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A AVALIAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O PROCESSO DE ENSINO E 
APRENDIZAGEM 
Mariluce Meurer1 
Renata de Souza Franca Bastos de Almeida2 
 
RESUMO 
Este artigo é o resultado final do Programa de Desenvolvimento Educacional – 
PDE e aborda a temática avaliação no contexto escolar tendo como principal 
objetivo conscientizar os educadores sobre a importância da avaliação como uma 
prática contínua, processual e complementar ao processo de ensino 
aprendizagem tendo como finalidade auxiliar na reflexão sobre a prática 
pedagógica, não se resumindo apenas ao ato de medir e atribuir nota ao aluno. O 
presente artigo apresenta a importância de repensar constantemente as práticas 
avaliativas para diagnosticar possíveis dificuldades, tanto dos alunos como do 
próprio professor enquanto mediador do conhecimento. O artigo aborda os 
seguintes itens: breve histórico sobre avaliação; modalidades de avaliação e suas 
respectivas funções; o papel da avaliação nos processos de ensino e 
aprendizagem, o relato da implementação do projeto de pesquisa que foi 
realizado no Colégio Estadual Nereu Ramos – EFM, no município de Manoel 
Ribas – Pr e, um breve relato do Grupo de Trabalho em Rede – GTR, aplicado a 
professores da Rede Estadual de Ensino através da modalidade de Ensino de 
Educação à Distância. 
Palavras chave: ensino; aprendizagem; prática docente; avaliação. 
Abstract:This article is the final result of the Educational Development Program 
(PDE) and addresses the theme of evaluation in the school context. Its main 
objective is to educate educators about the importance of evaluation as a 
continuous, procedural and complementary practice to the process of teaching 
learning, with the purpose of helping In the reflection on the pedagogical practice, 
not being limited to the act of measuring and assigning a note to the student. This 
article presents the importance of constantly rethinking the evaluation practices to 
diagnose possible difficulties, both of the students and of the teacher himself as 
mediator of knowledge. The article addresses the following items: brief evaluation 
history; Evaluation modalities and their respective functions; The role of evaluation 
in the teaching and learning processes, the report of the implementation of the 
research project that was carried out at the Nereu Ramos State College - EFM, in 
the municipality of Manoel Ribas - Pr, and a brief report of the Grup. , Applied to 
teachers of the State Education Network through the Distance Education Teaching 
modality. 
Keywords: teaching; learning; Teaching practice; evaluation. 
 
1
 Autora: Professora Pedagoga, Especialista em Educação, integrante do Programa PDE/2016 – 
SEED- PR. 
2
Co-autora: Professora Especialista do Departamento de Pedagogia da Universidade Estadual de 
Londrina - UEL. 
 
