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ESUTES - ESCATOLOGIA - Compreendendo a doutrina das últimas coisas

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Prévia do material em texto

PLANO DE AULA APOSTILADO 
Escola Superior de Teologia do Espírito Santo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EscatologiaEscatologiaEscatologiaEscatologia 
Compreendendo a doutrina das últimas coisas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Superior de Teologia do ES 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Escola Superior de Teologia do Espírito Santo – ESUTES, é amparada pelo disposto no parecer 
241/99 da CES (Câmara de Ensino Superior) – MEC 
O ensino superior à distância é amparado pela lei 9.394/96 – Artº 80 e é considerado um dos mais 
avançados sistemas de ensino da atualidade. 
Sistema de ensino: Open University – Universidade aberta em Teologia 
O presente material apostilado é baseado nos principais tópicos e pontos salientes da matéria em 
questão. 
A abordagem aqui contida trata-se da “espinha dorsal” da matéria. Anexo, no final da apostila, 
segue a indicação de sites sérios e bem fundamentados sobre a matéria que o módulo aborda, bem 
como bibliografia para maior aprofundamento dos assuntos e temas estudados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 3 
 
 __________ 
 SSSSSSSSuuuuuuuummmmmmmmáááááááárrrrrrrriiiiiiiioooooooo 
 _______ _______ _______ _______ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução..................................................................................................................................04 
O Estado Intermediário..............................................................................................................06 
O Hades, O Mundo Inferior, O lugar dos Falecidos...................................................................08 
O Arrebatamento........................................................................................................................12 
A Ressurreição dos Mortos........................................................................................................16 
Sinais da Vinda de Jesus...........................................................................................................18 
Do Tribunal á Bodas do Cordeiro...............................................................................................22 
O Ministério da Injustiça.............................................................................................................24 
O Soar das Sete Trombetas.......................................................................................................28 
A Batalha do Armargedom.........................................................................................................32 
O Julgamento das Nações.........................................................................................................35 
O Milênio....................................................................................................................................36 
Os Livros dos Juízos..................................................................................................................42 
O Novo Substitui o Antigo..........................................................................................................45 
Bibliografia..................................................................................................................................48 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 4 
 
IInnttrroodduuççããoo 
 
 
 O termo Escatologia vem do grego Escathos, últimas coisas + logia, discurso 
racional, ou seja, estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas 
coisas. Compreendida como um dos capítulos da dogmática cristã, a Escatologia tem 
por objetivo os seguintes temas: estado intermediário, arrebatamento da igreja, grande 
tribulação, milênio, julgamento final e estado perfeito eterno. 
Os eventos que estão acontecendo e vão acontecer, são parte do eterno plano divino 
através dos séculos, vide (Ef.3.11, Is. 46.10, II Rs. 19.25 ). Principalmente ... “as cousas 
que em breve devem acontecer ” ( Ap. 1.1,19 ). 
pesquisador de Escatologia não pode ter escatofobia, isto é, medo, pavor mórbido de 
discutir a doutrina das últimas coisas. Por que tal pavor é manifestado? 
 
1) afastamento dos padrões bíblicos; 
2) pretensas dificuldades concernentes à Escatologia ; 
3) por não acreditar que a doutrina das últimas coisas traz resultados práticos à igreja. 
 
I- Dúvidas e confusão em Escatologia. Porque? 
 
 Muitas pessoas não sabem distinguir os eventos bíblicos que ocorrerão no fim 
da presente era bíblica. Iniciando com a vinda de Jesus, resultam muitas dúvidas, 
confusões e interpretações absurdas do texto bíblico. Listamos abaixo alguns dos 
percalços quanto à escatologia: 
 
a) Falta de afinidade do crente com o Espírito Santo. 
Daí falta de introspeção espiritual ( I Cor. 2. 10-14). Dependa continuamente do Espírito 
Santo pois Ele é o real intérprete das escrituras. 
b) Falta aplicação do texto bíblico nos seus variados aspectos. 
Falsa aplicação quanto a povos bíblicos; quanto a tempo; quanto a lugar; quanto ao 
sentidos dos textos; quanto a mensagem do texto; e quanto a procedência da mensagem 
do texto. É dever de todos que têm responsabilidade na obra de Deus, manejar bem a 
palavra da verdade. Torna-se réu tanto o corruptor da sã doutrina, como o omisso nela. 
c) Conhecimento bíblico desordenado. 
Há crentes que tem grande conhecimento bíblico mas, por falta de estudo sistemático 
dos assuntos bíblicos, esse conhecimento é vago, solto, sem seqüência e desordenado. 
Dá pena, mas é verdade. 
d) conhecimento especulativo. 
Conhecimento que é apenas especulação do intelecto humano ( ICor. 2.14 ). ‘’Uma coisa 
é amar a sua vinda’’( II Tm. 4.8 ), a outra muito diferente, é especular sobre a sua vinda. 
e) ação constante de falsos ensinadores. 
Isto trás dúvidas controvérsias na doutrina das últimas coisas, eis o perigo! 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 5 
II - O posicionamento da Escatologia no campo doutrinário 
 
Há três classes gerais de doutrinas bíblicas, a saber: 
a) doutrinas da salvação; 
b) doutrina da fé cristã; 
c) doutrina das coisas futuras. 
A Escatologia bíblica situa – se aqui. 
 
III – As doutrinas escatológicas 
 
Há basicamente oito doutrinas escatológicas: 
a) A doutrina da morte e do estado intermediário. 
b) A doutrina dos juízos: 
1) O juízo dos pecados da humanidade ( Jo 12.31 ). Em Cristo nossos pecados foram 
julgados ( II Cor. 5.21 ); 
2) O juízo do crente pelo próprio crente ( II Cor. 11.31-32 ); 
3) O juízo das obras do crente ( II Cor. 5.10 ); 
4) O juízo de Deus durante a grande tribulação ( Dn. 12.1 ). Israel rejeitou Deus o pai ( I 
Sm.8.7 ); rejeitou Deus o filho (Lc 23.18 ); 
Rejeitou Deus o Espírito Santo( At. 7.51 ), mas se converterá na volta do Messias ( Rm. 
9.27 ). 
 
 
5) O juízo das nações viventes ( Mt. 25.31-46 ); 
6) O juízo do Diabo e seus anjos ( A p. 20.10;II Pe 2.4 ); 
7) O juízo dos ímpios falecidos ( Ap. 20.11-15 ) 
 
c) A doutrina da ressurreição 
Conforme Dn. 12.2; Ap. 20.5 e Jo 5.28,29; há duas ressurreições. A dos justos e a dos 
injustos,havendo um intervalo de mil anos entre elas. 
 
d) A doutrina da vinda de Jesus. 
Esta é principal doutrina escatológica. Ela abrange o arrebatamento da igreja, o juízo da 
igreja, as bodas do cordeiro, a grande tribulação, a volta de Jesus em glória, e o 
julgamento das nações. 
e) A doutrina do milênio; 
f) A doutrina da revolta de Satanás; 
g) A doutrina do eterno e perfeito estado; 
 
h) A doutrina das dispensações e alianças da bíblia. 
Lembremos –nos que a Daniel foi dito que selasse as revelações escatológicas, porque o 
tempo do seu cumprimento estava ainda muito distante ( Dn. 12.2,9;8.26 ), mas para 
nós, da época da igreja, a mensagem quanto a essas revelações é a de Ap. 22.10 ‘’... não 
seles a palavra das profecias deste livro, porque o tempo está próximo.’’ 
 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 6 
 
 
 
OO EEssttaaddoo IInntteerrmmeeddiiáárriioo 
 
 
I- A morte 
 
 Morte é a separação não só dos entes queridos, mas também o espírito e a alma 
separam-se do corpo. Esta separação também se aplica a esfera espiritual. A morte, 
tanto física como espiritual, é conseqüência do pecado (Gn 2.17; Rm5.12,15,17,18 ). Jesus 
disse que quem nele crê, passa da morte para a vida ( Jo5.24 ); isso porque, o homem 
sem Deus está separado do seu criador e, portanto, morto. 
Só escapa da morte física os salvos que estiverem vivos quando ocorrer o 
arrebatamento da igreja ( Hb 9.27 ). A morte é o primeiro efeito externo ou manifestação 
visível do pecado, e será o último efeito do pecado, do qual seremos salvos ( Rm 5.12; I 
Cor15.26 ). O salvador aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção (I Tm1.10 ). 
A palavra ‘’abolir’’ significa anular, tornar negativo. A morte fica anulada como 
sentença condenatória. 
 Entretanto, embora a morte física continua a manifestar - se, ela torna-se uma 
porta que conduz a vida para aqueles que aceitam a Cristo. 
A vida eterna alcançará sua perfeição na vinda de Cristo, e será vivida num corpo 
glorificado que a morte não mais pode destruir. Todos os cristãos, quer vivos, quer 
falecidos, já possuem a vida eterna, mas somente na ressurreição alcançarão a 
eternidade. 
 “Estado intermediário ” é o estado dos mortos no período entre o falecimento e a 
ressurreição. 
 
1- Opinião das escrituras 
 
Deve ser observado que os justos não receberão sua recompensa final, nem os ímpios 
seu castigo final, enquanto não realizarem as suas respectivas ressurreições. Ambas as 
classes estão num estado intermediário, aguardando esse evento. Os cristãos falecidos 
vão estar ‘’ com o Senhor ‘’, mas não recebem ainda o galardão final. 
O estado intermediário dos justos descreve-se como um estado de descanso ( Ap 6.10,11 
), de serviço (Ap 7.15 ), e de santidade ( Ap 7.14 ). Os ímpios também passam para um 
estado intermediário, onde aguardam o castigo final, que se realizará depois do juízo do 
grande trono branco, quando a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 
20.14 ). 
 
2- Opiniões errôneas 
 
(a) Purgatório- a igreja católica romana ensina que mesmo os mais fiéis precisam de um 
processo de purificação antes de se tornarem aptos para entrar na presença de Deus. 
Também adotam esta opinião certos protestantes que, crendo na doutrina de ‘’ uma 
vez salvo, salvo para sempre’’. Embora reconhecendo a palavra divina ‘’ sem a 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 7 
santidade ninguém verá o Senhor’’, concluem que haja um ‘’purgatório’’ onde os 
crentes carnais e imperfeitos se purificam da sua escória. 
 
 
 
 
 Essa doutrina foi aprovada em 1439, no concílio de Florença, confirmada 
definitivamente no concílio de Trento (1549-1563), mas ela já existia desde 1070. Essa 
crença veio do paganismo e é muito antiga, e não espaço para ela na bíblia. Há apenas 
dois caminho: salvação ( céu) e condenação ( inferno).a salvação é enquanto houver 
vida (Is55.6; Mt 5.25), quem purifica o pecado é o sangue de Jesus, e não fogo do 
purgatório (I Jo 1.7 ). 
 
