Buscar

Material de Análise Funcional (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

■
■
■
■
Tels.: (21) 3543-0770/(11) 5080-0770 | Fax: (21) 3543-0896
www.grupogen.com.br | faleconosco@grupogen.com.br
Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste
volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios
(eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição pela Internet ou
outros), sem permissão, por escrito, da EDITORA ROCA LTDA.
Tradução: Soraya Imon de Oliveira
Capa: Bruno Sales
Produção digital: Geethik
Ficha catalográfica
M334m
10. ed.
Martin, Garry
Modificação do comportamento : o que é e como fazer / Garry
Martin, Joseph
Pear; Revisão técnica Gildo dos Santos Angelotti, Hernando Neves Filho. - -
10. ed. - Rio de Janeiro : Roca, 2018.
406 p. : il. ; 24 cm.
Inclui bibliografia e índice
ISBN 978-85-277-3379-3
1. Psicologia. 2. Comportamento humano - Aspectos psicológicos. I.
Pear, Joseph. II. Título..
http://www.grupogen.com.br
mailto:faleconosco@grupogen.com.br
http://www.geethik.com
23
•
•
•
Avaliação Funcional de
Comportamento Problemático
 Objetivos do aprendizado
Descrever as abordagens de avaliação funcional das causas de
comportamentos problemáticos
Discutir as principais causas de comportamentos problemáticos
Resumir as diretrizes para condução de uma avaliação funcional do
comportamento problemático.
Ao longo de toda a Parte 2 deste livro, especialmente nas seções “Armadilhas”,
reforçamos repetidamente como a aplicação incorreta dos princípios
comportamentais pode levar ao comportamento problemático. Em outras
palavras, se os princípios não estiverem funcionando para você, estarão
funcionando contra você. Cada vez mais, analistas e terapeutas comportamentais
tentam entender as causas dos comportamentos problemáticos, para tratá-los de
forma mais efetiva.
Uma avaliação funcional de um comportamento problemático envolve
fazer duas perguntas: quais são os antecedentes do comportamento e quais são as
consequências imediatas do comportamento. Mais especificamente,
perguntamos: o comportamento é evocado ou eliciado por estímulos particulares?
Está sendo reforçado? E, se estiver, qual é o reforço? O comportamento leva à
fuga de eventos aversivos? Da perspectiva do cliente, qual função é atendida pelo
comportamento? As respostas a essas questões têm implicações importantes para
o planejamento do tratamento efetivo.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL
O termo avaliação funcional se refere a uma variedade de abordagens que
tentam identificar os antecedentes e consequências de comportamentos
problemáticos. Nesta seção, consideramos os procedimentos para identificar
variáveis que controlam comportamentos problemáticos específicos, e
discutimos como o conhecimento destas variáveis podem ajudar a delinear
programas de tratamento efetivos. A informação aqui apresentada segue
logicamente os procedimentos e princípios básicos discutidos nos capítulos
anteriores deste livro.
Análise funcional de comportamento problemático
A análise funcional consiste na manipulação sistemática de eventos ambientais
para testar experimentalmente seus papéis como antecedentes ou consequências
no controle ou manutenção de comportamentos problemáticos específicos. Neste
procedimento ‐ que também é chamado avaliação funcional experimental ‐
alguém avalia diretamente os efeitos de potenciais variáveis de controle sobre o
comportamento problemático. No início da modificação de comportamento,
independentemente daquilo que estava causando ou mantendo um
comportamento problemático, muitas vezes se considerava que o agendamento
apropriado de reforçadores positivos e/ou punidores superaria qualquer coisa que
pudesse estar causando ou mantendo o comportamento. E esta estratégia
costumava funcionar bem. Entretanto, encontrar reforçadores positivos
suficientemente potentes para superar comportamentos problemáticos
extremamente sérios muitas vezes era difícil. Isso parecia ser especialmente
válido para o comportamento autolesivo emitido por indivíduos com dificuldades
de desenvolvimento. E muitos desses comportamentos (p. ex., enfiar o dedo no
olho, bater na cabeça, morder-se) eram tão danosos para os indivíduos nele
engajados que não restava dúvida de que tinham de ser eliminados. Se
comportamentos autolesivos extremamente danosos tivessem que ser
controlados, os modificadores de comportamento frequentemente pareciam não
ter escolha se não recorrer a punições fortes, como a punição do choque
elétrico.1
Então, em 1982, Brian Iwata et al. publicaram um artigo que se tornou tão
influente que acabou sendo reimpresso em 1994 (Iwata et al., 1982, 1994), e
ainda continua sendo amplamente citado. Estes pesquisadores decidiram conduzir
uma abordagem analítica funcional para obterem as causas do comportamento
autolesivo de crianças com dificuldade de desenvolvimento. Para tanto,
empregaram um delineamento multielementos, como descrito no capítulo
anterior.
