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292 - Língua Portuguesa V Sintaxe - atualizado

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Núcleo de Educação a Distância
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
SEMESTRE 4
LÍNGUA PORTUGUESA V - SINTAXE
Créditos e Copyright	
ENCARNAÇÃO, Márcia Regina T da.
Língua Portuguesa V - Sintaxe. , Márcia Regina T da Encarnação. Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, 2007. (Material didático. Curso de Letras).
 
Modo de acesso: www.unimes.br
1. Ensino a distância.  2. Letras.   3. Língua Portuguesa. I. Título
CDD 469    
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Sumário
Aula 01_A Concordância Nominal	5
Aula 02_A Concordância do Predicativo expresso por Adjetivo	7
Aula 03_Alguns Casos Específicos da Concordância Nominal	9
Aula 04_A Concordância Verbal - I	13
Aula 05_A Concordância Verbal - II	15
Aula 06_Outros casos de Concordância Verbal	18
Aula 07_Regência Nominal - I	20
Aula 08_Regência Nominal - II	23
Aula 09_Regência Verbal - I	28
Resumo _Unidade I	32
Aula 10_Regência Verbal - II	34
Aula 11_Regência Verbal - III	37
Resumo _Unidade II	40
Aula 12_O estudo da Próclise	41
Aula 13_O estudo da Ênclise e da Mesóclise	43
Aula 14_Colocação Pronominal - Casos Especiais	44
Resumo _Unidade III	45
Aula 15_Frase e Oração	46
Aula 16 _Período Simples e Composto	48
Aula 17_O Sujeito	50
Aula 18_Tipos de Sujeito	53
Aula 19_O Predicado – Predicação Verbal	56
Aula 20_Tipos de Predicado	61
Aula 21_Sujeito e Vozes do Verbo - I	63
Aula 22_Sujeito e Vozes do Verbo - II	65
Resumo _Unidade IV	68
Aula 23 _Termos Integrantes da Oração – Objeto Direto e Objeto Indireto	70
Aula 24 _Pronomes oblíquos como complementos verbais	74
Aula 25_Complemento Nominal	76
Aula 26_Particularidades do Complemento Nominal e Agente da Passiva	78
Aula 27 _Termos Acessórios da Oração - Adjunto Adnominal	81
Aula 28_Adjunto Adverbial e Aposto	85
Aula 29 _Período Composto por Coordenação	87
Resumo _Unidade V	89
Aula 30 _Período Composto por Subordinação e as Orações Subordinadas Substantivas	90
Aula 31 _Orações Subordinadas Adjetivas	92
Aula 32 _Orações Subordinadas Adverbiais	93
Resumo _Unidade VI	96
Aula 01_A Concordância Nominal  
Nesta aula, iniciaremos o estudo de concordância nominal, abordando os assuntos: núcleos do mesmo gênero, núcleos de gêneros diferentes, núcleos formados por substantivos sinônimos, núcleos formados por substantivos por gradação e um núcleo com dois ou mais adjuntos no singular. 
Para iniciarmos este assunto, temos, como regra geral, que o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que ele se refere.
 
Vejam esses exemplos:
· livro novo: masculino singular
· bicicleta vermelha: feminino singular
· animais selvagens: masculino plural
· árvores velhas: feminino plural  
Mas, não é só isso...
A Concordância nominal possui algumas regras especiais e nós vamos conhecê-las a partir de agora. 
1. Se o adjetivo vier anteposto aos substantivos a que se refere, a concordância com o mais próximo será obrigatória.
· Mantive o antigo lugar e hora para encontro. 
 
2. Caso o adjetivo venha posposto a dois ou mais substantivos a que se refere: 
a) substantivos do mesmo gênero, o adjetivo deverá ir, de preferência, para o plural, adotando o gênero dos substantivos. A concordância com o mais próximo também é permitida, embora seja menos usada.
• A sala tinha apenas uma mesa e uma cadeira velhas (velha).  
b) substantivos de gêneros diferentes, o adjetivo poderá ir, indiferentemente, para o masculino plural ou concordar com o mais próximo.
· Estavam na porta um velho e uma criança pobres (ou pobre). 
  
3. O adjetivo que se refere a substantivos sinônimos deverá concordar, de preferência, com o último.
· Ele estava tomado de uma coragem e ousadia heroica. 
4. O mesmo ocorre com o adjetivo que acompanha substantivos em gradação. Apenas para lembrar: gradação é uma figura de linguagem que consiste na apresentação de uma sequência de ideias.
· Começou a ser invadido por uma dúvida, um medo, um pavor enorme.
 
5. No caso em que apenas um substantivo é acompanhado de dois ou mais adjetivos, temos duas formas de efetuar concordância. A mais comum é colocar o substantivo no plural.
· As culturas inglesa e alemã.
· A cultura inglesa e alemã.
Aula 02_A Concordância do Predicativo expresso por Adjetivo 
Nesta aula, trataremos dos assuntos: o sujeito composto constituído por substantivos do mesmo gênero, o sujeito composto constituído de gêneros diferentes, o sujeito expresso por pronomes de tratamento (silepse), o objeto composto constituído por elementos do mesmo gênero, o objeto composto constituído por elementos de gêneros diferentes, a concordância do oposto com seu termo fundamental.
  
Regra geral:
O predicativo representado por um adjetivo deve concordar com seu sujeito em gênero e número.
• As árvores do parque estavam floridas.
  
Regras especiais:
1. Se o sujeito for composto, o predicativo anteposto irá para o plural ou concordará com o mais próximo.
· Eram extraordinários seu talento e sua competência.
· Era extraordinário seu talento e sua competência.
· Era extraordinária sua competência e seu talento. 
2. Com sujeito composto, o predicativo posposto irá para o plural, ainda que os núcleos estejam no singular.
· A calça e a camisa estavam sujas. 
3. Com sujeito composto de núcleos de diferentes gêneros, o predicativo irá para o masculino plural.
· A casa e o jardim eram lindos.
   
4. Quando o sujeito é representado por um pronome de tratamento, a concordância poderá ser com o sexo da pessoa a que se refere o pronome. Portanto, ocorre a chamada “ concordância ideológica” ou “silepse”.
• Sua Excelência ficou irritado com o atraso das obras. (autoridade do sexo masculino)  
A concordância do aposto
O aposto é um termo de valor explicativo, que acompanha um substantivo ou pronome substantivo. Por isso mesmo, quando palavra variável, deverá concordar com o termo explicado.
· Cecília Meirelles, escritora de muita sensibilidade, pertence à corrente espiritualista da poesia brasileira.
· Bernardo Elis, escritor goiano, produz uma obra ligada a sua terra.
Aula 03_Alguns Casos Específicos da Concordância Nominal 
Nesta aula, estudaremos alguns casos particulares de concordância nominal.  
Possível:
Fazendo parte da expressão superlativa, deve ser usado como palavra flexível. Acompanha o número em que se encontre o artigo.
· Os lutadores eram os mais fortes possíveis.
· Procure dar passos o mais largos possível.
  
Mesmo e próprio:
Devem concordar em gênero e número com o sexo da pessoa a que se referem, quando acompanham pronomes pessoais.
• A mulher declarou para todos ouvirem: eu mesma fiz a denúncia.
•Ela própria conduziria o ônibus pelas ruas. 
 
Alerta e pseudo:
“Alerta” é um advérbio, portanto deve permanecer invariável. “Pseudo” é um prefixo, por isso também permanece invariável.
· Toda plateia percebeu que ela era uma pseudo-artista.
· Os escoteiros devem estar sempre alerta.
  
Anexo, incluso, leso, quite:
São adjetivos, por isso variam conforme o substantivo a quem se referem.
· Anexos seguem os projetos encomendados.
· As instruções inclusas poderão ser consultadas em caso de necessidade. 
· O que você fez foi um crime de lesa-pátria.
· Agora estou quite com o imposto de renda.  
Observação: a expressão em anexo é invariável.
• Os documentos em anexo devem ser enviados. 
Exceto, salvo:
Essas palavras apesar de serem originadas de verbo, podem funcionar como preposições, caso em que serão consideradas invariáveis.
• Todos poderão entrar, exceto (ou salvo) os que não tiverem convite.
 
Só:
Varia quando significa sozinho. Quando significa somente não varia. No primeiro caso é um adjetivo; no segundo é palavra denotativade exclusão.
· Os convidados ficaram sós na sala.
· Estavam na sala só os convidados.
 
Obrigado:
Varia conforme o sexo da pessoa.
• Muito obrigada, disse a freguesa, após receber as compras. 
A olhos vistos:
Esta expressão deve ser usada sempre dessa forma, ou seja, no masculino plural; é uma expressão de valor adverbial e que significa visivelmente.
• Vamos pessoal! Estamos melhorando a olhos vistos. 
Junto:
Pode funcionar como adjetivos ou advérbios. No primeiro caso, variam, e, no segundo, não. 
· Vamos ficar juntos, disseram os meninos.
· Estou remetendo junto os cheques. 
Meio:
Pode ser numeral fracionário ou advérbio de intensidade. No primeiro caso concordará com o substantivo a que se refere. No segundo, permanecerá invariável.
· A família ocupava apenas meia casa.
· Morei numa casa meio velha. 
É preciso, É necessário, É proibido:
São expressões padronizadas que independem do gênero ou do número do sujeito.
· É preciso muita disposição para viver.
· É proibido entrada. 
Observação: se o sujeito estiver determinado (por artigo, pronome ou adjetivo), isto é, especificado, far-se-á a concordância.
· São obrigatórios outros documentos.
· É necessária a colocação de todos.
· É proibida a entrada.
  
É bom:
Permanecerá invariável, quando seu sujeito é expressão de sentido vago.
• Água boricada é bom contra bolhas.  
Mas quando o sujeito vem determinado pelo artigo, torna-se variável.
• A água boricada deste frasco é boa contra bolha.
  
Adjetivos adverbiados:
Alguns adjetivos podem ser usados como advérbio, acrescentando ao verbo uma circunstância de modo. Nesse caso não variam.
· Os carros novos estão custando caro.
· Procurem não falar muito alto. 
Observação: como adjetivos, variam:
• Os carros estão caros. 
 