(b) O espiritismo – ensina que é possível alguém comunicar com espírito de pessoas 
falecidas, sendo essas comunicações conseguidas por meio de um “médium”. Mas 
notemos: (1) a bíblia diz que consulta aos mortos é violar as leis de Deus (Lv 
19.31;20.27; II Rs 21.1,5,6; 23.24). (2) os mortos estão sob o controle de Deus e, por 
conseguinte, não podem estar sujeitos aos médiuns. Por exemplo: ( Ap 1.18; Rm 
14.9). No caso dos ímpios, eles estão presos em cadeias espirituais adaptáveis à alma 
e ao espírito. Em se tratando dos mortos justos, estes estão no seio de Abraão como 
veremos mais a frente. 
 
3- Visto que os mortos não se pode comunicar com os vivos, somos obrigados a 
concluir que as manifestações espíritas são resultados de forças estranhas, e que as 
mensagens tem sua origem em espíritos mentirosos e sedutores ( I Rs 22.22; I Tm 
4.1 ). 
 
( C ) Sono da alma – certos grupos como os sabatistas e os jeovistas crêem que a alma 
permanecerá num estado inconsciente até a ressurreição. É verdade que a bíblia 
descreve a morte como um sono, mas isso em razão de o crente, ao falecer, perder a 
consciência para com o mundo cheio de fadiga e sofrimento e acordar num reino de 
“paz e felicidade.’’ 
O ensino da bíblia é claro: na morte o espírito deixa o corpo e entra no céu ou no 
inferno, onde vive em estado consciente (Is 14.9-11; Sl 16.10; Lc 16.23;23.43; II Cor 5.8; Fp 
1.23; Ap 6.9 ). No caso de Lucas cap 16, concluímos que: quando morre um servo de 
Deus, os anjos o levam ao paraíso (v.22). nisso se cumpre Filipense 1.23. 
Os mortos conservam o sentido da vista (v23a). eles têm sensibilidade a dor ( v.23 b), 
reconhecem os mortos com os quais, em vida. Conviviam (v.23 c), lembre-se das coisas 
terrenas (v.28). 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 8 
 
 
 
OO HHaaddeess ,, OO MMuunnddoo iinnffeerriioorr,, OO lluuggaarr ddooss ffaalleecciiddooss 
 
 Os mestres das seitas, bem como seus adeptos, sentem-se ofendidos quando 
falamos destes veredictos citados acima. 
Porém em Mt 16.18 Jesus fala sobre as portas do ‘’inferno’’(Hades no fogo). Este lugar 
vamos chamar de o ‘’mundo invisível’’. Tanto o Velho Testamento como o Novo fala 
deste inferno, sendo em hebraico ‘’ sheol’’ e no grego ‘’ Hades’’. Ambas as palavras 
significa o mundo invisível, o lugar onde vão os espíritos, nunca são usados estas 
palavras em referência ao lugar de detenção, destes espíritos e nem para significar a 
sepultura do corpo, cujo termo em hebraico é “ Queber ’’. 
 O testemunho das escrituras dos livros apócrifos dos escritos patrióticos e 
mesmo livros de autores pagãos é que o hades ou sheol, é o lugar onde após a morte, 
são recolhidos os espíritos, quer dos justos, quer dos injustos ( Is 14.13; Lc 16.23 ). A 
razão da grande confusão reinante sobre esse assunto e mesmo entre as heresias é 
porque, ás vezes as palavras gregas e hebraica referentes ao assunto, foram mal 
traduzidas. Hades, que ás vezes é confundida com lago de fogo; Queber, que somente 
tem a ver com cadáver. Confundem com inferno, que é o lugar de espíritos. ‘’ abussos’’ 
que é a tradução do hebraico Abaddon, é o abismo, mas lugar este, diferente do Hades. 
Com relação ao abismo, o erudito Dr. Stanley M. Horton comenta: o abismo é 
traduzido também, em algumas versões, como “as profundezas’’. Em Lc8.31 e Rm 10.7, 
ele é sem limite de profundidade; é insondável para os olhos humanos. Somente Deus 
conhece. 
 
ONDE ESTÁ O HADES? QUEM O HABITA? 
 
 Os mortos, é evidente dividem-se em duas classes: os justos e os injustos. ( Dn 
12.2; Jo5.28,29) .Pesquisaremos acerca da habitação dos espíritos enquanto aguardam o 
juízo final. A Bíblia ensina que, a morte, a alma e o espírito do homem, no caso dos 
injustos, não seguirão imediatamente para o lugar de castigo,mas sim, irão a um lugar 
temporário, a espera do juízo do Grande Trono Branco, depois contudo irão para o 
lugar de suplício eterno, ou seja, o lago de fogo. 
 
Onde deveras estão os mortos? 
 
Esta quentão, preocupa praticamente todas as religiões que já surgiram no mundo 
desde os mais remotos tempos do aparecimento do homem na terra. Por exemplo: os 
gregos antigos diziam que os mortos iam para as “ Ilhas dos Bem- Aventurados’’, onde 
ficavam aguardando o julgamento por três representantes do mundo subterrâneo. Se o 
morto tivesse sido bem durante a vida, e os juizes estabelecessem sua retidão, ele 
poderia entrar nos campos, um tipo de paraíso. Ali, de acordo com a mitologia grega, os 
mortos estariam em uma terra de música e luz, doce e agradável. As almas boa 
viveriam ali para sempre, entra as alegrias simples de flores e campinas verdejantes. 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 9 
 Os Mortos Justos 
 
 Todos os justos , de Adão à ressurreição de Cristo, ao morreram, ( exceto a de 
Elias e de Enoque), desciam ao ‘’paraíso’’, que naquele tempo constituía um 
compartimento do sheol. Entre esse lugar e o lugar dos injustos, no mesmo sheol, havia 
uma separação (Lc 16.26). No Velho Testamento a morte de um patriarca é descrita 
como sendo reunida ao seu povo ( Gn 25.8,33 49;Nm 27.13). E o que significa a 
expressão em Lc 16.22, quando os anjos conduzem a Lázaro para o seio de Abraão? A 
morte de um santo era a descida da alma a certo lugar para baixo 
(Is5.14;Gn37.35;42.38;Nm16.24,32e 33). Em números 16.33, Coré, Datã e Abirão ‘’ 
desceram vivos ao abismo’’ com a terra literalmente os tragando; nesta passagem a 
palavra ‘’ abismo’’, no original é ‘’ sheol’’. 
Consequentemente, concluímos pela leitura desta e outras correlatas passagem, que 
sheol ou hades, o mundo invisível está localizado em algum ponto abaixo da superfície 
da terra (Ez 31.16,18;32.18). 
A parte do sheol que estava Abraão e Lázaro é o paraíso que Jesus ofereceu ao ladrão 
crucificado ao seu lado (Lc 23.39-43), dizendo que ali estaria com ele naquele dia. A 
palavra ‘’ Paraíso’’ é de origem Persa e significa uma espécie de jardim, usada 
simbolicamente quando ao lugar dos justos – mortos. No paraíso, Lázaro podia 
conversar com o rico que ali sofria o tormento dos ímpios, havendo entre eles um 
‘’abismo intransponível’’ (Lc 16.26). um grupo de religiosos dizem que nossa doutrina 
sobre o inferno esta baseada em parábolas bem como as demais seitas que não crêem 
neste terrível lugar. Contudo, sabemos que há erro de tradução pois a passagem do rico 
e de Lázaro é uma história e não uma parábola. Se fosse, o caso em apresso teria que ser 
iniciada da seguinte forma: ‘’ O reino do céu é semelhante ou assemelha”... 
 Entretanto, não está desta forma; o veredicto é: ‘’ Havia um homem...’’ (Lc 16.16). 
antes de mais nada convém salientar que nossa doutrina está baseada em toda a bíblia, 
e não meramente numa parábola. Mesmo porque parábola é uma ilustração pela qual se 
extrai lições e verdades espirituais. É uma maneira figurada de se ensinar uma verdade. 
A palavra hades consta 11 (onze) vezes no Novo Testamento ( Mt 11.23;16;18; Lc 10.15; 
16.23; At 2.27,31;I Cor 15.55; Ap 1.18;20.13,14).as escrituras mencionam mais um lugar 
do mundo invisível chamado ‘’ Abaddon’’, no hebraico e ‘’ Abussos’’ no grego. É 
traduzido abismo no Novo Testamento ( Lc 8.31;Rm 10,7; Ap 9 1,11;17.8;20.1-3) . Na 
ocasião do juízo final, a morte e o hades entregarão os que neles estiverem retidos. 
Serão lançados no lago de fogo que é o segundo suplício eterno (Ap 20.13-15; 21.8 etc.). 
A palavra em hebraico que descreve este lugar, como usado no NT, é ‘’ Tofete’’ (Isw 
30.33;Jr 7.31,32). A palavra grega é ‘’Geena’’ (Mt 5.22,29,30; 10.28; 23.14,15,33). Três são 
os tipos de morte, a qual, os homens ímpios passaram e passarão pelas quais são: 
1) Morte espiritual ( Gn 2.17; 3.7; Rm 6.23; Tg 1.15); 
2) Morte física (Gn 5.27,31; 7.22; Is 6.0; Mt 27.50; Lc 23.44-46; Jp 11.25,44; Jo 
19.30,31,33,40;20.1); 
3) Morte eterna, isto é, a Segunda morte, trocando isto em miúdo, isto é, uma 
separação total de Deus. (Ap 19.20;21.8). 
 O erudito Dr. Stanley M. Horton, comentava sobre a Segunda morte, em seu 
livro ‘’ A vitória Final’’, pág 301: ‘’como morte na Bíblia significa separação total de 
Deus e de tudo que Ele tem preparado para os que o amam e o servem, “em última 
análise, há somente dois destinos: morte eterna ou vida eterna. Os que não se acham 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 10 
escritos no livro da vida não herdarão a vida eterna, mas terminarão no lago de fogo. 
Não é de se admirar ter Jesus mandado seus discípulos se regozijarem porque os seus 
nomes estavam escritos no livro da vida (Lc 19.20 ). 
Jesus usou a palavra ‘’ Geenna’’ como um termo que indica o destino final dos ímpios. 
Geenna é um termo geográfico oriundo do aramaico para referir-se ao vale de Hinon, 
uma ravina estreita situada no sudoeste de Jerusalém. Aqui, durante o declínio do reino 
de Judá, os apóstatas queimavam os seus filhos 
em sacrifício a Moloque, deus dos Amonitas (II Rs 23.10; Jr7.31). Como resultado do 
efeito profanador da idolatria, os judeus do NT usavam o vale como aterro sanitário, 
onde o fogo ardia continuamente. Jesus usou esta palavra para explicar o fogo do juízo 
final. A Bíblia é muito cuidadosa em nos informar que o destino final dos perdidos é 
horrível; vai além da imaginação. Envolverá a tribulação, angustia, choro e ranger de 
dentes (Mt 22.13; 25.30 ; Rm 2.3,9). É uma fornalha de fogo (Mt13.42,50),que resulta em 
prejuízos e perdição eterna; o seu fogo é de natureza inextinguível ( Mc 0.43), e a 
fumaça de seu tormento subirá para todo o sempre, não terá descanso, ( Ap 14.11; 
20.10). 
 É nesse sentido que a bíblia diz: ‘’ Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus 
vivo’’(Hb 10.31). O NT incentiva-nos a viver com interesse pelos que estão vivendo no 
pecado e destinados ao eterno tormento do lago de fogo. Está é a maior razão porque 
devemos levar as boas novas do evangelho de Jesus Cristo até ao fim do mundo. O 
leitor tem tido isto como algo banal ou como uma veracidade? A quantas almas tu tens 
falado de Jesus sobre esse assunto tão esquecido nos púlpitos hoje? Lembra da 
advertência que Deus fez a Ezequiel ( Ez 3.16-21). Quanto ao homem está ordenado 
morrer uma vez, vindo depois disto o juízo (Hb 9.27). 
Jesus morreu para que eles não pereçam, mas tenha a vida eterna ( Jo 3.16). Ele nos 
deixou a grande comissão para que o mundo possa ouvir a mensagem do evangelho. 
Além disso o Espírito Santo usa a verdade para tocar seus corações e mentes e trazê -los 
ao arrependimento e à fé. 
Lembrando que assim como haverá diferentes degraus de glória no novo céu e na nova 
terra ( I Cor 15. 41,42), também haverá diferentes degraus de sofrimento no inferno, mas 
não da duração da pena ( Lc 12.47,48). Aqueles que estão eternamente perdidos sofrerão 
diferentes graus de castigo, conforme os privilégios e responsabilidades que aqui 
tiveram ( Mt 23.14 ; Hb 10. 29-31). 
 