Nove crianças com certo grau de dificuldade de desenvolvimento e que se
engajavam em comportamento autolesivo foram incluídas no estudo. Como o
estudo requeria permitir que as crianças emitissem comportamento autolesivo, a
equipe médica as submeteu a uma cuidadosa triagem com o intuito de garantir
que as autolesões não fossem além dos pequenos cortes ou arranhões que as
crianças tipicamente incorrem em suas atividades normais do dia a dia. Além
disso, no decorrer de todo o estudo, a equipe médica se manteve sempre
acessível para tratar quaisquer autolesões. E, ainda, na consulta com a equipe
médica, rigorosos critérios foram estabelecidos para encerrar uma sessão, caso
as autolesões excedessem uma pequena quantidade especificada. O estudo durou
em média 8 dias para cada criança.
Havia quatro condições no estudo desses pesquisadores. Cada condição era
conduzida 2 vezes por dia, em ordem aleatória, durante 15 minutos para cada
criança, em uma sala que normalmente era usada para terapia. Em uma
condição de atenção, para ver se o comportamento autolesivo estava sendo
mantido pela atenção dos adultos, vários brinquedos foram colocados na sala e a
criança acompanhada do modificador de comportamento entravam na sala
juntos. Entretanto, o modificador de comportamento fingia lidar com uma
papelada e somente interagia com a criança quando ela se engajava no
comportamento problemático. Toda vez que a criança se engajava no
comportamento autolesivo, o modificador do comportamento a olhava e
expressava preocupação, dizendo algo como “Não faça isso, você vai se
machucar”. Em uma condição de demanda, para ver se o comportamento
autolesivo era mantido pela fuga das demandas, o modificador do
comportamento e a criança entravam juntos na sala e o modificador de
comportamento incentivava a criança a realizar alguma tarefa que ela achasse
difícil. Se a criança se engajasse no comportamento problemático, o modificador
de comportamento parava de fazer demandas para a criança, por 30 segundos.
Em uma condição de estar só, para ver se o comportamento autolesivo era uma
forma de reforço sensorial quando a criança estava sozinha, não havia
brinquedos na sala e a criança ficava sozinha no local, embora fosse observada
através de um falso espelho. Em uma condição controle, para testar se o
comportamento autolesivo ocorreu na ausência das três condições anteriores, a
criança e o modificador de comportamento entraram na sala juntos, onde havia
vários brinquedos, e o modificador de comportamento reforçou o
comportamento de brincar apropriado da criança.
Os resultados indicaram claramente que diferentes tipos de reforçador
estavam controlando o comportamento autolesivo de seis das nove crianças.
Duas crianças mostraram um comportamento mais autolesivo durante a
condição A, indicando que a atenção social, um reforço social positivo, estava
mantendo o comportamento autolesivo delas. Duas crianças mostraram
comportamento autolesivo durante a condição B, indicando que a fuga da
demanda, um reforço social negativo, mantinha o comportamento autolesivo
delas. Duas crianças mostraram comportamento mais autolesivo durantea
condição C, sugerindo que um reforço não social estava mantendo seu
comportamento autolesivo. Isto poderia ser algum tipo de reforço sensorial
interno a partir do comportamento autolesivo. O reforço sensorial interno
significa o reforço que é produzido simplesmente pelas sensações que uma
resposta produz, como os flashes de luz que um indivíduo pode ver ao apertar o
globo ocular. Nenhuma das crianças mostrou comportamento mais autolesivo na
condição D. Os resultados indicaram: (a) em quatro crianças, o comportamento
autolesivo era relativamente intenso durante a condição de autorreforço (estar
só); (b) em duas crianças, a autolesão se manifestou da forma mais intensa
durante a condição de demanda; (c) em três crianças, o comportamento
autolesivo estava relativamente intenso em todas as condições de estímulo.
