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U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E S Ã O P A U L O Ensaio de Dureza Brinell em metais - Norma ASTM-E10 Hannah Gomes - 150118 Luiz Menezes - 148541 Ricardo Brandão - 148107 ÍNDICE DE REFERÊNCIA ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO Escopo Terminologia e Equações Princípios do teste e aparatos Corpo de prova Procedimento de ensaio Medição da indentação Conversão de escalas Relatório Precisão Escopo Esse método de ensaio ampar aa determinação da dureza Brinell de materiais metálicos pelo princípio da penetração por indentação Brinell. Tal método opera de maneira a pressionar um indentador de geometria cirular contra a superfície do material que é desejado medir a dureza, sendo que esse indentador geralmente é constituído por carbeto de tungstênio ou aço. A partir dessa força aplicada pela máquina, que é medida em kgf, é gerada uma indentação no corpo de prova que a partir da determinação de seu diâmetro tem-se relações capazes de calcular a dureza Brinell do material. Figura 1: Princípio do teste Figura 2: Esferas de tungstênio Figura 3: Esferas de aço Escopo O método de dureza Brinell pode fornecer informações de extrema utilidade sobre os materiais metálicos ensaiados. Essas informações podem ser relacionadas com múdulo de resistência a tração, resistência ao desgaste, ductilidade, e pode ser muito útil para controle e seleção de materiais . Os ensaios de dureza são uns dos mais utilizados para aceite de carga, ou seja, pela sua facilidade, agilidade e baixo custo, torna-se viável realizar tais testes para liberar a entrada de lotes de mercadoria na indústria. OBS*: O ensaio de dureza Brinell em uma derminada localização da peça pode não representar as características físicas reais do conjunto inteiro. Correlação entre dureza Brinell e resistência a tração: Onde, α: Sendo essa relação válida até certos valores de dureza Terminologia e equações O valor da dureza Brinell é calculado da seguinte maneira: Sendo que: Fkgf: força aplicada no teste D: diâmetro do indentador (mm) d: diâmetro medido da indentação (mm) Figura 1: Princípio do teste Em caso de repetibilidade dos testes pode-se utilizar as seguintes equações: Onde, d1 + d2 + ... + dn são os valores dos diâmetros medidos das indentações e n o número de indentações realizadas. Outra relação de extrema importância é a razão entre a força e o quadrado do diâmetro, conhecida como constante de carga, ou grau de carga. *Utilizada para padronização dos ensaios. Assim como equações para o valor médio de dureza a partir de diversos valores obtidos: E o erro obtido a partir de um valor padronizado e de um valor obtido : Equação 1 Equação 2 Equação 3 Equação 4 Equação 5 Etapa 2: O diâmetro da indentação é medido em ao menos duas direções, sendo que o valor da dureza Brinell é oriunda da média entre ao menos essas duas medidas. Princípios do teste e aparatos O princípio geral do teste consiste em 2 etapas: Etapa 1: O indentador é colocado em contato com o corpo de prova, perpendicularmente a sua superfície e a força F é aplicada, sendo ela mantida por um determinado período de tempo e ao final removida. Princípios do teste e aparatos A máquina de ensaio de dureza Brinell é consistida por um aparato que aplica uma força pelo indentador sobre a superfície do corpo de prova por um tempo determinado, sendo que essa carga é pré selecionado e mantida pelo tempo inteiro do ensaio. Juntamente com a máquina pode vir um mecanismo para aferimento do diâmetro da indentação formado. O equipamento deve assegurar que a carga é aplicada suavemente e sem forças de impacto, sendo que precauções devem ser tomadas para prevenir uma força elevada causada pela inércia do sistema. Deve-se atentar também a condição da bigorna, peça essa denominada "Anvil" na figura ao lado, sendo que a mesma deve estar livre de qualquer impureza ou resto de material, e também deve-se garantir a planicidade de sua superfície, garantindo assim a perpendicularidade da amostra com o indentador. A norma rege que os identadores devem ser de carbeto de tungstênio de 4 diâmetros permitidos, esses: 1, 2.5, 5 e 10 mm ApoioApoio ApoioIndentador ApoioCarga ApoioConjunto Apoio Apoio