Prévia do material em texto
Prof. Sérgio Vale Aguiar Campos scampos@dcc.ufmg.br Sistemas OperacionaisUniversidade Federal de Minas Gerais Aula 11 Sistemas de Arquivos Jornalados (Journaling File Systems) Prof. Sérgio Vale Aguiar Campos scampos@dcc.ufmg.br Sistemas OperacionaisUniversidade Federal de Minas Gerais Problema • Sistemas de arquivos simples podem apresentar problemas. – Por exemplo, em casos de queda de energia, durante uma operação qualquer que requeira escrita (por exemplo, copiar um arquivo ou modificar seus atributos), o sistema de arquivos pode ficar inconsistente. – Inconsistências são resolvidas por programas que varrem o sistema de arquivos em busca de erros: • scandisk • fsck Prof. Sérgio Vale Aguiar Campos scampos@dcc.ufmg.br Sistemas OperacionaisUniversidade Federal de Minas Gerais Problema – A execução desses programas é em geral demorada. – O problema tende a se agravar na medida em que memória secundária se torna mais barata, e arquivos grandes (filmes, músicas) se tornam populares. – Dependendo do tipo de sistema de arquivos e do tamanho dele, essa varredura em busca/correção de erros pode demorar até horas. – Além disso, esses programas podem não conseguir consertar algumas inconsistências, e assim dados podem ser perdidos. Prof. Sérgio Vale Aguiar Campos scampos@dcc.ufmg.br Sistemas OperacionaisUniversidade Federal de Minas Gerais Solução: Sistemas de Arquivos Jornalados • Operações de escrita são realizadas garantidamente de forma de transações atômicas: – ou elas acontecem por completo; – ou elas não acontecem. • Isso faz com que o sistema de arquivos esteja sempre em um estado consistente. • Não há mais a necessidade de varrer o sistema de arquivos em busca de erros após uma falha de energia. Prof. Sérgio Vale Aguiar Campos scampos@dcc.ufmg.br Sistemas OperacionaisUniversidade Federal de Minas Gerais Como funciona? • Sistema de arquivos escreve periodicamente em um arquivo especial, o jornal. • O jornal mantêm as informações sobre as transações. • Enquanto uma transação não termina, ela é marcada como “em andamento”. • Quando determinada transação terminou de ocorrer, o sistema escreve no jornal: “transação completada”. • Se há uma falha de energia enquanto ocorre uma transação, após o reinício do sistema ele perceberá isso pelo jornal, e conseguirá facilmente voltar o estado até o fim da última transação completada, sem que seja necessário varrer o disco todo. Prof. Sérgio Vale Aguiar Campos scampos@dcc.ufmg.br Sistemas OperacionaisUniversidade Federal de Minas Gerais Como funciona? • Note que mesmo nos sistemas de arquivo jornalados, pode haver perda de dados: – serão perdidos todos os dados desde o último “commit” (transação completada) até o momento em que o disco foi abruptamente desligado. • Alguns sistemas de arquivo jornalados mantêm um jornal de todos os dados escritos, enquanto outros mantêm um jornal apenas dos metadados (nome, tamanho, permissões de acesso etc.). Estes últimos, em geral, têm melhor desempenho. Prof. Sérgio Vale Aguiar Campos scampos@dcc.ufmg.br Sistemas OperacionaisUniversidade Federal de Minas Gerais Exemplos: • NTFS: – Windows NT, 2000, XP, Server 2003 • ext3: – modificação no ext2 feita pela RedHat • reiserfs: – criado pela Namesys • jfs: – criado pela IBM • xfs: – criado pela SGI Prof. Sérgio Vale Aguiar Campos scampos@dcc.ufmg.br Sistemas OperacionaisUniversidade Federal de Minas Gerais NTFS • NTFS contém alguns arquivos especiais que contêm metadados: – tabela de arquivos – tabela de definição de atributos – diretório-raiz – etc. • Por questões de eficiência, o NTFS “jornala” apenas as modificações nesse conjunto de arquivos especiais. • Isso garante que o sistema de arquivos como um todo estará sempre em um estado consistente. • Mas não garante que os arquivos de usuários sejam atualizados após a queda de energia. Prof. Sérgio Vale Aguiar Campos scampos@dcc.ufmg.br Sistemas OperacionaisUniversidade Federal de Minas Gerais ext3 • ext3 é uma modificação do ext2 para incluir journaling • Vantagens do ext3 sobre o ext2: – disponibilidade: não é necessário o demorado fsck após queda de energia – integridade do sistema de arquivos – velocidade: apesar de escrever alguns dados mais de uma vez, o ext3 é freqüentemente mais rápido, porque ele otimiza o movimento da cabeça do disco. – backward compatibility: é possível converter um sistema ext2 para ext3 e vice-versa sem necessidade de reformatação Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9