Introdução 
Refletir sobre a prática da avaliação nas escolas continua sendo de suma 
importância para melhorar a qualidade da educação. A avaliação ainda é vista por 
muitos docentes como uma forma eficiente de controlar comportamentos e 
atitudes dos alunos, pois segundo Luckesi (2005) na Pedagogia Comeniana o 
medo é uma ferramenta para manter a atenção dos alunos. Apesar de ser um 
assunto bastante polêmico a avaliação da aprendizagem não tem acontecido de 
maneira coerente, ou seja, não se leva em conta o que o professor ensinou e nem 
o que o aluno aprendeu. A avaliação da aprendizagem escolar é muito mais do 
que atribuir notas ou conceitos, ela deve contribuir para a análise reflexiva da 
própria prática do professor, pois através da avaliação percebe-se os estágios de 
aprendizagem dos alunos, seus avanços, suas potencialidades e limitações. 
A avaliação deve ser um momento de reflexão sobre a prática de ensino, 
um momento de análise do processo educativo, no qual o professor possa 
analisar de que forma está se processando a aprendizagem do aluno, com 
qualidade ou com dificuldade, e a partir daí dar um novo enfoque ou mesmo 
subsidiar o trabalho do professor. 
Pode-se observar que a avaliação acaba tornando-se muito mais o 
cumprimento burocrático do sistema de atribuir uma nota ou conceito no final de 
cada bimestre, trimestre ou semestre para que os pais possam acompanhar a 
vida escolar de seus filhos através de um boletim e, para o professor no final do 
ano letivo, aprovar ou reprovar o aluno. Em muitos casos essa nota não condiz 
com o que de fato foi aprendido. A ideia de ―tirar nota para passar de ano‖ está 
tão enraizada em nossa cultura que muitas vezes, tanto alunos quanto 
professores, esquecem o objetivo principal da escola que é o de possibilitar a 
aquisição de conhecimentos e que estes, uma vez adquiridos, possam 
transformar a vida dos alunos e consequentemente a sociedade em que estão 
inseridos. 
Por esses motivos faz-se necessário uma constante reflexão sobre a 
prática avaliativa, para que aos poucos seja desmistificada a lógica de que 
avaliação serve apenas para ―medir conhecimentos‖ e que passe a ser vista 
como uma ferramenta que auxilie na melhoria da prática docente atingindo uma 
educação de qualidade. 
Breve histórico sobre a Avaliação 
Atualmente muito se fala em mudanças quanto aos métodos avaliativos, 
mas ainda se vê o prevalecimento da avaliação quantitativa sobre a qualitativa, ou 
seja, a nota que o aluno tira em determinada avaliação ainda é mais importante 
do que a qualidade do conteúdo que o aluno aprendeu. Para melhor 
compreensão sobre a evolução da avaliação educacional é necessário recorrer a 
um breve relato histórico. 
 Segundo Gasparin, (1994,) no decorrer do século XVI, surge a Escola 
Moderna, cuja característica é o ensino simultâneo, ou seja, o professor ensina 
vários alunos ao mesmo tempo. As pedagogias produzidas pelos católicos 
(Companhia de Jesus) e pelos Protestantes (Jhon Amós Comenius) deram forma 
aos atuais exames escolares que hoje são praticados em nossas escolas sem 
que haja consciência se esta é a melhor maneira de trabalhar com nossos alunos. 
Essa herança histórica se perpetua com o nome de avaliação. 
Conforme Luckesi (2009, p. 01) Nas primeiras décadas do século XX, a 
maioria das atividades que eram apontadas como forma de avaliação 
educacional, estava ligada à aplicação de testes. A educação do século XXI é 
herdeira da educação do século XVII, isso pode ser percebido em documentos, 
como o Ratio Studiorum. 
O termo ―Avaliação da Aprendizagem‖ é atribuído originalmente a Ralph 
Tyler (1930), educador norte-americano. Já se afirmava então que ―o processo de 
avaliação servia para determinar em que medidas os objetivos educacionais 
estavam sendo alcançados, porém a prática continuou a ser baseada em provas 
e exames‖ (LUCKESI, 2001, p. 170). No início de 1960, nos Estados Unidos, 
surgiram inúmeros modelos de avaliação. No Brasil, apenas a partir de 1970, com 
a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases, Lei 5692/71, houve grande avanço 
em relação ao tema, especialmente por meio de pesquisas que buscavam melhor 
qualidade de ensino e processos avaliativos mais justos e coerentes com os 
objetivos. 
De 1930 a 1950 a educação sofre grande influência do desenvolvimento 
econômico e deveria preparar mão de obra qualificada para trabalhar nas 
indústrias e aumentar a produtividade. 
No período de 1950 a 1970 a concepção de avaliação tecnicista passa a 
ser criticada pelos estudiosos por gerar um ambiente de competição e 
classificação entre os alunos, pois os mesmos eram conhecidos apenas pela nota 
que atingiam, dessa forma, segundo Luckesi (2005, p. 24) ―a relação professor- 
aluno passa a ser uma relação entre coisas: as notas. É a nota que domina tudo; 
é em função dela que se vive na prática escolar.‖ 
Os estudiosos passam a refletir sobre um modelo de avaliação que dê 
ênfase às capacidades do aluno e que seja significativa para sua aprendizagem. 
A Lei 5.692 de 11 de agosto de 1971salienta: 
 
A verificação do rendimento escolar ficará, na forma a regimental, 
a cargo dos estabelecimentos, compreendendo a avaliação do 
aproveitamento e a apuração de assiduidade. 
§ 1° Na avaliação do aproveitamento, a ser expressa em notas ou 
menções, preponderarão os aspectos qualitativos sobre os 
quantitativos e os resultados obtidos durante o período letivo 
sobre os da prova final, caso esta seja exigida. 
§ 2° O aluno de aproveitamento insuficiente poderá obter 
aprovação mediante estudos de recuperação, proporcionados 
obrigatoriamente pelo estabelecimento. 
 §3° Ter-se-á como aprovado quanto à assiduidade: 
a) o aluno de frequência igual ou superior a 75% na respectiva 
disciplina, área de estudo ou atividade; 
b) o aluno de frequência inferior a 75%, que tenha obtido 
aproveitamento superior a 80% da escala de notas ou menções 
adotadas pelo estabelecimento; 
c) o aluno que não se encontre na hipótese de alínea anterior, 
mas com frequência igual ou superior ao mínimo estabelecido em 
cada sistema de ensino pelo respectivo Conselho de Educação, e 
que demonstre melhoria de aproveitamento após estudos a título 
de recuperação. 
§ 4° Verificadas as necessárias condições, os sistemas de ensino 
poderão admitir a adoção de critérios, que permitam avanços 
progressivos dos alunos pela conjugação dos elementos de idade 
e aproveitamento. (BRASIL, 1971). 
 
