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22 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Unidade II 1. ESTATUTO DA METRÓPOLE Estatuto da Metrópole é a denominação oficial que o Congresso Nacional do Brasil deu à Lei 13.089, uma lei do ordenamento jurídico do Brasil que estabelece as diretrizes para as regiões metropolitanas e as aglomerações urbanas instituídas pelos Estados. A lei faz algumas alterações ao Estatuto das Cidades e estabelece diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas e em aglomerações urbanas instituídas pelos Estados, normas gerais sobre o plano de desenvolvimento urbano integrado e outros instrumentos de governança interfederativa, e critérios para o apoio da União a ações que envolvam governança interfederativa no campo do desenvolvimento urbano. O significativo aumento no número de Regiões Metropolitanas (RMs) no Brasil – desde a criação das primeiras nove regiões metropolitanas oficiais, na década de 1970, até os dias atuais, em que se fala na existência de mais de 70 RMs (RODRIGUES, 2015) – evidencia que vivemos, cada vez mais, em um país metropolitano, ainda que muitas dessas RMs tenham sido criadas pelos estados sem o uso de critérios precisos. Diante desse contexto, o Estatuto da Metrópole (EM) surge, em grande medida, em resposta às mudanças socioespaciais e às novas demandas – ainda não atendidas pela legislação federal vigente –, que emergem, sobretudo, a partir da Constituição Federal de 1988 e da intensificação dos processos de urbanização e de metropolização do território nacional. O Estatuto além de estabelecer diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução das denominadas “Funções Públicas de Interesse Comum – FPICs” em regiões metropolitanas e aglomerações urbanas – como transporte, saneamento básico e uso do solo (IPEA, 2014) –, nasce com o intuito de apresentar normas gerais sobre o plano de desenvolvimento urbano integrado, o que nos leva a refletir se é na própria noção de espaço urbano integrado que reside a natureza da escala metropolitana. A década de 1960 constituiu o período mais agudo da urbanização no Brasil, com o crescimento numérico da população maior que o da população total e a formação das grandes concentrações urbanas do País. Nessa perspectiva, o processo de urbanização ganha um novo patamar. Esse processo, caracterizado pela intensidade e pela precariedade, impôs novos desafios às capacidades de planejamento do Estado, colocando a urgência pela formulação de uma política urbana de caráter nacional que incluísse, em seu escopo, a nascente problemática metropolitana. Nesse contexto, já na Constituição Federal de 1967, o conceito de Região Metropolitana (RM) passa a ser objeto de uma definição legal. Nesse primeiro momento, a conceituação estava mais dedicada a normatizar a atuação do Estado do que necessariamente a compreender o fenômeno metropolitano. Prova disso é que o texto da lei define as RMs como áreas constituídas por municípios que, independentemente de sua vinculação 23 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO administrativa, formem a mesma comunidade socioeconômica. Tinha como fundamento, portanto, a funcionalidade integrada dos serviços públicos comuns. Territorialmente, o Estatuto subdivide as regiões em dois conjuntos distintos, o primeiro é a metrópole e o segundo é a aglomeração urbana: I – aglomeração urbana: unidade territorial urbana constituída pelo agrupamento de 2 (dois) ou mais municípios limítrofes, caracterizada por complementaridade funcional e integração das dinâmicas geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas; II – função pública de interesse comum: política pública ou ação nela inserida cuja realização por parte de um município, isoladamente, seja inviável ou cause impacto em municípios limítrofes; III – gestão plena: condição de região metropolitana ou de aglomeração urbana que possui: a) formalização e delimitação mediante lei complementar estadual; b) estrutura de governança interfederativa própria, nos termos do art. 8o desta Lei; c) plano de desenvolvimento urbano integrado aprovado mediante lei estadual. 2. METRÓPOLES E AGLOMERAÇÕES URBANAS A Constituição Federal de 1988 trouxe novos métodos de compreensão dos espaços urbanos ao atribuir aos Estados a competência para instituir aos estados e às regiões metropolitanas as aglomerações urbanas e microrregiões. A Constituição de 1967 dava essa atribuição à União, por lei complementar do Congresso Nacional. As leis complementares federais anteriores a 1988 que instituíram regiões metropolitanas, como a do Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo, foram todas recepcionadas pela nova ordem constitucional e permanecem vigentes até que lei complementar estadual disponha de modo diverso. Esses agrupamentos de municípios limítrofes tem o objetivo de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Definições A Lei nº 13.089/2015, conhecida como Estatuto da Metrópole, define aglomeração urbana como uma unidade territorial urbana constituída pelo agrupamento de 2 (dois) ou mais municípios limítrofes, caracterizada por complementaridade funcional e integração das dinâmicas geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas. Essa mesma lei define região metropolitana como uma aglomeração urbana que configura uma metrópole. Metrópole, para a lei, é um espaço urbano com continuidade territorial que, em razão de sua população e relevância política e socioeconômica, tem influência nacional ou sobre uma região que configure, no mínimo, a área de influência de uma capital regional, conforme critérios definidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 24 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II A doutrina, por sua vez, conceitua região metropolitana como um conjunto de municípios cujas sedes se unem em uma continuidade urbana em torno de um município polo, sendo sua essência o fenômeno denominado conurbação. Esse fenômeno consiste na existência de núcleos urbanos contíguos, contínuos ou não, subordinados a mais de um município e sob influência de um município polo. Já a aglomeração urbana, diferentemente da região metropolitana, não possui um polo de atração, ou