Uma Relação mais Profunda 
 O NT considera o inferno como o lugar de habitação final dos condenados á 
punição eterna, no juízo final ( Mt 25.41-46; Ap 20.11-15). É descrito como um lugar de 
‘’fogo’’ e ‘’trevas’’( Jd 7.13), de ‘’choro e ranger de dentes’’ 
(Mt 8.12; 13.42,50;22.13;24.51; 25.30), de ‘’ destruição’’ ( II Ts 1.7-9; II Pe 3.7; I Ts 5.3), de 
‘’ tormento’’ ( Ap 14.10,11; Ap 20.10; Lc 16.23). Esses termos são provavelmente 
simbólicos ao invés de literais, porém, de qualquer modo, a realidade será mais terrível 
do que o símbolo. 
 
 O ensino do NT a respeito do inferno visa mais a nos alarmar e a nos encher de 
horror, nos mostrando que embora o céu será melhor do que podemos sonhar, assim 
também o inferno será pior do quepodemos imaginar. Estas são as conseqüências da 
eternidade que precisam ser realisticamente enfrentadas. 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 11 
 Deus é um fogo consumidor (Hb 12.29),e a justa condenação daqueles que o 
desafiam a apegando-se aos pecados que ele detesta será experimentado no inferno ( 
Rm 2.6,89,12). Segundo as escrituras, o inferno nunca terá fim (Jd 13; Ap 20.10 ). Não há 
fundamento bíblico para especulações acerca de uma “ segunda oportunidade’’ depois 
da morte ou da aniquilação dos ímpios em alguma ocasião futura. 
Os que estão no inferno compreenderão que condenaram a si mesmo para estarem ali, 
porque amaram mais as trevas do que a luz, recusando a terem seu criador como seu 
Senhor. Preferiram a auto-gratificação do pecado, ao altruísmo da justiça, rejeitando a 
Deus que os criou ( Jo 3.18-21;Rm 1.18,24,26,32;2.8; II Ts 2. 9-11 ). A revelação geral 
coloca cada um diante da incontestável evidência de Deus, e, desse ponto de vista, o 
inferno tem sua base no respeito de Deus pela escolha humana. 
Todos recebem o que escolheram, seja estar com Deus para sempre, ou sem Ele. Os que 
estão no inferno saberão não só que seus feitos mereceram a sua punição, mas também 
saberão que escolheram isso em seu coração. 
 O propósito do ensino bíblico sobre o inferno é fazer- nos aceitar com gratidão 
a graça de Deus em Cristo, que nos salva dele (Mt 5.29,30;13.48-50). Por essa razão, a 
advertência de Deus para nós é misericordiosa : Ele não tem prazer na morte do 
perverso, mas em que o perverso se converta do seu mau caminho e viva ( Ez 33.11). 
 O período da eternidade passada e a futura, a que chamamos tempo, é apenas 
um período de provação. Nesse tão curto intervalo, todos temos oportunidade para 
escolher entre o bem e o mal. Mas no mundo vindouro, não haverá mais qualquer 
oportunidade de mudança. As decisões formadas nesta vida serão intervensíveis na 
eternidade. 
 
Precisamos tomar muito cuidado com o nosso destino eterno, pois as escrituras não 
ensinam o aniquilamento dos ímpios, nem o estado destituído de mente no nirvana 
conforme os budistas ensinam. Não, não haverá Segunda oportunidade! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 12 
 
 
 
 
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 O arrebatamento da igreja é um evento que transcende as leis da física ora 
conhecidas, pois envolve a transformação e translado dos verdadeiros cristãos para 
junto de Jesus. Esse fato chamado de grande mistério ( I Cor 15.51 ), será desvendado 
por ocasião da volta do Senhor nos ares. 
 Arrebatamento vem do gr. “Harpaso” e do latim “Rapto”. Tendo o sentido 
de retirada brusca, sobrenatural e inesperada da igreja deste mundo, comunicando no 
encontro com Jesus no ares. Há pelo menos dois capítulo no NT dedicados a este 
acontecimento ( I Cor 15 e I Ts 4). Constituir-se-á num dos maiores milagres de todos 
os tempos, abrangerá simultaneamente, num abrir e fechar de olhos diversos fatos 
espantosos, inexplicáveis e incompreensíveis à lógica humana: 
1) a ressurreição física e espiritual dos que morreram em Cristo ( Lc 20.30.34); 
2) a remoção violenta e a transformação dos salvos que estiverem vivos ( I Cor 15.51-
58); 
3) a união mística e celestial da igreja com Jesus ( I Ts 4.15-17); 
4) estarão livres de todas as aflições ( II Cor 5.2,4; Fl 3.21), de toda perseguição e 
opressão (ver Ap 3.10), de todo domínio do pecado e da morte ( I Cor 15.51-56). 
 A feliz esperança de todos os remidos, é que nosso salvador virá nos tirar do 
mundo (Tt2.13). É fonte principal de consolo para os crentes que sofrem ( I Ts 4.17,18; 
5.10 ). 
A Bíblia insiste que esperemos contínua e confiantemente a volta do nosso Senhor ( Rm 
13.11; I Cor 15.51,52; Ap 22.12,20) 
Quem está na igreja e não abandona o pecado e o mal, sendo assim infiel a Cristo, será 
deixado aqui, na ocasião do arrebatamento ( Mt 25.1-13; Lc12.45,46). Os tais ficarão 
neste mundo e farão parte da igreja apóstata ( Ap 17.1-5). 
De acordo com a escatologia pré - milenista, o arrebatamento da igreja dar-se-á antes da 
grande tribulação e do estabelecimento do milênio na terra. Depois do arrebatamento 
virá o dia do Senhor, um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios ( Ml 4.1-2). Seguir-
se-á a segunda fase da volta de Cristo, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e 
reinar sobre a terra. (Mt 24.27,29-31; 25.31-41). 
 
As Diferentes Escolas de Interpretação 
 
 Existem três diferentes escolas de interpretação sobre o arrebatamento da 
igreja, que abre espaço para entendermos como e quando ele ocorrerá. Esse assunto é 
largamente discutido dentro da escatologia bíblica. 
 
1) OS PÓS – TRIBULACIONISTAS – 
Apoiados na “semana profética de Dn 9.27 ”, esse grupo interpreta que a igreja passará 
pela grande tribulação, pois confundem o período de tribulação com as aflições que os 
crentes passam neste mundo. Todavia os juízos descritos da grande tribulação não são 
para a igreja do Senhor. 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 13 
 
2) OS MIDI – TRIBULACIONISTAS 
Essa escola ensina que a igreja entrará, no período da grande tribulação até a sua 
metade, seus intérpretes baseiam essa teoria numa interpretação isolada de Dn 9,27. 
Tomam ainda o texto de Mt24.1-14, para afirmar que a igreja estará na primeira metade 
da semana de Daniel, e do meio da tribulação será arrebatada. 
 
3) OS PRÉ TRIBULACIONISTAS 
 
Ensinam que o arrebatamento da igreja ocorrerá antes que se inicie o período da grande 
tribulação ( I Ts 5.9, Ap 3.10). A igreja não é advertida a ficar esperando a grande 
tribulação, mas aguardar a vinda do Senhor antes que o anti -cristo apareça (I Ts 4.17). 
O maior sinal para o mundo, do aparecimento do anti -cristo será o desaparecimento 
da igreja de Cristo da face da terra; pois a igreja não conhecerá o anti- cristo, nem se 
submeterá a ele, pois será arrebatada. 
 
II – Palavras Relativas Ao Arrebatamento 
 
1) Em Ts 4.17 a palavra “arrebatar’’ tem o sentido de “erguer, transferir, mudar de 
lugar’’. Geralmente a igreja é simbolizada como uma esposa preparada pelo Espírito 
Santo para o encontro com o esposo, Jesus, em cantares e especialmente em ( Ef 5.25-
27). 
2) Parousia quer dizer: presença, chegada, rápida, visita, e ocorre 24 vezes nas 
escrituras, para descrever o retorno de Cristo em referência ao arrebatamento da 
igreja ( I Ts 4.17). No mundo greco- romano, o termo era usado para descrever a 
visita oficial e solene de um príncipe a determinado lugar. O povo era informado 
que a tal dia e a tal hora o príncipe chegaria. Ele então se preparam devidamente 
para que nada saísse errado. Nenhum teólogo mestre ou pregador ou quem quer 
que seja tem autoridade e nem permissão para datar o dia e a hora da vinda de 
Cristo ( Mt 24.43,44,48-51). 
 
