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Fundamentos da Biologia Celular - Alberts et al - 2017 - 4 Edicao-250

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Uma vez que a estrutura de dupla-hélice do DNA (ácido desoxirribonucleico) 
foi determinada no início da década de 1950, tornou-se claro que a informação 
hereditária nas células está codificada na ordem linear − ou sequência − das 
quatro subunidades de nucleotídeos diferentes que compõem o DNA. Vimos, no 
Capítulo 6, como essa informação pode ser transmitida, de modo conservado, 
de uma célula às suas descendentes pelo processo de replicação do DNA. No 
entanto, como uma célula decodifica e usa essa informação? Como as instru-
ções genéticas escritas sob a forma de um alfabeto de apenas quatro “letras” 
podem levar à formação de uma bactéria, uma mosca-da-fruta ou um ser hu-
mano? Se ainda temos muito a aprender a respeito de como a informação esto-
cada nos genes de um organismo leva à produção até da mais simples bactéria 
unicelular, o que não dizer de como ela pode direcionar o desenvolvimento de 
organismos multicelulares complexos, como nós mesmos? Mas o próprio códi-
go do DNA foi decifrado, e já percorremos um longo caminho na compreensão 
de como as células o leem.
Mesmo antes de termos decifrado o código do DNA, sabíamos que a in-
formação contida nos genes, de alguma forma, era responsável pelo direcio-
namento da síntese de proteínas. As proteínas são os principais constituintes 
das células e determinam não apenas a estrutura celular, mas também as suas 
funções. Nos capítulos anteriores, deparamo-nos com alguns dos milhares de 
tipos diferentes de proteínas que podem ser produzidos pelas células. Vimos, 
no Capítulo 4, que as propriedades e funções de uma molécula de proteína são 
determinadas pela sequência das 20 diferentes subunidades de aminoácidos 
em sua cadeia polipeptídica: cada tipo de proteína tem a sua sequência de ami-
noácidos característica, que dita como a cadeia vai dobrar-se para dar origem 
a uma molécula com forma e características químicas definidas. As instruções 
genéticas transportadas pelo DNA devem, portanto, especificar a sequência 
dos aminoácidos nas proteínas. No presente capítulo, vamos ver como isso 
realmente acontece.
O DNA per se não sintetiza proteínas, mas atua como um gerente, delegando 
as diferentes tarefas a uma equipe de trabalhadores. Quando uma determinada 
proteína é necessária para a célula, a sequência de nucleotídeos do segmento 
apropriado de uma molécula de DNA é inicialmente copiada para outra forma 
de ácido nucleico – o RNA (ácido ribonucleico). Esse segmento de DNA é denomi-
nado gene, e as cópias de RNA resultantes são utilizadas para dirigir a síntese 
da proteína. Milhares dessas conversões de DNA para proteína ocorrem a cada 
segundo em cada uma das células do nosso organismo. O fluxo da informação 
genética nas células segue, portanto, uma rota do DNA para o RNA e deste para a 
proteína (Figura 7-1). Todas as células, de bactérias a seres humanos, expressam 
suas informações genéticas dessa forma – um princípio tão fundamental que foi 
denominado dogma central da biologia molecular.
7
Do DNA à proteína: como 
as células leem o genoma
DO DNA AO RNA
DO RNA À PROTEÍNA
RNA E A ORIGEM DA VIDA
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	Capítulo 7 - Do DNA à proteína: como as células leem o genoma

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