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Direitos Humanos e saúde mental M2

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Direitos Humanos e saúde mental - Curso permanente Damião Ximenes Lopes
1.  Direitos Humanos e saúde mental - Curso permanente Damião Ximenes Lopes
2.  Exercício avaliativo - Módulo 2
	Notas
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Questão 1
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Texto da questão
Os direitos humanos e a saúde se relacionam por diversos meios, dentre os quais podemos identificar três campos de interação. 
Considerando a afirmativa, assinale a alternativa CORRETA.
Escolha uma opção:
a. Os direitos humanos, por serem universais, inerentes a todas as pessoas, não podem ser limitados ou restritos pelo Estado sob nenhuma circunstância, sem exceção.
b. O relacionamento entre a saúde e os direitos humanos é complexa, visto que alguns direitos humanos se relacionam à saúde de forma indireta. Por exemplo, a violação ao direito de não ser torturado causa sérias consequências para a saúde mental da pessoa que teve esse direito violado, como o estresse pós-traumático e a perda de identidade. 
c. O direito à informação se relaciona ao direito à saúde, mas esse relacionamento é distante. Mesmo que o indivíduo tenha pouco conhecimento sobre sua condição de saúde, ele não se encontrará em situação de vulnerabilidade, já que estará sendo tratado por profissionais treinados, que têm conhecimento vasto sobre sua condição de saúde.
d. Em algumas hipóteses, alguns direitos humanos podem ser limitados. Muitas vezes, para proteger a saúde pública, os Estados podem restringir alguns direitos por duração indeterminada, mesmo que haja meios menos intrusivos para atingir esse mesmo objetivo.    
e. Medidas de saúde como a quarentena ou isolamento por causa de doenças sérias e contagiosas não restringem o direito humano à liberdade de movimento. Se tais medidas restringissem esse direito, não poderiam sob nenhuma hipótese ser adotadas pelo Estado, já que esse é um direito absoluto.
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Sua resposta está correta.
Embora saibamos que alguns direitos humanos são violados por políticas e medidas de saúde, determinados direitos humanos não podem ser restritos em nenhuma circunstância, como os direitos a não ser torturado e a não ser escravizado, e a liberdade de pensamento, de consciência e de religião. As cláusulas de limitação e de derrogação nos instrumentos de direitos humanos reconhecem a necessidade de limitar direitos humanos em algumas situações. A saúde pública é muitas vezes usada pelos Estados como base para limitar o exercício de direitos humanos.
O cumprimento ou descumprimento dos direitos humanos influencia na saúde de diversas formas. Por meio do respeito ao direito à informação, é possível reduzir a vulnerabilidade a problemas de saúde. Seu descumprimento, porém, tem efeitos maléficos para a saúde: sem conhecimento sobre a sua condição de saúde, a pessoa sob cuidados em saúde fica profundamente subordinada ao profissional, que tem poder para determinar condutas terapêuticas que podem comprometer a existência da pessoa sob cuidados em saúde e seus projetos de vida.
Por outro lado, políticas e ações de saúde também podem influenciar o cumprimento dos direitos humanos. Por exemplo, o direito à liberdade de movimento também pode ser afetado por políticas e ações de saúde. Quando instituída a quarentena ou isolamento por causa de doenças sérias e contagiosas, como a causada pelo vírus da Covid-19, ebola, sífilis, tifóide e tuberculose não tratada, temos um exemplo de política de saúde que restringe os direitos humanos. Essas medidas podem violar o direito humano à liberdade de movimento, que é um direito passível de restrição por não ser absoluto.
Um fator chave para determinar se as proteções necessárias existem quando os direitos são restringidos é que cada um dos cinco critérios dos Princípios de Siracusa deve ser atendido. Mesmo em circunstâncias em que as limitações por motivos de proteção da saúde pública são basicamente permitidas, elas devem ser de duração limitada e sujeitas a revisão. Entre os critérios dos Princípios de Siracusa, encontra-se a determinação de que os direitos humanos não podem ser limitados se houver meio menos intrusivo e restritivo disponível para se alcançar o mesmo objetivo.
A resposta correta é:
 O relacionamento entre a saúde e os direitos humanos é complexa, visto que alguns direitos humanos se relacionam à saúde de forma indireta. Por exemplo, a violação ao direito de não ser torturado causa sérias consequências para a saúde mental da pessoa que teve esse direito violado, como o estresse pós-traumático e a perda de identidade. 
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Texto da questão
Sabemos que, dentro do conjunto de direitos humanos, encontram-se o direito à saúde e o direito à saúde mental.
Considerando a afirmativa, assinale a alternativa CORRETA.
Escolha uma opção:
a. Para monitorar o comportamento dos Estados com relação ao direito à saúde, a ONU usa o mecanismo de Procedimentos Especiais do Comitê sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Esse mecanismo se materializa na figura de uma pessoa, a Relatora sobre o Direito de Todos à Fruição do Mais Alto Padrão de Saúde Física e Mental.
b. O direito à saúde pode ser definido, em poucas palavras, como o direito ao bem-estar físico e mental, ou seja, o direito de estar saudável.
c. O direito à saúde consiste no direito a um conjunto de bens, serviços e instalações que podem estar disponíveis, acessíveis, ser aceitáveis e de qualidade. Essas condições são facultativas ao Estado, já que este tem o poder de definir internamente a cesta de serviços que oferecerá à população. 
d. O elemento “acessibilidade” do direito à saúde confere a todos o direito de solicitar, receber e difundir informações e ideias relativas a questões de saúde, inclusive dados pessoais confidenciais relacionados à saúde.
e. O direito à saúde e o direito à saúde mental são direitos humanos, sendo independentes um do outro, apesar de sua nomenclatura. Afinal, a saúde física não pode ser atrelada à saúde mental.