3) O termo EPIPHANÉIA, significa: manifestação, vir à luz, resplandecer ou brilhar, 
e refere- se à segunda fase da vinda de Cristo quando Ele voltará a terra 
visivelmente com a sua igreja ( Mt 24.27,29-31). Epiphanéia, é um termo que 
especifica a volta de Cristo aqui na terra de modo mais direto ( Ap 19.11-16). 
Analisando os dois quadros á baixo você notará a diferença entre os dois eventos da 
Segunda vinda de Cristo, pois a sua volta dividir - se - á em duas fases: Ele virá 
para a igreja e voltará para Israel, confira: 
 
 
 ARREBATAMENTO REVELAÇÃO 
 Primeira fase Segunda fase 
 
1ª) Haverá segredo ( Mt 24.36,44 ) 
 
1ª) Tudo será público ( Ap 1. 7 ) 
 
2ª) Jesus ficará nos ares ( I Ts 4.17 ) 
 
2ª) Jesus pisará no monte das Oliveiras ( Lc 
14.4,5 ) 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES14 
 
3ª) Jesus virá para os santos ( I Ts 4.17 ) 
 
3ª) Jesus virá com os santos ( I Ts 3.13; Jd 
14,15 ) 
 
4ª) Haverá profunda alegria ( I Jo 3.2 ) 
 
4ª) Haverá profunda lamentação ( Mt 24.30 ) 
 
5ª) Os incrédulos serão deixados ( Mt cap. 
25 ) 
 
5ª)Os incrédulos serão destruídos ( Mt 
25.41,46; Ap 19.17-21) 
 
III – Os Personagens Participantes do Arrebatamento da Igreja 
 
 
1) O próprio Jesus Cristo – diz a escritura: ‘’ porque o mesmo Senhor ...descerá do céu’’ I 
Ts 4.16; os vivos e os mortos em Cristo receberão a ordem de comando do próprio 
Jesus. Ele pessoalmente dará ordem aos seus anjos para que reunam os remidos de 
toda a terra para o encontro com Ele nas nuvens. 
2) O arcanjo – segundo o texto de Daniel 12.10, o arcanjo Miguel participará do evento 
da Segunda vinda de Cristo, mui especialmente da EPIPHANÉIA ( Lc 14.3,4,5; Ap 
1.6,7 ). Todavia, a participação do arcanjo no arrebatamento será dar a voz de 
comando, a qual será ouvida apenas pelos que serão na ocasião lavados. 
 
3) Os mortos em Cristo – os mártires que foram despedaçados, comidos pelas feras, 
serrado ao meio, queimados, arrastados pelas ruas por cavalos, tendo partes de seus 
corpos espalhados pela terra e as suas cinzas levadas pelo vento, serão trazidos de 
volta pelo poder de Deus. 
 
 Não sei como ocorrerá este fantástico e espantoso evento, mas Deus sabe onde os 
corpos e as cinzas dos nossos irmãos estão. Ele os trará de volta naquele dia, “num abrir e 
piscar de olhos’’ ( I Cor 15.51,52 ). Mas só os mortos em Cristo, porque os corpos dos 
mortos ímpios permanecerão em suas sepulturas até o dia do juízo final (Ap 20. 12 ). 
4) Os vivos preparados – o mesmo poder transformador dos corpos dos que morreram 
no Senhor e agora ressuscitaram, atuará nos corpos dos vivos naquele dia. Paulo 
declarou: “depois nós os que ficarmos vivos, seremos arrebatados’’ ( I Ts 4.17) e “nem 
todos dormiremos, mas todos seremos transformados ( I Cor 15.51,52). 
 
IV -- Elementos Especiais do Arrebatamento 
 
 
1) SURPRESA - o arrebatamento não ocorrerá em um instante pré- determinado por 
qualquer ser humano, mas será repentino. Será uma surpresa maravilhosa para os 
salvos, em contra partida será assustador para os que ficarem. 
2) INVISIBILIDADE – o arrebatamento será invisível para o mundo material, porque só 
os salvos em Cristo serão transformados “num abrir e piscar de olhos.’’ 
3) IMATERIALIDADE – nossos corpos estão sujeitos à putrificação, à velhice, a morrer, 
etc..., mas naquele dia a transformação será extraordinária. O que é material se 
revestirá do imaterial, o corruptível da incorruptibilidade, os corpos dos salvos serão 
vestidos de espiritualidade e glorificados ( I Vor 15.53). 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 15 
4) VELOCIDADE – ( I Cor 15.52 ), para tentar explicar a velocidade do evento, Paulo 
usou o termo grego “átomos’’, algo impossível de ser cortado ou dividido. No grego 
clássico, as expressões bíblicas tais como: “abrir e fechar de olhos’’ ou “ piscar de 
olhos’’, corresponde à fração de sete milésimos de segundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 16 
 
AA RReessssuurrrreeiiççããoo ddooss MMoorrttooss 
 
 
A doutrina da ressurreição dos mortos baseia-se na ressurreição do próprio Jesus. Ao 
estudá-la, veremos a realidade da ressurreição ( princípio histórico) e os ensinos 
decorrentes dela ( princípio doutrinário). 
 
I - O Que é Ressurreição? 
 
1- O SENTIDO DA PALAVRA NATURAL RESSURREIÇÃO 
 Duas palavras originais definem o termo ressurreição. A palavra “anatasses”, que quer 
dizer “ tornar à vida’’, levantar-se, e a palavra “Egricó” que significa ‘’acordar’’, 
‘’despertar’’. São termos gregos que aclaram o sentido de ressurreição 
. 
2- O SENTIDO DOUTRINÁRIO DA PALAVRA RESSURREIÇÃO 
 Ressurreição é o ato de fazer voltar à vida o que estava sepultado. Quando a Bíblia 
refere-se à ressurreição dos ímpios, a expressão usada é “ressurreição dos mortos’’, 
mas quando se trata da ressurreição dos justos a expressão é ‘’ ressurreição dentre os 
mortos’’. 
 
3 - O ENSINO DAS ESCRITURAS SOBRE A RESSURREIÇÃO 
 No AT o ensino da ressurreição não é tão amplo como no novo. Jesus deixou claro 
que não haverá uma única, geral e simultânea ressurreição para os mortos, mas ela 
acontecerá em duas fases distintas: a ressurreição dos justos e a dos ímpios(Jo5.28,29). 
 A doutrina da ressurreição foi ensinada por Jesus em seu ministério terrestre ( Jo 
5.28,29; Lc 14.13,14; Mt22.23), pelos apóstolos e também pelos pais da igreja primitiva ( 
At 4.2;17.18; Fl3.11;I Cor 15; Its 4.14,16) 
 
 
III – Três Tipos de Ressurreição 
 
1º) Ressurreição nacional 
 É chamada ressurreição de Israel em termos políticos, materiais e espirituais. Deus 
advertiu o seu povo, que por causa dos seus pecados, eles seriam espalhados entre as 
nações, mas que depois o reuniria ( Dt 4.23-28;63; Ez 36.24) 
 
 
2ª ) Ressurreição física 
 Refere-se às pessoas que reviveram milagrosamente, mas que depois morreram 
novamente ( II Rs 4.32-37; Mt 9.24,25). 
 
 3ª) Ressurreição escatológica – Dar- se- á em dois tempos distintos. Primeiro, os 
mortos santos e justos levantar-se-ão dos seus sepulcros na vinda do Senhor ( I Cor 
15.44-52; Jo 5.29). Depois a ressurreição dos ímpios (Ap20.11-15), que ressuscitarão para 
vergonha e desprezo eterno. 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 17 
 
IV – A Natureza da Ressurreição 
 
 
1. A ressurreição será universal ( Jo 5.28,29); 
2. A ressurreição será dupla . Isto por se tratar da distinção dos justos e a dos ímpios ( 
Jo 5.29. Dn 12.2; Ap20,5) 
3. A ressurreição será corporal. Jesus confirmou a ressurreição corporal (Jo 5.25,28,29). 
Ele ressuscitou corporalmente, e vestido de espiritualidade. O seu corpo podia ser 
tocado e visto ( Lc 24.39; At1.9-11 ).O corpo espiritual não anula a realidade da 
ressurreição de um corpo material, porque o mesmo será revestido por um corpo 
espiritual. ( I Cor 15.42 ). 
 
V – Explicando as duas Ressurreições 
 
1- a primeira ressurreição 
 
a) o tempo – o tempo da primeira ressurreição é dividido em três fases distintas. A 
primeira fase refere -se à ressurreição de Cristo e de muitos corpos de santos de AT 
os quais são chamados ‘’ primícias dos mortos’’ ( I Cor 15.20; Mt 27. 52,53 ). A 
Segunda refere- se à ressurreição dos mortos em Cristo na ocasião do 
arrebatamento (I Cor 15.51,52; I Ts 4.14-17 ). A terceira fase da primeira ressurreição 
refere – se aqueles mortos no período da grande tribulação, ‘’ os mártires da grande 
tribulação’’, isto é, que não se submeteram ao governo do anti-cristo ( Ap 6.9-11;7.9-
17). 
b) A natureza dos corpos ressurretos. Quando a Bíblia fala em sepulcros, pode referir – 
se tanto ao sepultamento em covas na terra como no fundo dos mares. A 
ressurreição diz respeito aos mesmos corpos mortos, nunca acerca da obtenção de 
outro corpo ( I Cor 15.35-38; Fl 3.21; I Cor 15.42,43,47-49). 
 
