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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACID WYDEN CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO POLO GERADOR IMARA KAROLINA DA SILVA MAIA - 201951624891 MARIA EDUARDA PEREIRA BARRETO VASCONCELOS - 201951566491 WANESSA DA SILVA BALBINO BRILHANTE - 201951196181 RELATÓRIO IMPACTOS DA VIZINHAÇA TERESINA 2023 1. LOCALIZAÇÃO GEOGRAFIA O presente estudo está definido como um projeto de hospital odontológico. O terreno escolhido fica localizado na rua Francisca Trindade, no bairro Cidade Industrial em Teresina – PI. Coordenadas: 4°59'54.4"S 42°50'07.3"W (-4.998450, -42.835367). Figura 1 e 2 mostram fotos via satélite do terreno. Figura 1: Foto do terreno e sua área de impacto Fonte: Google Earth Figura 2: Foto do terreno Fonte: Google Earth 2. OBJETIVO E JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO A implantação de um hospital odontológico público pode ter vários objetivos em relação ao estudo de impacto de vizinhança. Alguns possíveis objetivos e justificativas são: Melhorar a qualidade de vida da população: Um hospital odontológico pode melhorar a qualidade de vida da população local ao oferecer serviços de saúde bucal gratuitos ou a preços acessíveis. Isso pode reduzir a incidência de problemas de saúde bucal e melhorar a saúde geral da população, o que pode impactar positivamente a vizinhança. Gerar empregos: A implantação de um hospital odontológico pode gerar empregos para profissionais de saúde, administrativos e de serviços gerais. Isso pode ajudar a estimular a economia local e aumentar o poder de compra da população, o que pode ter um impacto positivo na vizinhança. Reduzir a demanda por serviços de saúde em outras áreas: Um hospital odontológico pode reduzir a demanda por serviços de saúde em outras áreas, como hospitais e clínicas particulares. Isso pode ajudar a descongestionar o sistema de saúde e reduzir os custos para a população. Aumentar o acesso a serviços de saúde bucal: A implantação de um hospital odontológico pode aumentar o acesso a serviços de saúde bucal para a população local, especialmente para aqueles que não têm recursos financeiros para pagar por tratamentos particulares. Isso pode ajudar a melhorar a saúde bucal da população e reduzir a incidência de doenças relacionadas. Promover a educação em saúde: Um hospital odontológico pode promover a educação em saúde bucal por meio de campanhas de conscientização e programas de prevenção. Isso pode ajudar a disseminar informações importantes sobre saúde bucal e prevenir problemas de saúde em longo prazo. 3. COMPATIBILIDADE COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE Uso permitido do solo: É necessário verificar se a zona em questão permite a instalação de unidades de saúde, e se há restrições específicas para hospitais odontológicos públicos. Alguns PDOTs definem critérios como tamanho máximo do terreno, número máximo de leitos, ou exigências de estacionamento e acessibilidade. O PDOT também pode estabelecer exigências quanto à infraestrutura necessária para suportar o funcionamento de um hospital, como fornecimento de água e energia, coleta de resíduos, transporte público, entre outros. Em resumo, a compatibilidade do hospital odontológico público com a legislação vigente em uma Zona Especial de Interesse Social em Teresina foi avaliada considerando as normas e diretrizes estabelecidas no PDOT do município, bem como os impactos que a sua instalação pode gerar na vizinhança e no meio ambiente e foi constatado pelo grupo que é sim permitido a sua implantação. 4. