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17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 1/32 Segurança do Trabalho Normas regulamentadoras do trabalho relativas às ações educativas em saúde e segurança do trabalho e Diretrizes da OIT para educação e formação em saúde e segurança do trabalho Podemos afirmar que o objetivo da realização de treinamentos referentes à segurança e à saúde no trabalho têm como prioridade o atendimento ao cumprimento, por parte dos empregados e empregadores, de normas e legislações em vigência no Brasil. A Lei 6.514/77, lei do trabalho, através da Portaria 3.214/78, contempla cursos, treinamentos e capacitações necessárias de acordo com cada caso, podendo ocorrer conforme atividade exercida, risco presente, função, produtos ou formação de grupos de trabalho ou ações ou campanhas específicas. Já as normas do Ministério do Trabalho e Emprego (atualmente Secretaria Especial do Trabalho) visam garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores em seu local de trabalho e meio ambiente. Neste tópico, destacaremos essas normas, ou seja, as normas regulamentadoras – NRs relativas às ações educativas em saúde e segurança do trabalho. A Norma Regulamentadora 1 – NR-1 é a norma que determina as disposições gerais e trata sobre conceitos que devem ser levados em consideração na hora de ministrar treinamentos no âmbito de todas as NRs. O empregador deve promover capacitação e treinamento dos trabalhadores em conformidade com o disposto nas NRs. Ao término dos treinamentos previstos nas NRs, deve ser emitido certificado contendo o nome e a assinatura do trabalhador, o conteúdo programático, a carga horária, a data, o local de realização do treinamento, o nome e a qualificação dos instrutores e a assinatura do responsável técnico do treinamento. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 2/32 A capacitação deve incluir: treinamento inicial, treinamento periódico e treinamento eventual. O treinamento inicial deve ocorrer sempre antes de o trabalhador iniciar suas funções. A periodicidade dos treinamentos assim como o conteúdo programático serão estabelecidos nas próprias NRs específicas. O treinamento eventual deve ocorrer: quando houver mudança nos procedimentos, nas condições ou nas operações de trabalho, que impliquem em alteração dos riscos ocupacionais; na ocorrência de acidente grave ou fatal, que indique a necessidade de novo treinamento; após retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 180 dias. Algumas normas podem estabelecer um tempo menor em relação à periodicidade dos treinamentos para os casos de afastamento, como, por exemplo, a NR-10, que estabelece um período de três meses de afastamento para realizar o treinamento. Nesse caso, deve-se levar em consideração a NR específica sempre, e aquilo que não constar na NR específica, aplica-se da NR geral, esse é o princípio hermenêutico das normas regulamentadoras. Quando o treinamento não apresentar prazos de periodicidades, poderão ser utilizados os DDS (diálogo diário de segurança) para justificar a continuidade nas informações de riscos prestadas aos operadores. A figura a seguir resume diversos critérios: A carga horária, o prazo para sua realização e o conteúdo programático do treinamento eventual devem atender à situação que motivou o treinamento. O tempo despendido em treinamentos previstos nas NRs é considerado como de trabalho efetivo. Após o término do treinamento, um certificado deverá ser emitido e entregue ao trabalhador, e uma cópia arquivada na empresa. Essa cópia poderá ser também digitalizada. Os treinamentos previstos em NR podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da organização, observados os conteúdos e a carga horária previstos na respectiva norma regulamentadora. O aproveitamento de conteúdos de treinamento poderá ocorrer na mesma organização. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 3/32 O treinamento sobre os riscos químicos, físicos e biológicos antes de o trabalhador dar início as suas atividades já é estabelecido na NR-1 e NR-9. Trata-se do mesmo treinamento. A NR-26 também sugere o mesmo treinamento com o adendo das fichas de segurança dos produtos químicos, ensinando os trabalhadores como deve consultar as Fichas de Informação de Segurança para Produtos Químicos – FISPQs. Não é necessário ministrar três treinamentos diferentes, basta um treinamento que acompanhe o conteúdo específico dos treinamentos das normas. É permitido o aproveitamento de conteúdos de treinamentos ministrados na mesma organização, desde que: O conteúdo e a carga horária requeridos no novo treinamento estejam compreendidos no treinamento anterior O conteúdo do treinamento anterior tenha sido ministrado no prazo inferior ao estabelecido em NR ou há menos de dois anos, quando não estabelecida essa periodicidade Sejam validados pelo responsável técnico do treinamento Outro exemplo poderia ser o treinamento de brigadistas realizados para os profissionais que combatem o fogo e para os que trabalham com produtos inflamáveis. Diversos conteúdos relativos ao princípio do fogo, triângulo do fogo são semelhantes nos dois treinamentos. Por isso, caso o trabalhador tenha recebido o treinamento de produtos inflamáveis por um período inferior a um ano (periodicidade para produtos inflamáveis no caso do avançado), poderá aproveitar esse conteúdo no treinamento de brigadista. A NR-1 definiu essa nova consideração. O treinamento aproveitado deve constar no certificado do novo treinamento ministrado. A validade do novo treinamento considera a data do treinamento mais antigo aproveitado, ou seja, se o treinamento aproveitado tiver uma data muito antiga, isso poderá ocasionar um prazo de validade muito pequeno para o novo treinamento. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 4/32 Dependendo do caso, poderá ser economicamente mais viável o treinamento sem aproveitamento. Os treinamentos de outras organizações também podem ser aproveitados. Isso significa que o trabalhador que muda de empresa poderá utilizar o certificado emitido pela empresa anterior. Essa regra passou a existir a partir da nova NR-1. A NR-5 aborda as ações educativas referentes à comissão interna de prevenção de acidentes – Cipa. Esta comissão é formada pelos próprios trabalhadores da empresa, por representantes tanto dos empregados quanto do empregador. Conforme dimensionamento do Quadro I desta norma, a comissão será formada de acordo com a atividade econômica, o enquadramento de risco e o número de empregados. Como o objetivo da Cipa é prevenir os acidentes e as possíveis doenças relacionadas ao trabalho, é exigido pela NR-5 um treinamento, por parte da empresa, para os membros da Cipa. As especificações sobre este treinamento encontram-se no item 5.32 da norma. O treinamento deverá ser ofertado tanto aos titulares quanto aos suplentes, anteriormente à posse, e deverá conter conteúdo mínimos como: 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 5/32 Estudo do meio ambiente de trabalho, suas condições e os riscos provenientes da atividade de produção Metodologia adotada para investigação das doenças de trabalho e análise dos acidentes Noções básicas sobre os acidentes e as doenças laborais provenientes da exposição dos trabalhadores aos riscos Noções a respeito da AIDS ou da síndrome da imunodeficiência adquirida e medidas de prevenção Noções a respeito das legislações previdenciária e trabalhista pertinentes à segurança e à saúde no trabalho Noções gerais de higiene no trabalho e medidas a serem adotadas visando ao controle de riscos ambientais Formas de organização da Cipa e principais assuntos essenciais ao exercício da comissão O treinamento da Cipa deverá ter uma carga horária mínima de 20 horas, não podendo exceder a carga de oito horas por dia, e deverá ser executado dentro do horário de expediente normal da empresa. O Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho – SESMT, bem como qualquer entidade patronal, de trabalhadoresou mesmo qualquer profissional com conhecimento suficiente dos temas ministrados, poderá ministrar o treinamento da Cipa. O treinamento da Cipa é uma das ações educativas em saúde e segurança do trabalho. A NR-6 trata sobre ações educativas quanto à utilização dos equipamentos de proteção individual – EPI e é uma norma extremamente importante, visto que os equipamentos de proteção individual têm o objetivo de oferecer proteção direta ao trabalhador, preservando sua saúde e sua integridade física. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 6/32 O empregador tem a responsabilidade de oferecer orientação e treinamento ao trabalhador sobre o uso adequado do EPI e também sobre os aspectos necessários para sua conservação e armazenagem. Dessa forma, outra ação educativa em saúde e segurança do trabalho refere-se a esse treinamento indispensável. A NR-6 não traz nenhuma indicação de metodologia, conteúdo ou carga horária mínima para o treinamento exigido, mesmo assim devemos preferencialmente considerar a utilização de profissionais aptos e possuidores de conhecimentos adequados para ministrar o treinamento. Essa NR aborda as ações educativas referentes aos programas de prevenção de riscos ambientais – PPRA. Os PPRAs devem ser implantados de forma coletiva e constantemente. Devido a isso, os trabalhadores requerem treinamentos a respeito dos procedimentos presentes no programa; procedimentos esses que vão garantir a eficácia das informações sobre prevenção dos riscos ambientais. Estes treinamentos constituem-se também em ações educativas em saúde e segurança do trabalho e deverão ser planejados pela empresa. Cabe citar que a nova NR-9, com vigência prevista para o ano de 2021, será específica para estabelecer os métodos de avaliações dos riscos físicos, químicos e biológicos identificados no programa de gerenciamento de riscos – PGR. Isso significa que, a partir de 2021, as empresas deverão desenvolver um modelo de gestão de todos os riscos, não somente dos riscos químicos, físicos e biológicos. A NR-9, portanto, ficará restrita em estabelecer somente a metodologia de avaliação dos riscos físicos, químicos e biológicos e o modelo atual de PPRA deixará de existir. A NR-10 trata sobre as ações educativas referentes à segurança em instalações e serviços em eletricidade. Antes de abordarmos qualquer referência a treinamento, é importante a definição de alguns itens para o atendimento de aspectos legais desta NR. Clique ou toque nos títulos para expandir o conteúdo. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 7/32 Trabalhador qualificado Para fins desta norma, podemos definir como trabalhador qualificado aquele que concluir curso específico em eletricidade, desde que reconhecido pelo sistema de ensino oficial. Ex.: técnico eletricista. Profissional legalmente habilitado Considera-se aquele previamente qualificado e que seja registrado no conselho de classe. Ex.: engenheiro eletricista, desde que registrado no CREA. Trabalhador capacitado Será considerado capacitado o trabalhador que, simultaneamente, tenha recebido capacitação através de orientação de um profissional habilitado e que execute o trabalho também sob responsabilidade de algum profissional habilitado e autorizado. De acordo com a NR-10, trabalhadores que irão executar tarefas em instalações elétricas energizadas e também em redes de alta tensão devem receber treinamento de segurança, conforme determinações do Anexo II desta NR. Qualquer um dos trabalhadores habilitados, qualificados ou capacitados poderá ser enquadrado como trabalhador autorizado, devendo possuir autorização formalizada da empresa. Além disso, esses profissionais precisarão possuir o curso da NR-10 de segurança em instalações e serviços em eletricidade válido, conforme os períodos de reciclagem definidos na própria NR. De acordo com a NR-10, deve ocorrer treinamento de reciclagem a cada dois anos em algumas situações que veremos a seguir: Quando o funcionário trocar de função ou no caso de mudança de empresa Quando retornar de afastamento de trabalho ou estiver inativo por um período maior do que três meses Quando ocorrer qualquer alteração significativa em instalações elétricas ou mudança dos métodos e processos de trabalho 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 8/32 O Anexo II da NR-10, que trata a respeito da definição de carga horária, currículo mínimo e algumas determinações, deve ser base de consulta tanto para o curso básico em segurança em instalações e serviços com eletricidade quanto para o curso complementar, que trata da segurança nos sistemas elétricos de potência – SEP e suas proximidades. Os treinamentos de NR-10 são dois: Curso básico de segurança em instalações e serviços com eletricidade, de 40 horas, e Curso complementar de segurança no sistema