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Sua resposta está correta.
O direito à saúde e o direito à saúde mental não consistem somente no alcance do bem-estar físico ou mental, mas também envolvem os principais fatores determinantes da saúde, como discriminação, violência, acesso à água potável e condições sadias de trabalho e meio ambiente. Assim, é importante compreender que o direito à saúde não consiste no direito de estar saudável. Ele consiste no direito a um conjunto de bens, serviços e instalações que devem estar disponíveis, acessíveis, aceitáveis e de qualidade. Esses elementos são essenciais e inter-relacionados, e sua aplicação dependerá das condições predominantes no Estado. O acesso à informação, vertente do elemento “acessibilidade”, inclui o direito de solicitar, receber e difundir informações e ideias relativas a questões de saúde. No entanto, o acesso à informação não deve comprometer o direito de que os dados pessoais relativos à saúde sejam tratados com confidencialidade. Além disso, é importante destacar que o direito à saúde e o direito à saúde mental são direitos humanos, sendo o segundo parte importante do primeiro. Afinal, aprendemos que não há saúde sem saúde mental.
A resposta correta é: 
Para monitorar o comportamento dos Estados com relação ao direito à saúde, a ONU usa o mecanismo de Procedimentos Especiais do Comitê sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Esse mecanismo se materializa na figura de uma pessoa, a Relatora sobre o Direito de Todos à Fruição do Mais Alto Padrão de Saúde Física e Mental.
Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Texto da questão
Sabemos que os direitos humanos possuem vasta aplicabilidade na esfera dos cuidados em saúde.
Considerando a afirmativa, assinale a alternativa CORRETA.
Escolha uma opção:
a. Todos os direitos humanos podem sofrer restrições e limitações, desde que estas sejam previstas em lei e sigam a razoabilidade e a proporcionalidade. 
b. Restringir os movimentos de uma pessoa sob cuidados em saúde (contenção física)e administrar medicação e alimentação por meio da força sempre serão medidas que violam o direito de não ser submetido a tratamento desumano ou degradante. Tais medidas serão violadoras mesmo que haja a comprovada necessidade terapêutica e que as condições do procedimento médico não sejam degradantes ou desumanas.
c. A detenção e retenção de pessoa sob cuidados em saúde em instituição psiquiátrica adequada não viola o seu direito à liberdade, desde que essas medidas sigam os requisitos legais e sejam proporcionais e necessárias com relação ao seu objetivo. 
d. Quando um caso clínico é tornado público, é permitido e muitas vezes necessário identificar a pessoa sob cuidados em saúde de cujo caso se trata, pois essa informação pode contribuir para a melhora da formação médica, que deve ser a prioridade.
e. Uma pessoa sob cuidados em saúde que dava à luz, com seu estado de saúde prejudicado por dores intensas, cansaço e estresse, foi informada naquele momento de que seria adotado procedimento invasivo necessário do ponto de vista médico. Pode-se dizer que houve o consentimento informado da parturiente, visto que esta foi informada do procedimento antes de sua ocorrência.
Feedback
Sua resposta está correta.
Os direitos humanos absolutos não podem sofrer restrições e limitações de qualquer natureza. Entre os direitos absolutos encontra-se o direito a não ser submetido à tortura ou a tratamento cruel, desumano ou degradante. Nesse sentido, a Corte Europeia entendeu que pessoa com transtorno mental pode ser forçada a receber cuidados em saúde, incluindo o emprego de contenção física, desde que presente a necessidade terapêutica, sem que se caracterize a violação do direito de não ser submetida a tratamento desumano ou degradante. A necessidade terapêutica deve estar fartamente provada, as condições do procedimento médico não devem ser degradantes ou desumanas e a intervenção médica não pode se fundamentar apenas em atitude paternalista do médico.
No que diz respeito ao direito à privacidade, os profissionais de saúde devem se preocupar em não identificar a pessoa sob cuidados em saúde quando tornarem público o caso clínico, para evitar a ofensa à sua privacidade. Quando a discussão do caso clínico revelar a identidade da pessoa sob cuidados em saúde em razão de sua particularidade, o consentimento daquela deve ser dado para que o profissional de saúde possa divulgar o caso. Sobre o consentimento informado, a informação transmitida à pessoa sob cuidados em saúde precisa abranger os benefícios associados ao procedimento, os riscos e as alternativas existentes, e deve ser acessível e adequada às circunstâncias em que a pessoa sob cuidados em saúde se encontra. A pessoa sob cuidados em saúde mencionada na alternativa “e”, devido ao prejuízo em seu estado de consciência, não estava apta a tomar uma decisão informada.
A resposta correta é: 
A detenção e retenção de pessoa sob cuidados em saúde em instituição psiquiátrica adequada não viola o seu direito à liberdade, desde que essas medidas sigam os requisitos legais e sejam proporcionais e necessárias com relação ao seu objetivo.

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