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA, DADOS DE CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO, SOCIOECONÔMICA, HISTÓRICA E CULTURAL O bairro Cidade Industrial e Santa Maria estão localizados na zona Norte de Teresina De acordo com dados do SENPLAN, o bairro Cidade Industrial hoje é chamado de Parque Brasil, ele e o bairro Santa Maria foram criados em 2013, logo não há dados disponíveis sobre a população ou renda. O bairro Parque Brasil compreende a área contida no seguinte perímetro: começando no eixo do Rio Parnaíba, no alinhamento da Rua Jornalista Ronaldo Michael, segue, por esta, até a Av. Perimetral 2 e, depois, pelas ruas Monte Alto, e Rosana Neres; atinge a Av. Josué Moura Santos; por esta via e seu alinhamento, atinge o Rio Parnaíba, retornando ao ponto inicial. Ele foi criado por meio da Lei nº 4.423, de 16 de julho de 2013. A sua pertencia anteriormente ao bairro Santa Rosa e Cidade Industrial. O bairro conta com 136 empresas formais, 72% do tipo MEI, 21% Micro e o resto não foi informado e 60% dessas empresas são do setor de comercio. Já o bairro Santa Maria compreende a área contida no seguinte perímetro: começando no eixo do Rio Parnaíba, no alinhamento da Rua Brás Honório, segue, por esta, até o contorno do Conjunto Residencial Jacinta Andrade; prossegue, por este contorno, até o limite sul do Residencial Paulo de Tarso; neste alinhamento, atinge a Rua Amadeus Paulo e, daí, rumo norte, chega à Av. Ministro Sérgio Motta; por esta avenida e pela Rua 10 do Loteamento Santa Maria da Codipi, alcança a Rua Chico Conrado; por esta via, segue até a Rua XX do Parque Wall Ferraz; rumo sul, e chega ao contorno leste do Residencial Francisca Trindade; daí, atinge a Rua Jornalista Ronaldo Michael, pela qual e respectivo alinhamento, chega ao eixo do Rio Parnaíba e retorna ao ponto de partida. Foi criado por meio da Lei nº 4.423, de 16 de julho de 2013. A área da região pertencia anteriormente a uma parcela do bairro Cidade Industrial. O bairro conta com 593 empresas formais, 72% do tipo MEI, 20% Micro 2% EPP e o resto não foi informado e 52% dessas empresas são do setor de comercio. 5. INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS EXISTENTES De acordo com o SENPLAN, o bairro Cidade Industrial conta com uma unidade de saúde municipal, e três Estabelecimentos de Ensino municipais e estaduais e uma praça. Já o bairro Santa Maria conta com três unidades de saúdes municipais, cinco unidades de assistência social e dezenove estabelecimentos de ensino municipais e estaduais e duas praças. 6. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E CONDIÇÕES DE HABITANTES ZEIS: id 211 ZEIS: gid 251 ZEIS: Macrozona Zona Especial ZEIS: Macro-Sigl Zona Espec ZEIS: Zona Zona Especial de Interesse Social ZEIS: Zona-Sigl ZEIS ZEIS: N_Lei 5.481 de 20/12/2019 7. QUALIDADE URBANÍSTICA E AMBIENTAL E SUAS ALTERAÇÕES Segundo Bandeira (2017) Polos Geradores de Viagens (PGVs) são empreendimentos ou atividades com porte e escala, que são capazes produzir grande fluxo de viagens e gerar grandes impactos nas cidades brasileiras contemporâneas, este trabalho visa desenvolver um procedimento de análise da paisagem urbana imediata impactada por tais edificações ou atividades, contudo, sabe-se que a paisagem urbana atual das cidades brasileiras refletem um processo de urbanização que tem comprometido o espaço público, a mobilidade urbana e também a qualidade de vida das pessoas, entre outros fatores, em específico impactos de Polos Geradores de Viagens — doravante pgvs. Como empreendimentos ou atividades com porte e escala capazes de gerar grande atratividade e contingente de viagens, os polos geradores impulsionam alguns benefícios socioeconômicos, culturais e o acesso a diversos produtos e bens em uma determinada área urbana, porém, também podem estar associados a diversos impactos negativos, dentre os quais se destaca: a rápida saturação do sistema viário, congestionamentos, poluições, acidentesde trânsito, ou seja, impactos negativos na paisagem urbana, então, passa a ser relacionada à imagem e sentimentos de violência, opressão, hostilidade, inacessibilidade, entre outros sentimentos. Ainda, visa entender sobre a vizinhança e foi subtendido que os polos geradores apontam os efeitos positivos e negativos dos empreendimentos e atividades sobre a qualidade de vida