2- Segunda ressurreição 
 
a) o tempo – já sabemos que Jesus distinguiu a ressurreição dos justos e dos ímpios ( Jo 
5.28,29). Os outros mortos não reviverão até o fim dos mil anos. Ela acontecerá no 
fim do milênio. E então haverá o juízo final ( Hb 4.13). 
b) a natureza dos corpos ressuscitados dos ímpios. O processo será o mesmo dos 
justos, mas sem qualquer glória, para serem julgados pelas suas obras ( Ap 20.12; 
Dn 12.2). 
c) o estado final dos ímpios – os ímpios ressuscitarão para uma segunda morte ( Ap 
21.8). Não significa o seu aniquilamento, mas o seu banimento eterno da presença 
de Deus ( II Ts 1.9), para o lago de fogo (Mt 25.41,46; Ap 20.14,15). 
A doutrina da ressurreiçãofoi confirmada por Jesus ao ressurgir dentre os mortos, e os 
salvos devem ter sempre firme e inabalável a esperança da gloriosa ressurreição 
prometida. A ressurreição, sem menor risco de dúvida é um profundo mistério que só 
nos será revelado na eternidade. 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 18 
 
 SSiinnaaiiss ddaa VViinnddaa ddee JJeessuuss 
 
 
 Conforme Mateus 24.36, não nos é permitido saber exatamente o dia e a hora em 
que Jesus voltará. Mas no entanto, quando Jesus fez esta afirmação, Ele estava falando 
justamente sobre os sinais que precediam sua vinda. Jesus nos deixou ‘’ pistas’’, para 
que estivéssemos orientados e situados no tempo. 
Profecias estão se cumprindo literalmente a cada dia. As palavras de Jesus estão se 
evidenciando a cada dia. Predições que até pouco tempo eram obscuras, hoje estão 
limpas e claras diante dos nossos olhos. Há sinais por todas as partes, em tudo e em 
todos, e não é surpresa, pois tudo fora antecipadamente predito pelas escrituras. 
 Desde sinais da vida moral e sinais políticos, terrenos e no espaço cósmico. Tudo 
já estava registrado ma mente de Deus, que revelou seus planos através das profecias. 
 Os discípulos de Jesus, lhe pediram em particular:’’...dize –nos quando sucederão 
estas cousas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação dos séculos.’’ Jesus deu 
uma lista de sinais descritos em Mt 24.1-12 : 
 
01- aparecimento de falsos cristos; 
02- guerras e rumores de guerras; 
03- nação contra nação; 
04- reino contra reino; 
05- terremotos em vários lugares; 
06- falsos profetas; 
07- engano em todas as áreas; 
08- a perda do amor em grandes proporções; 
09- fome; 
10- tribulação; 
11- homicídios; 
12- ódio em larga escala; 
13- escândalo; 
14- deslealdade; 
15- multiplicação da iniquidade; 
16- imoralidade; 
 
Comentaremos aqui apenas dois dos dezessete sinais, dados por Jesus : 
 
1) IMORALIDADE – Antigas civilizações desapareceram por causa da imoralidade. 
Quem não se lembra de Sodoma e Gomorra vítimas da imortalidade? Até mesmo os 
anjos enviados para livrar Ló foram tidos como alvo de desejo sexual pelos 
habitantes daqueles lugares. Tentaram invadir a casa de Ló para os conhecerem (Gn 
19.1-5 ). 
 Atualmente também há uma série de seitas que exercem as mesmas práticas 
ilícitas daquele tempo. Até mesmo os meios de comunicação divulgam esse tipo de 
atitudes diariamente. 
Analise cuidadosamente o que o escritor Magno Paganelli, escreveu sobre a 
imoralidade no seu livro intitulado “E então virá o fim’’. 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 19 
 Nos EUA, existe uma igreja que se diz igreja pentencostal dos homossexuais. Essa 
igreja, a Metropolitan Community Church, já tem mais de 500 filiais, bem como uma 
equipe de médicos para prevenir seus membros de doenças venéreas. 
 Na escola dominical, os mestres lecionam cursos especiais para que os filhos 
dessas pessoas, saibam que seus pais são homossexuais. O fundador desta seita, que se 
diz cristã, o Pr. Troy Perry, se desquitou de sua esposa para morar com um amigo, a 
quem amava mais. Ele diz: “ Jeová é o meu pastor e ele sabe que eu sou homossexual’’. 
Com efeito eu digo: com certeza Jeová sabe que ele é homossexual, pois Ele é 
onisciente, quem precisa saber de algumas coisas é o próprio pastor, veja a dura 
advertência em I Cor 6.9-10. 
 Magno Paganelli escreve ainda à revista inglesa Christian research jornal ( 
versão/92), que tem como matéria de capa “homossexualidade: fato e ficção’’. A capa 
traz a foto de um padre realizando a cerimônia de casamento entre dois homossexuais. 
No desenrolar da matéria há fotos de passeatas de homossexuais exigindo “ igualdade 
de direitos’’. 
 Só os EUA, no ano de 1990, existiam 25 milhões de homossexuais, ou seja, 10% da 
população onde 5% eram lésbicas. Na cidade de San Francisco, 3 pessoas morrem por 
dia vítimas de AIDS. No Brasil o número é alarmante, bem como, assustador. 
A Bíblia registra que no final dos tempos o casamento não mais fará sentido, porque os 
homens proibirão as pessoas de se casarem, confira ( I Tm 4.1-3). 
 
 Isso tudo já é previsto pelo movimento preparatório para o surgimento do anti - 
cristo, a nova era. Alguns dos conceitos estabelecidos para a família da nova era são os 
seguintes: 
• deve existir liberdade de expressão sexual; 
• o sexo deve se expressar nas suas mais variadas formas, tais como: 
homossexualismo, o lesbianismo, o bissexualismo, sexo grupal, etc... 
• o plano prevê a diminuição da natalidade; 
• o pensamento é inibir a família individual, para ter o chamado de família global; 
• o casal deverá ser transpessoal, ou seja, onde é permitido o sexo grupal; 
• a família será aberta, onde homem e mulher não se pertencem e os filhos terão mãe, 
e o pai poderá ser desconhecido, isto é, “produção independente’’. 
• A estratégia é confundir o papel do homem e da mulher dentro do casamento, 
através da moda unissex do movimento de emancipação da mulher. 
 O jornal a folha de São Paulo ( 09/10/91) teve por manchete: deputados querem 
varrer o medo do adultério das relações conjugais. Na mesma edição apenas 56% dos 
entrevistados consideram uma boa idéia que o casal more em casas separadas...31% são 
favoráveis ao reconhecimento legal do casamento de pessoas do mesmo sexo. Isso é 
alarmante! Isso é baixeza, estão caminhando para o inferno a passos largos. 
 
 
2) TERREMOTOS – A teoria que melhor indica o fenômeno dos terremotos é a das 
placas teutônicas. A crosta terrestre é dividida em placas, que se movimentam 
lentamente ( 1cm/ano), sobre a camada imediatamente abaixo, conhecida como manto. 
Nos pontos de contato dessas placas, há um acúmulo de energia. 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 20 
Essa energia pode ser liberada de várias maneiras e aos poucos em pequenos tremores, 
só percebidos por aparelhos, ou de uma só vez, em tremores fortes, chamados 
terremotos. 
O aumento geral do número de terremotos tem sido um dos mais notáveis fenômeno 
dos últimos cem anos. Cumprindo literalmente a palavra de nosso mestre, em Mt 24.7,8. 
Os registros dos quinhentos anos passados mostram um aumento constante e 
progressivo dessas convulsões terrestres: 
 
 
SÉCULO XV ------------115 TREMORES 
SÉCULO XVI------------253 TREMORES 
SÉCULO XVII-----------378 TREMORES 
SÉCULO XVIII----------640 TREMORES 
SÉCULO XIX -----------2119 TREMORES 
 
 Nas últimas décadas, tanto o número quanto a severidade dos terremotos 
alteraram grandemente. Os mais desastrosos deles têm ocorrido na presente geração. 
Em 18 de abril de 1906, em San Francisco, EUA, um terremoto sacudiu a cidade, 
deixando- a praticamente destruída. Dois anos depois em 1908, cerca de 75.000 pessoas 
foram atingidas fatalmente por outro terremoto na Itália. 
 Em 13 de janeiro de 1920, mais de 180.000 vidas se perderam na China. Em 1923 a 
cidade de Tóquio, Japão, quase foi destruída por abalos sísmicos que mataram 143.000 
pessoas. Desde então tem ocorrido fortes tremores de terra na índia, Turquia, América, 
Grécia e em outros países, aumentando o número de vítimas. 
 Por incrível que pareça, até a cidade de S. Paulo tem provado o gosto destes 
tremores que não avisam quando vem. 
 Em maio de 1993, o corpo de bombeiros de S. Paulo recebeu 100 ligações em 30 
minutos, devido a um mínimo tremor na metrópole. Isso porque o terremoto teve seu 
epicentro em Santiago, Chile, do outro lado do continente. 
‘’ E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas, e na terra angústia das nações, em 
perplexidade pelo bramido do mar e das ondas, homens desmaiando de terror, na 
expectação das coisas que sobrevirão ao mundo. Portando as virtudes do céu serão 
abaladas’’. (Lc 21.25,26) 
 
 Esses discursos proféticos foi registrado pelo apóstolo Lucas. Nele Jesus revela 
a seus discípulos mais um pouco dos acontecimentos característicos dos últimos dias. 
Ele nos dá uma pista que ocorrerão mudanças simultaneamente em mais quatro 
campos distintos: 
1º) campo astronômico 
2º) campo psicológico 
3º) campo hidrológico 
4º) campo meteorológico 
 
• Resumindo, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a 
Deus ( Mt 21.23; I Cor 4.2-5), e das suas práticas e ações. Tendo a ótica da graça a 
oportunidade e o conhecimento que recebeu ( Lc 12.48; Jo 5.24; Rm 8.1 ) 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 21 
• Quando o crente se arrepende de suas más ações, seus pecados são perdoados no 
que diz respeito ao castigo eterno ( Rm 8.1), mas são levados em conta quanto à sua 
recompensa ( Cl 3.25; I Cor 3.15; 5.10), 
 
 
• Os resultados específicos do julgamento do crente serão vários : 
 
a) obtenção ou perda de alegria ( I Jo 2.28); 
b) aprovação divina ( Mt 25.21); 
c) tarefas e autoridade ( Mt 25.14-30); 
d) posição ( Mt 5.19; 19.30); 
e) recompensa ( I Cor 3.12-14; Fl 3.14; II Tm 4.8); 
f) honra ( Rm 2.10; I Pe 1.7). 
 Tendo em vista a recompensa cristã, o crente deve se aperfeiçoar no temor do 
Senhor ( II Cor 5.11; Fl 2.12; I Pe 1.17), vigiar e orar (I Pe 4.5-), viver em santa conduta e 
piedade ( II Pe 3.11 ), e a demostrar misericórdia e bondade a todos ( Mt 5.7; II Tm 1.16-
18 ). 
 
A Recompensa Cristâ 
 
 A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar contas “ante o tribunal de 
Cristo”, por todas as práticas por meio do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a esse 
julgamento estudemos. 
 