elétrico de potência – SEP e em suas proximidades, de 40 horas. Para fazer o curso complementar, o trabalhador terá que, obrigatoriamente, passar pelo curso básico. O curso complementar é destinado somente para os trabalhadores que laboram no SEP e em suas proximidades. A NR-11 orienta sobre as ações educativas referentes às atividades de transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. O treinamento aparece na NR-11 através de seu Anexo I, que trata do estabelecimento de regulamento técnico dos procedimentos para movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore, granito e outras rochas. Na operação de carros porta-blocos, os operadores de carros de transporte ou porta-blocos e toda a equipe de trabalhadores da área de movimentação devem receber treinamento específico para operação. Os trabalhadores que receberam treinamento devem também receber orientação durante o serviço, de maneira que desenvolvam suas atividades sob orientação de trabalhadores mais experientes ou supervisionados diretamente durante o período mínimo de 30 dias. Nas operações que envolvem máquinas e equipamentos, quando os processos se mostrarem diferentes dos quais os operadores estavam acostumados, um novo treinamento deve ser realizado objetivando a qualificação dos funcionários. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 9/32 A NR-12 aborda as ações educativas quanto à questão de capacitação para operadores de máquinas e equipamentos, sendo que diversos itens devem ser obedecidos para estabelecer o atendimento legal para execução de trabalhos enquadrados nesta NR. Os trabalhadores que operam, realizam manutenção e inspecionam máquinas e equipamentos devem ser habilitados, qualificados, capacitados ou autorizados para essa finalidade. A capacitação deve ser oferecida pelo empregador aos trabalhadores que operam, inspecionam e realizam manutenção em máquinas e equipamentos, devendo ser compatível com as funções executadas e abordar os riscos e as medidas de acordo com a exposição dos riscos. A capacitação relativa à NR-12 deve atender aos seguintes requisitos: Deve ocorrer antes que o trabalhador assuma sua função junto ao equipamento ou máquina O empregador deve fornecer a capacitação sem que haja o repasse de nenhum ônus ao trabalhador O conteúdo programático do treinamento deve atender ao que pede o Anexo II da NR-12 O instrutor que irá ministrar a capacitação deve ser qualificado para tal finalidade, sempre supervisionado por profissional legalmente habilitado, sendo este o responsável pela adequação do conteúdo ministrado, da carga horária, da qualificação de instrutores e da avaliação dos capacitados Os materiais utilizados na capacitação devem utilizar linguagem adequada aos trabalhadores, e ser mantidos disponíveis para fins de fiscalização, bem como a lista de presença de participantes, o certificado, os currículos dos instrutores e os resultados das avaliações dos participantes A validade da capacitação está condicionada ao fato de o curso ter sido ministrado nas condições especificadas pelo profissional legalmente habilitado 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank10/32 O trabalhador ou profissional pode ser considerado qualificado quando comprovar que concluiu o curso em sua área de atuação, devendo ser reconhecido pelo sistema oficial de ensino. Quando o trabalhador ou profissional for considerado legalmente habilitado, entende-se que este deve comprovar conclusão em curso específico e com registro no conselho competente. Os trabalhadores autorizados são aqueles qualificados, capacitados ou legalmente habilitados, que receberam autorização formal do empregador por meio de documento. O trabalhador capacitado será aquele que comprovar através de registro na carteira de trabalho e previdência social no mínimo dois anos de experiência na atividade, desde que receba curso de reciclagem. A capacitação para reciclagem deve ocorrer sempre que houver qualquer modificação nas instalações ou nas operações de máquinas ou equipamentos, bem como alteração de métodos e processos de trabalho. A capacitação para reciclagem deve possuir conteúdo programático que atenda às necessidades que motivaram sua execução, com uma carga horária mínima suficiente para garantir a segurança na execução das atividades, devendo ser distribuída no máximo de oito horas diárias durante o horário normal de expediente. A capacitação só terá validade para o empregador que a realizou e nas condições estabelecidas pelo profissional legalmente habilitado responsável pela supervisão da capacitação, exceto quanto aos trabalhadores capacitados para operação de máquinas injetoras, o que não requer responsável legalmente habilitado para supervisão da capacitação. Os operadores de máquinas injetoras devem possuir capacitação através de curso com carga horária mínima de oito horas por tipo de máquina, conforme Anexo IX da NR-12. O conteúdo programático do curso de capacitação para operação em máquinas específicas deve atender à listagem: 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 11/32 Para ministrar o curso de capacitação para operadores de injetora, o instrutor deverá ter no mínimo: O instrutor deve no mínimo possuir formação técnica em nível médio, ter conhecimento técnico da máquina utilizado no processamento de materiais plásticos, conhecimento da normatização técnica de segurança além de uma capacitação específica. A norma não explica que tipo de capacitação, mas induz que está capacitação não está relacionada somente a experiência. O conteúdo programático de cursos e capacitações que envolvem as atividades desenvolvidas em máquinas e equipamentos pode ser encontrado consultando o Anexo II da NR-12. Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica. Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa diferentes da pressão atmosférica. Tubulações são conjuntos de linhas destinados ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma unidade de empresa dotada de caldeiras ou vasos de pressão. Tanques servem para armazenar fluidos do processo produtivo. Esses são equipamentos de grande utilidade em diversos processos industriais, no entanto, alguns riscos podem ter consequências catastróficas devido a agentes como pressão e calor, que podem desencadear acidentes graves e até explosões. Por esse motivo, o projeto, a instalação, a operação, a inspeção e a manutenção têm rigorosas medidas de controle e de segurança que devem ser adotadas. As exigências existentes na NR-13 são baseadas nos padrões normativos e nos códigos, como ASME (American Society of Mechanical Engineers), ANSI (American National Standards Institute) e JIS (Japanese Industrial Standards). 