Apoio Princípios do teste e aparatos Indentador Impurezas como óleo, poeira ou outros materiais estrangeiros não devem estar acumulados no indentador Risco de afetar os resultados Os aparelhos de medida do diâmetro da indentação podem vir acoplados ao durômetro ou serem utilizados externamente ao equipamento. Esses equipamentos são classificados de duas maneiras: Tipo A: Esse tipo envolve microscópios contendo câmeras com algum tipo de software computadorizado ou um software de análise de imagens. Aparelho de medida Tipo B: Esse tipo é constituído de um microscópio com lentes objetivas e oculares, sendo a medida realizada apenas visualmente. Aparelho de medida Não aconselhado para medidas com indentadores de 2,5 mm e 1 mm Tipo A Tipo B Apoio Apoio Apoio A combinação de indentadores e forças aplicadas definem as escalas de dureza Brinell, correspondentes a relação entre a força e o diâmetro ao quadrado, sendo esses dados na seguinte tabela: Princípios do teste e aparatos Escalas de dureza Tais relações entre a força e o diâmetro podem ser de 1, 1.25, 2.5, 5, 10 e 30, sendo que os valores de dureza Brinell devem ser determinados e reportados em acordância com alguma dessas razões acima. Escalas de dureza Para cálculo do valor da dureza Brinell, como visto antes deve-se utilizar o valor do diâmetro médio da indentação encontrado (Equação 2) e a fórmula para dureza Brinell (Equação 1) Calculo da dureza Os valores de dureza não podem ser designados apenas por um valor sozinho, pois é necessário indicar qual indentador e força foram utilizados no ensaio. Tais valores devem ser seguidos de HBW e completados por um índice indicando as condições do teste seguindo tal ordem: Diâmetro do indentador/Valor da força aplicada/Tempo de aplicação Tal como o exemplo a seguir: Sendo o resultado 600, com um indentador de diâmetro 1 mm, uma força de 30 kgf e durante um tempo de 20 segundos. ApoioExibição do resultado Corpo de Prova A peça em que o teste de dureza Brinell é realizado não possui nenhuma padronização de forma ou tamanho. Entretanto, ela deve seguir as seguintes especificações: Espessura: Deve ser o suficiente para que nenhuma protuberância ou marca apareça do lado oposto da peça. A norma recomenda que a espessura mínima seja de 10 vezes a profundidade da identação. Largura: Deve estar em conformidade com os requisítos mínimos de espaçamento entre as indentações. A norma recomenda uma distância de 2,5 vezes o diâmetro da indentação em relação a borda da peça e 3 vezes entre as indentações. Acabamento: Se necessário, a superfície da peça pode ser limada, esmerilhada, usinada ou receber polimento, para que a borda da identação seja bem definida e medida com precisão. NOTA: O teste Brinell pode usar altas forças de teste. Logo, materiais de alta dureza podem ter um potencial de quebrar ou estilhaçar sob carga, resultando em ferimentos graves e danos ao equipamento. Nota 1: Recomenda-se um limite inferior no tamanho da indentação para que não haja dificuldade em realizar sua medida. O limite superior é recomendado pois quanto mais próximo o tamanho da indentação com o tamanho do indentador a sensibilidade da medida é perdida. Nota 2: Diferentes valores de dureza Brinell podem ser obtidos utilizando o mesmo indentador mas com valores de força diferentes. Portanto, para obter uma escala contínua de valores, é desejável utilizar o mesmo valor de força para uma mesma classe de materiais. Procedimento de Ensaio O diâmetro da indentação deve estar entre 24 e 60% do diâmetro do indentador. O teste de dureza Brinell não é recomendado para materiais com mais de 650 HBW 10/3000. Valores de dureza Brinell para testes com diferentes cargas só podem ser comparados caso a relação força - diâmetro seja mantida. Logo, testes no mesmo materialcom relações diferentes apresentarão valores de dureza diferentes. Procedimento de Ensaio Uma verificação diária deve ser realizada na máquina de teste, de acordo com os anexos contidos na norma, para que o teste possa ser realizado. Recomenda-se que a cada alteração de força ou indentador, a verificação seja novamente realizada para maior precisão na medida. Os teste de dureza Brinell devem ser realizados em temperatura ambiente em uma faixa de 