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Teoria da Norma Parte II

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Teoria da Norma Parte II
Raquel Sparemberger
Quanto às consequências
Dividem-se: normas de conduta e normas de sanção 
Normas de Conduta: estabelecem explicitamente uma proibição, obrigação, permissão ou recomendação.
 Normas de sanção: indicam as consequências do descumprimento da norma de conduta.
Podemos encontrar normas de conduta sem normas de sanção ou, ao contrário, normas de sanção sem normas de conduta.
Exemplo: normas de permissão
Normas programáticas
Quanto à DENSIDADE
Muitas normas são abstratas porque não descrevem determinada conduta nem estabelecem uma obrigação ou proibição concreta. Limitam-se a indicar a meta que os destinatários devem perseguir, mas não a definem concretamente; não descrevem os meios a serem empregados nem a intensidade dos esforços que deve fazer o destinatário para alcançar meta.
Art. 3 da CF
Art. 7 , XII, da CF
Quanto À FUNÇÃO
O conteúdo das constituições pode ser dividido em duas partes principais: há normas que conferem direitos aos indivíduos e outras que fixam as competências das autoridades estatais.
Art. 5 da CF
Arts 21 a 30 da CF
Natureza, caráter e estrutura das Normas
1.1 Natureza e caráter das Normas 
 As normas constitucionais possuem a natureza de ser normas primárias do ordenamento jurídico, isto é, constituem a fonte primária de qualquer ordenamento jurídico. A natureza e a eficácia das normas constitucionais relacionam-se diretamente com a finalidade das mesma
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Elas possuem caráter imperativo, mandamental, não constituindo meros conselhos, avisos ou lições. Isto já proclamava Ruy Barbosa em interpretação à Constituição de 1891.
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Do mesmo modo, adverte Celso Antonio Bandeira de Mello que mesmo as normas que facultam têm caráter imperativo, porque se facultam algo a alguém, impõem a todos os demais o dever de respeitar o exercício da faculdade.
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Assim, nada do que está nas normas constitucionais é mera recomendação, anseio, desejo; não são sonhos ou aspirações de normas constitucionais, mas imposições! Desde que passaram ao texto positivado, são comandos! E estes comandos podem ser volvidos ao Poder Público ou aos cidadãos, mas de toda sorte, comandos. 
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Este item cuida de explicitar as maneiras como os imperativos se manifestam nos textos constitucionais. 
Classificam-se as normas jurídicas, quanto à eficácia, em: 
NORMAS MANDATÓRIAS: são aquelas cujo caráter imperativo revela-se no determinar uma conduta positiva, ou uma omissão, um agir, ou um não-agir, daí distinguirem-se em PRECEPTIVAS ou IMPERATIVAS e em PROIBITIVAS (não – fazer). No dizer de José Afonso da Silva (l998, p. 67), a maioria das normas constitucionais está nestes dois tipos.
Classificação das Normas Constitucionais
Exemplo de Normas Mandatórias e Preceptivas na CF/88: art. 5. caput “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza” ( esta norma é também proibitiva). 
Art. 44 – “O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso nacional”. Art. 164 – “ A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo Banco Central”. 
 