1) não haverá exeção, todos salvos serão julgados ( Rm 14.10-12; I Cor 3.12-15; II Cor 
5.10); 
2) esse julgamento só ocorrerá após o arrebatamento ( Jo 14.1-3; I Ts 4.14-17); 
3) Cristo será o juiz ( Jo 5.22; II Tm 4.8); 
4) A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e solene, tendo a possibilidade 
de: 
4.1 dano ou perda ( I Cor 3.15; II Jo 8 ); 
4.2 de ficar envergonhado diante Dele na sua vinda ( I Jo 2.28); 
4.3 de queimar – se o trabalho de toda sua vida ( I Cor 3.13-15); 
 Esse julgamento é um julgamento de obras. 
5) tudo será conhecido aberta ou publicamente ( II Cor 5.10). Deus examinará e 
revelará abertamente, na sua exata realidade: 
5.1 nossos atos secretos ( Mc 4.22; Rm 2.16); 
5.2 nosso caráter ( Rm 2.5-11); 
5.3 nossas palavras (Mt 12.36,37); 
5.4 nossas boas obras ( Ef 6.8); 
5.5 nossas atitudes ( Mt 5.22); 
5.6 nossos motivos ( I C or 4.5 ); 
5.7 nossa falta de amor ( Cl 3.23;4.1); 
5.8 nosso trabalho e ministério ( I Cor 3.13). 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 22 
 DDoo TTrriibbuunnaall ààss BBooddaass ddoo CCoorrddeeiirroo 
 
 
 ( Ap 19.7,8) 
 Ao cabo do julgamento do tribunal de Cristo, a igreja fiel será chamada a ter 
acesso a um grande banquete que celebra “a união de Cristo e a sua noiva” ( Ap 19.7,8). 
Será um tempo de alegria, cheio de gozo e encanto. Haverá tremenda satisfação que 
levará o povo a pular e gritar de alegria. 
 O relacionamento de Cristo com a igreja também é simbolizado quando Cristo é 
tratado como a cabeça da igreja ( I Cor 12.12-27; Ef 1.22,23; 4.15,16; 5.23 ). Quando as 
bodas do cordeiro estiverem prontas, a “esposa’’ já estará no céu com Ele. Isto mostra 
claramente que as bodas ocorrem no céu antes que Cristo volte para derrotar o Anti-
cristo e seu exército. 
 O versículo oito descreve a preparação da esposa do cordeiro. No céu ela já está 
vestida de linho fino, resplandecente e puro, isto é: brilhante, radiante, livre de toda a 
impureza. O linho representa a justiça e retidão dos santos. 
 Nas bodas do cordeiro, ainda Cristo e a igreja se tornarão o centro de atenções de 
todos os seres celestiais. Cumprir- se- á. finalmente parte da oração sacerdotal de Jesus, 
proferida no capítulo 17 e vs. 24 de João. Ali a igreja será vista no seu aspecto universal. 
Ali estarão juntos todos os santos do AT e NT, DESDE Abel. Todos os crentes do oriente 
e do ocidente tomarão lugar à mesa ( Mt 8.11 ). Os salvos chegados de todas as partes 
da terra e de todos os tempos, saudar -se- ão festivamente. Estará finda a batalha na 
terra! Será o dia triunfal em que os salvos serão elevados e os ímpios castigados. Os 
salvos estarão livres de todas as lutas, angústias, pecado e mal. Um só olhar na face de 
Jesus compensará todas as lutas e tristezas sofridas neste lado da vida. 
 
Após o arrebatamento da igreja 
 
 Darei aqui uma visão panorâmica de alguns eventos que terão lugar no mundo 
imediatamente após o arrebatamento da igreja. De fato, os assuntos servirão como uma 
espécie de resumo, não será um estudo sistemático, pois falarei sobre o assunto com 
mais detalhes na próxima lição. 
 
 
1- Apostasia total e indiferentismo espiritual. 
 
 A apostasia e o indiferentismo espiritual, bem como o espírito de desobediência, 
anarquia e a escalada galopante de feitiçaria, fazem parte do preparo final do mundo 
pelo diabo, para o reino de seu preposto- o anti-Cristo ( II Ts 2.3 ; I Jo 2.18 ; 4.3 ; II Jo 7 ) 
 
2- Predominância de uma confederação de nações 
 
 No dia 27 de maio de 1957, foi assinado um tratado em Roma, o qual, sem 
dúvida, foi o primeiro passo do cumprimento de uma antiga profecia de Daniel sobre a 
existência de uma confederação de nações, como única forma de expressão do poder 
gentílico mundial. A profecia está no capítulo 2 e se repete no capítulo 7 de Daniel. No 
Apocalipse ela é vista a partir do capítulo 13. 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 23 
 O dito tratado teve vigência a partir de 1 de Abril de 1958. Tendo como objetivo a 
unificação da Europa. Os seis países membros fundadores foram : Itália, França , 
Alemanha ocidental, Holanda , Bélgica e Luxemburgo. Novos membros foram 
admitidos mais tarde. 
 
3- Destruição da nação do norte e seus satélites 
 
Para estender sobre esta destruição o aluno deverá ler, por inteiro os capítulos 38 e 39 
de Ezequiel e o capítulo 12 de Joel. Temos nessas profecias a descrição da invasão de 
Israel por uma nação do norte, nos dias finais da era atual. Esses capítulos falam da 
guerra de Gogue e Magogue, e não do Armagedom, fato que será comentado mais 
tarde. 
 
4 - Conversão em massa dos judeus 
 
 Como resultado do livramento divino salvando miraculosamente Israel , os 
judeus e as nações da terra reconhecerão que há um Deus que governa todas as coisas. 
“Manifestarei minha glória entre as nações, e todas as nações verão o meu juízo, que eu 
tiver executado, e a minha mão, que sobre eles tiver descarregado. Desse dia em diante, 
os da casa de Israel saberão que eu sou o Senhor seu Deus. ( Ez 39.21,22 ). Isso resultará 
na conversão de muitos judeus e no derramamento do Espírito. 
 Muita gente fica chocada por não ver despertamento espiritual em Israel 
atualmente. Ora a Bíblia revela que primeiro virá o despertamento nacional, político. 
Isto acontecerá perante os nossos olhos, hoje ( Ez 37.1-8 ). Depois é que virá o 
despertamento espiritual (Ez 37.9-14 ) 
 
O surgimento do Anti-Cristo 
 
 “ Ninguém de maneira nenhuma vos engane, porque não será assim antes que 
venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se 
opões e se levanta contra tudo que se chama Deus ou se adora; de sorte que se 
assentará como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”. 
 
 Segundo a Bíblia, está para vir o anti-Cisto ( ver I Jo 2.18 ), aquele que trama o 
derradeiro ataque furioso de satanás contra Cristo e seus Santos, pouco antes do tempo 
em que nosso Senhor Jesus Cristo estabelecerá seu glorioso reinona terra. As expressões 
que a Bíblia usa para o anti-Cristo são “o homem do pecado” e o “filho da perdição” ( 
2.3 ). Outras expressões usadas na Bíblia são “a besta que subiu do mar” ( Ap 13.1-10 ) 
“a besta cor escarlate” ( Ap 17.3 ) e “a besta”( Ap 17.8,16 ; 19.20 ; 20.10 ). 
 A vinda do anti-Cristo não ocorrerá sem sinais precursores. Pelo menos três 
eventos deverão ocorrer antes dele surgir na terra. 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 24 
 OO MMiinniissttéérriioo ddaa IInnjjuussttiiççaa 
 
 O ministério da injustiça, isto é, a atividade secreta dos poderes do mal, ora 
evidente no mundo inteiro ( ver 2.7 ) aumentará até alcançar o seu ponto máximo na 
total zombaria e desprezo a qualquer padrão e preceitos bíblicos. Por causa desse 
aumento de zombaria, o amor de muitos esfriará ( Mt 24.10-12 ; Lc 18.8 ). Mesmo 
assim, um remanescente fiel permanecerá leal à fé apostólica conforme revelada no 
Novo testamento ( Mt 24.13 ; 25.10 ; Lc 18.7 ; ver Ap 2.7 ). 
 
Ocorrerá a apostasia 
 
 Apostasia vem do grego, que literalmente significa “desafio, afastamento, 
abandono”. ( II Ts 2.3 ). Nos últimos dias um grande número de pessoas da igreja 
aparta –se -á da verdade bíblica. Tanto Paulo quanto Jesus revelam um quadro difícil 
da condição de grande parte da igreja : moral, espiritual e doutrinariamente, à medida 
que a era presente chega a seu fim ( Mt 24.5, 10-13, 24 ; I Tm 4.1 ; II Tm 4. 3,4 ). 
Um que agora resiste, deve ser afastado 
 No começo dos sete anos de tribulação, o Espírito Santo será afastado ( II Ts 2.7 
). Isso não significa ser ele tirado do mundo, mas que cessará restritiva à iniqüidade e a 
surgimento do anti-Cristo. Todavia, começará a rebelião inspirada por satanás. O 
Espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convencendo pessoas dos 
seus pecados, convertendo-as a Cristo e dando-lhes poder ( Ap 7.9,14 ; 11.1-11 ; 14. 
6,7 ). Retirando-se o Espírito, cessará a inibição à aparição do homem do pecado, no 
cenário terreno ( II Ts 2.3,4 ). E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que 
creiam na mentira ( II Ts 2.11 ). 
A verdadeira identificação do Anti-Cristo 
1- Como governante mundial fará uma aliança com Israel por sete anos, vindo depois 
disso romper a mesma ( Dn 9.27 ); 
2- Declara ser Deus ( II Ts 2.4 ); 
3- Profana o templo de Jerusalém ; 
4- Proíbe a adoração a Deus ( II Ts 2.4 ) ; 
5- Assolará a terra de Israel ( Ver Dn 9.27 ; 11. 36-45 ) ; 
6- Fará mediante poder satânico, grandes milagres, sinais, maravilhas a fim de 
propagar o engano ( II Ts 2.3 ). 
 Prodígios de mentira significa que sus milagres são sobrenaturais, parecendo 
verdadeiros, para enganar as pessoas e levá-las a crer na mentira. Tais demonstrações 
possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas serão 
impressionadas e enganadas por esse líder, por não darem importância à palavra de 
Deus, nem terem amor às suas verdades ( II Ts 2.9-12 ). Aparentes demonstrações do 
espírito supostamente vindo das parte de Deus , devem ser provadas à base da 
obediência a Cristo e às escrituras por parte da pessoa atuante. 
 
 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 25 
A derrota do Anti-Cristo 
 
 Ao cabo da tribulação, satanás ajuntará muitas nações no Armagedom, sob o 
comando do anti-Cristo e guerrearão contra Deus e seu povo numa batalha que 
envolverá o mundo inteiro ( Dn 11.45 ; Ap 16.16 ). O anti-Cristo e seus exércitos e todos 
os que não obedecem ao evangelho serão destruídos. ( ver Ap 19.15-21 . A seguir Cristo 
prenderá satanás e estabelecerá o seu reino na terra. 
 