seja, embora congregue vários municípios, nela não ocorre o fenômeno da conurbação. Finalmente, as microrregiões são regiões especiais, definidas para fins administrativos, formadas por grupos de municípios limítrofes que apresentam certa homogeneidade e problemas administrativos comuns. Nas microrregiões, as sedes dos municípios não são unidas por continuidade urbana, bem como não há conurbação. Finalidades e requisitos para formação O requisito formal para a criação de uma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião é a aprovação de lei complementar pela assembleia legislativa do estado onde se localizam. O requisito material consiste no agrupamento de municípios limítrofes. A finalidade precípua desses conglomerados é a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. O Estatuto da Metrópole define função pública de interesse comum como uma política pública ou ação nela inserida cuja realização por parte de um município, isoladamente, seja inviável ou cause impacto em municípios limítrofes. Natureza jurídica Quanto à natureza jurídica das regiões metropolitanas, aglomerados urbanos e microrregiões, doutrina majoritária (e.g, Michel Temer) considera que elas não têm personalidade jurídica, nem governo e administração próprios, já que não constituem entes federativos. Conforme esse entendimento, constituem apenas órgãos com funções meramente administrativase executórias. Outra parte da doutrina, no entanto, considera possível que esses órgãos tenham personalidade jurídica, mas não política. Seria o caso da criação de entidades regionais para a implementação de funções públicas de interesse comum. O STF já admitiu a criação de agências reguladoras com o intuito de estabelecer padrões técnicos para a prestação ou concessão do serviço público de interesse comum. Participação compulsória dos municípios A participação dos municípios na região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião é compulsória, bastando para isso a existência de lei complementar estadual. O STF já considerou inconstitucional a exigência de plebiscito como condição dessa participação. Também se compreende que esse efeito transitório não afeta a autonomia municipal, uma vez que o processo decisório, a 25 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO organização, o planejamento e a execução das funções públicas de interesse comum não são transferidos com exclusividade aos Estados-membros. Dessa forma, assegura-se a participação conjunta de estados e municípios, bem como resta preservada a autonomia desses últimos. O STF entende ainda que essa participação conjunta não é necessariamente paritária, desde que não se concentre o poder decisório no âmbito de apenas um dos entes federativos envolvidos. Nenhum pode ter predomínio absoluto sobre os demais. Estatuto da Metrópole (Lei nº 13.089/2015) Além das definições de região metropolitana e aglomeração urbana, o Estatuto da Metrópole estabelece as diretrizes gerais para o planejamento, a organização e a execução das funções públicas de interesse comum. Estabelece também as normas gerais sobre o plano de desenvolvimento urbano integrado, bem como os critérios do apoio por parte da União para ações relacionadas à governança interfederativa no desenvolvimento urbano. O Estatuto define governança interfederativa como o compartilhamento de responsabilidades e ações entre entes federativos. O seu art. 6º traz alguns princípios dessa governança, como a prevalência dos interesses comuns sobre interesses locais, a autonomia dos entes federativos, a observância das peculiaridades regionais e locais, a efetividade no uso de recursos públicos e o desenvolvimento sustentável. O Estatuto da Metrópole reconhece a constatação atual de que a autonomia municipal isolada, assim como a onipresença do Estado-membro nas questões intermunicipais, são insustentáveis. Ele confirma a necessidade de uma participação de todos os entes federativos envolvidos e a manutenção de um permanente diálogo quanto à organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum. A lei também confirmou a jurisprudência do STF quanto à preservação da autonomia federativa dos municípios. Além disso, traz a possibilidade de formação de uma região metropolitana ou aglomeração urbana envolvendo municípios limítrofes localizados em Estados diferentes, bastando a edição de lei complementar por cada um desses Estados. Lembrando que as disposições do Estatuto se aplicam também às microrregiões estabelecidas com base em interesses comuns predominantemente urbanos. Regiões Metropolitanas e Aglomerações Urbanas Hoje existem no Brasil 78 Regiões Metropolitanas: 26 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Notam-se a predominância de unidades desse tipo nas regiões Norte e Nordeste do país, sendo que as regiões Sudeste e Sul contêm as metrópoles mais conhecidas e que melhor contribuem financeiramente para o país (Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro). As Regiões Metropolitanas do estado de São Paulo são 9 e concentravam em 2014 33.777.534 habitantes. Posição RM/AU Cidade sede População 1 São Paulo São Paulo 20.284 .891 2 Campinas Campinas 3.094.181 3 Vale do Paraíba e Litoral Norte São José dos Campos 2.358.600 4 Sorocaba Sorocaba 1.805.473 5 Baixada Santista Santos 1.731.403 6 Ribeirão Preto Ribeirão Preto 1.662.645 7 Piracicaba Piracicaba 1.400.113 8 Jundiaí Jundiaí 787.792 9 Franca Franca 652.436 Fonte: Seade (2014). «Informações dos municípios paulistas» 27 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional Região Metropolitana de São Paulo Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional A Região Metropolitana de São Paulo concentra 39 municípios e é o maior polo de riqueza nacional. Criada em 1973, foi reorganizada em 2011 pela LC 1.139 que instituiu o Conselho de Desenvolvimento e agrupou seus municípios em sub-regiões: 28 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II • Norte: Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã. • Leste: Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. • Sudeste: Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. • Sudoeste: Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista. • Oeste: Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba. Em 