 
De acordo com o citado na Lei 5.692/71, percebe-se que o conhecimento 
continua a ser mensurado por meio de notas com o objetivo de classificar os 
estudantes de acordo com o que era estabelecido pelo sistema de ensino e pelo 
governo. 
Em 1980, aconteceu a I Conferência Brasileira de Educação com o 
objetivo de construir um Sistema Nacional de Educação, cabendo a esse sistema 
―[...]assumir o papel de articulador, normatizador e coordenador dos sistemas de 
ensino (federal, estadual e municipal), garantindo diretrizes educacionais comuns 
e mantendo as especificidades de cada um‖. (Conferência Nacional da Educação 
Básica, 1980, p. 4) 
 
Na década de 1980 já se pensava o potencial da avaliação para 
além de um instrumento seletivo capaz de ‗medir a aquisição de 
conteúdo‘ para reprovar ou permitir a continuidade dos estudos; 
ou seja, despontava seu potencial de contribuição para uma 
reflexão permanente sobre a realidade e para o 
acompanhamento, passo a passo, da trajetória do educando na 
construção do conhecimento. (HOFFMANN, 1993 p. 35). 
 
 
A aprendizagem passa a ser vista como uma construção social e histórica e o 
conhecimento passa a ser percebido de forma global, considerando os aspectos 
culturais, sociais, econômicos e históricos em que ocorre a aprendizagem. 
Conforme Luckesi (2014), um novo olhar sobre o sistema de avaliação iniciou-se 
pelo Ensino Superior. 
 
Em 1982, a Andes - Associação Nacional dos Docentes do Ensino 
Superior propôs a avaliação institucional, como um recurso 
subsidiário da melhoria do desempenho de cada instituição. Em 
1983, o MEC institui o PARU – Programa de Avaliação da 
Reforma Universitária. Em 1993, foi criado o PAIUB – Programa 
de Avaliação Institucional da Universidade Brasileira. Em 1996, foi 
implantado o Exame Nacional de Curso, popularmente 
denominado ―Provão‖, que, em 2004, transformou-se no SINAES 
– Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior. Em termos 
de datas iniciais, seguimos pelo Ensino Básico. O Sistema de 
Avaliação do Ensino Básico — SAEB — foi criado em 1988, com 
sua primeira aplicação em 1990, que, do ponto de vista da 
avaliação da educação no país, sofreu os aperfeiçoamentos com 
a Prova Brasil (2005) e com o IDEB — Índice de Desenvolvimento 
da Educação Básica (2007). Por último, chegamos ao Ensino 
Médio. Em 1998, foi implantado o ENEM – Exame Nacional do 
Ensino Médio; cuja expressão atual decorre do denominado ―novo 
Enem‖ (2009). (LUCKESI, 2014) 
 
Através desse resgate histórico pode-se perceber que os alunos deixaram 
de ser vistos como os únicos responsáveis pelo sucesso ou fracasso escolar, pois 
o sistema de ensino também pode fracassar. A avaliação da aprendizagem nos 
permite acompanhar os alunos individualmente em suas aprendizagens, 
carências e necessidades em seu percurso de formação, pois com os dados 
obtidos através das avaliações, pode-se pensar em diferentes formas para se 
chegar a resultados satisfatórios em relação à aprendizagem. 
 
Modalidades de avaliação e suas respectivas funções 
 
Embora haja muitas discussões sobre diferentes modalidades de 
avaliação, é a partir de 1990 que basicamente a avaliação passa a apresentar 
três funções: diagnosticar, controlar e classificar. De acordo com Haydt, (1994, p. 
16), ―relacionadas a essas três funções, existem três modalidades de avaliação: 
diagnóstica, formativa e somativa‖. 
A avaliação diagnóstica identifica dificuldades e avanços no processo de 
aquisição de conhecimento e pode ser usada para classificar ou subsidiar a 
aprendizagem. Para Penna Firme (1994, p. 6) ―[...] as avaliações diagnósticas são 
conduzidas com o propósito de identificar as fraquezas e as potencialidades dos 
estudantes, com o intuito de informar futuras estratégias ao professor e ao aluno‖. 
Através do diagnóstico se chega à avaliação formativa, que tem como 
objetivo a promoção de sujeitos. 
 
