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Resumo Microbiologia Recomendação gerais do emprego para os meios de cultura desidratados e preparados

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul 
Campus Bento Gonçalves 
Aluno: Eduardo Antonio Molon 
Professora: Larissa Dias Ávila 
Microbiologia Geral 
 Viticultura e Enologia - 2016 
 
Resumo: Recomendação gerais do emprego para os meios de cultura desidratados e 
preparados 
 
 Geralmente os meios de cultura são preparados através da mistura do pó em água 
destilada e um leve aquecimento para ocorrer a completa diluição, frisa-se a importância de 
não aquecer demais o meio a fim de que ele não perca suas propriedades e utilidades. Alguns 
meios de cultura não são capazes de diluírem completamente, por isso no momento da 
utilização devem ser espalhados de forma uniforme na placa, após o preparo e diluição, o 
meio de cultura deve ser esterilizado. 
 O pH do meio de cultura, geralmente, se ajusta durante a preparação, de forma natural, 
porém dependendo da solução e da água utilizada é necessário corrigi-lo, o ajuste pode ser 
realizado depois da esterilização com soluções ácidas ou básicas. 
 Para a esterilização, o método mais utilizado é a autoclave no qual a amostra 
permanece 15 minutos a 121 ºC, os meios de cultura que não resistam a altas temperaturas 
devem ser esterilizados conforme indica o rótulo do produto, já que todos os meios têm no 
seu rótulo a descrição de como realizar a esterilização. Na autoclave, os microrganismos serão 
eliminados. Quando os meios possuírem carbono na sua composição, a temperatura não deve 
exceder os 118 ºC, para não ocorrer a formação de compostos indesejados. 
 Um opcional à autoclave como método esterilização é a filtração, esta utilizada 
quando os produtos são lábeis, ou seja, compostos químicos pouco estáveis, notadamente ao 
calor, como certas proteínas, as vitaminas que escorrega ou desliza facilmente; este método 
consiste em filtrar a solução utilizando uma membrana de celulose. 
 Outro método é a tindalização, que expõe a amostra a 100 ºC por 30 minutos, 
eliminando, assim, as células vegetativas, mas não os endoesporos. 
 No momento da preparação é importante cuidar pois alguns meios de cultura são 
tóxicos, por isso devem ser utilizados os equipamentos de proteção. A recomendação é 
utilizar o meio de cultura logo após seu preparo, mas caso seja necessário guarda-lo questões 
de umidade, temperatura e recipiente devem ser adequadas para que ele não perca suas 
propriedades, caso após o armazenamento seja percebido algum tipo de desidratação, o 
mesmo não deve ser utilizado. 
 Os meios desidratados devem ser armazenados em locais frescos, secos e com luz 
direta do sol. Quando o meio for aberto para preparo, é necessário evitar deixa-lo muito tempo 
aberto e no momento de fechar, tapar todas as entradas de ar. Os meios de cultura já prontos 
podem ser armazenados e, dependendo da sua composição, podem durar meses desde que 
mantidos em locais e condições adequadas, como regra geral abaixo de 20 ºC e fora do 
alcance da luz, se existir necessidade de a temperatura ser mais baixa, entre 2 e 8 ºC, haverá 
um aviso no rótulo. 
 Quando dar-se a utilização do meio em placas é recomendado que ele esteja no estado 
líquido, para isso se submete a um aquecimento em banho maria, ao utilizar-se da adição o 
meio deve estar com uma temperatura inferior a 50 ºC, não se deve aquecer o meio mais de 
uma vez ou manter ele por muito tempo sobre altas temperaturas, por este motivo geralmente 
se utiliza micro-ondas a fim de que o aquecimento não seja muito intenso. 
 Quando o meio for descartado, é necessário autoclavar por 30 minutos a 121 ºC e 
apenas depois descarta-lo, assim como as demais vidrarias utilizadas. 
 As composições do meio de cultura descritas são aproximadas, uma vez que o produto 
sofre muitas mudanças devido a sua composição biológica. Para manter a qualidade do meio, 
uma análise física, de solubilidade e de pH deve ser realizada.

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