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 12/32 Os equipamentos citados anteriormente sofrem rigorosa degradação com o tempo, e inúmeros acidentes podem ocorrer devido a falhas nos projetos, inspeções inadequadas e procedimentos operacionais errados. Por isso, a NR-13 estabelece um conjunto de regras que devem ser adotadas para a garantia da integridade estrutural dos equipamentos durante todo o ciclo de vida, de forma planejada e controlada. A NR-13 é uma norma que tem o objetivo de subsidiar medidas necessárias para garantir a integridade física das pessoas que trabalham com caldeiras, tubulações e vasos de pressão, ou nas proximidades, e essas medidas também acabam subsidiando um aumento da vida útil desses equipamentos. Para efeito desta NR, considera-se profissional habilitado aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento da operação e da manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras, vasos de pressão, tubulações e tanques metálicos de armazenamento, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no país. Para a NR-13, o profissional habilitado para gestão da segurança de caldeiras, vasos de pressão e tubulações é aquele que tem a responsabilidade técnica sobre os equipamentos. Esse profissional deve ser engenheiro mecânico, engenheiro civil, desde que tenha cursado a cadeira de termodinâmica e suas aplicações e transferência de calor, ou engenheiro naval (esses são os profissionais com a responsabilidade técnica de inspeção, manutenção, operação, projeto, fabricação e montagem). É necessária a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. Na nova resolução desta NR, o profissional habilitado pode obter voluntariamente a certificação de suas competências profissionais por meio de um Organismo de Certificação de Pessoas – OCP, acreditado pela Coordenação Geral 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 13/32 de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – CGCRE/INMETRO, conforme estabelece o Anexo III desta NR. Para esses profissionais serem certificados, é necessário curso superior de engenharia como pré-requisito. O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras é o atestado de conclusão do ensino médio. Esse treinamento deve ter, obrigatoriamente, as seguintes características: Ser supervisionado tecnicamente por profissional habilitado Ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim Obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I da NR-13 Ocorrer com o acompanhamento da prática profissional Ser exclusivamente na modalidade presencial Ter carga horária mínima de 40 horas Todo operador de caldeira deve ser submetido à prática profissional supervisionada na operação da própria caldeira que operará, a qual deve ser documentada e ter duração mínima de: 1. Caldeiras de categoria A: 80 horas 2. Caldeiras de categoria B: 60 horas Para os vasos de pressão, o Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve, obrigatoriamente: 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 14/32 Ser supervisionado tecnicamente por profissional habilitado Ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim Obedecer, no mínimo, ao currículo proposto pelo Anexo da NR-13 Ocorrer com o acompanhamento da prática profissional de 300 horas, categorias I e II Ser exclusivamente na modalidade presencial Ter carga horária mínima de 40 horas A NR-15 é uma norma que trata de diversos conceitos relacionados à avaliação dos agentes de risco e trata de como se dará a caracterização de uma atividade insalubre. A NR-15 é reconhecida por muitos profissionais da área de segurança do trabalho como uma das normas mais ultrapassadas. Segundo a auditora fiscal do trabalho Mara Camisassa, Os agentes de riscos podem ser físicos, químicos ou biológicos. Os agentes de riscos físicos são: Ruído contínuo, Ruído de impacto, Calor, Radiação ionizante, radiação não ionizante, vibração de mãos e braços, vibração de corpo inteiro. Também há as condições ambientais de umidade e frio. Os agentes químicos cujo a falta de atualização de vários limites de tolerância presentes na NR-15, aliada à evolução técnico-científicadas últimas décadas, faz que diversas exposições consideradas atualmente toleráveis pela norma não sejam sequer admitidas por órgãos normativos e científicos internacionais (dentre eles a própria ACGIH), por serem, comprovadamente, danosas à saúde do trabalhador. [sic] 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 15/32 qual é necessária avliação quantitativa estão no anexo 11 e 12 da NR-15. Os agentes biológicos que é necessária avaliação qualitativa e estão no anexo 14. Para os riscos biológicos a condição se dá por atividade e essas atividades estão listadas no anexo 14. Enquanto o Brasil insiste em monetizar riscos, a tendência internacional se aplica na redução da jornada diária de trabalho no caso das atividades insalubres. Os treinamentos que devem ser ministrados em função dos riscos identificados dentro da NR-15 são os mesmos que estão estabelecidos na própria NR-1. O trabalhador deve ser treinado sempre antes de qualquer exposição a qualquer risco, seja risco físico, químico ou biológico. A NR-16 é a norma utilizada para caracterizar as atividades periculosas. Não estabelece treinamentos específicos, mas medidas específicas que devem ser utilizadas para enquadrar uma atividade em periculosa ou não. Os treinamentos específicos são estabelecidos nas normas de cada atividade. Na NR-19 estão os treinamentos para os trabalhadores expostos aos produtos explosivos; para a exposição a produtos inflamáveis, a NR-20; à eletricidade, NR-10. A atuação com vigilância patrimonial tem formação técnica por instituição de ensino reconhecida; o uso de motocicletas requer habilitação e autorização da empresa; o trabalho com radiações ionizantes requer treinamentos específicos em relação aos riscos de exposição e posterior autorização da empresa para desempenhar as funções. A NR-17 trata das ações educativas referentes às questões de ergonomia e estabelece alguns parâmetros com o objetivo de promover a adaptação das condições físicas do ambiente de trabalho às características dos trabalhadores, proporcionando conforto, segurança e, consequentemente, melhor desempenho. