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Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA 1 Aula 07 – Tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira Universidade Federal de Viçosa - UFV Departamento de Engenharia Elétrica - DEL Gerência de Especialistas em Sistemas Elétricos de Potência – Gesep heverton.pereira@ufv.br www.gesep.ufv.br TEL: +55 (31) 3899-3266 Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Conteúdo Tópicos 01 - Introdução 02 - Diodos de potência e circuitos RLC chaveados 03 - Retificadores com diodos 04 - Transistores de potência 05 Conversores CC-CC 06 Tiristores 07 Retificadores controlados 08 - Controladores de tensão CA 09 - Conversores CC-CA 10 - Inversores de pulso ressonante Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA • Os tiristores convencionais conseguem passar de seu estado de condução para o de não condução somente quando sua corrente é levada a zero por outros meios. • Os tiristores de desligamento pela porta (GTOs) são projetados para conseguir controle tanto de entrada em condução quanto de desligamento. • Em comparação aos transistores, eles têm perdas menores no estado de condução e maior capacidade de potência. Os transistores apresentam desempenho superior no chaveamento em termos de maior rapidez e perdas menores por comutação. Introdução Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Símbolo do tiristor e três junções pn: Características dos tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Seção transversal de um tiristor: Características dos tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Modelo de tiristor com dois transistores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Modelo de tiristor com dois transistores para o estado transitório: Modelo de tiristor com dois transistores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Circuito do tiristor e curva característica υ-i: Características dos tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Ativação do tiristor � Térmica � Luz � Tensão elevada � ��/�� � Corrente de acionamento Características dos tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Um tiristor é ligado pelo aumento da corrente de anodo: • Térmica: Se a temperatura de um tiristor for elevada, há um aumento no número de pares elétrons-lacunas, o que aumenta as correntes de fuga. • Luz: Se for permitido que a luz atinja as junções de um tiristor, os pares elétrons-lacunas aumentam e o tiristor pode ser ligado. • Tensão elevada: Se a tensão direta anodo-catodo for maior do que a tensão direta de ruptura VBO, haverá um fluxo suficiente de corrente de fuga para iniciar o disparo regenerativo. Ativação do tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � dv/dt: Um valor elevado da corrente de carga talvez danifique o tiristor, e o dispositivo deve ser protegido contra uma alta dv/dt. � Corrente de acionamento: Se um tiristor estiver diretamente polarizado, a injeção de corrente de acionamento pela aplicação de tensão positiva entre os terminais da porta e do catodo o ligará. Os seguintes pontos devem ser considerados: � O sinal de acionamento deve ser removido após o tiristor ser ligado. Enquanto o tiristor estiver inversamente polarizado, não deve haver sinal de acionamento. Ativação do tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Um tiristor pode ser desligado pela redução da corrente direta para um nível abaixo da corrente de manutenção IH. � Em todas as técnicas de comutação, a corrente de anodo é mantida abaixo da corrente de manutenção por um tempo suficientemente longo para que todos os portadores em excesso nas quatro camadas sejam eliminados ou recombinados. � O tempo de desligamento, tq, é o valor mínimo do intervalo de tempo entre o instante em que a corrente no estado ligado vai a zero e aquele em que o tiristor é capaz de suportar uma tensão direta sem ligar e depende do valor de pico da corrente e da tensão instantânea no estado ligado. Desligamento do tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Dependendo da constituição física e do comportamento de ligar e desligar, os tiristores podem ser genericamente classificados em 13 categorias: 1. Tiristores controlados por fase (SCRs) 2. Tiristores bidirecionais controlados por fase (BCTs) 3. Tiristores assimétricos de chaveamento rápido (ASCRs) 4. Retificadores controlados de silício ativados por luz (LASCRs) 5. Tiristores tríodos bidirecionais (TRIACs) 6. Tiristores de condução reversa (RCTs) Tipos de tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA 7. Tiristores de desligamento pela porta (GTOs) 8. Tiristores controlados por FET (FET-CTHs) 9. Tiristores desligados por MOS (MTOs) 10. Tiristores de desligamento (controle) pelo emissor (ETOs) 11. Tiristores de comutação por porta integrada (IGCTs) 12. Tiristores controlados por MOS (MCTs) 13. Tiristores de indução estática (SITHs) Tipos de tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Tiristores controlados por fase (SCRs) • Controle de porta: corrente para ligar. sem controle de desligamento • Controle: Liga com um sinal de pulso. Desliga com comutação natural • Frequência de chaveamento: 60 Hz • Queda de tensão no estado ligado: baixa • Faixa de tensão: 1500V • Faixa de corrente: 1000A Tipos de tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Tiristores bidirecionais controlados por fase (BCTs) • Controle de porta: Tem duas portas corrente para ligar. sem controle de desligamento • Controle: Liga com um sinal de pulso. Desliga com comutação natural • Frequência de chaveamento: 60 Hz • Queda de tensão no estado ligado: baixa • Faixa de tensão: 6500V • Faixa de corrente: 3000A Tipos de tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Retificadores controlados de silício ativados por luz (LASCRs) • Controle de porta: sinal de luz para ligar. sem controle de desligamento • Controle: Liga com um sinal de pulso. Desliga com comutação natural • Frequência de chaveamento: 60 Hz • Queda de tensão no estado ligado: baixa Tipos de tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Tiristores tríodos bidirecionais (TRIACs) • Controle de porta: corrente para ligar. sem controle de desligamento • Controle: Liga com um sinal de pulso. Vantagem de conduzir nos dois sentidos. Desliga com comutação natural • Frequência de chaveamento: 60 Hz • Queda de tensão no estado ligado: baixa Tipos de tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Tiristores assimétricos de chaveamento rápido (ASCRs) • Controle de porta: corrente para ligar. sem controle de desligamento • Controle: Liga com um sinal de pulso. Vantagem de conduzir nos dois sentidos. Desliga com comutação natural • Frequência de chaveamento: 5000 Hz • Queda de tensão no estado ligado: baixa Tipos de tiristor Prof. HevertonAugusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Tiristores de desligamento pela porta (GTOs) • Controle de porta: corrente para ligar. corrente para desligar. • Controle: Liga com um sinal de pulso. Desliga com sinal de pulso negativo. • Frequência de chaveamento: 5000 Hz • Queda de tensão no estado ligado: baixa Tipos de tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Tiristores desligados por MOS (MTOs) • Controle de porta: Duas portas corrente para ligar. tensão para desligar. • Controle: Liga com um sinal de pulso positivo de corrente na porta de acionamento. Desliga com sinal de tensão positiva na portaMOS. • Frequência de chaveamento: 5 kHz • Queda de tensão no estado ligado: baixa • Faixa de tensão: 10 kV • Faixa de corrente: 4 kA Tipos de tiristor Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Características no estado desligado de dois tiristores: Operação em série de tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Três tiristores conectados em série: Operação em série de tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Correntes diretas de fuga com divisão igual de tensão: Operação em série de tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Tempo de recuperação reversa e divisão de tensão: Operação em série de tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Quando tiristores são conectados em paralelo, a corrente de carga não é compartilhada igualmente por conta das diferenças em suas características. � Divisão de correntes em tiristores: Operação em paralelo de tiristores Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Circuito de chaveamento de tiristor com indutor limitador de di/dt: Proteção contra di/dt Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA � Circuito de proteção contra dv/dt: Proteção contra dv/dt Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA • “Diodo para Corrente Alternada” • Sem terminal de porta • Condução bidirecional DIAC - Introdução Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA 30 • Terminais arbitrários • Camadas semicondutoras (PNPN - NP) Figura 1 – Seção transversal do DIAC Figura 2 – Seção de um tiristor comum Estrutura interna Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Estrutura interna Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Curva característica Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA v,i t Alimentação CA Corrente do DIAC Ativação do DIAC Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA • “Tríodo de Corrente Alternada” • Semelhança ao DIAC • Gate TRIAC - Introdução Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA • Terminais arbitrários • Camadas (PNPN – NP) • Gate Estrutura Interna Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Estrutura Interna Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Curva característica Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Ativação do TRIAC Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA TRIAC: • Apresenta terminal de porta • Com controle de disparo • Baixa frequência de chaveamento • Principal Vantagem: bidirecionalidade • Principal Desvantagem: corrente máxima inferior a outros tiristores DIAC: • Sem terminal de porta • Sem controle de disparo • Baixa frequência de chaveamento • Principal Vantagem: bidirecionalidade • Principal Desvantagem: sem controle do disparo Comparação Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Aplicação Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Tiristores de desligamento por porta GTO E MCT Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA GTO – Tiristor de desligamento pela porta Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Principais características: ● Ligado por pulso positivo de curta duração na porta. ● Desligado por pulso negativo de curta duração na porta. ● Requer 1% da corrente de porta do pulso de ligação durante o estado ligado. ● Não necessita circuito de comutação forçada. ● Altas frequências de chaveamento. ● Retenção de estado ligado e desligado. GTO – Tiristor de desligamento pela porta Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA GTO – Tiristor de desligamento pela porta Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA GTO – Tiristor de desligamento pela porta 0 1 2 3 Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA GTO – Tiristor de desligamento pela porta Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA GTO – Tiristor de desligamento pela porta Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA R3 > R2 GTO – Tiristor de desligamento pela porta Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA ● O MCT reúne as características de um tiristor regenerativo de quatro camadas com uma estrutura de porta MOS. ● Sinal de porta referenciado ao anodo. ● Perdas de chaveamento menores se comparado ao GTO. MCT – Tiristor de desligamento pela porta controlado por MOSFET Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Principais características: ● Ligado por pulso negativo/positivo de curta duração na porta. ● Desligado por pulso positivo/negativo de curta duração na porta. ● Alta impedância na porta ● Não necessita circuito de comutação forçada. ● Altas frequências de chaveamento. ● Baixa tensão de bloqueio reversa. MCT – Tiristor de desligamento pela porta controlado por MOSFET Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA MCT – Tiristor de desligamento pela porta controlado por MOSFET Prof. Heverton Augusto Pereira – Departamento de Engenharia Elétrica – UFV ELT 313 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA • GTOs e MCTs são tipos de tiristores com possibilidade de desligamento por sinal de porta. • Esse tipo de dispositivo simplifica muito o circuito de comutação e o manejo do sinal de controle quando comparado a tiristores comuns. • O MOSFET presente na porta do MCT aumenta a impedância de entrada, a frequência de chaveamento, reduz as perdas de comutação e tornam o dispositivo competitivo para aplicações de chaveamento de potencia. Conclusões
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