Dessa forma, o ato de avaliar não serve como pausa para pensar 
a prática e retornar a ela. Mas sim como meio de julgar a prática e 
torna-la estratificada. De fato o momento de avaliação deveria ser 
um ―momento de fôlego‖ na escalada, para, em seguida, ocorrer a 
retomada da marcha de forma mais adequada, e nunca como um 
ponto definitivo de chegada, especialmente quando o objeto da 
ação avaliativa é dinâmico como, no caso, a aprendizagem. Com 
a função classificatória, a avaliação não auxilia em nada o avanço 
e o crescimento. Somente com a função diagnóstica ela pode 
servir para essa finalidade. (LUCKESI, 2005, p. 34-35). 
 
A avaliação formativa pressupõe desenvolver competências, ou seja, é 
um processo que ocorre de forma contínua, participativa, diagnóstica e 
investigativa. Através da avaliação formativa é possível verificar os avanços e 
dificuldades do aluno e dessa forma intervir agindo e redefinindo os rumos que 
devem ser percorridos fazendo considerações relevantes para reconstrução e 
aprimoramento do saber. A avaliação formativa é também emancipatória, pois 
oferece aos alunos a oportunidade de refletirem sobre seus avanços, levando em 
consideração as avaliações realizadas em diferentes momentos e de diferentes 
maneiras. 
 
Uma avaliação formativa ajuda o aluno a compreender e a se 
desenvolver. Colabora para a regulação de suas aprendizagens, 
para o desenvolvimento de suas competências e o aprimoramento 
de suas habilidades em favor de um projeto. Um professor 
comprometido com a aprendizagem de seus alunos utiliza os 
erros, inevitáveis, sobretudo no começo, como uma oportunidade 
de observação e intervenção. Com base neles, propõe situações-
problema cujo enfrentamento requer uma nova e melhor 
aprendizagem, possível e querida para quem a realiza.(MACEDO, 
2007, p. 118). 
 
 
Na avaliação somativa é possível proporcionar aos estudantes os 
chamados feedback, através deste, os alunos podem perceber o nível de 
aprendizagem alcançado e tentar atingir um nível maior de conhecimento, esse 
modalidade de avaliação também compara os resultados obtidos, visando a 
atribuição de nota. 
Para Haydt, (1997, p. 18) 
 
A avaliação somativa com função classificatória realiza-se ao final 
do curso, período letivo ou unidade de ensino, e consiste em 
classificar os alunos de acordo com os níveis de aproveitamento 
previamente estabelecidos, geralmente tendo em vista sua 
promoção de uma série para outra, ou de um grau para outro. 
 
Ao avaliar o educador tem em suas mãos a possibilidade de pensar em 
decisões e intervir de acordo com as reais necessidades do educando na busca 
da aprendizagem e do conhecimento. Atravésdos dados coletados o professor 
pode rever e replanejar sua metodologia com o intuito de melhorar o processo de 
ensino e aprendizagem, ou seja, o professor é responsável pelo processo 
avaliativo mediador e pela produção de conhecimento por parte do aluno. O 
acompanhamento que o professor deve fazer com seu aluno, vai além de apontar 
erros e acertos, deve ser um acompanhar no sentido de pesquisar e refletir sobre 
as soluções apresentadas pelos alunos, nesse sentido, o diálogo é muito 
importante. 
 
O diálogo possibilita o entendimento e a ―negociação‖, e então, 
nessa perspectiva, verificamos que não há erro, mas sim outro 
conhecimento, diferente do que estaríamos esperando em 
resposta à nossa pergunta. (LUCKESI, 2011, p. 204). 
 
Segundo Luckesi (2011), o diálogo é uma importante ferramenta na 
construção da aprendizagem, pois através das respostas dadas pelos alunos 
podem-se criar novos argumentos que levam a novas discussões que por 
consequência enriquecem a prática educativa na elaboração de novos 
conhecimentos. 
O grande desafio na prática da avaliação é desenvolver um processo 
mediador que atinja as expectativas dos alunos, aproximando-o intelectualmente 
do professor. Devido a isso a avaliação deve existir enquanto aproximação de 
ideias articuladas e veiculadas nessa sequência de aprendizagem, ou seja, a 
avaliação deve ser o momento de investigação do professor e, o ponto de 
interrogação e de reflexão que leva à ação. 
Quando o professor realmente avalia o aluno, está acolhendo-o e 
incluindo-o, subsidiando seus estudos e orientando sua aprendizagem. Nessa 
perspectiva a avaliação cumpre seu papel de possibilitar a construção ou o 
aperfeiçoamento do saber, ou seja, conforme Hadji, (2001, p. 15) ―(...) tem o 
objetivo legítimo de contribuir para o êxito do ensino, isto é, para construção de 
saberes e competências pelos alunos‖. 
No ato de avaliar, professor e aluno devem aprender; o professor no 
sentido de perceber quais os limites e o conhecimento que o aluno já possui e, o 
estudante no sentido de verificar quais são suas dificuldades em relação ao 
conteúdo que está sendo trabalhado. Nessa perspectiva de avaliação, no seu 
sentido real, o professor tem a função de analisar todas as ações do aluno no 
momento em que o mesmo está realizando a avaliação e, em seguida fazer 
considerações que sejam relevantes para o processo de reconstrução de ideias e 
aprimoramento do saber mas, para que isso ocorra de maneira satisfatória, o 
professor precisa utilizar instrumentos avaliativos diversificados, levar em 
consideração e respeitar as características individuais de seus alunos, ou seja, 
 