Particípio:
Varia apenas quando forma voz passiva.
· Foram feitas várias tentativas.
· Vários discos-voadores já foram vistos pelos astrônomos. 
Numeral:
Concorda conforme sua classificação.
a) Cardinal- com o substantivo referido ou com a ideia de “número”;
· Eu morava na casa dois. (= número dois)
· O documento encontra-se às folhas duas.  
b) Ordinal- com o substantivo referido:
· Vovô sempre foi o primeiro aluno da classe em comportamento. 
c) Fracionário - meio com o substantivo referido:
· Comemos somente “meia” melancia. 
d) Multiplicativo- com o substantivo referido:
· Encontramos, na banca da feira, um tomate triplo.
Aula 04_A Concordância Verbal - I 
Nesta aula iniciaremos o estudo de concordância verbal, abordando: o sujeito composto por elementos da 3ª. Pessoa e de pessoas diferentes (anteposição e posposição), núcleos do sujeito unidos por “com”, “nem”, núcleos do sujeito correlacionados, núcleos do sujeito resumidos por “tudo”, “nada”, “ninguém”. 
Para iniciarmos este assunto, temos como regra geral que o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, estando anteposto ou pospostos ao verbo. 
· A árvore embeleza as ruas.
· As árvores purificam o ar.
· Surgiram vários soldados do meio da fumaça.
  
Com sujeito composto anteposto ao verbo: 
1. Com elementos de terceira pessoa, o verbo vai para a terceira pessoa do plural.
· O menino, o velho e o burrinho pararam para descansar. 
2. Se os elementos pertencem a pessoas diferentes, o verbo vai para o plural, na pessoa que tiver a preferência: a primeira tem preferência sobre a segunda e esta sobre a terceira.
· Eu, tu e teu irmão acenderemos a fogueira.
· Tu e teu irmão acendereis a fogueira. 
 
3. Se os núcleos forem sinônimos admite-se o verbo no singular.
· A sinceridade e a fraqueza é uma virtude rara. (ou são)
· A alegria, a felicidade estampava-se no rosto dos jogadores.
  
4. Se os núcleos aparecerem em sequência gradativa, o verbo pode ficar no singular.
· A picada, a coceira, o mal-estar deixou-a nervosa. (ou deixaram-na)
Com sujeito composto posposto ao verbo: 
1. O verbo irá para o plural ou poderá concordar com o núcleo mais próximo.
· Chegaram à cidade um médico e um dentista.
· Não fosse seu esforço e coragem não teríamos ganhado o jogo. 
2. Se os elementos do sujeito composto forem ligados pela preposição com ou pela conjunção nem, a concordância mais comum será no plural.
· O prefeito com seus auxiliares visitaram as obras do metrô.
· Nem eu nem você sabemos realmente o que é vida dura. 
3. Os núcleos do sujeito que estiverem ligados pelo processo da correlação ( não só... mais também, tanto...como etc.), levarão o verbo para o plural.
· Não só o braço como também a perna estão machucados.
· Tanto eu como você fomos aprovados. 
4. Quando o sujeito composto é resumido pelos pronomes indefinidos tudo, nada, ninguém, o verbo permanecerá no singular, concordando apenas com esses pronomes.
· Fotos, o roteiro, o preço, nada a convencia fazer a viagem.
· Eu, você, o guia, ninguém a convencerá a nos acompanhar.
Aula 05_A Concordância Verbal - II 
Esta aula tratará de casos particulares de concordância verbal.
  
1. Quando o sujeito é composto e constituído por formas verbais infinitivas, temos duas situações:
a) Infinitivos sem artigo →  verbo no singular ou no plural.
b) Infinitivos com artigo →  verbo no plural. 
Viajar, divertir-se, conversar também faz parte da vida.
O trabalhar e o sentir-se satisfeito devem estar sempre juntos.
 
2. O verbo que tem como sujeito uma oração deve permanecer no singular.
· Não é necessário escrever as cartas.
  
3. Sujeito coletivo pede o verbo no singular. Se for seguido de substantivo no plural, admite-se colocar o verbo no plural. O mesmo ocorre com as expressões a maior parte de e grande número de.
· O grupo invadiu alegremente a cidade.
· Um bando de aves barulhentas ocupava (ou ocupavam) todas as árvores da praça.
· Um grande número de trabalhadores está (ou estão) sem emprego.
· A maior parte não compareceu ao espetáculo.
  
4. As expressões um e outro, nem um nem outro pedem o verbo no plural. Já com a expressão um ou outro ocorre sempre o singular. 
· Um e outro trabalham no centro da cidade.
· Nem um nem outro trabalham. Só estudam.
· Um ou outro poderá ocupar o meu lugar.
· Uma ou outra pessoa ainda era vista pelas ruas. 
5. Dá-se a preferência ao plural, quando o sujeito é constituído pelas expressões um dos que ou uma das que.
· Você é um dos que mais trabalham por aqui.
· Ela foi uma das que conseguiram dispensa.
 
6. A expressão mais de um pede singular, a menos que haja ideia de reciprocidade.
· Mais de um carro não conseguiu subir.
· Mais de um convidado se cumprimentaram.
7. Com pronomes interrogativos e indefinidos no singular, seguidos das expressões “de nós”, “de vós” como sujeito, o verbo concorda com os pronomes interrogativos ou indefinidos, assumindo a forma da terceira pessoa no singular. Caso esses mesmos pronomes estejam no plural, a concordância poderá ser feita com os pronomes pessoais (nós ou vós), ou admitir a terceira pessoa do plural.
· Qual de nós representará a classe?
· Algum de vós poderá encaminhar a nossa reclamação?
· Quantos de nós reclamam (ou reclamamos) sem necessidade? 
 
8. Quando os pronomes relativos que ou quem são precedidos de pronomes pessoais retos, a concordância se faz de preferência, com os pronomes pessoais, no caso do que; já com o quem, prefere-se a terceira pessoa do singular.
· Fui eu que resolvi o problema.
· Foste tu quem resolveu o problema? 
9. Os pronomes de tratamento pedem o verbo na terceira pessoa do singular.
· Sua Senhoria não pôde comparecer.
· Vossa Senhoria não poderá comparecer? 
 
10. Substantivos próprios com forma plural e precedidos de artigo pedem o verbo no plural. Não havendo artigo, o verbo fica no singular.
· Os Estados Unidos possuem um largo território.
· Minas Gerais apresenta inúmeras atrações turísticas.
 
11. Verbo apassivado pelo pronome se deve concordar com o seu sujeito.
· Abriram-se as portas no horário exato.  
12. Verbo impessoal não sobre variação, permanece na terceira pessoa do singular.
· Ventava fortemente pelo vale.
· Houve sérias discussões entre elas. 
O verbo auxiliar de verbo impessoal absorve essa sua impessoalidade quando se formam as locuções.
• Deveter havido sérias discussões.
  
Na próxima aula, veremos mais outros casos de concordância verbal. Até lá!
 
Aula 06_Outros casos de Concordância Verbal 
Nesta aula abordaremos a concordância dos verbos “ser”, “bater”, “dar”, “soar”, “parecer”, das locuções “ é que”, “haja vista”, “bem haja”, “mal haja” e dos verbos impessoais
  
1. O verbo Ser concorda normalmente com seu sujeito. Mas pode ocorrer concordância com o predicativo nos seguintes casos: 
a)  Sujeito constituído por um dos pronomes tudo, isto, isso, aquilo, o.
· Tudo são sonhos.  
b) Sujeito exprimindo quantidade, preço, medida, percentual, seguido das expressões é pouco, é muito etc.
· Dez cruzeiros é muito pouco.
· Trinta por cento é demais. 
c) O verbo ser permanece invariável na expressão de valor expletivo “é que.”
· Nós é que tínhamos razão.
 
2. Verbos BATER, DAR, SOAR.
Não havendo um agente como sujeito, os verbos devem concordar com o número de horas.
· O relógio bateu dez horas.
· Deram dez horas.
· Soou uma hora no grande relógio da estação. 
  
3. Verbo PARECER.
Em construções em que o verbo parecer é seguido de infinito, é mais comum flexionar o primeiro. Mas é possível flexionar também o infinitivo, deixando o verbo parecer na terceira pessoa do singular.
· As árvores pareciam agitar-se.
· As árvores parecia agitarem-se.
4. Verbo HAVER nas expressões haja vista, bem haja, e haja mal.  
A primeira expressão admite várias construções:
· Haja vista os exemplos que nos foram dados.
· Haja vista aos exemplos que nos foras dados.
· Haja vista os exemplos que nos foram dados.
 
Observação: o uso consagrou a primeira construção, que considera a expressão como invariável.
 
No caso das outras duas, o verbo haver deverá concordar com o sujeito.
· Bem hajam os vencedores!
· Mal haja o Sr. prefeito!
 
5. Verbos impessoais:
Os verbos ditos impessoais (haver, significando existir, fazer, indicando tempo decorrido; chover e outros verbos que traduzem fenômenos meteorológicos) permanecem na terceira pessoa do singular.
· Havia cem mil pessoas na praça.
· Faz dez anos que moro aqui.
· Choveu sete dias seguidos.
Aula 07_Regência Nominal - I 
Nesta aula iniciaremos o estudo de Regência Nominal. 
Como o próprio nome diz, a regência nominal estuda a relação entre um nome e seu complemento, ou seja, a relação com substantivos, adjetivos e advérbios e a preposição que acompanha.
  
“(...) Quando eu morrer, que me enterrem na
beira do chapadão 
contente com minha terra
cansado de tanta guerra
crescido de coração”
‘Assentamento’- Chico Buarque
  
No exemplo acima, percebemos que o termo regente ‘contente’ exige a preposição ‘com’, que é o termo regido.
 
No quadro abaixo, veja a relação de alguns nomes e suas preposições mais usuais: 
Substantivos que se unem a preposições: 
admiração - a,
por; aversão - a, para, por;
atentado - a, contra;
bacharel - em;
capacidade - de, para;
devoção - a, para com, por;
doutor - em; 
dúvida acerca - de, em, sobre;
horror - a;
impaciência - com;
medo - a, de;
obediência - a;
ojeriza - a, por;
proeminência - sobre;
respeito- a, com, para com, por.
  
Com a observação de que o substantivo medo rege também a preposição “a”, mas surge mais frequentemente acompanhado da preposição “de”. 
 
Adjetivos que se unem a preposições: 
Advérbios que se unem a preposições:
longe de; perto de.
Os advérbios terminados em “-mente” tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados:
paralela a, paralelamente a; relativa a, relativamente a.
Aula 08_Regência Nominal - II 
Nesta aula continuaremos a estudar a Regência Nominal.
Quando o complemento de um nome ou verbo tiver a forma de oração reduzida de infinitivo, não se deve fazer a contração da preposição com o devido sujeito desse infinitivo. A preposição, afinal, introduz toda a oração, e não apenas o sujeito dela. É bom lembrar que o sujeito jamais é introduzido por preposição.
Vejam no exemplo que o termo regente ‘contente’ exige a preposição ‘com’, que é o termo regido. 
Apresentamos a seguir uma lista de nomes, com as preposições respectivamente exigidas: 
1) acostumado:
· Não estou acostumado com tanta confusão.
· Os brasileiros não estão acostumados a exigir seus direitos.
· Engenheiro morto em desastre estava acostumado a viajar.
 