Classificação das Normas Constitucionais - proibitivas
Exemplo de Normas Mandatórias Proibitivas na CF/88: art. 5. III – “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”. 
 Art. 5, XLV – “Nenhuma pena passará da pessoa do condenado”. 
 Art. 5., XI – “A casa é asilo inviolável do indivíduo”(esta também é preceptiva). 
NORMAS PERMISSIVAS OU FACULTATIVAS
São as que atribuem uma permissão, sem determinar a obrigatoriedade de uma conduta positiva ou omissiva. Tais normas constituem, geralmente, exceções a regras proibitivas existentes nas Constituições.
NORMAS PERMISSIVAS OU FACULTATIVAS
Exemplos na CF/88: art. 18, parágrafo 3. (podem); art. 22, parágrafo único (poderá); art. 25, parágrafo 3. (poderão). 
NORMAS DIRETIVAS OU PROGRAMÁTICAS
São aquelas que têm um caráter mais acentuadamente ideológico, que dão a vocação do Estado e possuem igualmente imperatividade, pois embora não se negue que as normas constitucionais têm eficácia e valor jurídico diverso uma das outras, isso não nos autoriza a recusar-lhes juridicidade, conforme José Afonso da Silva
exemplos
Exemplos na CF/88: art. 170 (“A ordem econômica [...] tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme ditames da justiça social”). 
 Art. 215 - “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais [...]”. Art. 218 – “O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológica”
EXEMPLOS
Exemplo: art. 266, parágrafo 3. da CF/88, norma que determinava, desde a entrada em vigor da Constituição Federal, isto é, desde 1988, o reconhecimento da união estável entre homem e mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
Esta norma era vigente desde 1988, mas não plenamente eficaz até o advento das leis que delimitaram a forma e os requisitos da conversão (leis de l994 e l996). ( e depois o novo Código Civil).
Normas e eficácia
Eficácia Técnico-jurídica: no sentido técnico indica que a norma tem possibilidade de ser aplicada aos destinatários. São as condições de aplicabilidade.
Normas constitucionais quanto à eficácia
Para Rui Barbosa:
Normas auto-executáveis: preceitos constitucionais completos, que não requerem nenhuma complementação por lei infraconstitucional. Têm aplicação imediata nos casos a que se referem.
Normas não auto-executáveis: aquelas que somente indicam princípios. Dependem de leis que as complementem, pois só depois dessa complementação legislativa poderão ser executadas.
a) Normas de Eficácia plena, com aplicabilidade direta, imediata e integral:
são auto-aplicáveis, as que exprimem vedações ou proibições ou que conferem qualidades ou prerrogativas, incidindo diretamente e dispensando, portanto, legislação complementável.
São aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição Federal produzem ou têm condições de produzir todos os efeitos essenciais relativamente aos interesses, comportamentos e situações que o legislador constituinte direta e normativamente quis regular, ou seja, são aquelas que não necessitam de complementação.
EXEMPLOS
Art. 2 ; art. 206, IV (o que confere o direito de fruir de gratuidade do ensino e de exigi-la, caso o estabelecimento oficial a viole); art. 5. XV (direito de ir e vir); art. 1.( ao fixar que o Brasil é uma República Federativa); art. 7, XV (direito ao repouso semanal remunerado), etc.
A respeito da categoria de normas imediatas e diretamente exigíveis, há que se observar o disposto no parágrafo primeiro do art. 5 da CF/88, ou seja, a cláusula que se refere aos 77 incisos – I a LXXVII – do próprio artigo quinto, gravando todos os direitos lá expressos com a garantia de aplicabilidade imediata.
b)Normas constitucionais de eficácia contida e aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não-integral
São aquelas normas passíveis de restrição. Na verdade sua eficácia não é desde o início contida, mas poderá ser contida, no entanto, produzem efeitos imediatamente, apesar de preverem meios normativos de contenção de sua eficácia. Isto é, enquanto não sobrevier a legislação restritiva que poderá limitar os direitos nela consagrados, estes mesmos direitos são plenos.
Conforme José Afonso da Silva (l998, p. 116) são aqueles “em que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do Poder Público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nela enunciados”.
EFICÁCIA CONTIDA
São normas que em regra solicitam a intervenção do legislador ordinário, fazendo expressa remissão a uma legislação futura visando a restringir-lhes a plenitude da sua eficácia. Algumas dessas normas já contém conceitos éticos juridicizados (“bons costumes”, “ordem pública” e outros) que implicama limitação da eficácia.
CONTIDA
A eficácia de tais normas poderá ainda ser restringida pela incidência de outras normas constitucionais, se ocorrerem certos pressupostos de fato, como, por exemplo, Estado de Sítio (art. 139, CF/88), Estado de Defesa, Intervenção Federal. 
E uma terceira hipótese de restrição é aquela que se dá por legislação superveniente e, neste caso, geralmente aparecem, no texto na norma, os termos “salvo”, “nos termos da lei”. Exemplos: art. 5. VIII; art. 143, parágrafo 1., art. 5. XIII; art. 37, I; art. 14, parágrafo 9.
NORMAS CONSTITUCIONAIS	DE EFICÁCIA LIMITADA
São aquelas normas que dependem da emissão de uma de normatividade futura, em que o legislador ordinário, integrando-lhe a eficácia mediante lei lhes	dê capacidade de execução em termos de regulamentação daqueles interesses visados.
Por exemplo: inciso XIX do art. 7. da CF/88.
“Licença paternidade, nos termos fixados em lei”.
NORMAS CONSTITUCIONAIS	DE EFICÁCIA LIMITADA
Subdividem-se em:
Normas de princípio institutivo
São aquelas que dependem da lei para dar corpo às instituições, pessoas e órgãos previstos na Constituição. São exemplos da Constituição Federal Vigente: Parágrafo terceiro do art. 18, parágrafo 3. do art. 25, 244 e outros.
Normas de princípio programático
São aquelas que estabelecem programas a serem desenvolvidos mediante legislação integrativa da vontade constituinte. Exemplos: art. 196, 205, 214, 215, entre outros.
Normas Programáticas
NORMAS PROGRASão normas que não tiveram força para se desenvolverem integralmente, sendo acolhidas como programa a ser realizado pelo Estado através da intervenção na ordem econômica ( por isso o Estado cobra tributo) ou por meio de Lei Complementar ou ordinária. 
Há normas programáticas que mencionam uma legislação futura para atuação positiva do programa previsto. Lei Complementar Art. 7, XI, XX, XXVII
 
Enquanto outras não modificam, sendo estas dirigidas à ordem econômica e social. Não requerem Lei Complementar.
 Art. 215 CF Art. 170 CF Art. 193 CF
As normas programáticas possuem condições gerais de aplicabilidade, eis que as características básicas destas normas estão a indicar que: 
vinculam comportamentos públicos futuros, limitando positivamente a futura legislação

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