Implicações de uma análise funcional para o tratamento
Os resultados de Iwata et al. (1982, 1994) indicaram que, embora a forma de
comportamento autolesivo possa ser bastante similar de um indivíduo para outro,
a função pode ser muito diferente. Este achado implicou que o tratamento
deveria ser baseado na função do comportamento, e não em sua forma. Suponha,
por exemplo, que as quatro condições de Iwata tivessem sido conduzidas com
cada uma das duas crianças que mostraram comportamento autolesivo, com
cinco sessões por condição por criança. Suponha ainda que os resultados do
delineamento multielementos com as duas crianças fossem aqueles mostrados na
Figura 23.1. Como os resultados com a criança A indicam que seu
comportamento problemático é mantido pela atenção dos adultos, o tratamento
recomendado seria a retirada da atenção para o comportamento problemático e
o fornecimento de atenção para um comportamento desejável. Por outro lado,
como os resultados da criança B mostrados na Figura 23.1 indicam que o
comportamento problemático desta criança é mantido pela fuga das demandas, o
tratamento recomendado seria incluir períodos mais numerosos ou mais longos
de ausência de demanda ao trabalhar com esta criança e, talvez, persistir com as
demandas se o comportamento problemático ocorresse logo após uma demanda
(extinção do comportamento de fuga). Embora os dados na Figura 23.1 sejam
hipotéticos, alguns exemplos apresentados adiante, neste mesmo capítulo,
mostrarão que uma análise funcional das causas de um comportamento
problemático muitas vezes é combinada à aplicação de um tratamento efetivo,
com base nos resultados da análise funcional.
Figura 23.1 Dados hipotéticos do comportamento autolesivo (CAL) de duas
crianças, cada uma observada em quatro condições.
Em seguida ao estudo de referência de Iwata et al. (1982, 1994), mais de 2
mil artigos e capítulos de livros discutiram e estenderam o procedimento de
análise funcional originalmente desenvolvido por esses pesquisadores (Beavers et
al., 2013). A análise funcional tem sido usada em alguns contextos diferentes,
com diferentes tipos de comportamento problemático e com diferentes tipos de
indivíduo (p. ex., Cipani e Schock, 2007; Steege e Watson, 2009; Sturmey, 2007).
É frequentemente referida como “padrão-ouro” de avaliação funcional, porque
outros procedimentos de avaliação funcional (descritos adiante) não foram tão
efetivos para identificar as variáveis que mantêm o comportamento
problemático.
Limitações de análise funcional
Embora a análise funcional possa demonstrar de maneira convincente as
variáveis controladoras de comportamentos problemáticos, também exibe
algumas limitações. Primeiro, a quantidade de tempo requerida para conduzir
uma análise funcional pode impor uma tensão significativa sobre a equipe
disponível. Por exemplo, em um resumo de 152 análises funcionais, Iwata et al.
(1994) relataram que a duração das avaliações de clientes individuais variou de 8
a 66 sessões ou de 2 a 16,5 horas (Iwata et al., 1994), que é um tempo substancial
para uma equipe treinada retirar do tempo destinado as suas outras obrigações.
Em segundo lugar, a análise funcional não pode ser aplicada a comportamentos
extremamente perigosos. Em terceiro lugar, muitos problemas de
comportamento ocorrem com frequências inferiores a 1 vez por dia ou por
semana. As análises funcionais destes comportamentos de baixa frequência
requerem tempo considerável para que uma quantidade de dados suficiente
possa ser obtida para extrair conclusões válidas. Tentando minimizar a primeira
limitação, o tempo requerido para uma análise funcional, os pesquisadores
constataram que apenas uma ou duas repetições de algumas condições e uma
diminuição na duração da sessão para 5 minutos frequentemente podem
promover resultados significativos (Northup et al., 1991; Tincani et al., 1999).
Outra forma de diminuir a quantidade de tempo requerido em uma análise
funcional consiste em usar a condição isolada como fase de triagem quando
houver suspeita de reforço sensorial. Caso o comportamento problemático não
diminua ao longo de várias sessões da condição isolada, isto é uma forte
indicação (ainda que imperfeita) de que o comportamento problemático está
sendo mantido por reforço sensorial interno, e testes adicionais podem ser
omitidos quando se fizer necessário para poupar tempo (Querim et al., 2013).