2) afável:
· Sejam afáveis com (para com) seus companheiros de trabalho.
  
3) aflito:
· O povo está aflito com (pela) a política econômica.
  
4) alheio:
· Não podemos ficar alheios à situação do país.
  
5) aliado:
· Estou aliado a vocês.
· O Brasil está aliado com a Bolívia.
6) amor:
· Tenha amor à (pela) natureza.
· O amor dos estudos é gratificante.  
7) amoroso:
• Você é amoroso com animais domésticos.
  
8) ansioso:
· Os eleitores estão ansiosos por (para) votar.
· Estou ansioso de fazer o exame.
  
9) antipatia:
· Sinto antipatia por pessoas falsas.
· Tenha uma especial antipatia a crianças mal-educadas.
  
10) apto:
· Quem está apto a (para) assumir o cargo de diretoria?
  
11) atencioso:
· Precisamos ser atenciosos com (para com) os mais necessitados.
  
12) aversão:
· Tenho verdadeira aversão a (por) pessoas invejosas.
  
13) avesso:
· Sou avesso ao isolamento.
  
14) compaixão:
· Senhor, tenha compaixão de (por) mim.
  
15) constante:
· Quais são os fatos constantes de (em) sua vida diária? 
 
16) contente:
· Estou contente com (por) ela.
· Estou contente de (em) estar com você nesta classe.
17) correspondente:
· Aqui está o número correspondente à casa do Manoel. 
  
18) curioso:
· A pesquisadora curiosa de (por) saber tudo.
· Fiquei curioso para saber o resultado do exame.
  
19) desgostoso:
· O povo está desgostoso com a situação dos aeroportos no país.
  
20) desprezo:
· Há pessoas que têm desprezo a (por) crianças pequenas.
  
21) devoção:
· Há pessoas que tem verdadeira devoção à (para com, pela) Nossa Senhora.
  
22) devoto:
· Você é devoto de algum santo?
  
23) dúvida:
· Quero tirar dúvida de (sobre) gramática.
· Ainda tenho dúvida acerca do ocorrido ontem na escola.
  
24) empenho:
· Tenho muito empenho de (em, por) arrumar-lhe um bom emprego.
  
25) fértil:
· A renascença foi uma época fértil de (em) gêneros artísticos.
  
26) hostil:
· Há países que são hostis a (para com) estrangeiros.
  
27) imune:
· Procure ficar imune às críticas.
  
28) junto:
· A casa fica junto à (da) praia.
  
29) lento: O médico foi muito lento em tomar decisões.
· Acesso lento a qualquer arquivo.
  
30) ódio:
· Não quero que ninguém tenha ódio de você.
  
31) parecido:
· O filho é bem parecido com o pai.
· O filho saiu parecido ao pai.
  
32) peculiar:
· Tudo ocorrerá como é peculiar ao caso.
  
33) preferível a:
· Os alunos acharam este livro preferível ao outro.
  
34) respeito:
· Precisamos ter respeito aos (com, para com, pelos) mais velhos.
 
35) simpatia:
· O chefe demonstrou simpatia para com (por) meu projeto.
36) situado: Minha firma está situada em Curitiba.
· A casa está situada entre as principais avenidas.
  
37) suspeito:
· Já prenderam um suspeito do crime que abalou a cidade.
Aula 09_Regência Verbal - I  
Nesta aula, iniciaremos o estudo de Regência Verbal
  
(...) Chovia lá fora
E a capa pendurada assistia a tudo
E não dizia nada
E aquela blusa que você usava
Num canto qualquer
Tranquila esperava.
“Os Seus Botões” (Roberto Carlos)
  
“(...) A assessoria da Presidência da República procura até agora razões para a estrondosa vaia que Lula recebeu no Maracanã, na solenidade de abertura dos Jogos Pan-Americanos”.
“Para uns, não havia povo no estádio (cada ingresso custou 250 reais) e a classe média, e média alta, não gosta do Presidente e não foi com seus votos que ele se elegeu pela segunda vez”.
Para outros, inclusive o próprio Presidente, usando uma frase de dramaturgo Nélson Rodrigues (1912-1980), ‘o Maracanã vaia até minuto de silêncio’.
Para mim, porém, que assisti à toda a festa pela televisão, quem estava no Maracanã vaiou a espetacular impunidade que reina no Rio de Janeiro e no país, apoiada pela Justiça, da mais baixa até o Supremo Tribunal Federal.(...)”
http://www.diretodaredacao.com/em 15/07/2007
No exemplo, percebemos que o verbo assistir está acompanhado da preposição ‘a’. Neste caso, há a necessidade de uma preposição para estabelecer a ligação correta. 
Apresentamos em seguida, uma lista de verbos que costumam oferecer problemas de regência. A orientação sugerida baseia-se na norma culta da língua. Também damos preferência à acepção que pode apresentar dúvidas.  
Há verbos que admitem mais de uma regência:
· Ela não esquecia as flores recebidas.
· Ela não se esquecia das flores recebidas.
 
Usaremos, em alguns casos, a seguinte legenda para classificar a predicação dos verbos:
V.I. = verbo intransitivo.
V.T.I. = verbo transitivo indireto.
V.T.D. = verbo transitivo direto.
V.T.D.I. = verbo transitivo direto e indireto.
  
Veja a regência de alguns verbos: 
1) abdicar:
· O príncipe abdicou. (V.I.)
· Não abdicamos de nossos direitos. (V.T. I. - prep. de)
  
2) agradar:
· Agrade a criança para que ela se acalme. (V.T.D. - fazer carinhos)
· O jogo não agradou ao público presente. (V.T.I.- prep. a - satisfazer)
  
3) ansiar:
· Toda aquela agitação ansiava as crianças. (V.T.D. - angustiar)
· As crianças anseiam por uma vida nova. (V.T.I. - prep. por - desejar)
  
4) aspirar:
· Os viajantes queriam aspirar ar puro. (V.T.D. - sorver)
· Os viajantes aspiravam a uma vida mais sossegada. (V.T.I. - prep. a. - almejar)
  
 Egípcios têm feriado para ‘aspirar a brisa’.  
“A maioria dos egípcios não comemora a Páscoa, já que ela é uma festividade cristã e o Egito é predominantemente muçulmano, mas, no dia seguinte ao dia que marca a ressurreição de Cristo, a população egípcia celebra o feriado de Sham el Nessim, quando todos saem de casa pela manhã em direção a áreas verdes e ao rio Nilo para respirar o ar puro.
Sham el Nessim significa, literalmente, “aspirar a brisa”, e, de acordo com o professor de Egiptologia Bassam el Schamma, a tradição data de 3.000 a.C., quando os egípcios comemoravam o chamado “Shamo”, ou “a renovação da vida”.
http://www.bbc.co.uk/portuguese
  
5) assistir:
· Queremos assistir ao julgamento. (V.T.I. - prep. a - presenciar)
· Não deixarei de assisti-lo nesta hora difícil. (V.T.D. - dar assistência)
· Não assiste a ninguém o direito de me criticar. (V.T.I. - prep. a - caber)
· O engenheiro Jorge assistia em Lisboa (V.I. – prep. Em - morar)
  
6) atender:
· O médico não poderá atendê-lo agora. (V.T.D. receber)
· Você deve atender aos conselhos do médico. (V.T.I. – prep. a - dever em consideração)
  
Bibliotecário seleciona a informação para atender ao público.
“(...) O bibliotecário trabalha em duas pontas: no preparo da informação e nas formas de recuperá-la, para facilitar a localização”, explica Nêmora Arlindo Rodrigues, presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia.(...)” http://g1.globo.com/Noticias
  
7) agradecer:
• Agradeci aos professores. •Agradeci o café de boas vindas.
  8)  assistir: Nós assistimos à peça de teatro. •Ele assiste em São Paulo há doze anos. 
 Japoneses passam mal ao assistir ao filme ‘Babel’.
 
“(...)Acredita-se que a causa tenha sido uma cena em que a atriz japonesa Rinko Kikuchi, que interpreta uma colegial no filme, dança em uma boate com luzes piscantes por alguns minutos.(...)”
http://www1.folha.uol.com.br
Na próxima aula continuaremos a listar estes verbos que apresentam dificuldades de regência.
Até lá!
Resumo _Unidade I
 A Concordância Nominal 
· Núcleos do mesmo gênero;
· Núcleos de gêneros diferentes (anteposição e posposição);
· Núcleos formados por substantivos sinônimos;
· Núcleos formados por substantivos por gradação;
· Um núcleo com dois ou mais adjuntos no singular;
· O sujeito composto constituído por substantivos do mesmo gênero;
· O sujeito constituído de gêneros diferentes;
· O sujeito expresso por pronomes de tratamento (silepse);
· O objeto composto constituído por elementos do mesmo gênero;
· O objeto composto constituído por elementos de gêneros diferentes;
· A concordância do oposto com seu termo fundamental.
 
A Concordância Verbal 
· O sujeito composto por elementos da 3ª. Pessoa e de pessoas diferentes (anteposição e posposição);
· Núcleos do sujeito unidos por “com”, “nem”;
· Núcleos do sujeito correlacionados;
· Núcleos do sujeito resumidos por “tudo”, “nada”, “ninguém”.
  
Casos específicos da Concordância Verbal 
· Núcleos sinônimos do sujeito;
· Núcleos expressos por infinitivos;
· Sujeito expresso por uma oração ou “oracional”;
· Sujeito coletivo;
· “A maior parte de”, “grande número de”, “algum de voz”, “quem”, ou “que” como sujeito;
· Os pronomes de tratamento;
· Substantivos próprios no plural;
· O verbo na voz passiva sintética; o verbo impessoal. 
Referências 
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 46 ed. São Paulo: Nacional, 2005.
CUNHA, Celso. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
  
Indicações de Leitura 
AZEREDO, J.C. Iniciação à Sintaxe do Português. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
Aula 10_Regência Verbal - II 
Em continuidade à aula anterior, seguem os verbos que apresentam dificuldades de regência:
 
1) chamar:
· Estão chamando os aprovados. (V.T.D.)
· Chame os candidatos. (V.T.D. - convocar)
· Chamei-o de louco. Chamei-lhe de louco. (V.T.D.ou.V.T.I. - seguido de predicativo do objeto – qualificar)
  
2) custar:
· Custa ao povo crer nas promessas  dos candidatos. (V.T.I. - prep. a -com verbo no infinitivo como sujeito - ser difícil)
· Esta obra custou ao artista anos de sacrifício. (V.T.D.I. - prep. a -acarretar trabalhos)
  
3) deparar:
· Deparei paisagens belíssimas naquele lugar. Deparei com paisagens belíssimas naquele lugar. ( V.T.D. ou. V.T.I. - prep. com - encontrar)
· Depararas sê-me paisagens belíssimas. (V.T.I. - prep. a – pronominal- apresentar-se)
  
4) dignar-se:
· Pedi aos presentes que se dignassem de me ouvir. (V.T.I. - prep. de – pronominal - ter a bondade)
  
5) ensinar:
· Ensino a você tudo o que sei.
· Ensino-o a agir corretamente. (V.T.D.I. - prep. a) 
O que ensinar a quem ensina?  
“(...) Estudo feito pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), em 2003, demonstra que a formação do professor afeta diretamente o desempenho do aluno. Quando o educador possui formação superior, a média de seus alunos na prova de leitura é de 172 pontos. Quando a formação é secundária, cai para 157”. http://revistaeducacao.uol.com.br/textos
  
6) esquecer:
· Esqueci seu nome. V.T.D.)
· Esqueci-me de seu nome. (quando pronominal, V.T.I.)
  