(...) a avaliação como crítica de percurso, é uma ferramenta 
necessária ao ser humano no processo de construção dos 
resultados que planificou produzir, assim como o é no 
redimensionamento da direção da ação. A avaliação é uma 
ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz parte do seu 
modo de agir e, por isso, é necessário que seja usada da melhor 
maneira possível. (LUCKESI, 2005, p. 118-119). 
 
O papel da avaliação nos processos de ensino e aprendizagem 
A avaliação escolar é um compromisso social que deve proporcionar aos 
alunos o acesso aos conhecimentos sistematizados e aos bens culturais, mas 
dependendo da maneira como é utilizada, a avaliação pode se aproximar ou se 
afastar desses objetivos. 
A avaliação deve conduzir a uma tomada de decisão e contribuir para 
uma reflexão permanente sobre a realidade e para o acompanhamento da 
trajetória do aluno na busca pelo conhecimento. 
 
A avaliação é um exercício de reflexão, capacidade única e 
exclusiva do ser humano, de pensar os seus atos, de analisá-los, 
interagir não só com o mundo, mas também com os outros seres, 
e de influenciar na tomada de decisões e transformação da 
realidade. Desta forma, pode contribuir para o aluno ―ter a 
consciência do inacabado do ser humano, impulsionando os 
sujeitos à invenção da existência, à criação de um mundo não 
natural na busca de superação dos desafios postos pela própria 
existência, levando-os assim à construção contínua da cultura, da 
história, da sociedade‖ (FREIRE, 2000 apud CIPRIANO, 2007, 
p.48) 
 
 
As salas de aula precisam deixar de ser espaço de transmissão de 
conteúdos com técnicas de avaliação meramente classificatórias e tornarem-se 
espaço de conhecimento onde professores e alunos sejam vistos como sujeitos 
ativos, capazes de construir e modificar ideias. 
 
A avaliação na sala de aula tem que estar para além do 
autoritarismo‖ fundamentada numa concepção de conhecimento, 
sociedade e educação, que possibilite ampliar a compreensão do 
processo avaliativo para além da verificação. O autoritarismo da 
avaliação exclui ou ignora um fazer com a responsabilidade pelo 
aprender. Ela não é para dominar, não é para o professor, mas 
para a emancipação do aprendiz. [...] (LUCKESI, 1980 apud 
CIPRIANO, 2007, p. 45). 
 
O professor deve usar a avaliação como um meio que leve os alunos a 
pensar, refletir sobre o que estão aprendendo e, dessa forma orientar suas ações, 
fazendo da avaliação um momento de participação do aluno, levando-o a 
identificar suas dificuldades e necessidades e, a partir dessa verificação conduzi-
lo à aquisição de novas competências. Ao ter seus objetivos claramente definidos, 
o professor consegue preparar bem suas aulas, levando em consideração e 
analisando os conteúdos curriculares propostos e verificando se estes são 
relevantes para a realidade na qual seus alunos estão inseridos. Para Libâneo, 
(1994, apud BARBOSA, 2016, p. 2) 
 
A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do 
trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o 
processo de ensino e aprendizagem. Através dela os resultados 
que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do 
professor e dos alunos são comparados com os objetivos 
propostos a fim de constatar progressos, dificuldades e reorientar 
o trabalho para as correções necessárias. 
 