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 16/32 Segundo a NR-17: “Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas deve receber treinamento quanto aos métodos de levantamento, carregamento e deposição de cargas”. Os treinamentos têm que ser realizados para todos os trabalhadores que realizam transporte de materiais. A carga horária é a critério do empregador, assim como a periodicidade. Podem ser utilizados os Diálogos Diários de Segurança – DDS, a fim de reduzir custos relacionados aos treinamentos com periodicidade maior em que é necessário parar toda a operação e realizar um treinamento específico. Auditores fiscais do trabalho têm o hábito de cobrar esses treinamentos em suas inspeções quando constatado que o operador realiza transporte manual de cargas. Muitas empresas adotam um nome específico para esse tipo de treinamento como “Coluna Saudável”, “Carregamento Saudável”, “Postura Correta” etc. A NR-17 traz à tona a questão de treinamento, contemplando os trabalhadores que exercem função de Checkout. A norma diz que os trabalhadores que exercem função de Checkout deverão receber treinamento com o objetivo de proporcionar o conhecimento suficiente ao trabalhador das relações entre seu trabalho e os aspectos de promoção à saúde. Este treinamento deve considerar alguns aspectos relacionados aos postos de trabalho, manipulação de mercadorias, organização de trabalho, aspectos psicossociais do trabalho e agravantes para saúde mais comuns em operadores de Checkout. Os treinamentos devem ocorrer até no máximo 30 dias após a admissão e ter duração mínima de duas horas. A reciclagem deve ocorrer a cada ano e a duração também deve ser de no mínimo duas horas, devendo ocorrer durante a jornada de trabalho, e o material didático deve estar permanentemente disponível aos trabalhadores. É importante lembrarmos que as mudanças ocorridas nos processos de trabalho devem ser comunicadas com antecedência aos trabalhadores. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 17/32 O Anexo II da NR-17 trata do trabalho em teleatendimento e telemarketing e aborda o treinamento através da capacitação dos trabalhadores de operação e gestão destes funcionários, que devem receber capacitação visando ao conhecimento dos meios de adquirir doenças relacionadas à função, bem como suas causas e consequências para a saúde. Essa capacitação deve estender-se inclusive aos trabalhadores temporários, e suas diretrizes e conteúdos podem ser encontrados no Anexo I da NR-17. A capacitação dos trabalhadores da indústria da construção será feita de acordo com o disposto na NR-1 (Disposições Gerais). A carga horária, a periodicidade e o conteúdo dos treinamentos devem obedecer ao Anexo I da NR-18. A capacitação, quando envolver a operação de máquina ou equipamento, deve ser compatível com a máquina ou o equipamento a ser utilizado. O treinamento básico em segurança do trabalho, conforme o Quadro 1 do Anexo I da NR-18, deve ser presencial. Ou seja, mesmo que a NR-1 permita os treinamentos na modalidade EAD, a NR-18 veta essa possibilidade, estabelecendo a obrigatoriedade da presencialidade. Todos os treinamentos devem ser realizados em um local apto para essa atividade e os trabalhadores devem ser avaliados em relação ao seu conhecimento. Clique ou toque para fazer o download da tabela com todos os treinamentos que devem ser ministrados, as respectivas cargas horárias e a periodicidade. (objetos/tabela.pdf) Tabela com os critérios de capacitações de acordo com a atividade NR-18. Fonte: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-20- atualizada-2019.pdf>. No caso das gruas e guindastes, além do treinamento teórico e prático, o operador deve passar por um estágio supervisionado de pelo menos 90 dias. O estágio supervisionado pode ser dispensado para o operador com experiência https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-9522405-dt-content-rid-190240228_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC10/conteudo/01_nrs/objetos/tabela.pdf 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 18/32 comprovada de, no mínimo, seis meses na função, a critério e sob responsabilidade do empregador. Segundo a NR-18, o conteúdo programático do treinamento inicial deve conter informações sobre: a) Para a capacitação básica em segurança do trabalho: I. as condições e meio ambiente de trabalho; II. os riscos inerentes às atividades desenvolvidas; III. os equipamentos e proteção coletiva existentes no canteiro de obras; IV. o uso adequado dos equipamentos de proteção individual; V. o PGR do canteiro de obras. b) Para o operador de equipamento de guindar: o conteúdo programático descrito no Anexo II da NR-12 ou definido pelo fabricante/locador. c) Para o operador de grua: I. operação e inspeção diária do equipamento; II. atuação dos dispositivos de segurança; III. sinalização manual e por comunicação via rádio; IV. isolamento de áreas sob cargas suspensas; V. amarração de cargas; VI. identificação visual de danos em polias, ganchos, cabos de aço e cintas sintéticas; VII. prevenção de acidentes; VIII. cuidados com linhas de alta tensão próximas; 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 19/32 IX. fundamentos da NR-35 que trata de trabalho em altura; [...] d) Para o operador de guindaste: I. todos os itens previstos na capacitação para operação de gruas; II. leitura e interpretação de plano de içamento; III. condições que afetam a capacidade de carga da máquina, em especial quanto ao nivelamento, características da superfície sob a máquina, carga dinâmica e vento. e) Para o sinaleiro/amarrador de cargas: I. sinalização manual e por comunicação via rádio; II. isolamentos seguros de áreas sob cargas suspensas; III. amarração de cargas; IV. Conhecimento para inspeções visuais das condições de uso e conformidadede ganchos, cabos de aço, cintas sintéticas e de todos outros elementos e acessórios utilizados no içamento de cargas. f) Para o encarregado de ar comprimido: I. normas e regulamentos sobre segurança; II. análise de risco, condições impeditivas e medidas de proteção para compressão e descompressão; III. riscos potenciais inerentes ao trabalho hiperbárico; IV. sistemas de segurança; V. acidentes e doenças do trabalho; VI. procedimentos e condutas em situações de emergência. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 20/32 O conteúdo dos treinamentos periódico e eventual será definido pelo empregador e deve contemplar os princípios básicos de segurança compatíveis com o equipamento e a atividade a ser desenvolvida no local de trabalho. g) Para o operador de PEMT: conforme disposto em norma técnica nacional vigente; h) Para os trabalhadores envolvidos em serviços de impermeabilização: I. acidentes típicos nos trabalhos de impermeabilização; II. riscos potenciais inerentes ao trabalho e medidas de prevenção; III. operação do equipamento para aquecimento com segurança; IV. condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e primeiros socorros (principalmente no caso de queimaduras); V. isolamento da área e sinalização de advertência. i) Para os trabalhadores que utilizam cadeira suspensa: I. modo de operação; II. técnicas de descida; III. tipos de ancoragem; IV. tipos de nós; V. manutenção dos equipamentos; VI. procedimentos de segurança; VII. técnicas de autorresgate. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 21/32 A NR-20 trata das ações educativas referentes à segurança e à saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis. Para abordarmos a questão dos treinamentos envolvidos na NR-20, torna-se necessário a determinação da classificação das instalações que mantenham atividades relacionadas com esta NR. Os critérios de treinamento serão considerados conforme classificação (tabela 1) e critérios estabelecidos no Anexo II da NR-20. TABELA 1 – NR-20 CLASSE I a) Quanto à atividade: a.1. Postos de serviço com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis a.2. Atividades de distribuição canalizada de gases inflamáveis em instalações com Pressão Máxima de Trabalho Admissível – PMTA limitada a 18,0 kgf/cm2 b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente ou transitória b.1. Gases inflamáveis: acima de 2 ton. até 60 ton. b.2. Líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 10m³ até 5.000 m³ 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 22/32 CLASSE II a) Quanto à atividade a.1. Engarrafadoras de gases inflamáveis a.2. Atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos inflamáveis e/ou combustíveis a.3. Atividades de distribuição canalizada de gases inflamáveis em instalações com Pressão Máxima de Trabalho Admissível – PMTA acima de 18,0 kgf/cm² b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente ou transitória b.1. Gases inflamáveis: acima de 60 ton até 600 ton b.2. Líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 5.000 m³ até 50.000 m³ CLASSE III a) Quanto a atividades a.1. Refinarias a.2. Unidades de processamento de gás natural a.3. Instalações petroquímicas a.4. Usinas de fabricação de etanol e/ou unidades de fabricação de álcool b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente ou transitória b.1. Gases inflamáveis: acima de 600 ton. b.2. Líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 50.000 m³. A NR-20 trata da gestão de segurança e saúde no trabalho combatendo os riscos de acidentes nas atividades de produção, extração, armazenagem, transporte, manuseio e manipulação de líquidos inflamáveis e combustíveis. O item 20.12 trata da questão das capacitações necessárias para que os trabalhadores possam exercer qualquer função que se relacione com esta NR. As capacitações relacionadas devem ocorrer a cargo do empregador, sem que seu 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 23/32 custo seja repassado aos funcionários. Conforme segue: O tipo de capacitação exigida está condicionada à atividade desempenhada pelo trabalhador, à classe da instalação e ao fato de o trabalhador adentrar ou não na área e manter ou não contato direto com o processo ou processamento. Estes critérios encontram-se resumidos na tabela a seguir: Atividade\Classe InstalaçãoClasse I Instalação Classe II Instalação Classe III Específica, pontual e de curta duração Curso Básico (4 horas) Curso Básico (6 horas) Curso Básico (8 horas) Manutenção e Inspeção Curso Intermediário (12 horas) Curso Intermediário (14 horas) Curso Intermediário (16 horas) Operação e atendimento a emergências Curso Intermediário (12 horas) Curso Avançado I (20 horas) Curso Avançado II (32 horas) Segurança e saúde no trabalho - Curso Específico (14 horas) Curso Específico (16 horas) Tabela com os critérios de tempo capacitações de acordo com a atividade e a classificação de risco da área tirado diretamente da NR-20. Fonte: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-20- atualizada-2019.pdf>. Os trabalhadores que realizaram o Curso Básico, caso necessitem do Curso Intermediário, devem fazer complementação, com carga horária de 8 horas, nos conteúdos estabelecidos pelos itens 6, 7 e 8 do Curso Intermediário, incluindo a parte prática. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 24/32 Os trabalhadores que realizaram o Curso Intermediário, caso necessitem do Curso Avançado I, devem fazer complementação, com carga horária de 8 horas, nos conteúdos estabelecidos pelos itens 9 e 10 do Curso Avançado I, incluindo a parte prática. Os trabalhadores que realizaram o Curso Avançado I, caso necessitem do Curso Avançado II, devem fazer complementação, com carga horária de 8 horas, nos itens 11 e 12 do Curso Avançado II, incluindo a parte prática. O curso de atualização deverá ser realizado nas seguintes situações: quando o histórico de acidentes e/ou incidentes assim o exigir; em até 30 dias, quando ocorrer modificação significativa; em até 45 dias, quando ocorrerem ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de segundo ou terceiro grau, que implicam a necessidade de internação hospitalar; em até 90 dias, quando ocorrer morte de trabalhador. Os cursos também têm prazos de validade, e a atualização deve respeitar a carga horária e a periodicidade estabelecidas na Tabela 2 do Anexo 1 da NR-20, a seguir: Curso Periodicidade Carga horária Básico Trienal 4 horas Intermediário Classe I Classe II Classe III 4 horas Trienal Bienal Bienal Avançado I Bienal 4 horas Avançado II Anual 4 horas 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 25/32 Tabela com os critérios de atualização, carga horária e periodicidade dos treinamentos de reciclagem em função da classificação de risco do setor. Retirado diretamente da NR-20. Fonte: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-20- atualizada-2019.pdf>. Os