Com relação à segunda limitação, alguns comportamentos perigosos ou
extremamente desordenados muitas vezes são precedidos de comportamentos
que não são perigosos nem extremamente desordenados. Um exemplo seria
gritar antes de se tornar agressivo. Pesquisas indicam que, em alguns casos, se
uma análise funcional destes precursores é conduzida e se os resultados forem
usados para tratar e eliminar estes precursores, o comportamento mais grave
será eliminado também (Fritz et al., 2013). Com relação à terceira limitação,
aumentar a duração das sessões de análise funcional para semanas, dias ou até
horas é inviável e poderia ser considerado antiético, devido à grande quantidade
de tempo que o cliente teria que gastar em um procedimento não terapêutico.
Entretanto, foi constatado que a espera para que o comportamento problemático
ocorra e a iniciação de uma análise funcional exatamente no momento de sua
ocorrência pode resultar em uma análise funcional que forneça resultados
significativos (Tarbox et al., 2004). Como, por definição, o comportamento
problemático ocorre de modo infrequente, as sessões requeridas para a análise
funcional também seriam infrequentes. Portanto, embora a análise funcional
tenha limitações, os pesquisadores estão constantemente tentando superá-las,
devido aos benefícios comprovados da análise funcional.
Entrevista e questionário de avaliação funcional
Outra forma de identificar os antecedentes e as consequências que controlam o
comportamento problemático é entrevistar o cliente ou pessoas que estejam
familiarizadas com o cliente. Quando verbal, o cliente pode ser capaz de dizer o
motivo que leva ao seu engajamento em um comportamento particular. Se o
cliente não for verbal, as pessoas familiarizadas com ele podem ser capazes de
fornecer a informação necessária. Uma forma mais estruturada de descobrir a
causa do comportamento problemático é administrar um questionário em que o
cliente ou as pessoas que lhe são familiares são interrogadas com uma série de
perguntas relevantes. Alguns exemplos de questionários que foram desenvolvidos
para este propósito são o Questions About Behavioral Function (QABF; Matson e
Vollmer, 1995), The Motivation Assessment Scale (MAS; Durand e Crimmins,
1988), e o The Functional Analysis Screening Tool (FAST; Iwata et al., 2013).
Infelizmente, nenhum dos questionários desenvolvidos apresentam boa
confiabilidade ou validade, em comparação com a condução de uma análise
funcional (Iwata et al., 2013; Iwata et al., 2000; Sturmey, 1994). Isto é válido até
mesmo para o FAST, um questionário desenvolvido por Iwata et al. baseado
explicitamente na metodologia de análise funcional. Isto não significa que os
questionários devam ser dispensados como inúteis. Iwata et al. estabeleceram
que questionários como o QABF, MAS e FAST podemter ao menos três
utilidades: (1) proporcionarem uma forma rápida e consistente de reunir
informação; (2) a informação fornecida por estes questionários pode servir de
base para a obtenção de informação de acompanhamento que poderia ser útil
caso surgisse algum fato exclusivo ou idiossincrático sobre o cliente; e (3) quando
há grande concordância entre vários informantes em um questionário, é possível
economizar tempo conduzindo uma análise funcional por meio da exclusão de
alguns potenciais reforçadores do comportamento problemático. Infelizmente,
apesar de suas limitações, os questionários são o método primário de avaliação
funcional usado por muitos clínicos e educadores (Desrochers et al., 1997;
Ellingson et al., 1999; Knoster, 2000; Van Acker et al., 2005). Alguns dos possíveis
motivos sugeridos para o aumento do uso dos questionários, em comparação com
a análise funcional, são: a facilidade para aplicar os questionários, a rapidez com
que podem ser aplicados e o fato de não requererem observação direta do
comportamento de interesse (Dixon et al., 2012, p. 20).
Avaliações funcionais observacionais
Outra forma de tentar identificar as variáveis que mantêm um comportamento
problemático é fazer uma avaliação observacional ou descritiva. Nesta
avaliação, alguém cuidadosamente observa e descreve os antecedentes e as
consequências imediatas do comportamento problemático em seus contextos
naturais (ver exemplos na Tabela 4.3, Capítulo 4). A partir destas descrições, são
formadas hipóteses sobre os estímulos antecedentes, variáveis motivacionais e
consequências que controlam o comportamento problemático. Em seguida, um
plano de tratamento é elaborado e implementado com base nestas hipóteses. Se o
	Parte 5 Preparação para Desenvolvimento de Programas Comportamentais Eficazes
	23 Avaliação Funcional de Comportamento Problemático

Continue navegando