A principal preocupação que o professor dever ter é se a avaliação está 
levando seu aluno ao crescimento e, se os objetivos propostos estão sendo 
atingidos. Avaliar é um processo que exige compromisso e responsabilidade, a 
avaliação deve contribuir para a compreensão das necessidades e dificuldades 
dos alunos, com o objetivo de rever, mudar e adotar ações que favoreçam o 
desenvolvimento integral do aluno, bem como levar professores e estudantes a 
compreenderem de forma mais organizada o processo de ensinar e aprender, 
sendo utilizada dessa forma, a avaliação perde seu caráter de ser punitivo e 
classificatório. 
A prática avaliativa deve ser planejada a partir das interações que 
ocorrem no interior da sala de aula com os alunos e de acordo com as 
possibilidades de entendimento dos conteúdos que estão sendo abordados; ao 
pensar nos instrumentos de avaliação o professor deve verificar se a linguagem 
utilizada está sendo clara e objetiva, se há um contexto bem elaborado, se o 
conteúdo é significativo para o aluno que está sendo avaliado, se está coerente 
com os objetivos do ensino e se explora a capacidade de leitura e de escrita do 
aluno. 
O principal objetivo da avaliação é fornecer informações acerca das ações 
da aprendizagem e, por esse motivo, não pode ser realizada apenas no final do 
processo, pois dessa forma o seu objetivo principal, que é a aprendizagem do 
aluno, acaba se perdendo. 
Para Luckesi (2008, p. 176) ―defino avaliação como um ato amoroso no 
sentido de que a avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo e inclusivo‖, ou 
seja, o ato de avaliar deve proporcionar oportunidades para que professor e 
alunos possam interagir com o objetivo de fazer com que os educandos assimilem 
novos conhecimentos. O professor deve avaliar de diferentes maneiras e em 
diversos momentos pois, dessa forma, 
 
a avaliação deixa de ser um momento terminal do processo 
educativo para se transformarna busca incessante da 
compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de 
novas oportunidades de conhecimento.(HOFFMANN, 2008, p. 19). 
 
 
 Ao se caracterizar como um processo contínuo, a avaliação passa a ser 
auxiliar do crescimento, pois visa diagnosticar as dificuldades dos alunos e 
orientar os professores quanto à metodologia que deve ser empregada para que 
haja a real construção da aprendizagem, dessa maneira o professor passa a ser o 
mediador entre o aluno e o saber. 
 
A avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, à 
inclusão; destina-se à melhoria do ciclo de vida. Deste modo, por 
si, é um ato amoroso. Infelizmente, por nossas experiências 
histórico-sociais e pessoais, temos dificuldades em assim 
compreendê-la e praticá-la. [...]. É uma meta a ser trabalhada, 
que, com o tempo, se transformará em realidade, por meio de 
nossa ação. Somos responsáveis por esse processo. (LUCKESI, 
2005, p. 180). 
 
 Assim, é necessário que o professor conheça bem seu aluno em relação 
ao seu desempenho durante todas as etapas do processo educativo, ao comparar 
as informações que possui com as habilidades que ainda precisam ser 
desenvolvidas em relação aos conteúdos, o professor poderá tomar as decisões 
que possibilitem que os objetivos sejam alcançados. Dessa forma a avaliação 
deixa de ser um instrumento classificatório e passa a contribuir para o 
desenvolvimento do aluno. 
Ao analisar os resultados de uma avaliação, professor e alunos 
transformam a sala de aula em um espaço de discussão que favorece o processo 
de construção do conhecimento e, assim, a avaliação torna-se uma ferramenta de 
interação e de orientação, diagnosticando os avanços e dificuldades dos alunos e 
indicando ao professor os caminhos para replanejar sua ação pedagógica. 
 
A avaliação é um processo, e como tal deve ser encarada. Por 
isso ela deve fazer parte da sala de aula, sendo usada 
periodicamente como um dos aspectos integrantes do processo 
ensino-aprendizagem. Ao fazer uso conjugado das três 
modalidades de avaliação – diagnóstica, formativa e somativa-, 
com suas respectivas funções – diagnosticar, controlar e 
classificar - , o professor está garantindo a eficácia do seu ensino 
e a eficiência da aprendizagem. (HAYDT, 1997, p. 28). 
 
 
Fica evidente pensar numa prática avaliativa que permita o 
acompanhamento do desenvolvimento individual de nossos alunos, considerando 
toda diversidade que existe dentro de uma sala de aula e as possibilidades de 
crescimento de cada um, somente dessa maneira pode-se chegar a uma 
aprendizagem significativa. A prática avaliativa e educativa devem se constituir 
em ações que se complementem e que sejam significativas ao final do processo 
de ensino aprendizagem. 
 