da população que reside nas suas proximidades, a partir dos seguintes fatores: adensamento populacional, equipamentos urbanos e comunitários, uso e ocupação do solo, valorização imobiliária, geração de tráfego e demanda por transporte público, ventilação e iluminação, paisagem urbana e patrimônio natural e cultural (Câmara dos Deputados 2001). (Bandeira 2017). Contudo, pode-se citar ainda que a paisagem urbana apresenta diferentes concepções de acordo com um contexto, abordagem e um campo de conhecimento. Além desses, pode se constatar um fundamento semelhante a essas atribuições, assim sendo: na paisagem urbana encontram-se marcas deixadas nas relações entre as pessoas e os espaços, pois como elemento transtemporal, reúne as heranças das sociedades, dos seus cidadãos, os valores e capacidades de diferentes contextos e épocas (Santos 1997). 8. CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE De acordo com informações da Prefeitura de Teresina, o bairro Cidade Industrial possui uma boa infraestrutura de transporte, com diversas linhas de ônibus que atendem a região e permitem a conexão com outras partes da cidade. No entanto, o transporte coletivo ainda é considerado precário por muitos usuários, com veículos lotados e em condições ruins de conservação e em alguns trechos do bairro, as condições de pavimentação das vias podem ser precárias, o que pode dificultar o acesso em dias de chuva. Já em relação ao bairro Santa Maria, a mobilidade urbana pode ser um desafio, especialmente em horários de pico, devido ao grande fluxo de veículos nas principais avenidas da região. Ainda assim, o bairro conta com diversas linhas de ônibus e uma estação de integração de transporte público, o que ajuda a melhorar o acesso e a mobilidade dos moradores. Em relação ao transporte público, os moradores contam com diversas linhas de ônibus que ligam a região ao centro e outras partes da cidade. 9. GERAÇÃO E INTENSIFICAÇÃO DE POLOS GERADORES DE TRÁFEGO Os bairros Cidade Industrial e Santa Maria em Teresina possuem alguns polos geradores de tráfego, como por exemplo: Carvalho Super Santa Maria da Codipi Hospital Municipal Dr. Mariano Gayoso Castelo Branco Esses polos geradores de tráfego podem intensificar o tráfego de veículos e pedestres nos bairros, especialmente em horários de pico, o que pode gerar problemas de congestionamento e impactar na qualidade de vida dos moradores. 10. VALORIZAÇÃO OU DESVALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA EM DECORRÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2012, intitulado "Impactos Urbanos dos Grandes Empreendimentos Hospitalares: Uma análise do caso de Belo Horizonte", aponta que a implantação de hospitais e outras instituições de saúde pode influenciar positivamente na valorização dos imóveis da região. Segundo o estudo, isso se deve ao fato de que a presença desses empreendimentos pode atrair novos moradores e investidores, além de gerar empregos e aumentar o fluxo de pessoas e veículos na região. No entanto, é importante ressaltar que a valorização imobiliária pode variar de acordo com diversos fatores, como a localização do hospital, a qualidade dos serviços oferecidos, a infraestrutura da região, entre outros. Por exemplo, um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Construção Civil (CPDCC) da Universidade de São Paulo (USP) em 2018, intitulado "Análise da valorização imobiliária provocada pela implantação do Hospital Israelita Albert Einstein em Higienópolis", concluiu que a presença do hospital não resultou em uma valorização significativa dos imóveis da região, devido à concentração de empreendimentos semelhantes na área e à falta de investimentos em infraestrutura na região. Além disso, alguns especialistas apontam que a implantação de hospitais odontológicos pode ter um impacto menor na valorização imobiliária, em comparação com hospitais de outras especialidades médicas. Isso se deve ao fato de que a demanda por serviços odontológicos é menos frequente do que por serviços médicos em geral, o que pode resultar em um fluxo de pessoas e veículos menor na região. 