jornadas reduzidas de trabalho, não compatíveis com as necessidades dos serviços. Esse quadro tem suscitado irregularidades e ilegalidades nos serviços, além de dificultar o acesso e prejudicar a qualidade da assistência, já que pouco mais da metade dos médicos completa um ano de atuação no mesmo município (Brasil, 2015). Em janeiro de 2013, prefeitos recém-eleitos de todo o país, reunidos no Encontro Nacional de Prefeitos, manifestaram-se publicamente no movimento denominado “Cadê o médico?”. Uma petição foi encaminhada ao Governo Federal reivindicando a contratação de médicos estrangeiros, alegando a falta de médicos, principalmente para o interior, periferias e regiões de vulnerabilidade social. Como resposta, e em um contexto no qual o Ministério da Saúde buscava enfrentar os fatores condicionantes do baixo desenvolvimento da AB, em julho de 2013 foi instituído o PMM para o Brasil (Comes et al., 2016). Entre os objetivos que o PMM busca atingir estão: a diminuição da carência de médicos nas regiões prioritárias; o fortalecimento da prestação de serviços de AB; o aprimoramento da formação médica no país (ampliando o campo de prática durante a formação); a ampliação da inserção do médico em formação nas unidades do SUS; o fortalecimento da política de educação permanente, via integração ensino-serviço; o fomento da troca de conhecimentos e experiências entre profissionais brasileiros e estrangeiros; o aperfeiçoamento para atuação nas políticas públicas de saúde e na organização e funcionamento do SUS; e o estimulo à realização de pesquisas aplicadas ao SUS (Brasil, 2015). Além de buscar impactar diretamente o problema do provimento de profissionais, o Programa buscou incidir sobre a relação do SUS com a categoria médica, pela via da reorientação da formação colocada na Lei nº 12.871/2013, que abrange todas as escolas médicas: públicas e privadas, novas e já existentes.
*Todos os profissionais médicos poderão participar, porém, os médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil terão prioridade na seleção e ocupação das vagas ofertadas pelo Mais Médicos. Veja abaixo a ordem de prioridade:
· Médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil (CRM Brasil);
· Médicos brasileiros formados em instituições estrangeiras com habilitação para exercício da medicina no exterior (Intercambista Brasileiro);
· Médicos estrangeiros com habilitação para exercício da Medicina no exterior (Intercambista Estrangeiro).
*Ajuda de custo de deslocamento;
Os profissionais que precisam se mudar de município para trabalhar no Mais Médicos têm direito à Ajuda de Custo de Deslocamento. É necessário comprovar a mudança para ter direito ao benefício.
Os valores da Ajuda de Custo serão calculados conforme as faixas abaixo:
· Faixa 01: Municípios situados na região da Amazônia Legal, em região de fronteira e áreas indígenas: concessão de ajuda de custo no valor de 3 (três) bolsas: R$ 37.159,50 (Dividido em duas parcelas: primeira parcela 70% e segunda parcela 30% após 6 meses da data de homologação).
· Faixa 02: Municípios situados na Região Nordeste, na Região Centro-Oeste e na região do Vale do Jequitinhonha-MG: concessão de ajuda de custo no valor de 2 (duas) bolsas: R$ 24.773,00 (Dividido em duas parcelas: primeira parcela 70% e segunda parcela 30% após 6 meses da data de homologação).
· Faixa 03: Capitais, regiões metropolitanas, Distrito Federal e Municípios não contemplados nas faixas 1 e 2 deste parágrafo: concessão de ajuda de custo no valor de 1 (uma) bolsa: R$ 12.386,50 (Pagamento em uma única parcela).
*Contrapartidas Municipais
Além da bolsa-formação, os médicos recebem auxílio moradia e alimentação, as chamadas contrapartidas municipais, pagos diretamente pelo município. Os valores variam de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.200 (três mil e duzentos reais) no total.
