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Podcast Tema 3 Psicologia

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Podcast 
Disciplina: Principais abordagens em Psicologia Clínica 
Título do tema: Abordagem Humanista no contexto clínico 
Autoria: Stella Luiza Moura Aranha Carneiro 
Leitura crítica: 
 
Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar da Clínica na Abordagem 
Humanista. 
O fazer do psicólogo humanista está ligado á sua visão de pessoa, na sua 
singularidade e totalidade. O ser humano não pode ser considerado uma 
máquina e, por isso, não pode ser compreendido em partes. Ele é um ser com 
muitas dimensões que se interagem. É um ser social, em relação com outros 
seres e o meio que o cerca. São estas interações que vão constituí-lo como 
pessoa que busca a sua realização e a felicidade. 
As questões da Psicologia Humanista em relação à psicoterapia não se 
dirigem, diretamente, a abordar e tratar os transtornos mentais, segundo a 
Psiquiatria ou algumas abordagens psicológicas. O seu foco principal ocorre 
sobre as relações interpessoais, partindo de sua percepção de que cada 
indivíduo teria em si mesmo a capacidade para alcançar o seu pleno 
desenvolvimento. A classificação e o diagnóstico psicopatológicos são recursos 
científicos importantes, entretanto essa é uma visão unilateral e se torna 
arriscada para o desenvolvimento do processo terapêutico, na abordagem 
humanista, porque leva à uma redução e "coisificação" do cliente, não 
libertando o seu modo de ser. 
O psicólogo humanista tem uma visão positiva das pessoas, entendendo a 
doença como um bloqueio das forças que levam o indivíduo à realização. É no 
desbloqueio destas forças de crescimento que o psicólogo vai concentrar a sua 
atenção. É a partir do trabalho com a qualidade da relação terapeuta-cliente 
que será possibilitado um ambiente favorecedor de mudanças. 
Independente dos mais variados estilos dos terapeutas humanistas, existem 
pontos que são comuns, nessa prática, de acordo com Barduke (2019). O 
primeiro ponto seria prestar atenção às exigências da pessoa e tentar entender 
o significado destas para ela. Outro ponto, seria buscar entender a pessoa nas 
suas escolhas, seus valores, sua autorrealização e capacidade criativa. O 
terceiro ponto diz respeito a escolha dos problemas a serem trabalhados, não 
só aprofundando os seus significados, mas também, compreendendo o que 
representam para a pessoa. E um último aspecto seria tratar a pessoa com 
respeito, buscando com a terapia, ajudá-la a descobrir suas potencialidades. 
Essa abordagem representa um desafio para o terapeuta porque colocar-se 
empático, no contexto clínico, pressupõe que este profissional tenha 
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desenvolvido um certo nível de contato com ele mesmo, um funcionamento 
congruente e um autoconhecimento sobre a sua forma de viver no mundo com 
seus limites e potencialidades. A possibilidade de redução e ressignificação do 
sofrimento pelo cliente só será possível se este perceber o terapeuta como 
empático e aceitar o terapeuta em seu mundo, compartilhando suas 
experiências. 
É possível perceber nesta abordagem que terapeuta e cliente desenvolvem 
suas potencialidades, devendo sempre ser criado um espaço de liberdade e 
autonomia para novas descobertas. Todo esse processo terapêutico exige 
técnica, sensibilidade e experiência dos terapeutas. Para o psicólogo 
humanista, a terapia deve estar sempre fundamentada no objetivo de levar a 
pessoa a ser ela mesma. O trabalho do terapeuta será possibilitar ao seu 
cliente uma vida verdadeira, consciente de suas potencialidades e limitações, 
real, congruente e espontânea, sem disfarces ou barreiras. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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