7) informar:
· Informei o pessoal da novidade. (V.T.D.I. - prep. de ou sobre) 
Estados e municípios já podem informar ao MEC se querem participar da Universidade Aberta.
“Brasília - Os municípios, estados e o Distrito Federal já podem informar ao Ministério da Educação se querem participar da Universidade Abertado Brasil (UAB). O prazo para a inscrição vai até 13 de abril do próximo ano.(...)” 
http://www.radiobras.gov.br
  
8) investir:
· Investi muito dinheiro no negócio. (V.T.D. - fazer investimento)
· O animal investiu contra a multidão. (V.T.I. - avançar)
· Estão querendo investir-me no cargo de gerente. (V.T.I. - prep. em)
  
9) lembrar:
· Lembrei um verso antigo.
· Lembrei-me de um verso antigo.
 
Ao se lembrar de João Hélio, menino arrastado teve medo de morrer.
“João Vitor Borges, de 5 anos, que sobreviveu após ser arrastado por oito quarteirões por um micro-ônibus nesta terça-feira (3), em São José do Rio Preto (a 440 km de São Paulo), disse para a médica que o atendeu no posto de saúde que tinha medo de morrer porque se lembrava do que ocorreu com o garoto João Hélio, de 6 anos, que morreu após ser arrastado por sete quilômetros no Rio de Janeiro.(...)”
http://g1.globo.com/Noticias
  
10) obedecer:
· Devemos obedecer às leis. (V.T.I. - prep. a)
  
11) pagar:
· Já paguei minhas contas. (V.T.D. - com objeto direto de “coisa”)
· Já paguei ao dono da loja. (V.T.I. – com objeto indireto de “pessoa”)
  
12) perdoar:
· Não posso perdoar aos meus inimigos.(V.T.I. - prep. a)
  
 O Leão não perdoa a previdência.
“No fim do ano os bancos assediam a clientela com ofertas irresistíveis: planos de previdência privada que, além de engordar a aposentadoria, podem significar uma boa economia já no ano que vem. São os chamados Planos Geradores de Benefícios Livres (PGBL). O principal apelo de vendas é que o dinheiro aplicado no plano pode ser deduzido do Imposto de Renda (até 12% da renda bruta anual), o que aumenta a restituição. Além disso, o IR não incide sobre parte dos rendimentos, como ocorre nos fundos de investimentos. (...)” 
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca
Aula 11_Regência Verbal - III 
A seguir, uma outra sequência de verbos que exigem também cuidado na hora de utilizá-los nos textos.  
Vamos lá!
 
1) precisar:
· Todos precisam de paz. (V.T.I. - prep. de)
  
2) preferir:
· Prefiro o campo à praia. (V.T.D.I. - prep. a)
  
Lavradora diz preferir a fome a ver filho preso por roubar fubá.
“(...) A família perdeu o único meio de sustento, a lavoura de milho e feijão, que foi completamente destruída pela seca. Na última quarta-feira, Antônio José Oliveira da Silva, 19, que ajuda a família trabalhando na lavoura, foi preso em casa pela polícia e levado para uma delegacia. (...)”
http://www1.folha.uol.com.br/folha
  
3) presidir:
· Presidirei esta reunião.
· Você presidirá à reunião. (V.T.D. ou V.T.I. - prep. a)
 
Planalto tenta convencer Renan a não presidir sessão de votação da LDO.
“(...)O presidente do PMDB, Michel Temer, se reuniu hoje com Renan ao lado do líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE), para tentar convencê-lo a não presidir a sessão. O ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) orientou lideranças peemedebistas a conversarem com Renan para orientá-lo a deixar a presidência da sessão com o deputado Narcio Rodrigues (PSDB-MG) - primeiro vice-presidente da Câmara.(...)”
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil 
4) prevenir:
· Todos o preveniram.
· Eu o preveni do perigo. (V.T.D. ou V.T.I. - prep. de ou contra)
  
5) proceder:
· Suas informações não procedem. (V.I. - ter fundamento)
· Nosso vocabulário procede do latim. (V.T.I. - prep. de - derivar)
· Procederei agora à leitura da carta. (V.T.I. - prep. a - realizar)
  
6) querer:
· Quero uma casa no campo. (V.T.D. pretender)
· Quero bem a todos vocês. (V.T.I. -prep. a - gostar)
  
7) reparar:
· Precisamos reparar a instalação elétrica. (V.T.D. - consertar)
· Repare na paisagem. (V.T.I. - prep em - observar)
  
8) responder:
· Você não respondeu à carta de seus pais? (V.T.I. - prep a - ou V.T.D.)
 
Conselho pede para PF responder a 30 perguntas em perícia de caso Renan.
“(...)O ofício reúne questões apresentadas pelo PSOL, autor da representação contra Renan no conselho, e pelo próprio presidente do Senado. Com base nesses quesitos a PF vai realizar perícia na documentação de Renan--desde que a Mesa Diretora do Senado aprove o envio do documento à PF.(...)” 
http://www1.folha.uol.com.br/folha
9) simpatizar:
· Não simpatizo com sua causa. (V.T.I. - prep. com)
Guerra de expulsões de diplomatas entre Rússia e Grã-Bretanha.
“(...) Estou longe de simpatizar com qualquer um dessas personagens. Como é sabido, Berezovski foi dos oligarcas que mais roubou na Rússia e fez enormes estragos à democracia russa, nomeadamente quando fez avançar Vladimir Putin para a sucessão de Boris Ieltsin.(...)”
http://darussia.blogspot.com 
  
10) subir: Subirei ao morro amanhã. (V.I. - prep. a)
 
11) suceder: Quem sucederá ao atual presidente? (V.T.I. - prep. a)
 
12) torcer: Todos torcem por algum time. (V.T.I. - prep. por)  
 
13) visar:
· O gerente não quis visar seu cheque. (V.T.D. - pôr o visto)
· O contador visava ao cargo do gerente. (V.T.I. - prep. a - almejar)
  
Nestas últimas aulas desta unidade, vimos muitos verbos que apresentam cuidados especiais quanto ao uso e que,  dependendo da regência, podem assumir significados diferentes.
Resumo _Unidade II   
Regência Nominal: relação que se estabelece entre um nome e seu complemento.
Regência Verbal: relação que se estabelece entre um verbo e seu complemento. Há verbos que admitem mais de uma regência: uns sofrem alteração semântica, outros não. Exemplos: 
Assistir:
· Se usarmos a preposição a significa ver. Exemplo: Assistíamos a tudo.
· Se usarmos a preposição em significa morar.
Exemplo: Luísa assistia em Lisboa.
  
Informar:
• de, sobre. Se usarmos qualquer uma das preposições, o significado não muda:  
Exemplo: Informamos do ocorrido
Informamos sobre o ocorrido.
   
Indicações de Leitura
ALMEIDA, Nilson Teixeira de. Regência Verbal e Nominal. São Paulo: Atual, 1988. (Tópicos de Linguagem).  
 Referências 
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 46 ed. São Paulo: Nacional, 2005.
CUNHA, Celso. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. 
Sites 
http://www.linguativa.com.br/indice_regencia_nominal.asp;
http://www.linguativa.com.br/indice_regencia_verbal.asp.
Aula 12_O estudo da Próclise 
Nesta aula, iniciaremos o estudo da colocação pronominal. 
O pronome oblíquo átono (me, te, se, o(s), a(s), lhe(s) e nos), em relação ao verbo da oração, pode aparecer em três posições: 
· Próclise;
· Mesóclise;
· Ênclise.
  
Sobre o estudo da próclise pode-se dizer que os pronomes oblíquos átonos devem ser colocados antes do verbo.
  
Veja algumas situações: 
1) É a colocação preferida dos brasileiros, mesmo quando não há motivo especial.
· Eu o encontrarei mais tarde.
 
2) É recomendada nas orações subordinadas desenvolvidas.
· Quero que o levem daqui.
 
3) É obrigatória depois dos pronomes relativos, advérbios em geral, pronome indefinido.
· Você é um dos homens que me compreende.
· Não o matem!
· Alguém me chamou?
 
4)  É recomendada nas orações optativas, interrogativas e exclamativas.
· Deus me livre! Porque me copias tanto?
· Como se sentem feliz!
  
5) É usada com gerúndio precedido de em.
· Em se tratando de brigas de casal, não me intrometo.
  
Confira a tabela:
 
Aula 13_O estudo da Ênclise e da Mesóclise 
Pode-se dizer que a colocação dos pronomes oblíquos átonos deve ser depois do verbo, ou quando o pronome for colocado entre dois verbos (ênclise no auxiliar), onde teremos de usar hífen.  
Veja algumas colocações: 
1)  É a colocação correspondente à ordem direta por ser o pronome um complemento do verbo, e vir, portanto, depois do verbo.
· As freiras ajudaram-me muito.
  
2) É especialmente recomendada nas frases imperativas afirmativas.
· Meninos, deixem-me em paz, por favor!
  
3) É obrigatória nas frases iniciadas por verbo.
· Encontraram-me na mercearia do Boqueirão.
  
4) Recomenda-se nas orações reduzidas de gerúndio, quando não há motivo para a próclise:
· Aproximou-se da janela, abrindo-a em seguida.
  
5) Os pronomes o, a, os, as, ficam depois do verbo no infinitivo não-flexionado, quando regido de preposição:
· Começou a examiná-la cuidadosamente.
  