11. SOBRECARREGA NOS SISTEMAS DE INFRAESTRUTURA URBANA E EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS A implantação de um hospital odontológico público pode gerar uma sobrecarga nos sistemas de infraestrutura urbana e equipamentos comunitários do bairro Cidade Industrial e Santa Maria em Teresina, dependendo do tamanho da unidade e do fluxo de pacientes esperado. Um dos principais impactos que um hospital odontológico pode trazer é o aumento do tráfego de veículos e pedestres na região. Com a chegada de um novo equipamento de saúde, é esperado que um grande número de pacientes e funcionários circulem diariamente pelo bairro. Isso pode aumentar o fluxo de trânsito nas vias próximas ao hospital, além de sobrecarregar o transporte público da região. Também pode haver dificuldades para encontrar vagas de estacionamento nas proximidades, o que pode afetar a mobilidade urbana. Além disso, a demanda por serviços de água e esgoto pode aumentar significativamente com a implantação de um hospital odontológico público. Como esses equipamentos precisam ser higienizados frequentemente e geram uma grande quantidade de resíduos, o consumo de água e a geração de esgoto podem sobrecarregar as redes de abastecimento e de tratamento de esgoto da região. Outra sobrecarga que um hospital odontológico pode trazer é a necessidade de adequação e ampliação da rede elétrica. Esses equipamentos de saúde geralmente requerem um fornecimento de energia elétrica estável e de alta qualidade para garantir o funcionamento adequado de equipamentos e aparelhos médicos. Se a rede elétrica da região não estiver adequada para atender à demanda do hospital, pode haver quedas de energia, o que pode afetar o atendimento aos pacientes. Além disso, a implantação de um hospital odontológico pode gerar impactos na segurança pública da região. Por ser um equipamento público que atende a toda a população, é possível que haja um aumento da criminalidade na região. Para minimizar esse impacto, é importante que haja um planejamento adequado de segurança e vigilância na área, garantindo a tranquilidade e a segurança dos pacientes e funcionários. Por fim, a implantação de um hospital odontológico público também pode gerar impactos na demanda por serviços públicos essenciais, como transporte, educação, segurança e saneamento básico. Como esses equipamentos de saúde atraem pacientes de outras regiões, pode haver um aumento da demanda por serviços públicos, o que pode sobrecarregar a infraestrutura urbana da região. REFERENCIAS BANDEIRA, Ângelica Carvalho.; KNEIB, Erika Cristine. Cuadernos de Geografía | Revista Colombiana de Geografía | Vol. 26, n.º 1 ene| ISSN 0121-215X (impreso) · 2256-5442 (en línea) | BOGOTÁ, COLOMBIA | PP. 187-200, .-Jun. del 2017 SANTOS, Milton. Espaço e método. 4ed. São Paulo: Nobel, Coleção Espaços, 1997. SEMPLAN 1. LOCALIZAÇÃO GEOGRAFIA 2. OBJETIVO E JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO 3. COMPATIBILIDADE COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE 4. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA, DADOS DE CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO, SOCIOECONÔMICA, HISTÓRICA E CULTURAL 5. INFRAESTRUTURAE EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS EXISTENTES 6. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E CONDIÇÕES DE HABITANTES 7. QUALIDADE URBANÍSTICA E AMBIENTAL E SUAS ALTERAÇÕES 8. CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE 9. GERAÇÃO E INTENSIFICAÇÃO DE POLOS GERADORES DE TRÁFEGO 10. VALORIZAÇÃO OU DESVALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA EM DECORRÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 11. SOBRECARREGA NOS SISTEMAS DE INFRAESTRUTURA URBANA E EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS REFERENCIAS
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