Cursos Avançados I e II e Específico devem ter um profissional habilitado como responsável técnico, ou seja, um engenheiro de segurança do trabalho. Os Cursos de Iniciação sobre Inflamáveis e Combustíveis, Básico e Intermediário, devem ter um responsável por sua organização técnica, devendo ser um dos instrutores, podendo ser um técnico de segurança. Para os Cursos de Iniciação sobre Inflamáveis e Combustíveis, Básico, Intermediário, Avançados I e II e Específico, a emissão do certificado se dará para os trabalhadores que, após avaliação, tenham obtido aproveitamento satisfatório. Os participantes da capacitação devem receber material didático, que pode ser em meio impresso, eletrônico ou similar. O curso de atualização deve ser oferecido aos trabalhadores sempre que ocorrer qualquer uma das situações: Modificação significativa. Morte de trabalhador. Ferimentos que tenham como causa explosões ou queimaduras de 2º ou 3º grau, implicando em necessidade de internação hospitalar. Quando houver exigência conformeo histórico de acidentes ou incidentes relacionados. Os cursos contemplados pela NR-20 (básico, periódico, avançado e atualizações) têm suas diretrizes, conteúdos e carga horária indicados no Anexo I desta norma regulamentadora. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 26/32 A NR-23 trata das ações educativas relativas à proteção contra incêndios. A aplicabilidade de programas ou planos de combate a incêndio será definida conforme indicação da legislação específica de cada estado ou município. A NR-23 possui conteúdo escasso, apenas indicando que as medidas de prevenção de incêndios devem obedecer ao exposto acima e que o empregador deverá disponibilizar informações sobre o uso de equipamentos de combate ao incêndio, procedimentos de evacuação dos locais de trabalho e dispositivos de alarme existentes. A NR-25 aborda as ações educativas referentes a resíduos industriais, fazendo um breve comentário a respeito da exigência de capacitação através do item 25.5 e fala que os trabalhadores que executam atividades de coleta, manipulação, armazenagem, acondicionamento, tratamento, transporte e disposição de resíduos devem receber capacitação contínua da empresa abrangendo os riscos envolvidos e as medidas de controle e eliminação adequadas. A NR-32 tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde e daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Entre as diretrizes básicas, evidentemente que há os treinamentos de capacitação. A norma não estabelece quem é o profissional responsável pela capacitação, somente que deve ser um profissional da área da saúde, e menciona que todos os trabalhadores devem ser capacitados em relação à exposição aos riscos biológicos antes de iniciarem suas atividades e, depois, de forma continuada. A capacitação deverá abordar os procedimentos de segurança, as medidas de controle, os equipamentos de proteção individual e os procedimentos de segurança. A capacitação deve ser ministrada sempre que ocorrer uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores aos agentes biológicos. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 27/32 Também para os casos de manipulação dos perfurocortantes, as empresas que produzem ou comercializam materiais perfurocortantes devem disponibilizar, para os trabalhadores dos serviços de saúde, capacitação sobre a correta utilização do dispositivo de segurança. Em relação aos agentes químicos, o empregador deverá estabelecer uma capacitação contínua e sempre que ocorrerem mudanças nas condições de exposição. Os trabalhadores deverão ser instruídos em relação às medidas de controle, aos equipamentos de proteção individual, aos procedimentos de segurança, às medidas de urgência e emergência e também em relação às FISPQs dos produtos químicos e sua rotulagem, conforme a NR-26 e a NR-1. O mesmo critério ocorrerá para os agentes físicos, ou seja, esses treinamentos devem ser ministrados de acordo com as NRs específicas, como a NR-1 já determina. Em relação a atividades que envolvem gases medicinais, medicamentos e drogas de risco, quimioterápicos, gases e vapores anestésicos, a capacitação dos trabalhadores deve ser realizada antes de iniciarem as atividades e deve conter, no mínimo: as principais vias de exposição ocupacional; os efeitos terapêuticos e adversos destes medicamentos e o possível risco à saúde, a longo e curto prazo; as normas e os procedimentos padronizados relativos ao manuseio, preparo, transporte, administração, distribuição e descarte dos quimioterápicos antineoplásicos; as normas e os procedimentos a serem adotados no caso de ocorrência de acidentes. Como os serviços de saúde são uma área extremamente diversificada, há critérios específicos de treinamentos que incluem diversas normas regulamentadoras. Um desses critérios seria para a manutenção de equipamentos da saúde, que, mesmo tendo padrões já consumados na NR-12, também encontra especificações na NR-32. Todo o trabalho de manutenção de máquinas e equipamentos deve ocorrer antes do início das atividades, com objetivo de mantê-los 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 28/32 familiarizados com os princípios de: higiene pessoal; riscos biológico (precauções universais), físico e químico; sinalização; rotulagem preventiva; tipos de equipamentos de proteção coletiva – EPC e de equipamentos de proteção individual – EPI, acessibilidade e seu uso correto. A comprovação da capacitação deve ser mantida no local de trabalho, à disposição da inspeção do trabalho. A NR-33 trata das ações educativas quanto à segurança e à saúde nos trabalhos em espaços confinados. Entre as responsabilidades do empregador elencadas na NR-18, está a obrigatoriedade da garantia da contínua capacitação dos trabalhadores a respeito de riscos, medidas de controle, emergência e salvamento nos espaços confinados, bem como proceder a exigência junto às empresas contratadas da capacitação de seus próprios trabalhadores. Antes de tratar de assuntos específicos relacionados a capacitações e a treinamentos, é importante sabermos a definição técnica das funções envolvidas com as atividades executadas em espaços confinados como trabalhador autorizado, vigia e supervisor de entrada. Clique ou toque nos títulos para expandir o conteúdo. Trabalhador autorizado É aquele que recebe capacitação que permite a entrada no espaço confinado, devendo estar ciente de seus direitos e deveres e possuir também conhecimentos específicos de riscos e medidas de controle existentes. Vigia Este trabalhador deve permanecer fora do espaço confinado e deve ser o responsável por acompanhar, comunicar e comandar o abandono do local pelos trabalhadores. 