*Indenização por exercício das atividades em áreas de difícil fixação
2. ENTENDER OS PRINCIPIOS E DIRETRIZES DO SUS;
Sobre princípios, identificamos três elementos que compõe a base cognitiva, ideativa e filosófica do sistema brasileiro e que foi inscrita na Constituição Federal de 1988:
· Universalidade
· Equidade
· Integralidade
Os sentidos apontados nos permitem compreender diretrizes como aquilo que define rumos, dinâmicas, estratégias que organizam o SUS. São linhas gerais, determinam rotas; são estratégicas, pois apontam caminhos e meios para atingir objetivos. Nesse sentido, as diretrizes seriam meios, normas para atingir os objetivos do SUS que, em última instância, estariam articuladas com seus princípios.
· Descentralização
· Regionalização e Hierarquização
· Participação da comunidade
É por intermédio dessas diretrizes, tendo em vista o alicerce estrutural dos princípios da universalidade, equidade e integralidade, que o SUS deve se organizar. São estes os meios pelos quais escolhemos atingir os objetivos do sistema de saúde brasileiro.
3. ENTENDER O FINANCIAMENTO, A GESTÃO E A ABRANGÊNCIA DO SUS;
Abrangência do SUS são tanto as ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgências e emergeência, a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgÊncia e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica.
4. CONHECER A ANS;
ANS foi criada pela Lei 9.961/2000, surgindo como uma autarquia especial com autonomia administrativa, responsável pela fiscalização das operadoras de planos de saúde e pela regulação do mercado, tanto nos aspectos assistenciais como naqueles ligados à atividade econômica. Ela é vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil. Também trabalha em conjunto ao SUS para garantir o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde.
Como exemplo, o ressarcimento ao SUS, que ocorre quando os atendimentos prestados aos beneficiários de planos de saúde forem realizados em instituições públicas ou privadas, conveniadas ou contratadas, integrantes do sistema público, observando-se os limites dos contratos celebrados, conforme artigo 32 da Lei 9.656/1998.
(O artigo 32 da Lei nº 9.656/98 prevê que, se um cliente do plano de saúde utilizar-se dos serviços do SUS, o Poder Público poderá cobrar do referido plano o ressarcimento que ele teve com essas despesas1. O ressarcimento será efetuado pelas operadoras ao SUS com base em regra de valoração aprovada e divulgada pela ANS, mediante crédito ao Fundo Nacional de Saúde - FNS2. O § 3o da lei prevê que a Câmara pode constituir subcomissões consultivas, formadas por representantes dos profissionais e dos estabelecimentos de serviços de saúde, das entidades vinculadas à assistência à saúde ou dos consumidores, conforme dispuser seu regimento interno)
Toda a sistemática do ressarcimento se insere na lógica de regulação do setor de saúde suplementar, na medida em que desestimula o não cumprimento dos contratos celebrados e impede o subsídio, ainda que indireto, de atividades lucrativas com recursos públicos.
A ANS recebe do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) a base de dados com informações sobre os atendimentos ocorridos na rede do SUS e faz a conferência dessas informações com o seu banco de dados de beneficiários de planos de saúde.
Após a checagem, uma vez identificado que beneficiários utilizaramos serviços do SUS, são encaminhadas às operadoras de planos de saúde notificações, denominadas de Aviso de Beneficiário Identificado (ABI), para que efetuem o pagamento dos valores apurados ou apresentem defesa.
A defesa por parte das operadoras é composta por duas instâncias. Incialmente é protocolada uma impugnação, em que serão alegados os motivos pelos quais o ressarcimento não é devido. Caso haja o indeferimento das alegações, é possível apresentar um recurso contra a decisão anteriormente proferida.
Ao final do processo administrativo, caso seja constatado que os atendimentos identificados de fato se encontravam cobertos pelos contratos, são emitidas Guias de Recolhimento da União (GRU). As operadoras que não pagarem as guias serão inscritas em dívida ativa e no Cadastro Informativo de Créditos não quitados do Setor Público federal (CADIN), bem como ficam sujeitas à cobrança judicial. Por fim, os valores arrecadados pela ANS são encaminhados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS) do Ministério da Saúde.

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