Após o arrebatamento da Igreja a Grande Tribulação 
 
 A palavra tribulação significa literalmente comprimir com força, com se faz com as 
uvas no lagar ou com a cana de açúcar na moenda. A tribulação aqui falada abrange o 
período da ascendência e o governo do anti-Cristo. O termo “tribulatione”, do latim, 
também tem o mesmo sentido. 
 Período de aflição e angústia incomuns que terá início após o arrebatamento da 
igreja, a grande tribulação terá a duração de 7 anos divididos em duas fases, sendo a 
última pior que a primeira ( Dn 9.25-27 ). 
 Eis os objetivos da grande tribulação : 
 
 
1) Julgar os que rejeitaram a Cristo e trataram indevidamente os judeus; 
2) Desnudar a hipocrisia dos sistemas mundanos; 
3) Desestabilizar o reino do anti- Cristo; 
4) Preparar a humanidade para o estabelecimento do reino milenial do Senhor Jesus. 
 
 A grande tribulação recebe ainda os seguintes nomes: 
 
a) Dia do Senhor; 
b) Dia da ira de Deus; 
c) Angústia de Jacó e a aflição; no apocalipse a grande tribulação vai do capítulo 6 até o 
19. 
 
 Há quem diga que a expressão “ Grande tribulação ” não se encontra na Bíblia. 
Certamente tais pessoas lêem pouco o santo livro. Sendo assim, é difícil encontrar tal 
expressão escatológica. Textos como o de Mateus 24.21 e Apocalipse 7.14, registram tais 
termos. 
 
O surgimento de uma super igreja 
 
 Junto ao surgimento do anti Cristo, surge de imediato a anti-igreja, ou a 
Babilônia mística ( Ap 17 ). O grande carisma religioso do falso profeta, ministro do 
culto durante o governo do anti-Cristo, se materializará na necessidade de organizar 
uma super-igreja, cujo perfil se acha no capítulo 17 de Apocalipse. 
 Essa super-igreja com sua atraente religião se consolidará pelo intenso 
trabalho evangélico do falso profeta, com suas grandes cruzadas e seus auxiliares. Será 
uma religião inversa à de Deus. Seu ponto alto será a adoração a um homem, o super-
homem de Satanás ( Ap. 13.8,12 ; II Ts 2.4 ). Não se trata da igreja católica romana do 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 26 
passado e do presente, cujo líder é o papa; trata-se porém, da igreja mundial que será 
chefiada pelo falso profeta, um super- líder religioso aliado ao anti-Cristo. Talvez a 
igreja católica integre -se ao falso sistema religioso mundial. 
 Agora que você já leu o capítulo 17 de Apocalipse a respeito da Babilônia 
simbólica, é indispensável que você leia o capítulo 18, que fala da Babilônia literal. A do 
capítulo 17, como já dissemos é a falsa igreja mundial, aparecendo sob a figura de uma 
mulher. O cálice que a mulher segura na não é a falsa religião que prevalecerá naqueles 
dias do reinado da besta ( v.4 ). 
 Quanto à Babilônia do capítulo 18 de Apocalipse, trata-se sem dúvida, da 
cidade de Babilônia reconstruída, como a primeira capital do reino do anti-Cristo. Será 
um gigantesco reino político, religioso e financeiro. 
 A besta precisa disso tudo para galgar o poder. Para compreender isso , leia 
todo o capítulo. Assim como a Babilônia primitiva foi o primeiro local da história a 
rebelar-se contra Deus, será também o último com vemos aqui ( Gn 10.10 ; 11.9 ). 
 
Assim será a grande tribulação 
 
1. A abertura dos sete selos ( Ap 6.7 ; 8. 1-5 ). 
 
 
 Como já dissemos, a grande tribulação é descrita a partir dos capítulos 6 ao 
19 de Apocalipse, tendo a absoluta ausência da igreja ( Ap 3.10 ; I Ts 1.10 ; 5 .9 ). É 
nesse período que os juízos de Deus serão pavorosos, horripilantes, catastróficos e 
atualmente inimagináveis pelos incrédulos ( I Ts 5.3 ). Tais juízos terão início com o 
aparecimento de quatro cavaleiros que representam conquista, fome e morte, logo após 
a abertura dos quatro primeiros selos ( Ap. 6. 1-8 ), seguidos de mais três selos. 
 Aberto o primeiro selo, apareceu um cavalo branco, e o cavaleiro estava sobre ele , 
tendo um arco e uma coroa, e saiu vitoriosoe para vencer. Aqui se trata do anti-Cristo 
com sua falsa paz. Sua conquista inicial realiza-se sem guerra aberta, pois a paz só será 
tirada da terra a partir dos tempos do segundo cavaleiro ( V.4 ; I Ts 5.3 ; Dn 9.26,27 ). 
 Após o primeiro selo, o cordeiro abre o segundo selo. João vê um cavalo vermelho e 
seu cavaleiro, acompanhado de grande matança, tendo uma grande espada como um 
símbolo da destruição causada pela guerra. Observe que o cavaleiro propriamente não 
causa nenhuma morte; simplesmente tira a paz da terra, fazendo com que as pessoas 
matem umas às outras. 
 A palavra grega “matar” não é usada para morte em batalha, mas para um tipo de 
morte que seria a mais violenta de todas – massacre ou carnificina. Esse período será 
um tempo de violência e mortes intermitentes, guerras e assassinatos. 
 Haverá uma explosão de ódio, ressentimento, crime, devassidão, anarquia. As 
guerras e conquistas trarão parte do julgamento divino. Com a paz tirada da terra, o 
mundo não conhecerá tranqüilidade até que o príncipe da paz retorne, derrotando seus 
inimigos e estabelecendo seus reino milenial em todo o globo. 
 Sendo aberto o terceiro selo, eis o cavalo preto, acompanhado de fome e privação; 
será um período espantoso por demais ( Ver Jr 4.26-28 ; Lm 4 8,9 ; 5 . 10 ). Haverá 
escassez de produtos básicos de sobrevivência, e a carestia será grande; a fome se 
alastrará por todo o mundo. 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 27 
 Constatamos que após as guerras, vêem a inflação e a fome. Atualmente temos um 
número crescente de famintos em todo o globo; passa de oitocentos milhões de pessoas 
que não têm o que comer diariamente. 
 Só no Brasil, 50 milhões de brasileiros vivem com um pouco mais de R$ 80.00 para 
o básico; 46% das crianças do país vivem em famílias de renda básica. Segundo os 
pesquisadores, o nordeste é uma pequena África no Brasil. 
 O Senhor Jesus já havia profetizado tal fome ( Mt 24.7 ). Os governantes não estão 
sendo capazes de resolver tal problema. O mesmo acontecerá com o ditador mundial 
que virá no futuro, o anti-Cristo; a questão da fome agravar-se –á cada vez mais. 
 No desenrolar do quarto selo, eis um cavalo amarelo, acompanhado de morte e 
com o poder de matar um quarto da população do mundo, com guerras , pragas, morte, 
enfermidades etc. Tais acontecimentos não serão de causas naturais. 
 A Bíblia não especifica claramente quando esta destruição há de acontecer. 
Entretanto este é o último cavaleiro e a severidade do julgamento indica que tais 
acontecimentos dar-se-ão quando o mundo estiver no auge da tribulação. 
 Ao ser aberto o quinto selo, João viu as almas dos que foram mortos por se 
recusarem a adorar o anti-Cristo. O período da tribulação será um tempo terrível de 
perseguição para quem crer no evangelho e permanecer fiel a Deus e sua palavra ( ver 
Ap 7.9 ; 14 . 6 ) . A eles foi dito que tivessem paciência, porque muitos outros ainda 
morreriam pela sua fé em Cristo. ( Ap 7. 13-14 ; 13.15 ; 18.24 ; 20.4 ). 
 A abertura do sexto selo trouxe uma grande terremoto e muitos sinais no céu, de 
modo que reis, servos e poderosos se esconderam e pediram aos montes que os 
ocultassem da ira do cordeiro ( Ap 6.15,16 ; Ag 2.6,7 ); será um dia de densas trevas e 
terror para os habitantes da terra. 
 E havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora. E vi os 
sete anjos que estavam diante de Deus e foram-lhes dadas sete trombetas ( Ap 8.1,2 ). 
 A abertura do sétimo selo dá início ao juízo das sete trombetas. Os juízos da 
trombetas são parciais ( 8- 9 ; 11.15-19 ), ao passo que os juízos das sete taças( Cap 16) 
são mais severos. O juízo da sétima trombeta anunciará as sete taças de juízos.( 11.15 ; 
16.1-21 ). O silêncio no céu deve-se ao horror diante dos julgamentos vindouros contra o 
pecado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 28 
OO ssooaarr ddaass sseettee ttrroommbbeettaass 
 
( Ap 8.6-13 ; 9.1-21 ; 11.15-19 ) 
 