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 29/32 Supervisor de entrada É a pessoa que possui capacitação para realizar a operação e permitir a entrada dos trabalhadores, preenchendo e assinando a permissão de entrada e trabalho (PET) para o desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados. O item 33.3.5 trata da capacitação dos trabalhadores que exercem atividades em espaços confinados e começa indicando a proibição do trabalho em espaços confinados sem a capacitação prévia dos trabalhadores envolvidos no processo. Os programas de capacitações continuadas devem acontecer sempre que ocorrer qualquer uma das seguintes situações: Mudança de procedimentos, condições ou operações no trabalho. Qualquer evento indicador de necessidade de novo treinamento. Quando ocorrer qualquer razão que demonstre desvios no uso ou nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sem mostrem adequados. Qualquer trabalhador autorizado, vigia ou supervisor de entrada deve possuir capacitação periódica a cada 12 meses e carga horária mínima de oito horas. A capacitação dos trabalhadores autorizados e vigias terá carga horária mínima de 16 horas, devendo ser realizada dentro do horário de trabalho e ter conteúdo programático mínimo conforme o que segue: Definições Reconhecimento, avaliação e controle de riscos Funcionamento de equipamentos utilizados Procedimentos e utilização da permissão de entrada e trabalho – PET Noções de resgate e primeiros socorros 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 30/32 A capacitação dos supervisores de entrada será realizada dentro do horário de trabalho e carga horária mínima de 40 horas, com conteúdo programático de acordo com o item 33.3.5.5, acrescido do que segue: Identificação dos espaços confinados Critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de risco Conhecimentos sobre as práticas seguras em espaços confinados Legislação de segurança e saúde no trabalho Programa de proteção respiratória Classificação de área Operação de salvamento A NR-35 trata das ações educativas referentes à segurança e à saúde no trabalhoem altura. O trabalhador capacitado a exercer atividades que envolvem o trabalho em altura é aquele que foi submetido e aprovado no treinamento teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas e com conteúdo programático contendo os seguintes itens: Normas e regulamentos aplicáveis no trabalho em altura Análise de risco e condições impeditivas à execução dos serviços Riscos potenciais relativos ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva Equipamentos de proteção individual para o trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso Acidentes típicos em trabalhos em altura Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e primeiros socorros 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 31/32 O treinamento periódico bienal deve ser realizado sempre que ocorrer qualquer uma das seguintes situações: Mudança de procedimentos, condições ou operações de trabalho. Eventos que indiquem a necessidade de novo treinamento. Retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 90 dias. Mudança da empresa. O treinamento periódico bienal deverá possuir carga horária mínima de oito horas e o conteúdo programático será definido pelo empregador. Clique ou toque para fazer o download de um resumo com a carga horária, a descrição e a periodicidade de diversos treinamentos presentes nas NRs. (objetos/treinamentos.pdf) Alguns treinamentos têm conteúdo programático estabelecido por norma, e é necessário verificar na norma o conteúdo que deve ser passado nas aulas. O conteúdo de outros treinamentos é a critério do empregador. Diretrizes da OIT para educação e formação em saúde e segurança A publicação da Organização Internacional do Trabalho – OIT, que recomenda algumas diretrizes a respeito de competências e capacitação relativas à segurança e saúde no trabalho – SST, traz algumas colocações interessantes e que devemos ter como referência para a aplicação de programas de treinamento e capacitações. Uma das colocações importantes dessa diretriz é a que o empregador deve ser competente para que possa proceder com a identificação, a eliminação e o controle de qualquer fator de risco (perigo) relacionado às atividades de trabalho e, claro, realizar a implementação de sistemas de gestão em SST. https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-9522405-dt-content-rid-190240228_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC10/conteudo/01_nrs/objetos/treinamentos.pdf 17/04/2023 21:32 Versão para impressão about:blank 32/32 A diretriz da OIT recomenda também alguns aspectos de condução importantes: Os programas de capacitação devem proporcionar o envolvimento de todos os membros da empresa ou organização. A condução das capacitações deve ser realizada por pessoas que apresentem competência para tal ação. As capacitações iniciais devem ser eficientes e as atualizações devem ocorrer em intervalos adequados. A participação do trabalhador deve ser avaliada através de indicadores de conhecimento. As capacitações devem ser avaliadas periodicamente e alteradas sempre que houver necessidade, conforme as situações apresentadas. As capacitações devem ser documentadas, oferecidas sem ônus ao trabalhador ou participantes e preferencialmente realizadas no local de trabalho. Todos nós, profissionais da área de segurança e saúdo no trabalho, devemos ter outros objetivos que são tão importantes quanto o simples atendimento de normas legais, podendo ultrapassar as barreiras do espaço físico do trabalho e alcançar a sociedade indiretamente através de melhores resultados de produção, menor desperdício, meio ambiente mais saudável e maior qualidade de vida. Você pode consultar todas as Normas Regulamentadoras através do site <www.trabalho.gov.br>. No menu à esquerda, na seção Fiscalização, selecione a opção Segurança e saúde no trabalho, então selecione a opção Normatização, selecione a opção Normas e regulamentos, pronto: você terá acesso a todas as NRs.
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