O estudo da Mesóclise
A mesóclise ocorre apenas com verbos no futuro do presente ou do pretérito, quando não há motivo para a próclise.
· Os alunos lembrar-se-ão sempre desta professora.
· O chefe encontrar-nos-ia desocupado.
Mas:
· Os alunos sempre se lembrarão desta diretora da escola. (presença de advérbio “sempre” antes do verbo)
· O chefe nos encontraria desocupados (próclise não-obrigatória).
Aula 14_Colocação Pronominal - Casos Especiais  
Nesta aula, veremos alguns casos especiais de colocação pronominal.
Colocação dos pronomes oblíquos átonos nas locuções verbais.
 
1) Se não houver palavra “atrativa”, o pronome pode ficar em ênclise quanto ao verbo principal (gerúndio ou infinitivo), ou ênclise quanto ao verbo auxiliar e até mesmo próclise quanto ao verbo auxiliar:
· Venha buscar-me à noite.
· Devo lhe dizer que não irei
· Nós o estávamos observando há dias.
Observação: não pode ocorrer ênclise quanto ao verbo no particípio.
 
2) Se houver palavra “atrativa”, pode-se dar a próclisequanto ao verbo auxiliar, ou a ênclise quanto ao verbo principal, se esse estiver no infinitivo; se o verbo principal estiver no gerúndio, prefere-se a próclise quanto ao auxiliar.
· Seu amigo não vai lhe trazer a encomenda?
· Não vou dizer-lhe nada agora.
· Sempre lhe estou pedindo isso.
 
Com os particípios
Não se deve empregar a próclise nem a ênclise com os particípios. Deve-se utilizar a forma oblíqua preposicionada.
· Foi dada a ela a explicação devida.
· Foi uma coisa imposta a mim.
· Esta ideia foi levada a ele.
  
No português do Brasil é muito nítida a preferência pela próclise, mesmo contrariando a norma padrão. Atualmente isto acontece não só na literatura, mas também na linguagem jornalística.
Resumo _Unidade III 
  
Próclise - colocação do pronome antes do verbo
Ocorre a próclise:
com palavras negativas;
com conjunções subordinativas;
com advérbios;
com pronomes indefinidos;
com pronomes demonstrativos;
com pronomes relativos;
com gerúndio + prep. em;
em frases; interrogativas, exclamativas e optativas(que exprimem desejo).
  
Mesóclise - colocação do pronome no meio do verbo:
Ocorre apenas quando o verbo está no futuro do presente e no futuro do pretérito, se não houver palavras que exijam a próclise.
  
Ênclise - colocação do pronome após o verbo.
Ocorre sempre que não houver razões para o deslocamento do pronome para antes ou para o meio do verbo.
 
 Indicações De Leitura
 FARACO, C. A. TEZZA, C.Oficina de texto. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003,p.31-35.
Referências 
 BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999. ISBN 8586930059 
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 46 ed. São Paulo: Nacional, 2005.
CUNHA, Celso. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
Aula 15_Frase e Oração
 
FRASE
Frase é uma palavra ou grupo organizado de palavras que nos passa uma ideia completa.  
 Exemplo
· Socorro!
· Que tarde alegre a de ontem!
· Concordo com quem manda.
· Se não quiser ser importunado, feche a porta.  
Você percebeu que a frase pode ou não levar verbo, mas sempre tem que ter sentido completo. 
A frase que não contém verbo chama-se frase nominal.
a) A vida: oh, luta terrível.
A frase que contém verbo chama-se frase verbal.
  
b) Ninguém conheceu com profundidade os seus dotes artísticos.
Se você observar bem vai perceber que no exemplo “a” predominam as palavras vida e luta. Estas palavras são nomes (substantivos) e encerram significação completa, mesmo sem verbo. Por isso, a frase é nominal.
No exemplo “b” a palavra conheceu é verbo; tem significado marcante, tanto que exige outras palavras para completá-la. Como a base desta frase é o verbo, a frase chama-se verbal.
Conforme o sentido que se apresenta, a frase pode ser:
DECLARATIVA: Você lê muito bem. (declaração)
INTERROGATIVA: você não viu o acidente? (interrogação)
EXCLAMATIVA: Como você gosta disso! (exclamação)
IMPERATIVA: Desça daí, por favor! (ordem)
OPTATIVA: Bons ventos os levem! (desejo)
IMPRECATIVA: “Não encontres amor nas mulheres!” (maldição)
 
ORAÇÃO
A oração é a frase que apresenta verbo.
Fernando discutia com a namorada ao lado do portão.
A oração se divide em TEMA e DECLARAÇÃO (sujeito e predicado)
  
TEMA: Fernando
DECLARAÇÃO: discutia com a namorada ao lado do portão. 
Há orações sem sujeito (tema), mas não há orações sem predicado (declaração). 
Choveu muito ontem. (só declaração)
Aula 16 _Período Simples e Composto
PERÍODO SIMPLES
O período que contém uma única oração chama-se simples.
O período simples é formado por uma só oração, que se chama absoluta.
Apresenta um único verbo, ou uma locução verbal e tem sentido completo.  
Exemplo:
Ghandi tinha um espírito elevado.
“A democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo.” (Abraham Lincoln)
Os manuais estão guardados na gaveta da cômoda.
  
PERÍODO COMPOSTO
O período composto é aquele formado por duas ou mais orações, apresentando dois ou mais verbos.  
Exemplo:
“Embrulhei-me no meu capote, deitei-me e fechei os olhos.” (José de Alencar).
Os manuais que você me pediu estão guardados na gaveta da cômoda.
 
O período composto é classificado como: 
· Período composto por coordenação;
· Período composto por subordinação;
· Período composto por coordenação e subordinação.
Exemplo:
O diretor ausentou-se, mas deixou suas orientações. (período composto por coordenação);
Ele não veio na confraternização, porque estava viajando. (período composto por subordinação);
Embora, muitas pessoas ignorem o fato, eu o conheço, contudo, não posso revelá-lo. (período composto por coordenação e subordinação)
No Processo da Coordenação, o período se compõe de orações independentes e, muitas vezes podem separar-se por pontos, formando pequenos períodos.
  
Exemplo:
Estudo. Trabalho. Venço.  
No processo de Subordinação, o período se compõe de orações dependentes, ou seja, existe uma oração principal e outra, como o próprio nome diz, subordinada a ela, dependente dela. Ligam-se através de uma conjunção ou de um pronome relativo. 
Exemplo:
Soube       que você esteve na faculdade hoje.
  Or. principal                  oração subordinada
 
Aula 17_O Sujeito  
Agora, estudaremos os termos que formam as orações.  
Quando externamos um pensamento, isto é, quando formamos uma oração, normalmente recorremos a dois termos considerados indispensáveis e, por isso mesmo, chamamos de essenciais. São eles: 
 
a)  sujeito: o ser do qual declaramos alguma coisa;
b)  predicado: aquilo que declaramos do sujeito.
 
O helicóptero         é um meio de transporte valioso.
       ↓                                   ↓
  sujeito                        predicado
 
Normalmente, o sujeito está no início da oração, mas pode estar também no meio e no fim. Veja:
 
As ruas           ficam alagadas após a chuva de verão.
    ↓                                ↓
 sujeito                     predicado
  
Após a chuva de verão, as ruas  ficam alagadas.
                                           ↓
                                       sujeito
  
Após as chuvas de verão, ficam alagadas  as ruas.
                                                                       ↓
                                                                sujeito
  
O verbo da oração concorda com o sujeito em pessoa e número. 
  
Aconteceram sérios acidentes na rodovia Imigrantes.
                              ↓
                        sujeito
  
Quando se retira o sujeito, o resto da oração será o predicado:
As garotas brincavam na praia.
Muitas vezes o sujeito não aparece expresso na oração, mas está implícito na desinência verbal: é o sujeito subentendido ou implícito.
(Nós) Estudamos na Universidade de São Paulo na época da ditadura.
 
Núcleo do Sujeito
Observe este sujeito da oração:
     núcleo
         ↑
As mulheres bonitas             sofrem preconceitos.
                      ↓                               ↓
                sujeito                    predicado
  
O termo do sujeito que transmite a ideia básica, ao redor do qual se agrupam outros termos para acrescentar-lhe algo, constitui o núcleo.
  
Pode haver mais de um núcleo:
        núcleo             núcleo
            ↑                            ↑
As mulheres bonitas e os homens gordos sofrem preconceitos.
            ↓                                                       ↓
        sujeito                                             predicado
 
Geralmente, o substantivo aparece mais frequentemente como sujeito, mas há outras classes de palavras que expressam o sujeito. Veja a seguir:
 
O sino repicava ao longe. (substantivo)
Alguém esteve aqui. (pronome)
Isto não me agrada em nada. (pronome)
Tu vieste ontem? (pronome)
Vossa Senhoria deve estar enganado. (pronome)
Matar ou morrer não é um bom negocio. (oração)
É importante que você venha. (oração)
  
Apesar de o sujeito ser considerado termo essencial, há orações que apresentam somente o predicado, pois o verbo não se refere a nenhum sujeito gramatical. Na próxima aula, estudaremosos tipos de sujeito. Até lá!
Aula 18_Tipos de Sujeito 
O sujeito classifica-se em: 
a) SIMPLES – quando possui um só núcleo.
A criança dormia tranquilamente.
  
b) COMPOSTO – quando possui mais de um núcleo.
A patroa e o funcionário irão se casar. 
 
c) INDETERMINADO – quando não se determina o sujeito pelo(s) núcleo (s).
Ele é comunicado de um modo vago, indeterminado. Na língua portuguesa, a indeterminação do sujeito ocorre em orações cujos verbos estão: 
• Na 3ª pessoa do plural:
Tocaram a campainha.  
• Na 3ª. Pessoa do singular + a partícula se, representando o sujeito:
Precisa-se de faxineira.  
Tome muito cuidado na seguinte situação:
• Quando o se, em vez de índice de indeterminação do sujeito, for partícula apassivadora, o sujeito será expresso:
Alugam-se casas. (= casas são alugadas) logo, o sujeito é casas.
 
d) OCULTO, SUBENTENDIDO, IMPLÍCITO.
Muitas vezes, o sujeito não vem expresso na oração, mas está implícito na desinência do verbo: 
e) INEXISTENTE – quando a informação veiculada pelo predicado não se refere a sujeito nenhum. É o caso das ORAÇÕES SEM SUJEITO, só com predicado. E os verbos sem sujeitos são impessoais (só flexionam na 3ª pessoa do singular).  
Há orações sem sujeito nos seguintes casos:
• Com os verbos que exprimem fenômenos da natureza: chover, gear, nevar, alvorecer, anoitecer, orvalhar, trovejar etc. e com verbo fazer. 
Choveu muito na cidade.
Aqui fazia um calor terrível.
Nevou muito na noite de Natal.  
Quando o verbo que exprime fenômeno meteorológico for empregado em sentido figurado, terá o seu sujeito normalmente e com ele concordará:
 
   Choviam serpentinas do balão.                          Ele trovejava palavrões.
                           ↓                                            ↓
                       sujeito                                          sujeito
 
• Com os verbos haver e fazer, indicando tempo decorrido:
Há muitos anos que não o vejo.
Faz dois anos que mudei de escola.
  