 Quando o primeiro anjo tocou a sua trombeta, veio saraiva e fogo misturados com 
sangue, que, lançados sobre a terra queimarão a Terça parte das árvores e da erva 
verde ( v 7). Esta descrição é parecida com a da sétima praga que Deus mandou sobre o 
Egito (Ex 9. 13-35). Esta praga, contudo, é muito mais séria. 
 Ao ser tocada a Segunda trombeta, foi lançado ao mar algo semelhante a um grande 
monte ardendo em fogo, e morreu Terça parte das criaturas que tinham vida nos 
oceanos, e perdeu-se a Terça parte das naus. 
 “Um grande monte”, pode ser um grande meteoro ardente causando uma grande 
mortandade na vida marinha. Pode ser que o impacto dessas grande massa rochosa 
cause imensas ondas, destruindo s navios no mar e destruindo as que se acharem 
ancoradas. Isto terá um efeito desastroso sobre o suprimento de alimentos do mundo e 
sobre o comércio. A destruição dos navios causará enormes prejuízos à humanidade. 
 O soar da terceira trombeta é o sinal para que uma grande estrela caia do céu. 
Ardendo, tinha a aparência de uma tocha cruzando a imensidão. A estrela 
aparentemente não afeta a terra, mas envenena todas as fontes de águas naturais- rios, 
represas, açudes, etc. 
 A palavra grega para estrela pode também ser traduzida por planeta, meteoro, ou 
outro corpo celestial. É usada também metaforicamente para referir-se a um anjo ( ver 
9.1 ) 
 Ao soar a Quarta trombeta houve alterações no sol, na lua e nas estrelas. As 
primeiras trombetas já haviam afetado a terra; agora algo poderoso toca o sol , a lua e as 
estrelas provocando trevas parciais. A Bíblia não indica que tipo de coisa tocou os 
astros, mas as trevas são freqüentemente usadas por Deus como instrumento de 
julgamento. Os profetas afirmaram que entre outras coisas o “dia do Senhor” significa 
trevas.( Jr 2.2 ; Am 5.10 ; Zc 1. 14-15 ; Is 13.10 ; Mc 13.24 ). Jesus mesmo usou-as para 
descrever o estado final dos ímpios ( Mt 8.12 ). 
 Deus faz obscurecer o sol totalmente durante um terço do dia, e a lua e as estrelas 
por um terço da noite. Não existe explicação para tal fenômeno; porém, o Deus 
onipotente indubitavelmente, controlará tudo segundo a sua vontade ( Is 43.13). 
 Tocada a Quinta trombeta, abriu-se o poço do abismo e uma manifestação de 
demônios. A Bíblia não adianta quem lhes deu tal ordem. Aos gafanhotos é vedado 
também causar dano àqueles que trazem o “selo de Deus em suas testas.” 
 Estes gafanhotos têm sua ação limitada de duas outras formas, de acordo com o 
versículo 5. São proibidos de tirar a vida dos que trazem “o selo de Deus”, e só poderão 
causar-lhes dano por cinco meses. Deus dará somente cinco meses para que os tais 
gafanhotos executem sua parte no juízo que virá sobre a terra. 
 A estes gafanhotos demoníacos é ordenado ainda que a ninguém matem. As 
pessoas procurarão a morte para acabar com a dor e a agonia, mas em vão. Isto significa 
que as tentativas de suicídio não serão bem sucedidas. A morte é personificada como 
algo que lhes fugirá. 
 Por outro lado, não haverá lugar sobre a terra onde se esconder dos ferrões desses 
gafanhotos. Como seres espirituais, não poderão ser barrados por paredes, não haverá 
fechadura que os segure. 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 29 
 Após o sexto anjo haver tocado a sua trombeta, uma voz de ordem foi dada para 
serem soltos os quatro seres angelicais que se acham amarrados junto ao rio Eufrates, 
rio este que tem mais ou menos 2.500 km de comprimento. 
 Quando os quatro anjos são soltos, João vê um exército aparelhado diante de si; o 
número do exército de cavaleiros era de duzentos milhões de soldados; o fogo, o fumo eo enxofre dos cavalos são uma maneira demoníaca de matar ( Ap 9. 16-19). Cada um 
desses elementos é uma praga em si mesmo ( v 18 ). 
 Com a sétima trombeta, vêm as taças da ira de Deus, que hão de ser seguidas pela 
vitória de Cristo. João viu uma poderosa manifestação celestial de adoração e louvor ao 
Senhor Deus, todo-poderoso ( Ap 11.15-19 ). É evidente que a sétima trombeta não 
‘aquela “última trombeta” mencionada por Paulo em I Coríntios 15.52 e em I 
Tessalonisenses 4.16, que há de sinalizar o rapto da igreja. 
 
O derramamento das sete taças da ira de Deus 
( Ap 16. 1-21 ) 
 
 Ao ser derramada a primeira taça, aqueles que adoravam a besta foram 
acometidos de uma chaga maligna. A Segunda taça foi derramada no mar e matou toda 
alma vivente que havia nos oceanos. A terceira taça foi derramada nos rios e nas fontes 
de água e se tornaram em sangue. A Quarta taça foi derramada sobre o sol, que passou 
a abrasar os homens. 
 A Quinta taça foi derramada sobre o trono da besta e causou dores tremendas. A 
Sexta taça foi derramada sobre o rio eufrates que se secou, e apareceram três espíritos 
imundos semelhantes a rãs, capazes de fazer prodígios, a fim de carregarem os reis de 
todo o mundo para a batalha final, em Armagedom ( Ap 16.16 ). A sétima taça foi 
lançada no ar e seguiu-se o mais intenso terremoto que jamais houve na face da terra. 
 Israel foi o alvo principal da hostilidade do anti-Cristo, por ter-lhe feito oposição. 
Por isso muito se ajuntaram contra os judeus em Armagedom. Mas de Deus virá o 
grande livramento. ( Ap 19.1-21 ). 
 
As Razões Porque Cremos que a Igreja não Passará Pela Tribulação 
 
a) Nenhuma passagem bíblica declara explicitamente que a igreja passará pela 
grande tribulação. Israel sim, está identificado com a grande tribulação bem como 
as nações e os ímpios em todo o mundo; mas a verdadeira igreja não é mencionada 
em conexão coma tribulação. 
b) O livro do Apocalipse trata em geral dos derradeiros sete anos do século atual, a 
septuagésima semana revelada em Daniel 9.27. João registrou sua visão de Cristo 
glorificado , no capítulo 1, e a das sete igrejas nas capítulos 2 e 3, que representam a 
história da igreja universal, desde o pentecostes até o rapto. A parti do capítulo 6 
até o 19, a igreja nem sequer é mencionada diretamente ou indiretamente. No 
capítulo 19.8, vemos a igreja voltando à terra com Cristo para aqui reinar. 
Naturalmente, para poder voltar, seria necessário primeiro Ter subido com Cristo. 
c) A promessa à igreja em Filadélfia , a igreja verdadeira dos últimos dias da 
presente dispensação. O texto de Ap 3.10 diz: como guardaste a palavra da minha 
paciência , também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o 
mundo, para tentar os habitam na terra. 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 30 
d) A grande tribulação representa um período de juízo ou ira sobre um mundo 
ímpio, a igreja apóstata e Israel em rebeldia. Os juízos mais terríveis desse período 
são justamente os sete flagelos ( Ap 15.10 e 16.1,19). Em contraste com esse castigo 
temos a promessa de Jesus em João 5.24 : “Quem ouve a minha palavra... não entra 
em juízo.. “porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a 
salvação”... ( I Ts 5.9 ; Rm 5.3 ; I Ts 1.10 ). O ímpio está destinado a sofrer o flagelo 
de Deus, mas o crente dele escapará. 
e) A grande tribulação, embora afetando o mundo inteiro, tem a ver especialmente 
com Israel. ( Jr 30.4-9 ; Dn 12.1 ; Mt 24.15,21 ). 
f) O período da igreja é o período entre a 69ªª e a 70ªª semana (de anos) mencionada 
em Dn 9.25-27. A morte de Cristo (ou ungido ) deu-se depois da 69ª ª ( vers. 26 ). 
Neste ponto teve início a igreja ( At 15.14 – 17 ; Am 9.11,12 ) . A 70 ª semana (7 anos) 
é o período da grande tribulação de Jacó ( Dn 12.1 ; Jr 30.7 ; Ap 12.7-9 ). Sem dúvida, 
quando se iniciar essa semana, a igreja terá sido arrebatada para estar com o Senhor. 
g) O ensino de Jesus em Lucas 21.25-36, deixa bem claro que o destino de sua igreja é 
escapar do castigo que o mundo sofrerá. 
h) A trombeta de I Co 15.52 e a sétima trombeta de Apocalipse10.7 ; 11.15, não são 
identificadas. A de I Co tem haver com o arrebatamento da igreja, ao passo que a 
trombeta de Ap 10.7 e 11.15 tem haver com o juízo de Deus sobre a terra. 
i) O ensino típico do Antigo testamento apresenta José como tipo de Cristo. Ele 
casou-se com Asenate, uma gentia, durante o tempo de sua rejeição por parte de 
seus irmãos e antes dos sete anos de fome ( Gn41.45 ). Semelhantemente, Cristo 
receberá a sua “noiva”, que na sua maioria é também gentílica, durante o tempo de 
sua rejeição por parte de seus irmãos segundo a carne, isto é , Israel e acontecendo 
isto antes dos sete anos da grande tribulação. 
j) Enoque sempre foi considerado como tipo dos crentes, arrebatados antes da 
tribulação, pois a sua transladação deu-se antes do dilúvio ( Jd14-16 ; Gn 5.24 ) 
k) Assim como Deus livrou Noé e sua família no tempo do dilúvio, e Ló “da ”e não 
“na” destruição de Sodoma e Gomorra; Ele usará de misericórdia para com os 
verdadeiros santos no fim dos tempos, não permitindo que a noiva de Cristo 
receba o castigo destinado a um mundo ímpio. ( Jr 30.7 ; Ap 7.4-8 ; 14.1-5 . Quando 
a igreja for tirada do meio dos homens, como é previsto em II Ts 2.7-10, então é que 
o mundo entrará em estado de “putrefação” moral e espiritual, com o aparecimento 
do anti-Cristo. 
l) Elias foi tomado para Deus antes que os moços de Betel fossem devorados por 
duas feras, símbolos do anti-Cristo e o falso profeta. ( II Rs 2.11, 22,23 ) 
 
A Volta de Jesus 
 
 Quando Jerusalém estiver cercada de exércitos das nações confederadas a Besta e 
os Judeus estiverem sem mais qualquer esperança de salvação, a ponto se derem 
tragados pelo inimigo, então clamarão angustiados a Deus. 
Dessa oração, fala o profeta Isaías no capítulo 64, versículo 8 e 12 do seu livro. Será 
nessa situação crítica de Israel que o Senhor Jesus descerá em seu socorro, sobre o 
monte das oliveiras, em Jerusalém (Zc 14.4,5). Disso fala ainda o profeta Isaías:’’ Eis o 
grito os teus atalaias! Eles erguem a voz, juntamente vêem o retorno do Senhor a Sião’’ 
(Is52.8). 
ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 31 
Jesus disse em Mateus 24.30: ‘’ Então aparecerá no céu o sinal do filho do homem, todos 
os povos da terra se lamentarão e verão o filho do homem vindo sobre as nuvens do céu 
com poder e muita glória’’. (Ap 1.7). Isaás disse que nessa época: ‘’ Aterra cambaleará 
como, um bêbado, e balanceará como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre ela, 
ela cairá e jamais se levantará’’. 
 Temos uma visão formidável dos fatos registrados do vers. 11 ao 21 de Ap. 19. 
Acontecimentos que darão início a Segunda fase da volta de Cristo, como rei dos reis e 
senhor dos senhores (v.16). ele vem do céu como Messias vencedor (Sl 96.13). julgará as 
nações e aniquilará o mal (Jo 5.30). é isso o evento que os fiéis de todas as gerações 
aguardam. 
Esta e a famosa Epiphanéia de Cristo, isto é, a manifestação visível da sua pessoa, 
onde todos os homens de toda tribo, e língua. E povo, e nação, terão a mais pura visão 
de Jesus e seus exércitos, será uma visão tão profunda, que nunca se viu, nunca se 
ouve, penso que Paulo falava também a esse respeito em I Cor 2.9. 
Assim, como a primeira vinda do Senhor se estendeu sobre um período de 30 anos, 
assim a Segunda vinda incluem vários eventos. 
 Na primeira vinda ele nasceu numa manjedoura em Belém, na segunda vinda ele 
virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Na primeira vinda ele montou num 
jumentinho em Jerusalém, mas na segunda vinda ele virá sentado num cavalo branco 
revestido de glória e poder. 
 Na primeira vinda ele foi açoitado e esbofeteado, mas na

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