2015, seu Produto Interno Bruto (PIB) correspondia a, aproximadamente, 17,63% do total brasileiro e mais da metade do PIB paulista (54,48%). Vivem nesse território quase 50% da população estadual, aproximadamente, 21,4 milhões de habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para 2017. A metrópole centraliza importantes complexos industriais (São Paulo, ABC, Guarulhos e Osasco), comerciais e, principalmente, financeiros (Bolsa de Valores), que dinamizam as atividades econômicas no país, com destaque também para as áreas de telecomunicações, cultura, educação, saúde, transportes e gastronomia. Polo de turismo de negócios da América Latina é, ainda, centro gerencial e administrativo, abrigando sedes de empresas multinacionais. Indicadores Regionais/Metropolitanos Municípios Área (km²)¹ População 2017¹ Densidade Demográfica 2017 (hab/km²)¹ TGCA 2010/2017 (%)² PIB 2015 (mil reais)¹ São Paulo 1.521,11 12.106.920 7.959,27 1,05 650.544.789 Arujá 96,17 86.430 898,75 2,07 4.874.536 Biritiba-Mirim 317,41 31.793 100,17 1,54 723.190 Ferraz de Vasconcelos 29,56 188.868 6.388,45 1,66 2.736.076 Guararema 270,82 28.978 107,00 1,65 1.549.436 Guarulhos 318,68 1.349.113 4.233,51 1,42 52.199.130 Itaquaquecetuba 82,62 360.657 4.365,14 1,64 6.476.632 Mogi das Cruzes 712,54 433.901 608,95 1,62 14.130.976 Poá 17,26 115.488 6.689,53 1,23 4.393.670 Salesópolis 425,00 16.903 39,77 1,12 193.193 Santa Isabel 363,33 56.014 154,17 1,50 1.514.766 Suzano 206,24 290.769 1.409,88 1,47 10.328.167 Total Sub-Região Leste 2.839,62 2.958.914 1.042,01 1,51 99.119.772 Caieiras 97,64 98.223 1.005,95 1,83 3.074.160 Cajamar 131,39 73.921 562,62 2,05 11.584.946 Francisco Morato 49,00 171.602 3.502,01 1,51 1.337.906 29 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Franco da Rocha 132,78 149.502 1.125,98 1,84 2.743.594 Mairiporã 320,70 95.601 298,10 2,40 1.514.466 Total Sub-Região Norte 731,50 588.849 804,99 1,86 20.255.072 Barueri 65,70 267.534 4.071,99 1,52 47.793.106 Carapicuíba 34,54 396.587 11.479,97 1,01 5.115.509 Itapevi 82,66 229.502 2.776,52 1,93 10.278.995 Jandira 17,45 121.492 6.962,69 1,65 3.291.026 Osasco 64,95 697.886 10.744,31 0,65 65.872.535 Pirapora do Bom Jesus 108,49 18.174 167,52 2,08371.896 Santana de Parnaíba 179,95 131.887 732,91 2,79 7.832.605 Total Sub-Região Oeste 553,75 1.863.062 3.364,47 1,23 140. 672555. Diadema 30,73 417.869 13.586,58 1,14 13.854.570 Mauá 61,91 462.005 7.462,65 1,47 12.429.673 Ribeirão Pires 99,08 121.848 1.229,86 1,07 2.813.436 Rio Grande da Serra 36,34 49.408 1.359,57 1,68 533.254 Santo André 175,78 715.231 4.068,85 0,80 26.240.885 São Bernardo do Campo 409,53 827.437 2.020,56 1,12 42.745.533 São Caetano do Sul 15,33 159.608 10.410,80 0,96 13.302.120 Total Sub-Região Sudeste 828,70 2.753.406 3.322,55 1,09 111.919.471 Cotia 323,99 237.750 733,81 2,42 10.639.278 Embu das Artes 70,40 267.054 3.793,49 1,52 9.403.920 Embu-Guaçu 155,64 68.270 438,64 1,21 1.001.844 Itapecerica da Serra 150,74 170.927 1.133,90 1,63 3.200.863 Juquitiba 522,17 31.027 59,42 1,10 441.964 São Lourenço da Serra 186,46 15.465 82,94 1,46 207.484 Taboão da Serra 20,39 279.634 13.715,62 1,93 7.709.489 Vargem Grande Paulista 42,49 50.346 1.184,92 2,28 1.948.504 Total Sub-Região Sudoeste 1.472,28 1.120.473 761,05 1,83 34.553.345 RMSP 7.946,96 21.391.624 2.691,80 1,20 1.056.948.121 Estado de São Paulo 248.222,00 45.094.866 181,67 1,28 1.939.890.056 • TGCA – Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional – Adaptado 30 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Região Metropolitana da Baixada Santista Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional Criada em 1996, a Região Metropolitana da Baixada Santista é integrada por nove municípios: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Monguaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. A região foi responsável por, aproximadamente, 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista em 2015 e concentra 4% da população estadual, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017. Caracteriza-se pela diversidade de funções de seus municípios. Além do parque industrial de Cubatão e do Complexo Portuário de Santos, desempenha funções de destaque em nível estadual, nos setores de Indústria e Turismo, e outras de abrangência regional, relativas aos comércios atacadista e varejista, ao atendimento à saúde, à educação, ao transporte e ao sistema financeiro. Indicadores Regionais/Metropolitanos Municípios Área (km²)¹ População 2017¹ Densidade Demográfica 2017 (hab/km²)¹ TGCA 2010/2017 (%)² PIB 2015 (mil reais)¹ Bertioga 490,15 59.297 120,98 3,17 1.515.129 Cubatão 142,88 128.748 901,10 1,17 15.680.010 Guarujá 143,58 315.563 2.197,87 1,18 8.197.088 Itanhaém 601,85 98.629 163,88 1,80 1.505.196 Mongaguá 141,87 54.257 382,46 2,29 864.737 Peruíbe 324,55 66.572 205,12 1,55 1.284.889 Praia Grande 147,07 310.024 2.108,07 2,43 6.374.523 31 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Santos 280,67 434.742 1.548,92 0,51 19.965.592 São Vicente 147,89 360.380 2.436,76 1,16 5.020.187 RMBS 2.420,50 1.828.212 755,31 1,35 60.407.350 Estado de São Paulo 248.222,00 45.094.866 181,67 1,28 1.939.890.056 TGCA – Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional – adaptado Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte foi criada em 2012 e é integrada por 39 municípios, divididos em cinco sub-regiões: • Sub-Região 1: Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e São José dos Campos. • Sub-Região 2: Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhangaba, Redenção da Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, Taubaté e Tremembé. • Sub-Região 3: Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lorena, Piquete, Potim e Roseira. • Sub-Região 4: Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras. • Sub-Região 5: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. Extensa, a região concentra 2,5 milhões de habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2017, e gerou 5,29% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista, em 2015. A RMVPLN está situada entre as duas Regiões Metropolitanas mais importantes do país: São Paulo e Rio de Janeiro. Destaca-se nacionalmente por intensa e diversificada atividade econômica. A produção industrial é altamente desenvolvida, predominando os setores automobilístico, aeronáutico, aeroespacial e bélico nos municípios localizados no eixo da Rodovia Presidente Dutra. Destacam-se também as atividades portuárias e petroleiras no Litoral Norte e o turismo na Serra da Mantiqueira, Litoral e cidades históricas. A região caracteriza-se, ainda, por abrigar importantes patrimônios ambientais de relevância nacional, como as Serras da Mantiqueira, da Bocaina e do Mar, e pelas fazendas de valor histórico e arquitetônico. 