• Com o verbo haver, significando existir.
Em dezembro haverá muitas confraternizações. 
  
• Com o verbo ser que, nas indicações de hora, data ou distância, concorda com a expressão numérica:
São dez horas da manhã.
Da minha casa à praia são quarenta quilômetros de distância.
Hoje são vinte e nove de dezembro.
  
Antes de começarmos o estudo do Predicado, precisaremos rever a transitividade verbal. Ao conhecermos a transitividade dos verbos, estaremos aptos para classificar o Predicado. Vamos lá?
Aula 19_O Predicado – Predicação Verbal  
Antes de iniciarmos o estudo do Predicado propriamente dito, falaremos um pouco a respeito da Predicação Verbal, pois isso nos ajudará muito. 
Chamamos de Predicação Verbal ao estudo dos verbos que formam o predicado. Como vimos, Predicado é “aquilo que se declara do sujeito”. 
Esses verbos podem ter sentido completo ou exigir um complemento.  
Chamamos de:
 
• INTRANSITIVOS (V.I) – quando têm sentido completo e não precisam de complemento. 
1)  Os verbos intransitivos podem ter adjuntos ou predicativos, mas nunca complementos.
2)  Uns poucos verbos são classificados como intransitivos por não exigirem complementos verbais; contudo exigem necessariamente adjuntos adverbiais para constituir o predicado. Veja dois exemplos:
• TRANSITIVOS DIRETOS (V.T.D.) – quando têm sentido incompleto e exige complemento sem preposição obrigatória: objeto direto.
 • TRANSITIVOS INDIRETOS (V.T.I.) – quando têm sentido incompleto e exigem complemento com preposição obrigatória: objeto indireto. 
Às vezes, pode ocorrer preposição antes do objeto direto por motivo de clareza ou realce. Observe:
 Outras vezes, por motivos estilísticos, podem os objetos ser repetidos pleonasticamente. São os objetos pleonásticos:
• TRANSITIVOS DIRETO E INDIRETO (V.T.D.I.) – quando são de sentido incompleto e exigem objeto direto (sem preposição) e um objeto indireto (com preposição) ao mesmo tempo:
 
 • VERBO de LIGACÃO (V.L.) – quando servem simplesmente, como o próprio nome diz, para ligar atributos ao sujeito (predicativo ao sujeito): 
Principais verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, andar, continuar.
Predicativo é um termo de oração que funciona como núcleo do predicado. Ora o predicado atribui uma qualidade ou estado ao sujeito (predicativo do sujeito= PDS), ora ele atribui uma qualidade ou estado ao objeto (predicativo do objeto = PDO).
 
a) PREDICATIVO DO SUJEITO (P.D.S.) - é o elemento do predicado que se refere ao sujeito mediante um verbo de ligação expresso ou subentendido, atribuindo-lhe uma qualidade ou estado.
 
b) PREDICATIVO DO OBJETO (P.D.O.) – É o elemento do predicado que se refere ao objeto (e não ao sujeito). 
 
Alguns verbos, em determinados contextos diferentes, podem ser de ligação, transitivos ou, ainda, intransitivos. Veja a seguir:
Aula 20_Tipos de Predicado  
Predicado é tudo “aquilo que se declara do sujeito”. Dependendo de seu núcleo, ele pode ser: 
VERBAL – quando o núcleo é um verbo ou locução verbal, que exprime o que o sujeito faz ou sofre.
 NOMINAL – quando o seu núcleo é um nome que transmite ao sujeito uma qualidade ou estado. O verbo é de ligação.
 VERBO-NOMINAL – quando a declaração se concentra em dois núcleos: em um verbo e em um nome.
Estudamos os termos essenciais da oração. Na próxima unidade, veremos os termos integrantes e acessórios da oração.
 
Aula 21_Sujeito e Vozes do Verbo - I 
Em relação à ação expressa pelo verbo, o sujeito pode aparecer como agente, paciente, e agente e paciente da ação verbal. 
• Sujeito agente - voz ativa
É aquele que pratica, que executa a ação expressa pelo verbo.
O sujeito é agente e o verbo se encontra na voz ativa.
O rapaz quebrou o copo.
Sujeito agente: O rapaz
Voz ativa: quebrou
  
• Sujeito paciente - voz passiva
É aquele que sofre ou recebe a ação expressa pelo verbo.
Quando o sujeito é paciente, o verbo se encontra na voz passiva.
O termo que indica o responsável pela ação verbal chama-se agente da passiva.
Ele aparece, normalmente, precedido de preposição por, e, com menor frequência, da preposição de. Exemplos:
O copo foi quebrado pelo rapaz.
Sujeito paciente: O copo
Voz passiva: foi quebrado
Agente da passiva: rapaz
A modelo estava rodeada de admiradores.
Sujeito paciente: A modelo
Voz passiva: estava rodeada
Agente da passiva: admiradores.
  
• Passagem da voz ativa para a voz passiva
As frases que na voz ativa são formadas com verbos transitivo direto e transitivo direto e indireto podem ser convertidas em estruturas passivas.
  
Na conversão, ocorrem mudanças de função:
1. O sujeito agente da voz ativa passa a agente da passiva.
2. O objeto direto da voz ativa passa a sujeito paciente da voz passiva.
O verbo, na voz passiva, aparece no particípio precedido de verbo auxiliar.
 
Exemplo
VOZ ATIVA
O comerciante comprou as mercadorias.
Sujeito agente: O comerciante
Voz ativa: comprou
Objeto direto: as mercadorias.
 
VOZ PASSIVA
As mercadorias foram compradas pelo comerciante.
Sujeito paciente: As mercadorias
Voz passiva (constituído por verbo auxiliar e particípio): foram compradas
Agente da passiva: comerciante
Aula 22_Sujeito e Vozes do Verbo - II 
Vimos anteriormente: 
· Sujeito agente - voz ativa;
· Sujeito paciente - voz passiva; e
· Passagem da voz ativa para a voz passiva.
 
Agora vamos complementar este módulo com os assuntos: 
· Estruturas da voz passiva
· Sujeito agente e paciente - voz reflexiva
· Estrutura da voz passiva
  
Analítica: quando a frase é construída com o verbo auxiliar “ser” seguido de particípio.
O filme foi reproduzido na íntegra pela produtora.
Sujeito paciente: O filme
Verbo auxiliar: foi
Particípio: reproduzido
Agente da passiva: produtora. 
O agente da passiva pode surgir de forma indeterminada:
A maior parte dos livros foi queimada.
Sujeito paciente: A maior parte dos livros
Voz passiva: foi queimada.
 
Sintética: quando a frase é construída com verbo transitivo direto acompanhado do pronome “se”. Chama-se também de PASSIVA PRONOMINAL.
Reproduziu-se o remédio no laboratório.
Sujeitopaciente: o remédio
Na passiva sintética o agente da passiva é indeterminado e o verbo concorda com o sujeito.
Vende-se morangos.
Sujeito: morangos.
Vendem-se carros.
Sujeito: carros
  
Só se apresentam na voz passiva os verbos transitivos direto e transitivo direto e indireto. Por isso, não se confundem estruturas tais como:
 
1)  Divulgou-se a notícia trágica. -> Voz passiva sintética
Verbo transitivo direto: Divulgou
Sujeito paciente: a notícia trágica. 
TRANSFORMAÇÃO
A notícia trágica foi divulgada. -> Voz passiva analítica
Sujeito paciente: A notícia trágica
  
2)  Precisa-se de professores.
Sujeito: indeterminado
Verbo transitivo indireto: Precisa
Objeto indireto: de professores.
 
3)  Bebe-se bem neste bar.
Sujeito: indeterminado
Verbo intransitivo: Bebe
  
O pronome “se” que acompanha o verbo na voz passiva sintética chama-se PRONOME APASSIVADOR ou PARTÍCULA APASSIVADORA.
Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação do pronome “se” se faz no meio da forma verbal.
  
Exemplos:
Será realizada uma reunião no próximo mês. (passiva analítica)
Realizar-se-á uma reunião no próximo mês. (passiva sintética)
Serão realizadas reuniões nos próximos meses. (passiva analítica)
Realizar-se-ão muitas reuniões durante vários meses. (passiva sintética)
  
• Sujeito agente e paciente - voz reflexiva
É aquele que, ao mesmo tempo, pratica e sofre a ação expressa pelo verbo.
• O rapaz feriu-se.
Sujeito agente e paciente: O rapaz
Voz reflexiva: feriu-se
O “se” da voz reflexiva é pronome reflexivo, assim como os pronomes: te, me, nos, vos.
  
Exemplos:
· Tu não te enxergas com esse carro?
· Eu me queimei quando acendi o cigarro.
· Nós nos batemos com o martelo.
 
Resumo _Unidade IV
  
Frase é um enunciado provido de ideia completa. Pode ser:
  
Nominal ou Verbal.
A frase verbal é também chamada de Oração. A oração possui duas partes: Tema (sujeito) e Declaração (predicado).
Chamamos de Período simples, o que possui uma só oração; e de Período composto, o que possui duas ou mais orações.
 
Sujeito:
· Simples (um núcleo);
· Composto (dois ou mais núcleos);
· Indeterminado (não se determina o sujeito pelo (s) núcleo (s));
· Oculto, subentendido, implícito (o sujeito não vem expresso na oração mas está implícito na desinência do verbo);
· Inexistente (quando a informação veiculada pelo predicado não se refere a sujeito nenhum. é o caso das orações sem sujeito, só com predicado).
  
Predicado:
· Se não houver predicativo, o predicado é VERBAL;
· Se  houver predicativo com verbo de ligação, o predicado é sempre.
  
NOMINAL;
· Se houver predicativo com verbo transitivo ou intransitivo, o predicado é VERBO-NOMINAL.
Sujeito e Vozes do Verbo
 
Indicações de Leitura
 OLIVEIRA, Ubaldo Luiz de. A estrutura sintática da frase. São Paulo: Selinute, 1988. 
Referências 
 BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 46 ed. São Paulo: Nacional, 2005.
CUNHA, Celso. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
Aula 23 _Termos Integrantes da Oração – Objeto Direto e Objeto Indireto  
Estudaremos os termos integrantes da oração, que são: 
- complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);
- complemento nominal e agente da passiva.
  
