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TEORIA FINALISTA

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1 
Teoria finalista 
 
O idealizador dessa teoria, Hans Welzel, ao estudar a conduta nas primeiras décadas 
do século passado, verificou que o elemento diversificador dos fatos típicos não está 
em seu resultado, mas na ação. 
 
A ação do homem que mata outro com vontade de matar é punida mais rigorosamente 
do que a conduta do homem que mata outro sem vontade de matar, apesar de o 
resultado ser o mesmo nas duas situações (morte de um homem), porque o Direito 
deseja censurar mais severamente aquele que teve vontade de causar o mal a outrem. 
 
Ao Direito importa distinguir entre o que quis um resultado e o que não o quis, mas, por 
descuido, o causou. 
 
Com base nessas observações, Welzel estruturou a teoria finalista da ação ou a teoria 
da ação final, que diz ser toda ação uma atividade humana final, ou o exercício da 
atividade finalista. 
 
Para essa teoria, vontade é sempre dirigida a uma finalidade. 
 
Todo e qualquer comportamento humano é um acontecimento finalista e não 
puramente causal, pois o homem, enquanto ser consciente das leis naturais, de causa 
e efeito, pode prever as consequências de seu comportamento e tem condições de 
dirigir sua atividade no sentido da produção de um ou de outro resultado. E, sempre 
que age, ele o faz com determinada finalidade. 
 
Toda vontade tem um conteúdo, que é o fim. A teoria causal, quando não 
analisa conteúdo da vontade, está fraturando o conceito de ação, que é um fenômeno 
uno. 
 
A vontade que impulsiona a conduta tem um conteúdo que não pode ser separado dela. 
 
 
 
 
 2 
Fases 
 
A teoria finalista preconiza que a direção final da ação realiza-se em duas fases: 
• Internamente, na esfera do pensamento, quando o homem se propõe a 
realizar alguma coisa; 
• Externamente, quando concretiza, materializa essa sua vontade, por meio da 
colocação em marcha de um processo causal, 
dominado pela finalidade, para alcançar o fim proposto. 
 
Na proposição da realização da conduta, estão incluídas a escolha do fim, a seleção dos 
meios e a aceitação dos efeitos secundários da realização da ação. 
 
Isso ocorre porque o ser humano é um ser racional. Portanto, pode calcular as 
consequências de suas ações. Isso quer dizer que a finalidade da ação engloba não 
somente o fim escolhido, mas também os meios utilizados e os efeitos dessa utilização. 
 
A conclusão indiscutível é de que somente analisando o conteúdo da vontade é que 
se pode afirmar a realização de um tipo legal de crime, já que a finalidade é parte 
integrante da conduta, dela inseparável. Essa é a essência do finalismo.

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