A avaliação é parte do processo de ensino aprendizagem quando, 
segundo Hoffmann (2007), é concebida como um momento de questionamento e 
como ponto de partida para a reflexão sobre a ação e, para Canen (2009, p. 43) 
―ela envolve sentimentos, autoestima, filosofia de vida, posicionamento político‖. 
Para que realmente seja mediadora, Hoffmann (1993, p. 56) aponta alguns 
princípios coerentes a essa prática: 
 
 oportunizar aos alunos muitos momentos de expressar sua 
ideias; 
 oportunizar discussões entre os alunos partir de situações 
desencadeadoras; 
 realizar várias tarefas individuais, menores e sucessivas, 
investigando teoricamente, procurando entender razões 
para as respostas apresentadas pelos estudantes; 
 ao invés do certo/errado e da atribuição de pontos, fazer 
comentários sobre as tarefas dos alunos, auxiliando-os a 
localizar as dificuldades, oferecendo-lhes oportunidades de 
descobrirem melhores soluções; 
 transformar os registros de avaliação significativas sobre o 
acompanhamento dos alunos em seu processo de 
construção de conhecimento. 
 
Sendo assim, a avaliação da aprendizagem passa a servir de mecanismo 
para que o professor possa detectar as dificuldades dos alunos, bem como 
verificar quais possibilidades esse aluno apresenta para construir novos 
conhecimentos e atingir os objetivos propostos pelo professor em sua prática 
educativa. 
 
Relato da Implementação do Projeto de Pesquisa 
 
Durante o ano de 2016 (dois mil e dezesseis) foram realizadas 40 horas de 
atividades de Inserção na Escola, no Colégio Estadual Nereu Estadual Nereu 
Ramos – EFM, na cidade de Manoel Ribas, Núcleo Regional de Educação de 
Ivaiporã. Essas atividades aconteceram da seguinte forma: reuniões com a 
Equipe Gestora e Equipe Pedagógica para o Planejamento de espaço e tempo 
para a construção do Projeto de Intervenção Pedagógica e da Produção Didático 
Pedagógica, reuniões com o Conselho Escolar para análise e aprovação do 
Projeto de Pesquisa e da Produção Didático Pedagógica, estudo do Regimento 
Escolar (sistema de avaliação da Instituição de Ensino), diálogo com a Equipe 
Gestora, Pedagógica e Professores sobre o tema do projeto para planejamento 
das ações que subsidiaram a Produção Didático Pedagógica, estudo do Plano de 
Ação da Instituição de Ensino e estudo/análise do Projeto Político Pedagógico. 
Durante as atividades de Inserção na Escola, houve excelente receptividade por 
parte da Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica e Professores quanto ao tema 
abordado, inclusive sugerindo materiais que poderiam enriquecer as atividades a 
serem trabalhadas. 
Para a elaboração deste projeto, houve a necessidade de muita pesquisa 
para o embasamento teórico explicitando as concepções sobre avaliação sobre o 
olhar de diversos autores como Vasconcellos, Hadji, Haydt, Hoffmann, Saviani, 
Luckesi, Libâneo entre outros. A pesquisa foi realizada em livros, periódicos, 
artigos, teses e dissertações, procurando analisar de que maneira a avaliação 
pode contribuir para o trabalho do professor, deixando de lado seu caráter 
meramente classificatório. 
Após a elaboração do Projeto, deu-se início à Produção Didático 
Pedagógica que é uma atividade teórica e prática elaborada em conformidade 
com os requisitos para a participação no Programa de Desenvolvimento 
Educacional - PDE, que integra as ações do Projeto de Intervenção Pedagógica. 
A Implementação do Projeto de Pesquisa foi realizada no Colégio 
Estadual Nereu Ramos – EFM, no município de Manoel Ribas, onde participaram 
a Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica e Professores. A Implementação do Projeto 
aconteceu em um Grupo de Estudos com carga horária de 32 (trinta e duas) 
horas, distribuídas no mês maio de 2017 (dois mil e dezessete) nas terças- feiras, 
quintas-feiras e sábados. As atividades foram realizadas através de leituras de 
textos, vídeos, debates, reflexões e questionamentos relevantes dentro do tema 
avaliação. 
O que se propôs com a Implementação do Projeto de Intervenção 
Pedagógica foi colaborar com a prática docente, levando os educadores à 
reflexão lhes permitindo rever as práticas avaliativas, renovar alguns conceitos, 
analisar critérios e instrumentos avaliativos, bem como colocar a avaliação como 
parte do processo escolar visando o sucesso do aluno, e não mais como atividade 
que se encerra em si mesma pois, sabe-se que as questões relacionadas à 
avaliação são complexas e geram muita polêmica e que as mudanças 
necessárias não acontecerão de forma imediata, cabendo às instituições que 
trabalham com a formação de professores darem maior importância ao tema 
avaliação, pois de nada adianta se falar em avaliação como meio de enriquecer a 
aprendizagem, se esse discurso permanecer apenas na teoria. 
Relato: Grupo de Trabalho em Rede – GTR 
 Durante o primeiro semestre de 2017, ocorreu o Grupo de Trabalho em 
Rede – GTR, com a participação de vinte cursistas da Rede Estadual de Ensino 
do Paraná, através da modalidade de Educação à Distância. Esse Grupo de 
Trabalho teve como principal objetivo compartilhar a pesquisa realizada pelo 
Professor PDE durante o primeiro ano do programa, discutindo o tema da 
pesquisa,compartilhando experiências, bem como aprimorar o estudo do mesmo. 
Durante a realização do GTR, com as discussões sobre o tema, ficou evidente a 
preocupação dos educadores em relação à maneira como a avaliação ainda vem 
sendo conduzida em nossas escolas, percebe-se que o conhecimento continua a 
ser mensurado através de notas com o objetivo de classificar os estudantes de 
acordo com o que é estabelecido pelo sistema de ensino. Mesmo com tantas 
mudanças no âmbito educacional, ainda prevalece em nossas escolas a prática 
do exame escolar que leva em conta somente o conhecimento que o aluno 
adquiriu até o momento, deixando de lado os encaminhamentos necessários para 
que haja a recuperação da aprendizagem desse aluno. Os educadores criticam a 
maneira como a avaliação vem sendo utilizada em nossas escolas, mas ao 
mesmo tempo, continuam agindo de acordo com as exigências do sistema 
burocrático de ensino e acabam reduzindo a avaliação a apenas um momento 
que parece não fazer parte do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, a 
avaliação da aprendizagem apenas reflete o poder de uma sociedade liberal e 
capitalista que valoriza a memorização e a reprodução do conhecimento através 
do registro de resultados. 
 Os educadores sabem da importância da avaliação para os 
processos de ensino e aprendizagem, os mesmos têm consciência de que devem 
usar a avaliação como um meio que leve os alunos a pensar, refletir sobre o que 
estão aprendendo, e que devem orientar suas ações, fazendo da avaliação um 
momento de participação do aluno, levando-o a identificar suas dificuldades e 
necessidades e a partir dessa verificação conduzi-lo à aquisição de novas 
competências. 
De acordo com os cursistas, o Grupo de Trabalho em Rede colaborou 
para rever as práticas e instrumentos avaliativos, trocar experiências, deixando 
ainda mais evidente a necessidade de mudança, considerando que a avaliação 
está presente na prática do professor e que deve ser vista como um instrumento 
que realmente possa contribuir para a construção do conhecimento do aluno. 
 