32 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional Indicadores Regionais/Metropolitanos Municípios Área (km²)¹ População 2017¹ Densidade Demográfica 2017 (hab/km²)¹ TGCA 2010/2017 (%)² PIB 2015 (mil reais)¹ Caçapava 368,99 92.587 250,92 1,27 3.547.469 Igaratá 292,95 9.443 32,23 0,96 164.329 Jacareí 464,27 229.851 495,08 1,22 10.665.066 Jambeiro 184,41 6.305 34,19 2,38 275.824 Monteiro Lobato 332,74 4.549 13,67 1,43 54.277 Paraibuna 809,58 18.206 22,49 0,66 254.493 Santa Branca 272,24 14.667 53,88 0,91 244.065 São José dos Campos 1.099,41 703.219 639,63 1,58 36.398.100 Total Sub-Região 1 3.824,59 1.078.827 282,08 1,45 51.603.623 Campos do Jordão 290,52 51.454 177,11 1,06 1.093.067 Lagoinha 255,47 4.943 19,35 0,30 54.379 Natividade da Serra 833,37 6.754 8,10 0,16 63.751 Pindamonhangaba 730,00 164.000 224,66 1,58 6.640.810 Redenção da Serra 309,44 3.908 12,63 0,13 51.258 33 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Santo Antônio do Pinhal 133,01 6.800 51,12 0,68 91.450 São Bento do Sapucaí 252,58 10.895 43,14 0,57 173.239 São Luiz do Paraitinga 617,32 10.740 17,40 0,46 142.300 Taubaté 625,00 307.953 492,72 1,44 14.703.592 Tremembé 191,09 45.904 240,22 1,63 659.009 Total Sub-Região 2 4.237,80 613.351 144,73 1,38 23.672.853 Aparecida 121,08 36.279 299,64 0,51 929.139 Cachoeira Paulista 287,99 32.773 113,80 1,23 530.143 Canas 53,26 4.975 93,41 1,82 153.282 Cunha 1.407,25 21.929 15,58 0,04 197.270 Guaratinguetá 752,64 120.417 159,99 1,03 4.764.612 Lorena 414,16 87.980 212,43 0,92 2.132.041 Piquete 176,00 13.976 79,41 -0,13 144.086 Potim 44,47 23.360 525,32 2,69 191.557 Roseira 130,65 10.512 80,46 1,31 233.517 Total Sub-Região 3 3.387,48 352.201 103,45 0,98 9.275.646 Arapeí 156,90 2.509 15,99 0,09 24.214 Areias 305,23 3.879 12,71 0,69 36.822 Bananal 616,43 10.867 17,63 0,88 184.707 Cruzeiro 305,70 81.724 267,33 0,85 2.101.941 Lavrinhas 167,07 7.150 42,80 1,17 105.844 Queluz 249,40 12.949 51,83 1,95 210.362 São José do Barreiro 570,69 4.181 7,33 0,36 44.699 Silveiras 414,78 6.228 15,02 1,04 60.099 Total Sub-Região 4 2.786,19 129.487 46,47 0,95 2.768.688 Caraguatatuba 485,097 116.786 240,75 2,12 2.720.211 Ilhabela 347,515 33.354 95,98 2,43 7.164.724 São Sebastião 399,679 85.538 214,02 2,10 3.691.904 Ubatuba 723,883 88.313 122,00 1,64 1.705.877 Total Sub-Região 5 1.956,174 323.991 165,62 2,01 15.282.716 RMVPLN 16.100,07 2.497.857 154,26 1,41 102.603.526 Estado de São Paulo 248.222,00 45.094.866 181,67 1,28 1.939.890.056 TGCA – Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional – adaptado Região Metropolitana de Sorocaba A Região Metropolitanade Sorocaba (RMS) foi institucionalizada em 8 de maio de 2014 pela Lei Complementar Estadual nº 1.241. É composta por 27 municípios, agrupados segundo três sub-regiões: 34 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II • Sub-Região 1: Alambari, Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Jumirim, Sarapuí, Tatuí, Tietê e Itapetininga, município que foi incorporado à região após a sua institucionalização. • Sub-Região 2: Alumínio, Araçariguama, Ibiúna, Itu, Mairinque, Porto Feliz, Salto e São Roque. • Sub-Região 3: Araçoiaba da Serra, Iperó, Piedade, Pilar do Sul, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, Sorocaba, Tapiraí e Votorantim. Seus mais de 2 milhões de habitantes representam 4,6% da população estadual, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2017. Em 2015, a região gerou, aproximadamente, 4,03% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista. Está situada estrategicamente entre duas importantes regiões metropolitanas do País − São Paulo e Curitiba −, além de manter limite territorial e processo de conurbação com a Região Metropolitana de Campinas, e com a Aglomeração Urbana de Jundiaí. Destaca-se, em âmbito nacional, por intensa e diversificada atividade econômica, caracterizada por produção industrial altamente desenvolvida, com predominância dos setores metal- mecânico, eletroeletrônico, têxtil e agronegócio (cana-de-açúcar). Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional 35 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Indicadores Regionais/Metropolitanos Municípios Área (km²)¹ População 2017¹ Densidade Demográfica 2017 (hab/km²)¹ TGCA 2010/2017 (%)² PIB 2015 (mil reais)¹ Alambari 159,60 5.754 36,05 2,37 84.529 Boituva 248,97 57.910 232,60 2,62 2.650.583 Capela do Alto 169,89 20.005 117,75 1,90 265.880 Cerquilho 127,80 46.733 365,66 2,39 1.595.235 Cesário Lange 190,39 17.587 92,37 1,78 347.963 Itapetininga 1.789,35 160.070 87,71 1,48 4.126.019 Jumirim 56,69 3.237 57,11 2,10 71.212 Sarapuí 352,53 10.034 28,46 1,52 137.227 Tatuí 523,75 118.939 227,09 1,48 3.609.592 Tietê 404,40 41.022 101,44 1,55 1.629.950 Total Sub-Região 1 4.023,36 481.291 119,62 1,75 14.518.191 Alumínio 83,66 18.324 219,03 1,21 1.809.665 Araçariguama 145,20 21.038 144,89 3,02 1.693.232 Ibiúna 1.058,08 77.566 73,31 1,23 1.500.167 Itu 640,72 170.157 265,57 1,42 7.347.449 Mairinque 210,15 46.567 221,59 1,07 1.656.325 Porto Feliz 556,69 52.507 94,32 1,02 1.564.988 Salto 133,06 116.191 873,24 1,39 5.598.539 São Roque 306,91 88.473 288,27 1,66 2.438.279 Total Sub-Região 2 3.134,47 590.823 188,49 1,41 23.608.645 Araçoiaba da Serra 255,33 32.495 127,27 2,52 577.420 Iperó 170,29 34.913 205,02 3,05 433.931 Piedade 746,87 55.092 73,76 0,79 1.135.248 Pilar do Sul 681,12 28.718 42,16 1,21 541.573 Salto de Pirapora 280,70 44.397 158,17 1,45 1.406.400 São Miguel Arcanjo 930,34 32.910 35,37 0,65 575.362 Sorocaba 450,38 659.871 1.465,14 1,70 30.566.793 Tapiraí 755,10 7.973 10,56 -0,07 147.404 Votorantim 