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PROVA TDC 1. “AGRAVO DE INSTRUMENTO. CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. EXCLUSÃO. FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO. Considerando a crise que atravessa o ramo cafeicultor no Brasil; os imperativos econômicos de oferta e circulação do crédito; a existência de garantia da dívida; e a função social do contrato, defere-se o pedido de exclusão do nome dos devedores dos cadastros de proteção ao crédito, mediante o depósito em juízo do valor, em dinheiro, da parcela incontroversa que poderá, de pronto, ser levantada pelo credor. Recurso provido em parte. (TJ-MG - AI: 10193090278832001 Coromandel, Relator: Wagner Wilson, Data de Julgamento: 17/03/2010, Câmaras Cíveis Isoladas / 16ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 09/04/2010)” O Direito Civil norteia-se, quando de sua aplicação, por três princípios basilares: eticidade, socialidade e operacionalidade. Analisando o julgado supramencionado, identifique qual princípio basilar norteou a decisão: Dignidade da Pessoa Humana Eticidade Ampla defesa Socialidade Operacionalidade 2. Os direitos da personalidade encontram-se expressamente previstos entre os artigos 11 e 21 do Código Civil Brasileiro. Ao relacioná-los com a interpretação constitucionalizada do Direito Civil, é correto afirmar que: O nome é um direito da personalidade regido pelo princípio da imutabilidade, ou seja, não se admite a modificação do nome da pessoa física em razão do princípio da segurança jurídica. Qualquer pessoa lúcida poderá se recusar a se submeter a cirurgia ou tratamento, decisão essa que não poderá sofrer qualquer interferência ou imposição por parte do médico. O nome é um direito da personalidade que, quando violado, não poderá ser monetizado, ou seja, não se admite qualquer reparação civil por conduta ilícita praticada contrariamente ao nome de pessoa física ou jurídica. O Direito Civil e constitucional brasileiro autoriza apenas o uso do nome social para as pessoas trans, inadmitindo-se a retificação do registro civil de nascimento desses sujeitos. O Direito Civil brasileiro não protege o nome da pessoa humana após a sua morte, inexistindo direito à indenização para os herdeiros. 3. Sobre os direitos da personalidade, tem-se que: I. Os direitos da personalidade têm caráter relativo, visto que se aplicam apenas às partes envolvidas no negócio jurídico. II. Podem reclamar perdas e danos pela violação a direito da personalidade de morto, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. III. As pessoas portadoras de deficiências têm seus direitos da personalidade suspensos em razão de não possuírem capacidade de direito. IV. Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis. Analisando as assertivas I, II, III e IV, conclui-se que: Apenas a assertiva I está correta. Apenas as assertivas I e III estão corretas. Apenas as assertivas II e III estão corretas. Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. Apenas as assertivas II e IV estão corretas. 4. Aos 17 anos, 2 anos após colar grau em curso de ensino médio, Pedro engravidou Marcela e casou-se com ela. Em seguida, passou a produzir vídeos para o Youtube, tendo conquistado sua independência financeira quando estava para completar 18 anos, ocasião em que também foi aprovado em concurso público federal. Diante do caso concreto em questão, a incapacidade de Pedro cessou: Quando Pedro colou grau em curso de ensino médio. Quando Pedro, em função dos vídeos gravados para o Youtube, passou a ter economia própria. Quando Pedro casou-se com Marcela. Quando Pedro obteve aprovação em emprego público efetivo. Pedro não teve sua incapacidade suprida, visto que seria necessária a concessão dos pais, mediante instrumento público. 5. I. Desaparecendo uma pessoa, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. II. Podem requerer a sucessão provisória, somente o cônjuge não separado judicialmente e os herdeiros legítimos ou testamentários. III. A sucessão definitiva poderá ser requerida após dez anos do trânsito em julgado da sentença que concede a abertura da sucessão provisória, desde que as cauções prestadas permaneçam como garantia em juízo. Analisando as assertivas, pode-se afirmar que: Todas as afirmativas estão corretas. Somente a afirmativa I está correta. Somente a afirmativa II está correta. Somente a afirmação III está correta. 6. Zuleide é servidora pública que constantemente viaja para Brasília exercendo suas atividades. Acontece que em uma de suas viagens houve pane mecânica no avião, de modo que o mesmo veio a cair. Após esgotadas as buscas, os bombeiros constataram não haver sobreviventes Passado o período de luto, Jorginho, filho de Zuleide, iniciou os trâmites para recebimento da pensão por morte a que faz jus. Sobre o caso concreto, tem-se as seguintes assertivas: I. No presente caso a morte presumida por ser declarada, sem decretação de ausência, visto ser extremamente provável a morte de Zuleide. II. No presente caso a morte presumida por ser declarada, com decretação de ausência, uma vez que não foram esgotadas as buscas. III. Zuleide será considerada ausente até que haja a abertura do processo de ausência e a nomeação de curador. IV. As situações descritas no artigo 7º, CC/2002 são taxativas, não podendo haver interpretação extensiva. Estão corretas: I e IV apenas I e III apenas II e III apenas II e IV apenas III e IV apenas 7. “CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. DIREITO SUCESSÓRIO. AÇÃO DE INVENTÁRIO E PARTILHA. COMORIÊNCIA ENTRE CÔNJUGES E DESCENDENTES. [...] 7- Na hipótese, tendo havido a comoriência entre o autor da herança, sua cônjuge e os descendentes, não havendo que se falar, pois, em sucessão entre eles, devem ser chamados à sucessão os seus respectivos herdeiros ascendentes [...]. 8- Recurso especial conhecido e desprovido. (STJ - REsp: 1726577 SP 2018/0043522-8, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 14/09/2021, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 01/10/2021)” Considere o trecho do julgado acima e discorra acerca da regra da comoriência, sua previsão legal e consequências. Gabarito discursiva – critérios de correção: - Art. 8, CC/2002 - A comoriência refere-se ao que se chama de morte simultânea, quando não é possível precisar o momento da morte e qual dos comorientes precedeu o outro - Entre os comorientes não há sucessão
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