10 a 35 ºC. A temperatura do material testado e a temperatura das condições de teste afetam os valores obtidos. O indentador deve ser colocado em contato com a superfície da amostra a ser testada de maneira perpendicular, sem nenhum tipo de choque ou força excessiva. A força escolhida para o teste deve ser aplicada durante 1 a 8 segundos. Manter a força de teste totalmente aplicada por 10 a 15 segundos, com a seguinte exceção: Ao final do tempo de espera, a carga deve ser removida evitando choques e vibrações. Procedimento de indentação Exceção: para materiais que apresentam elevada deformação plástica, considerações especiais podem ser necessárias. Como o tempo de permanência da força aplicada é mais longo do que o especificado, todas as diferenças devem ser relatadas e registradas junto aos resultados do teste e ao produto. Medição da Indentação O diâmetro da indentação deve ser medido no mínimo duas vezes em direções perpendiculares entre sí. A média aritmética das medidas que deve ser utilizada para os cálculos da dureza. Nota: para testes realizados em superfícies planas, a diferença entre o maior e o menor diâmetro medido não deve passar de 0,1 mm, a menos que seja uma especificidade do produto, como em uma estrutura de grão anisotrópica. Para indentações feitas em superfícies curvas, o raio mínimo da curvatura da superfície deve ser 2,5 vezes o diâmetro do indentador. Esse tipo de indentação pode ser elíptica ao invés de circular. A medida da identação deve ser feita atavés da média dos eixos maior e menor da elipse. Conversão para outras escalas de dureza ou valores de resistência à tração Não existe um método geral para converter com precisão os números de dureza Brinell para outra escala, ou para valores de resistência à tração. Conversões são, aproximações e, portanto, devem ser evitadas, exceto em casos especiais em que uma base confiável para a conversão aproximada foi obtida por testes de comparação. Exemplo de tabela de conversão aproximada de dureza: Relatório O valor de dureza Brinell dos resultados do teste arredondado para três dígitos significativos, incluindo todos os dígitos zero, de acordo com a prática E29 por exemplo, 225 HBW, 100 HBW 10/500, 95,9 HBW ou 9,10 HBW 5/62,5 Um relatório de testes deve incluir : As condições de teste, quando uma força aplicada diferente de 3000kgf (29,42 kN), uma esfera de 10 mm de diâmetro e uma aplicação de teste de 10s a 15s forem utilizadas Uma declaração de que o dispositivo de medição de indentação era do Tipo A, quando tal dispositivo é usado. Quando um dispositivo de medição de indentação tipo B é usado, nenhuma declaração é necessária A temperatura ambiente do teste, dentro dos limites de 10 a 35 C, a menos que tenha sido demonstrado que não afeta o resultado da medição. Valor de dureza Condições de teste Declaração Temperatura Precisão A precisão deste método de teste é baseada em um estudo interlaboratorial do método de teste E10 realizado em 2006. Isso substitui um estudo anterior que usou penetradores de esferas de aço. Cada um dos oito laboratórios testou a dureza brinell de materiais metálicos. Três análises foram realizadas em um total de sete materiais diferentes de vários níveis de dureza. Foram realizados três replicadores de cada análise. Os resultados deste estudo são arquivados em um relatório de pesquisa da ASTM Precisão Dois resultados de teste devem ser julgados não equivalentes se diferirem em mais do que o valor RPB para aquele material; RPB é o intervalo que representa a diferença entre dois resultados de teste para o mesmo material, obtido por operadores diferentes usando equipamentos diferentes em laboratórios diferentes. Repetibilidade Reprodutibilidade Dois resultados de teste obtidos em um laboratório serão considerados não equivalentes se diferirem por mais que o valor rPB para aquele material; rPB é o intervalo representando a diferença crítica entre dois resultados de teste para o mesmo material, obtido pelo mesmo operador usando o mesmo equipamento no mesmo dia no mesmo laboratório. Precisão Os resultados do estudo interlaboratorial são resumidos na Tabela 5 FIM OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
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