183,52 119.898 653,33 1,40 4.670.573 Total Sub-Região 3 4.453,64 1.016.267 228,19 1,60 40.054.704 RMS 11.611,48 2.088.381 179,84 1,58 78.181.539 Estado de São Paulo 248.222,00 45.094.866 181,67 1,28 1.939.890.056 TGCA – Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional – adaptado 36 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Região Metropolitana de Campinas A Região Metropolitana de Campinas foi criada em 2000 e é integrada por 20 municípios: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. É a segunda maior região metropolitana do Estado de São Paulo em população, com mais de 3,1 milhões de habitantes, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2017, e gerou 8,92% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual em 2015. Nos últimos anos, a região vem ocupando e consolidando importante posição econômica nos níveis estadual e nacional. Contígua à Região Metropolitana de São Paulo, comporta um parque industrial moderno, diversificado e composto por segmentos setoriais complementares. Possui uma estrutura agrícola e agroindustrial bastante significativa e desempenha atividades terciárias de expressiva especialização. Destaca-se, ainda, pela presença de centros inovadores no campo das pesquisas científica e tecnológica, bem como do Aeroporto de Viracopos, localizado no município de Campinas, o segundo maior do país em transporte de carga. Em 2015, foi a maior porta de entrada de mercadorias importadas. Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional 37 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Indicadores Regionais/Metropolitanos Municípios Área (km²)¹ População 2017¹ Densidade Demográfica 2017 (hab/km²)¹ TGCA 2010/2017 (%)² PIB 2015 (mil reais)¹ Americana 133,91 233.868 1.746,43 1,51 10.101.729 Artur Nogueira 178,03 51.986 292,01 2,35 960.169 Campinas 794,57 1.182.429 1.488,14 1,30 56.400.146 Cosmópolis 154,67 69.086 446,68 2,32 1.283.381 Engenheiro Coelho 109,94 19.497 177,34 3,12 373.097 Holambra 65,58 14.012 213,67 3,12 799.618 Hortolândia 62,42 222.186 3.559,76 2,06 10.787.568 Indaiatuba 311,55 239.602 769,08 2,50 12.158.901 Itatiba 322,28 116.503 361,50 1,99 5.351.307 Jaguariúna 141,39 54.204 383,36 2,92 8.903.621 Monte Mor 240,57 57.240 237,94 2,26 2.964.709 Morungaba 146,75 13.232 90,17 1,69 394.927 Nova Odessa 73,79 58.227 789,11 1,84 2.752.344 Paulínia 138,78 102.499 738,59 3,21 27.060.732 Pedreira 108,82 46.598 428,22 1,65 1.074.872 Santa Bárbara d’Oeste 271,03 191.889 708,00 0,92 5.280.768 Santo Antônio de Posse 154,13 22.801 147,93 1,43 813.300 Sumaré 153,47 273.007 1.778,95 1,78 12.663.337 Valinhos 148,54 124.024 834,96 2,16 5.242.015 Vinhedo 81,60 75.129 920,65 2,41 7.635.818 RMC 3.791,79 3.168.019 835,49 1,73 173.002.359 Estado de São Paulo 248.222,00 45.094.866 181,67 1,28 1.939.890.056 TGCA – Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional – adaptado Região Metropolitana de Ribeirão Preto A Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP) foi institucionalizada em 2016 e reúne 34 municípios, divididos em quatro sub-regiões: • Sub-Região 1: Barrinha, Brodowski, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Luis Antônio, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Rita do Passa Quatro, São Simão, Serrana, Serra Azul e Sertãozinho. • Sub-Região 2: Guariba, Jaboticabal, Monte Alto, Pitangueiras, Taiúva e Taquaral. 38 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II • Sub-Região 3: Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Mococa, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa do Viterbo e Tambaú. • Sub-Região 4: Altinópolis, Batatais, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Sales Oliveira e Santo Antônio da Alegria. A região reúne, aproximadamente, 1,7 milhão de habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, e produziu 2,84% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista em 2015. É a primeira fora dos limites da chamada Macrometrópole Paulista e tem localização estratégica em relação às RMs de São Paulo e de Campinas, por meio da Rodovia Anhanguera e ao Porto de Santos, pela Imigrantes. O eixo viário na direção Norte garante acesso ao Distrito Federal e ao Triângulo Mineiro. Esse território é cortado também por umalinha ferroviária em concessão. A região possui uma economia robusta e diversificada, com empresas agrícolas, industriais, de alta tecnologia, comércio e serviços, além de ser destaque nos sistemas logísticos em transportes, comunicação e segurança. Abriga grandes empresas de alta capacidade para atender o mercado interno e externo de alimentos, além de sediar importante evento no setor do agronegócio, a Agrishow, em Ribeirão Preto. Polo na indústria sucroalcooleira pela sua posição estratégica em relação aos maiores centros consumidores de etanol. Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional 39 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Indicadores Regionais/Metropolitanos Municípios Área (km²)¹ População 2017¹ Densidade Demográfica 2017 (hab/km²)¹ TGCA 2010/2017 (%)² PIB 2015 (mil reais)¹ Barrinha 146,03 31.921 218,60 1,63 437.227 Brodowski 278,46 24.092 86,52 1,91 496.451 Cravinhos 311,42 34.651 111,27 1,28 958.293 Dumont 111,38 9.468 85,01 2,18 185.416 Guatapará 413,57 7.546 18,25 1,15 166.975 Jardinópolis 501,87 42.904 85,49 1,88 909.926 Luís Antônio 598,26 14.021 23,44 3,15 1.443.264 Pontal 356,37 47.638 133,68 2,44 861.307 Pradópolis 167,38 20.516 122,57 2,40 335.943 Ribeirão Preto 650,92 682.302 1.048,22 1,74 27.809.706 Santa Rita do Passa Quatro 754,14 27.590 36,58 0,59 595.778 São Simão 617,25 15.225 24,67 0,85 404.808 Serra Azul 283,14 13.810 48,77 2,96 125.928 Serrana 126,05 43.790 347,41 1,71 835.480 Sertãozinho 403,09 122.643 304,26 1,56 4.743.324 Total Sub-Região 1 5.719,31 1.138.117 199,00 1,74 40.309.826 Guariba 270,29 39.216 145,09 1,44 796.455 Jaboticabal 706,60 76.563 108,35 0,95 2.434.057 Monte Alto 346,95 49.979 144,05 0,99 1.615.405 Pitangueiras 430,64 38.889 90,31 1,39 888.461 Taiúva 132,46 5.603 42,30 0,40 86.452 Taquaral 53,89 2.823 52,38 0,50 28.367 Total Sub-Região 2 1.940,83 213.073 109,78 1,11 5.849.197 Cajuru 660,09 25.655 38,87 1,34 479.734 Cássia dos Coqueiros 191,68 2.591 