• OBJETO DIRETO
O objeto direto completa o sentido de um verbo transitivo direto. Não precisa de preposição:
 
Objeto Direto Pleonástico
O objeto direto pleonástico é usado quando se quer expressar uma ideia do objeto direto e pode-se repeti-lo através de um pronome pessoal átono. O objeto quando repetido de um pronome átono recebe esse nome.
• OBJETO INDIRETO
O objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto. É obrigatória a preposição.
Objeto Indireto Pleonástico
O objeto indireto pleonástico é usado quando se quer expressar uma ideia pelo objeto indireto e nesse caso pode-se repetir. Ele é representado por um substantivo ou por um pronome pessoal.
Vamos revisar agora o uso dos pronomes pessoais, pois na próxima aula veremos que os pronomes pessoais oblíquos funcionam também como complementos verbais:
 
PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes pessoais são palavras que substituem ou acompanham um substantivo, indicando a pessoa do discurso e dividem-se em: retos e oblíquos.
Meu carro é veloz.
Vossa alteza deseja algo?
 
PRONOMES PESSOAIS RETOS E OBLÍQUOS
Classificamos os pronomes em retos ou oblíquos de acordo com a função que exercem na oração. 
	PESSOAS DO DISCURSO
	RETOS
	OBLÍQUOS
	1ª pessoa singular
	Eu
	me, mim, comigo
	2ª pessoa do singular
	Tu
	te, ti, contigo
	3ª pessoa do singular
	Ele / Ela
	o, a, lhe, se, si, consigo
	1ª pessoa do plural
	Nós
	nos, conosco
	2ª pessoa do plural
	Vós
	vos, convosco
	3ª pessoa do plural
	Eles / Elas
	os, as, lhes, se, si, consigo
 
Os pronomes do caso reto funcionam como sujeito da oração; já os pronomes oblíquos funcionam como complemento e se dividem em: átonos e tônicos. Os pronomes tônicos são precedidos de preposição, enquanto os átonos não.  
 Exemplo:
Eles acordaram cedo para ir trabalhar.
Os médicos nos orientaram perfeitamente sobre a doença.
Ela comprou uma bolsa linda a mim.
  
FORMAS PRONOMINAIS
As formas pronominais são os pronomes o, a, os, as.
- Quando associadas a verbos terminados em R, S ou Z, assumem as seguintes formas: LO, LAS, LOS, LAS. 
Anotar + o – anotá-lo
Fez + a – fê-las 
- Quando associadas a verbos terminados em som nasal, adquirem as seguintes formas: NO, NA, NOS, NAS. 
Levaram + a – levaram-na
Enviaram + o – enviaram-no  
- Quando unidas a pronomes nos, vos e se são os pronomes oblíquos reflexivos, pois se referem ao sujeito da oração.
 
Os meninos feriram-se com a faca.
Aula 24 _Pronomes oblíquos como complementos verbais  
Os pronomes pessoais oblíquos funcionam como objeto.
Não o convidai. – Objeto direto.
Vou convidá-lo. – Objeto direto.
Convidaram-no. – Objeto direto.
Entreguei-lhe os resultados das provas. – Objeto indireto.  
Os pronomes o, a, os, as (lo, la, los, las, no, na, nos, nas) funcionam como objeto indireto; lhe, lhes, como objeto indireto. Já os pronomes me, te, se, nos, vos podem funcionar com objetos diretos e indiretos, dependendo da predicação do verbo. Como é praticamente impossível saber a predicação de todos os verbos em português, existe uma regra prática que pode facilitar: substituir o pronome por uma versão masculina.
  
a) Se não aparecer preposição obrigatória, o pronome exercerá a função de objeto direto.
Eu te convido para o meu aniversário.
Eu convido a professora para meu aniversário.
A preposição não é obrigatória. Logo, o pronome te é objeto direto.
  
b) Se aparecer preposição obrigatória, o pronome exercerá a função de objeto indireto.
Desejo-te bons sonhos.
Desejo bons sonhos ao menino.
A preposição a é obrigatória. Logo, o pronome te é objeto indireto.
  
Resumindo: 
As aulas seguintes estudarão o sujeito e as vozes do verbo.
 
	
Aula 25_Complemento Nominal
Complemento Nominal
Dá-se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome ou um advérbio, conferindo-lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica.
Como o complemento nominal vem integrar-se ao nome em busca de uma significação extensa para este nome ao qual se liga, ele compõe os chamados termos integrantes da oração.  
São duas as principais características do complemento nominal:
- sempre seguem um nome, em geral abstrato;
- ligam-se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória.  
Os complementos nominais podem ser formados por: substantivo, pronome, numeral ou oração subordinada completiva nominal. 
 Exemplo:
Meus filhos têm loucura por chocolate.
...[substantivo]
O sonho dele era voar.
...[pronome]
A gloria de um é a conquista de todos.
...[numeral]
O medo de que lhe roubassem as joias a mantinha afastada de lá.
...[oração subordinada completiva nominal] 
Em geral, os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes averbos transitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo. São exemplos dessa correlação: 
- obedecer aos pais - obediência aos pais
- chegar em casa - chegada em casa
- entregar a revista à amiga - entrega da revista à amiga
- protestar contra a opressão - protesto contra a opressão
  
Na próxima aula, conheceremos as particularidades do complemento nominal e, também, o agente da passiva.
Aula 26_Particularidades do Complemento Nominal e Agente da Passiva   
Complemento nominal x Adjunto adnominal
É comum confundirem-se duas categorias sintáticas da língua portuguesa.
Isso se verifica em relação ao complemento nominal e adjunto adnominal, já que ambas as categorias seguem um nome e podem ser acompanhadas de preposição. 
É importante lembrar, então, as suas principais funções:
- complemento nominal: complementa o sentido do nome, conferindo-lhe uma significação extensa e específica. Ex.: Sua rapidez nas respostas é admirável.
- adjunto adnominal: acrescenta uma informação ao nome. Essa informação tem valor de adjetivo e, em princípio, é desnecessária para a compreensão da expressão. Ex.: Ela se dizia carioca da gema. 
Uma regra prática para distinguir essas duas categorias sintáticas é tentar transformar o termo relacionado ao nome em adjetivo ou oração adjetiva. Se for possível o emprego de uma dessas construções adjetivas, o termo selecionado será um adjunto adnominal. Do contrário, será um complementos nominal.
 
A menina tinha uma fome de leão.
...[fome leonina = adjetivo]
...[fome que parecia ser de leão = oração adjetiva]
...[de leão: adjunto adnominal]
  
A leitura de livros é aconselhável a um bom profissional.
...[de livros: complemento nominal]
A preposição e o complemento nominal  
Dentre as características do complemento nominal, destaca-se a presença obrigatória da preposição.
A preposição tem por função relacionar dois ou mais termos de uma oração. Como o complemento nominal realiza a integração com o nome ou advérbio ao qual está ligado, a preposição torna-se indispensável. 
A grandeza raciocínio é sempre presente nas suas palavras, Roberta. [Inadequado]
A grandeza de raciocínio é sempre presente nas suas palavras, Roberta. [Adequado]  
Em geral, os problemas relativos a esse tema ocorrem com a preposição “a”. É importante lembrar: sempre que o complemento nominal tiver como preposição a palavra “a”, deve-se observar se é possível empregar a crase, obrigatória nessa posição.
 
A boa notícia é: os jovens estão aptos a leitura digital! [Inadequado]
A boa notícia é: os jovens estão aptos à leitura digital! [Adequado]
 
Quero lembrar que todos aqui devem obediência a lei federal. [Inadequado]
Quero lembrar que todos aqui devem obediência à lei federal. [Adequado]
  
Saiba mais sobre a preposição e o complemento nominal
 
- Depois do advérbio:
Casos há em que o advérbio necessita de informações adicionais para que o sentido da expressão seja completo. Assim, o complemento nominal une-se ao advérbio fornecendo esse tipo de informação e, nessa ligação, a presença da preposição é obrigatória. 
É dispensável a tua presença a reunião. [Inadequado]
É dispensável a tua presença à reunião. [Adequado]
  
- Na voz passiva
Os verbos na voz passiva apresentam o verbo principal no particípio. O particípio também representa uma forma de nome, já que pode ser empregado com valor de adjetivo (ex.: iluminado, autenticado).
Sempre que o verbo, no particípio, apresentar um complemento que acrescente informações à expressão, este será um complemento nominal e deve vir acompanhado de preposição. 
Esses meninos foram acostumados à ganhar presentes. [Inadequado]
Esses meninos foram acostumados a ganhar presentes. [Adequado]
  
AGENTE DA PASSIVA
O agente da passiva é o complemento do verbo na voz passiva.
Voz Ativa: Os meninos carregaram a trave.
Sujeito: Os meninos.
Voz Passiva: A trave foi carregada pelos meninos.
Agente da Passiva: pelos meninos.
O termo que é o sujeito na voz ativa será o agente da passiva na voz passiva.
Geralmente é introduzido pela preposição por e seus derivados.
Aula 27 _Termos Acessórios da Oração - Adjunto Adnominal   
Estudaremos os termos integrantes da oração, que são: Adjunto Adnominal, Adjunto Adverbial e Aposto.  
• Adjunto Adnominal
É um termo que determina ou qualifica o substantivo.
 
 Exemplo:
 
Como vemos, o núcleo do sujeito é o nome ‘vendedor’ e o núcleo do objeto direto é o nome ‘picolé’. Observamos, ainda, que cada núcleo é acompanhado de outros termos, que lhes acrescentam uma qualidade ou os determinam.  
Assim temos:
Sujeito: O vendedor de sorvetes.
Núcleo do sujeito: vendedor.
Adjuntos adnominais do sujeito: o, de sorvetes.
Objeto direto: picolé de uva
Núcleo do objeto direto: picolé
Adjunto adnominal do objeto direto: de uva
Exercem a função de adjunto adnominal:
  
a) O artigo:
• As mulheres escolheram os automóveis.
  
b) O adjetivo:
• A vigilância eletrônica é importante nas lojas.
  
c) O pronome adjetivo:
• Nenhum homem deve viver isolado.
  
d) O numeral:
• Quarenta e cinco alunos estudam nesta classe.
  
e) O substantivo precedido de preposição, com ideia de posse, qualidade ou especificação:
· As fazendas dos mineiros. (ideia de posse)
· A vida da cidade. (ideia de qualidade)
· Plantação de laranjeiras. (ideia de especificação)
   
Diferença entre Complemento Nominal e Adjunto Adnominal
É comum encontrar dificuldade em distinguir o adjunto adnominal (na forma de locução adjetiva) do complemento nominal. Essa dúvida surge, principalmente, quando o complemento nominal se refere a um substantivo.  
Veja as diferenças entre as duas funções:
 
1. Se a locução vier associada a adjetivo ou advérbio, ela será sempre complemento nominal, uma vez que o adjunto só modifica o substantivo.
2. Se a locução vier associada a um substantivo, poderá exercer a função complemento nominal ou de adjunto adnominal.
a) Será adjunto adnominal se o substantivo a que se refere for concreto ou se a locução puder ser transformada em adjetivo.
b) Se alocução referir-se a um substantivo abstrato. Será:
-  Adjunto adnominal, se indicar o agente da ação expressa pelo nome;
- Complemento nominal, se for o paciente da ação.
Em suma, se a locução tiver valor de sujeito, será adjunto adnominal; se equivaler a objeto,será complemento nominal.  
Amor de pai
Amor ao pai.  
No primeiro caso, a expressão de pai funciona como adjunto adnominal, pois pai é agente de amar (o pai ama; pai = sujeito), Portanto, o adjunto adnominal pode ser agente da ação expressa pelo nome.
Na segunda situação, a expressão ao pai exerce a função sintática de complemento nominal, pois pai é paciente de amar ( ama o pai; o pai = objeto direto).
 