 
Considerações Finais 
Com a realização deste estudo, ficou evidente que a avaliação ainda vem 
sendo utilizada como meio de classificar nossos estudantes, pois é necessário 
atribuir nota ao aluno para que o mesmo seja aprovado para o ano seguinte, uma 
vez que isso é uma exigência do nosso sistema de ensino. 
É fundamental transformar a prática avaliativa em prática de 
aprendizagem e os educadores precisam perceber que a avaliação é uma 
condição para mudança da prática e para o redimensionamento do processo de 
ensino aprendizagem, ela faz parte do processo de aprendizagem, portanto, não 
deve ser utilizada apenas como um momento de verificação, mas sim como uma 
prática formativa. É necessário pensar numa prática avaliativa que permita o 
acompanhamento do desenvolvimento individual de nossos alunos, considerando 
toda diversidade que existe dentro de uma sala de aula e as possibilidades de 
crescimento de cada um, somente dessa maneira pode-se chegar a uma 
aprendizagem significativa. A prática avaliativa e educativa devem se constituir 
em ações que se complementem e que sejam significativas ao final do processo 
de ensino aprendizagem, a avaliação deve servir de mecanismo para que o 
professor possa detectar as dificuldades dos alunos, bem como verificar quais 
possibilidades esse estudante apresenta para construir novos conhecimentos e 
atingir os objetivos propostos pelo educador em sua prática pedagógica. 
O professor é verdadeiramente mediador quando começa seu trabalho a 
partir do que o aluno sabe, isto é, o ponto de partida deve ser a avaliação 
diagnóstica, objetivando auxiliar o aluno no seu desenvolvimento pessoal. 
A avaliação deve ser um momento de reflexão sobre a prática de ensino, 
um momento de análise do processo educativo, no qual o professor pode verificar 
de que forma está se processando a aprendizagem do aluno, com qualidade ou 
com dificuldades, ou seja, a avaliação deve ser encarada como uma reorientação, 
pois a mesma só fará sentido quando levar o educando à uma aprendizagem que 
seja realmente significativa, dessa forma a avaliação estará cumprindo sua real 
função, sendo reflexiva, crítica e emancipatória. 
 
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