13,52 -0,23 107.985 Mococa 854,84 68.994 80,71 0,57 1.802.064 Santa Cruz da Esperança 148,06 2.110 14,25 1,11 37.650 Santa Rosa de Viterbo 288,58 26.067 90,33 1,27 789.831 Tambaú 561,79 23.267 41,42 0,54 498.431 Total Sub-Região 3 2.705,35 148.684 54,96 0,81 3.715.694 Altinópolis 928,96 16.219 17,46 0,55 376.541 Batatais 849,53 61.480 72,37 1,22 1.513.698 Morro Agudo 1.388,13 32.220 23,21 1,46 1.062.318 Nuporanga 348,27 7.341 21,08 1,06 403.833 Orlândia 291,77 43.306 148,43 1,22 1.482.382 Sales Oliveira 305,78 11.641 38,07 1,39 285.576 Santo Antônio da Alegria 310,29 6.829 22,01 1,15 123.795 40 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Total Sub-Região 4 4.422,71 179.036 40,48 1,20 5.248.141 RMRP 14.788,20 1.662.645 112,43 1,61 55.122.858 Estado de São Paulo 248.222,00 45.094.866 181,67 1,28 1.939.890.056 TGCA – Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional – adaptado Aglomeração Urbana de Jundiaí A Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ) foi a primeira AU do Estado de São Paulo, institucionalizada em 24 de agosto de 2011 pela Lei Complementar Estadual nº 1.146. Formada pelos municípios de Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira e Várzea Paulista; a unidade regional abriga 790 mil habitantes (1,75% da população paulista), segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017 e gerou 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, em 2015. A AUJ é formada por um eixo de urbanização quase contínuo entre duas regiões metropolitanas, São Paulo e Campinas, e é servida por um complexo viário que permite o acesso aos principais aeroportos do estado e ao maior porto da América Latina, o Porto de Santos. Trata-se de uma região intensamente industrializada e de ampla acessibilidade com as regiões vizinhas. Destaca-se no cenário estadual pela sua importância na logística de distribuição e potencial industrial. O dinamismo dessa aglomeração pode ser observado a partir dos ritmos de crescimento urbano e econômico no período 2000–2010. A AUJ registrou no período entre os dois últimos Censos Demográficos a taxa de crescimento populacional de 1,88% ao ano, a maior entre as unidades regionais do estado, superior, inclusive, àquela verificada para a Macrometrópole (1,84%) e para o conjunto do estado, cuja taxa foi de 1,10%. Entre 2010 e 2017, embora apresentando pequena redução da taxa de crescimento em relação ao decênio 2000-2010, a AUJ manteve, ainda assim, incremento demográfico superior ao verificado no estado de São Paulo, atingindo 1,78% ao ano contra 1,28%. 41 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional Indicadores Regionais/Metropolitanos Municípios Área (km²)¹ População 2017¹ Densidade Demográfica 2017 (hab/km²)¹ TGCA 2010/2017 (%)² PIB 2015 (mil reais)¹ Cabreúva 260,23 47.877 183,98 2,03 3.900.475 Campo Limpo Paulista 79,40 82.520 1.039,26 1,55 1.645.831 Itupeva 200,82 57.031 284,00 3,49 4.585.692 Jarinu 207,55 28.540 137,51 2,60 1.784.410 Jundiaí 431,21 409.497 949,65 1,45 39.717.586 Louveira 55,13 45.922 832,93 3,08 11.895.643 Várzea Paulista 35,12 118.917 3.386,02 1,51 2.404.586 AUJundiaí 1.269,46 790.304 622,55 1,78 65.934.222 Estado de São Paulo 248.222,00 45.094.866 181,67 1,28 1.939.890.056 TGCA – Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional – adaptado 42 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Aglomeração urbana de Piracicaba A Aglomeração Urbana de Piracicaba (AUP) foi institucionalizada em 26 de junho de 2012 pela Lei Complementar Estadual nº 1.178. É integrada por 23 municípios: Águas de São Pedro, Analândia, Araras, Capivari, Charqueada, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Elias Fausto, Ipeúna, Iracemápolis, Laranjal Paulista, Leme, Limeira, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro. Juntos, esses municípios somam mais de 1,4 milhão de habitantes (3,25% da população paulista), segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017. A região participou com 3,18% no Produto Interno Bruto (PIB) estadual, em 2015. A AUP é importante polo regional de desenvolvimento industrial e agrícola. Está situada no noroeste de uma das regiões mais industrializadas e produtivas do estado de São Paulo, que inclui, no sentido Capital-Interior, a Região Metropolitana de São Paulo, a Aglomeração Urbana de Jundiaí e a Região Metropolitana de Campinas. Seu diversificado parque industrial concentra empresas nacionais e multinacionais, destacando-se os setores sucroalcooleiro e metal-mecânico, e as indústrias de alimentos, bens de capital, cerâmica, agroindústria e metalurgia. Ocupa posição privilegiada na malha rodoviária estadual, o que favorece o acesso de pessoas e mercadorias ao Porto de Santos e aos aeroportos de Viracopos, em Campinas, Congonhas, em São Paulo e de Cumbica, em Guarulhos. Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional 43 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Indicadores Regionais/Metropolitanos Municípios Área (km²)¹ População 2017¹ Densidade Demográfica 2017 (hab/km²)¹ TGCA 2010/2017 (%)² PIB 2015 (mil reais)¹ Águas de São Pedro 3,61 3.268 904,76 2,73 123.274 Analândia 325,95 4.845 14,86 1,74 128.672 Araras 644,83 131.282 203,59 1,43 4.640.379 Capivari 322,87 54.298 168,171,60 1.627.709 Charqueada 175,85 16.772 95,38 1,53 264.004 Conchal 182,79 27.554 150,74 1,27 577.486 Cordeirópolis 137,58 23.793 172,94 1,74 2.307.497 Corumbataí 278,62 4.054 14,55 0,65 157.051 Elias Fausto 202,3 17.393 85,95 1,40 556.016 Ipeúna 190,01 7.177 37,77 2,55 605.387 Iracemápolis 115,11 23.264 202,09 2,16 1.743.903 Laranjal Paulista 384,27 27.890 72,58 1,43 776.306 Leme 402,87 101.184 251,16 1,41 2.850.322 Limeira 580,71 300.911 518,18 1,24 11.246.500 Mombuca 133,70 3.470 25,95 0,87 61.458 Piracicaba 1378,07 397.322 288,32 1,24 21.644.884 Rafard 121,65 9.054 74,43 0,72 260.312 Rio Claro 498,42 202.952 407,19 1,23 8.531.051 Rio das Pedras 226,66 33.935 149,72 2,02 1.028.008 Saltinho 99,74 8.019 80,40 1,84 193.067 Santa Gertrudes 98,29 25.637 260,83 2,45 1.633.398 Santa Maria da Serra 252,62 6.021 23,83 1,53 133.591 São Pedro 611,28 34.898 57,09 1,40 606.448 AUPiracicaba 7.367,88 1.464.993 198,84 1,36 61.696.724 Estado de São Paulo 248.222,00 45.094.866 181,67 1,28 1.939.890.056 Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional Aglomeração urbana de Franca A Aglomeração Urbana de Franca (AUF) foi institucionalizada em 22 de maio de 2018 pela Lei Complementar Estadual nº 1.323. É composta por 19 municípios: Aramina, Buritizal, Cristais Paulista, Franca, Guaíra, Guará, Igarapava, Ipuã, Itirapuã, Ituverava, Jeriquara, Miguelópolis, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Rifaina, São Joaquim da Barra e São José da Bela Vista. Juntos, esses municípios somam mais de 650 mil habitantes (1,45% da população paulista), segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017. A região gerou 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, em 2015. 