Diferença entre Adjunto Adnominal e Predicativo do Objeto
Passando essas duas frases para a voz passiva, notaremos que o adjunto adnominal continuará exercendo a mesma função ao passo que o predicativo do objeto passará a exercer a função de predicativo do sujeito. Veja:
 
Aula 28_Adjunto Adverbial e Aposto  
É uma palavra ou expressão que modifica um verbo, um adjetivo ou um advérbio. Veja os seguintes exemplos:
 
O adjunto adverbial pode ser formado por:
  
a)  um Advérbio:
• Estarei lá amanhã.
 
b)  uma Locução adverbial:
· O médico foi chamado, às pressas, para o centro cirúrgico.
 c) um Pronome:
· Irei contigo.
APOSTO
É o termo que se junta a um substantivo ou a um pronome para explicá-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo. Vejam os exemplos:
 
Quanto à classificação, o Aposto pode ser:
a)  Explicativo:
Machado de Assis, autor de “Dom Casmurro”, foi autodidata.
  
b)  Enumerativo:
Depois do temporal, todos saíram de casa: o pai, a mãe e os filhos.
  
c)  Especificativo:
Minha aluna Luana tem um gênio difícil.
  
d)   Recapitulativo:
Amor, casamentos, dinheiro, nada a seduzia.
  
VOCATIVO
É um termo da oração que é classificado à parte, pois não pertence ao Sujeito e nem ao Predicado. Serve para chamar algo ou alguém. 
Exemplos:
“Pai, afasta de mim esse cálice” (Chico Buarque)
Meninos, o lanche está servido. 
Aula 29 _Período Compostopor Coordenação  
Nesta aula, estudaremos o período composto por coordenação. 
O período composto por coordenação é constituído por duas ou mais orações independentes, isto é, nenhuma oração exerce função sintática com relação à outra. Cada oração vale por si, apesar de a expressão completa do pensamento do autor depender da coordenação das duas orações. 
Classifica-se em:  
Coordenadas Assindéticas: não são introduzidas por conjunção. Geralmente liga-se à anterior por meio de vírgula.
[Não alcancei a celebridade do emplasto], [não fui ministro],
[não conheci o casamento]. Machado de Assis 
Coordenadas Sindéticas: introduzidas por conjunção.
Os filósofos morrerão, mas a sabedoria não morrerá nunca.
1º oração: Os filósofos morrerão – Coordenada Assindética
2º oração: mas a sabedoria não morrerá nunca. – Coordenada Sindética.
  
Classificação das orações coordenadas sindéticas:
 
• Aditivas
Conceito: Expressam uma ideia de adição. Normalmente são introduzidas por conjunções coordenadas aditivas: e, nem, mas também, como também,...
Chorava e reclamava da patroa.
  
• Adversativas
Conceito: Expressam uma ideia de aparente contradição ou oposição. Normalmente são introduzidas por conjunções coordenadas adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto...
Queixa-se da vida ao lado de sua esposa, mas não se separa nunca.
  
• Alternativas
Conceito: Indicam alternância de fatos ou ideias. Normalmente são introduzidas por conjunções coordenadas alternativas: ou....ou, ora...ora, quer...quer.
Você não deve parar de trabalhar, ou nunca conseguirá pagar a faculdade.
Ora estuda, ora viaja.
  
• Conclusivas
Conceito: Exprimem ideia de conclusão ou consequência. Normalmente são introduzidas por conjunções coordenadas conclusivas: logo, portanto, por isso, pois (proposto ao verbo).
Venceu; logo, lutou muito.
É perigoso, desça, pois, da escada.
  
• Explicativas
Conceito: Justificam a ideia contida na oração anterior. São introduzidas por conjunções coordenadas explicativas: porque, pois (anteposto ao verbo), portanto, que (no sentido de pois).
Lute, pois vencerá.
Desça da escada, pois é perigoso
 
Conforme vimos, elas são classificadas de acordo com a ideia que transmitem. Geralmente, as ideias carregam o mesmo nome da conjunção. Exemplo: Aditiva: ideia de adição (soma); Adversativa: ideia adversa (contrária); Alternativa: ideia de alternância (de escolha); Conclusiva: ideia de conclusão; Explicativa: ideia de explicação. 
Essas colocações parecem redundantes, pois são muito óbvias, mas, com certeza, auxiliam o aluno na hora de estudar e decidem no momento de classificar algumas orações que foram escritas com a intenção de “pegar” o aluno que estudou pouco, por exemplo: “Não estuda e sempre passa de ano”. Viram? Embora tenha utilizado a conjunção ‘e’ (aditiva), passou a ideia de ‘mas’(adversativa). Cuidado!
Resumo _Unidade V   
Termos integrantes: 
· Objeto Direto: completa o sentido de um verbo transitivo direto.
· Objeto Indireto; completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
· Agente da Passiva: complemento do verbo na voz passiva.
· Complemento Nominal: completa o sentido de um substantivo, de um adjetivo ou de um advérbio com uso obrigatório da preposição.
  
Termos acessórios: 
· Adjunto Adnominal: É um termo que determina ou qualifica o substantivo.
· Adjunto Adverbial: É uma palavra ou expressão que modifica um verbo, um adjetivo ou um advérbio.
· Aposto: É o termo que se junta a um substantivo ou a um pronome para explicá-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo.
  
Vocativo: É um termo da oração que é classificado à parte, pois não pertence ao Sujeito e nem ao Predicado. Serve para chamar algo ou alguém.
  
Indicações de Leitura
 OLIVEIRA, Ubaldo Luiz de. A estrutura sintática da frase. São Paulo: Selinute, 1988.  
 
Referências 
 BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
Aula 30 _Período Composto por Subordinação e as Orações Subordinadas Substantivas   
O período composto por subordinação é constituído por duas ou mais orações, em que uma é a principal e as demais são as subordinadas. Chamamos de oração subordinada aquela que é dependente da oração principal e que lhe completa o sentido. 
Oração Principal (OP) – é aquela que possui sentido predominante no período.
Oração Subordinada – depende da oração principal, completando-lhe o sentido.
Exemplo: Eles sabem que vocês estiveram aqui.
                        OP                   oração subordinada
 
As Orações Subordinadas classificam-se em: 
Substantivas -- equivalem a um substantivo;
Adjetivas – equivalem a um adjetivo;
Adverbiais -- equivalem a um advérbio.
  
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
Exercem as funções sintáticas de um substantivo. Vem introduzida, geralmente, por uma conjunção integrante (que ou se). Às vezes pode ser introduzida por um pronome (que, quem, qual) ou por advérbio interrogativo (como, onde, quando, por que).  
De acordo com as funções que exercem, podem ser classificadas como:
 
• Subjetiva
Conceito: Exerce a função de sujeito da oração principal. Vem sempre depois das locuções verbais: é necessário, é preciso, é conveniente, é urgente etc.  
É preciso que estudes.
É conveniente que ele venha cedo.
 
•Objetiva Direta
Conceito: Exerce a função de objeto direto da oração principal. E, como todo objeto direto, completa o sentido de um verbo transitivo direto (VTD).
Eu vi que você saiu mais cedo ontem.  
•Objetiva Indireta
Conceito: Exerce a função de objeto indireto da oração principal. E, como todo objeto indireto, completa o sentido de um verbo transitivo indireto (VTI).
Ninguém se esquece do que eu falei naquele discurso de formatura.
  
•Completiva Nominal
Conceito: Exerce a função de complemento nominal da oração principal.
Completa o sentido de um nome e não de um verbo.
Tenho certeza de que suas palavras serão desnecessárias.
  
•Predicativa
Conceito: Exerce a função de predicativo da oração principal. Há sempre um verbo de ligação na OP.
A verdade é que a obra não andava.
  
•Apositiva
Conceito: Exerce a função de aposto da oração principal.
Disseram-me o pior: que não me deixariam jogar.
Aula 31 _Orações Subordinadas Adjetivas 	
A oração subordinada adjetiva vem introduzida por um pronome relativo (que, o qual, cujo, quanto, onde). Tem esse nome porque expressa uma qualidade do termo da oração principal a que se refere, isto é, tem valor de um adjetivo que modifica um termo da oração principal. 
 	
O aluno que estuda consegue êxito.
                 =estudioso (adjetivo)
  
Classificação das orações subordinadas adjetivas: 
• Restritiva
Característica: exprime uma qualidade acidental do termo antecedente a que se refere o pronome relativo. É indispensável ao sentido da frase. Não se separa por vírgula da oração principal.
São histórias que nos entristecem.
Há alunos que só podem estudar à noite.
  
•Explicativa
Característica: Exprime uma qualidade essencial do termo antecedente a que se refere o pronome relativo. Vem entre vírgulas.
O cão, que é um animal irracional, é o melhor amigo do homem.
O Brasil, que é o maior país da América do Sul, tem milhões de analfabetos.
 
A oração subordinada adjetiva pode ter um pronome como antecedente.
Aula 32 _Orações Subordinadas Adverbiais
As orações subordinadas adverbiais são aquelas que expressam as circunstâncias em que os fatos ocorrem. Essas circunstâncias correspondem a ideias indicadas por advérbios, como condição, tempo, causa etc. 
São classificadas, de acordo com a ideia que exprimem. 
Os eleitores retiraram-se do plenário no final da votação.
                                                    adjunto adverbial de tempo.
 
Veja que o período acima é um período simples, a oração é absoluta, pois só possui um verbo; mas, perceba que o adjunto adverbial grifado pode ser substituído por uma oração inteira:
Os eleitores retiraram-se da zona eleitoral quando terminou a votação.
      (oração principal)                            oração subordinada adverbial temporal
  
Classificação das orações

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