44 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II A AUF abriga a cidade-polo de Franca, considerada capital do calçado, que é a maior produtora de calçados do Brasil e da América Latina. Situada no extremo nordeste do Estado, na divisa com o estado de Minas Gerais, possui ligações viárias radiais com centralidade em Franca e ligação em eixo ao longo da Anhanguera. As boas condições das rodovias que servem a região facilitam o transporte de cargas. A economia da AUF está apoiada nas indústrias calçadista, de alimentos e de bebidas, além das agroindústrias de açúcar e álcool e de processamento de soja, que, na Aglomeração Urbana de Franca, estão concentradas no município de São Joaquim da Barra. O município de Franca está entre os maiores produtores de café do estado. Na área de pesquisa, a região conta com um Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção (IPT), situado no Distrito Industrial de Franca. O município de Franca é pioneiro no país em conversão de biogás em combustível, investimento gerenciado pela Sabesp. O biometano produzido pelo tratamento de esgoto nas instalações da Sabesp abastece 200 veículos da companhia. Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional 45 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO Indicadores Regionais/Metropolitanos Municípios Área (km²)¹ População 2017¹ Densidade Demográfica 2017 (hab/km²)¹ TGCA 2010/2017 (%)² PIB 2015 (mil reais)¹ Aramina 202,83 5.552 27,37 1,07 112.473 Buritizal 266,42 4.408 16,55 1,21 294.790 Cristais Paulista 385,23 8.424 21,87 1,50 141.596 Franca 605,68 347.237 573,30 1,24 8.443.012 Guaíra 1.258,47 40.287 32,01 1,07 1.712.525 Guará 362,18 21.081 58,21 0,86 443.861 Igarapava 468,30 30.073 64,22 1,05 1.029.146 Ipuã 466,46 15.932 34,16 1,71 297.188 Itirapuã 161,12 6.405 39,75 1,15 67.327 Ituverava 704,66 41.414 58,77 0,97 1.151.219 Jeriquara 141,97 3.202 22,55 0,19 70.755 Miguelópolis 820,80 21.973 26,77 1,03 715.500 Patrocínio Paulista 602,85 14.351 23,81 1,42 729.993 Pedregulho 712,60 16.645 23,36 0,84 685.020 Restinga 245,75 7.384 30,05 1,65 151.225 Ribeirão Corrente 148,33 4.644 31,31 1,20 73.357 Rifaina 162,51 3.618 22,26 0,74 91.831 São Joaquim Da Barra 410,86 50.921 123,94 1,30 1.396.143 São José Da Bela Vista 276,95 8.885 32,08 0,79 115.130 AUFranca 8.403,97 652.436 77,63 1,18 17.722.091 Estado de São Paulo 248.222,00 45.094.866 181,67 1,28 1.939.890.056 TGCA – Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Fonte: www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional – adaptado 3. ASPECTOS TÉCNICOS DO PLANEJAMENTO REGIONAL A inovação assumiu nesse início de século um papel central no processo de competitividade entre países e regiões em todo o mundo. No Brasil, esse cenário de globalização forçou a descentralização das estratégias de desenvolvimento dos governos centrais para regionais e municipais. O planejamento do desenvolvimento, que, no caso brasileiro em geral, até a década de 1990, centrava-se no modelo centralizado dos planos nacionais de desenvolvimento, torna-se ineficiente e cai em desuso, passando a ser, a partir da Constituição de 1988, gradativamente assumido por estados e municípios com maior densidade econômica e organizacional. Atualmente, o planejamento do desenvolvimento regional não pode estar desarticulado da política de ciência e tecnologia, pois sua efetividade depende da promoção conjunta de mecanismos de governança, inovação e competitividade de cadeias produtivas estratégicas para o desenvolvimento de 46 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II territórios microrregionais com potencialidade para irradiar desenvolvimento endógeno nas regiões em que se situam. O planejamento regional moderno, portanto, é situacional, isto é, ele deve estar focado na situação socioeconômica e político-institucional do território onde se pretenda interferir para melhorar as condições de vida dos atores sociais inseridos na problemática a ser planejada. O planejamento regional moderno tem em Carlos Matus seu grande mentor intelectual e maior entusiasta. Ministro de Planejamento do Presidente Allende, no Chile, Matus, a partir da queda desse governo, passou a se dedicar à compreensão do porquê a pobreza e as condições de vida nos países da América Latina não haviam melhorado após governos ditos progressistas, embasados nas teorias da CEPAL, da qual também foi filiado. Formulou, por conseguinte, a teoria do planejamento público moderno, que a partir da análise situacional e do uso de ciências e técnicas de governo possibilita aos dirigentes políticos, estejam eles em posições de governo, partidos, sindicatos, organizações (públicas ou privadas) etc., ampliarem sua capacidade de governo utilizando por instrumento de trabalho todo um conjunto de conhecimentos consolidados na teoria por ele desenvolvida. Uma das principais tendências de desenvolvimento de planejamento regional é o desenvolvimento de cenários de futuro. Com esses se avaliam as diversas possibilidades de ação como também suas consequências. • Conhecimentos concretos das tendências que estão atualmente moldando o futuro. • Introdução concreta ao método passo-a-passo para criar cenários. • Exercitar as novas formas de interpretação das possíveis realidades. • Reconhecer habilidades estratégicas avançadas em todos os métodos de ação. Essa condição se adapta aos condicionantes do planejamento urbano e regional quando aplica o método de organização do pensamento aos condicionantes físicos de ocupação do território: uso do solo, transporte, habitação, geração de emprego, equipamentos públicos etc. 4. GEOPROCESSAMENTO O grande instrumento viabilizador da nova proposta de planejamento é o desenvolvimento das técnicas de geração e análise de informação espacial, ou seja, as técnicas de geoprocessamento. Essas técnicas permitem superar a visão parcial que o homem tem do mundo, pela capacidade de conhecer e acompanhar o movimento da natureza e da sociedade, e integrar as mais diversasfontes de informação, fornecendo as bases científicas para um novo plano de desenvolvimento urbano. O sensoriamento remoto e a aerofotogrametria, por meio da geração de imagens da superfície terrestre, propiciam uma grande fonte de informações imprescindíveis ao conhecimento e à evolução da realidade urbana. As técnicas de sensoriamento remoto permitem, por meio de uma série de funções, que essas imagens sejam processadas, analisadas e interpretadas, gerando mapeamentos e quantificações. 47 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL - ARQUITETURA E URBANISMO A função dos sistemas de informação geográfica (SIG) consiste em integrar as informações obtidas por sensoriamento remoto com outros dados espacialmente distribuídos (modelo numérico do terreno e declividade, entre outros). Os SIG permitem, dessa forma, criar um modelo do mundo real ao integrarem dados de natureza diversa, voltados para uma aplicação em particular. Barredo (1996) sugere que, atualmente, a alta diversificação da informação espacial e o grande volume de dados espaciais gerados pelo sensoriamento remoto tornem os SIG uma potente ferramenta de gestão desses dados. Praticamente todas as áreas de atuação municipal podem encontrar no geoprocessamento um importante aliado nas etapas de levantamento de dados, diagnóstico do problema, tomada de decisão, planejamento, projeto, execução de ações e medição dos resultados. De um modo geral, o fato de conhecermos onde os problemas ocorrem e poder visualizá-los espacialmente facilita sobremaneira seu entendimento e nos mostra as possíveis soluções, senão a única. O célebre exemplo do Dr. Snow, que em 1854 controlou uma epidemia de cólera em Londres mapeando os óbitos, descobrindo sua concentração em torno de um poço e mandando lacrar esse poço, representa o espírito do geoprocessamento e ilustra seu principal objetivo, auxiliar na tomada de decisões. O estágio atual das geotecnologias permite fazer uma análise espacial que combine o mapeamento dos problemas urbanos com informações físicas, demográficas, geográficas, topográficas ou de infraestrutura. Essa análise levará, sem dúvida, a adotar uma solução mais racional que a sugerida pela análise de informações alfanuméricas e em menor tempo. Na verdade, os limites da aplicação do geoprocessamento na administração de uma cidade estão na imaginação do gestor e não na própria tecnologia. Nesse sentido, um levantamento feito nos diferentes órgãos da Prefeitura Municipal de Aracaju, que não deve diferir em muito de outras prefeituras brasileiras, apontou as seguintes tarefas próprias da gestão municipal que poderiam ser otimizadas ou pelo menos racionalizadas com o uso das geotecnologias. • Planejamento urbano e meio ambiente, mapeamento do uso atual do solo, mapeamento do zoneamento e uso do solo de acordo com a legislação vigente, cadastro de equipamentos públicos e do mobiliário urbano, cadastro de bens próprios, estudos demográficos com dados censitários no nível de bairro ou setoriais e elaboração do mapa ambiental da cidade. • Controle urbano, licenciamento de obras, fiscalização de obras e controle ambiental. • Finanças, manutenção do cadastro imobiliário, manutenção do cadastro mobiliário ou comercial, manutenção do cadastro de logradouros, geração e atualização da planta genérica de valores e espacialização da inadimplência e da dívida ativa. • Saúde, abrangência da rede física existente (centros e postos), estudos de localização de novas unidades de saúde, vigilância sanitária, controle epidemiológico, manutenção do cadastro de óbitos e nascimentos, monitoramento do programa “Saúde na Família” e monitoramento do cartão SUS. 48 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II • Educação, abrangência da rede física existente (escolas municipais e conveniadas), estudos de localização de novas escolas, cadastro e matrícula escolar especializados. • Transporte e trânsito, planejamento e controle do trânsito, ampliação do sistema viário, planejamento e fiscalização do transporte coletivo, sinalização vertical e horizontal e pontos críticos (congestionamentos, acidentes e multas). • Infraestrutura e obras públicas, mapeamento e atualização da rede de drenagem pluvial, mapeamento e atualização das redes de serviços de terceiros (energia, esgoto, gás e telefonia), mapeamento da iluminação pública, mapeamento da pavimentação de logradouros, planejamento e acompanhamento de obras executadas pela prefeitura, planejamento e acompanhamento de obras contratadas pela prefeitura. • Habitação, mapeamento de assentamentos subnormais, programas de desfavelamento e regularização fundiária. • Serviços urbanos, coleta de lixo, serviço de varrição, arborização e paisagismo, serviços de poda de árvores, criação e manutenção de cadastro florestal, manutenção do cadastro de praças, programação e fiscalização de feiras livres, cadastro de bancas, quiosques e trailers, fiscalização da publicidade em áreas públicas (placas e outdoors). • Esporte e lazer, cadastro de parques, ginásios e áreas de esportes e estudos demográficos para localização de novas áreas de lazer. • Assistência social, abrangência de creches e abrigos, mapeamento da mendicância e das crianças de rua, mapeamento das áreas de risco e manutenção de cadastros socioeconômicos. • Outras aplicações (para o cidadão), turismo autoguiado, roteirização com melhores percursos (a pé, em ônibus e em outro veículo), localizador de endereços e pontos notáveis, consultas especializadas (processos, alvarás, impostos, dívida, obras), disponibilização de outras informações municipais e geração de mapas temáticos. Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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