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LABORATÓRIO DE FARMACOTÉCNICA HOMEOPÁTICA 
PREPARO DE GLÓBULOS HOMEOPÁTICOS 
 
ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO 
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 
 
 
PREPARO DE GLÓBULOS 
HOMEOPÁTICOS 
 
 
 
 DEFINIÇÃO DE GLÓBULOS HOMEOPÁTICOS, INSUMOS INERTES E 
 FORMULAÇÕES HOMEOPÁTICAS DE USO INTERNO 
 
A homeopatia é um sistema médico direcionado ao tratamento holístico de 
patologias. Diferentemente da prática alopática, a homeopatia se fundamenta no 
princípio da similitude, ou seja, na aplicação da Lei dos Semelhantes. Cunhada por 
Hipócrates (séc. IV a.C.), a Lei dos Semelhantes é centrada nos dizeres “similia similibus 
curantur”, que podem ser traduzidos como “semelhante cura semelhante”. Como 
prática terapêutica, esse princípio foi desenvolvido por Samuel Hahnemann (1755-1843) 
no século XVIII. 
A partir de seus experimentos e conhecimentos, a terapia homeopática 
expandiu-se mundialmente, sendo introduzida no Brasil por Benoît Mure (1809-1858) 
em 1840 (BRASIL, 2006). Atualmente, está descrita na Política Nacional de Práticas 
Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde (PNPIC-SUS), estimulando 
seu acesso aos pacientes e, ao mesmo tempo, evidenciando a necessidade de 
capacitação dos profissionais. 
Em 2011, foi publicada a terceira edição da Farmacopeia homeopática brasileira 
(BRASIL, 2011) e, em 2022, a Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas 
(ABFH) publicou a quarta edição do Manual de normas técnicas para a farmácia 
homeopática (ABFH, 2022). Em conjunto, esses compêndios abordam definições e 
mailto:contato@algetec.com.br
 
 
 
LABORATÓRIO DE FARMACOTÉCNICA HOMEOPÁTICA 
PREPARO DE GLÓBULOS HOMEOPÁTICOS 
 
ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO 
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 
 
padronizações de processos para a produção de formulações homeopáticas que 
confiram segurança ao paciente. 
Conforme a Farmacopeia homeopática brasileira (BRASIL, 2011), os glóbulos são 
classificados como insumos inertes aplicados no preparo de formulações para uso 
interno. A Figura 1 apresenta um esquema das principais formas farmacêuticas 
homeopáticas de uso interno dispensadas nas farmácias brasileiras: 
 
 
Figura 1 – Classificação das formas farmacêuticas homeopáticas de uso interno. (*) Pode ser dispensada na forma 
de um comprimido, cinco glóbulos, um tablete ou 300-500mg de pó. Fonte: Elaborada pela autora (2022). 
 
Das formas sólidas apresentadas, os glóbulos são os mais dispensados na 
farmácia homeopática, devido à facilidade de preparo, versatilidade dos princípios para 
impregnação e boa aceitabilidade pelos pacientes (FONTES et al., 2018). Além disso, em 
comparação com as formas farmacêuticas líquidas, não apresentam álcool em sua 
composição, sendo recomendados para crianças. No entanto, o profissional prescritor e 
o farmacêutico deverão atentar para pacientes com restrições ao consumo de açúcar 
(por exemplo, diabéticos). 
Por apresentarem diferentes tamanhos, é usual nas farmácias homeopáticas o 
emprego dos glóbulos nº 3, 5 e 7, referentes à massa dos glóbulos inertes de 30, 50 e 
Formas de uso 
interno
Líquidas
Dose única
Gotas
Sólidas
Dose única*
Comprimidos
Tabletes
Glóbulos
Pós
mailto:contato@algetec.com.br
 
 
 
LABORATÓRIO DE FARMACOTÉCNICA HOMEOPÁTICA 
PREPARO DE GLÓBULOS HOMEOPÁTICOS 
 
ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO 
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 
 
70mg, respectivamente. Os glóbulos são formados por núcleos de sacarose, obtidos 
industrialmente pelo método de drageamento. Por meio dessa técnica, os núcleos de 
sacarose são borrifados com soluções de sacarose ou mistura de sacarose e lactose, 
formando esferas de tamanho padronizado e ligeiramente porosas (FONTES et al., 
2018). 
Além dos glóbulos, também podem ser manipulados microglóbulos, que 
apresentam tamanhos inferiores, sendo padronizada a massa de 63mg para cada 100 
microglóbulos (BRASIL, 2011). 
Todos os insumos inertes utilizados no preparo de formulações homeopáticas 
devem ser previamente identificados, caracterizados e qualificados de acordo com os 
preceitos farmacopeicos. Especialmente para glóbulos de sacarose, é aconselhável o 
controle de temperatura e umidade, durante seu armazenamento e manipulação. 
As soluções alcoólicas utilizadas no preparo de soluções de impregnação devem 
ter seu título alcoométrico previamente aferido, uma vez que a integridade dos glóbulos 
é afetada por soluções alcoólicas inferiores a 70% m/m. Essa determinação pode ser 
conduzida em laboratório homeopático, com auxílio de alcoômetro centesimal (BRASIL, 
2011). 
 
 PREPARO E DISPENSAÇÃO DE GLÓBULOS HOMEOPÁTICOS 
 
A manipulação de glóbulos homeopáticos consiste em quatro etapas principais: 
preparo da solução de impregnação; tríplice impregnação; secagem; e envase. 
Inicialmente, a solução de impregnação é preparada na potência e escala descritas na 
prescrição. Dinamizações anteriores podem ser preparadas em solução alcoólica de 30% 
m/m ou inferior, mas a solução de impregnação sempre deverá ser preparada com 
solução hidroalcoólica de 70% m/m (77% v/v) ou superior. 
Feito isso, os glóbulos inertes são pesados e transferidos para um recipiente de 
boca larga, preferencialmente com tampa. A próxima etapa consiste no gotejamento da 
solução de impregnação sobre os glóbulos. Conforme o Manual de normas técnicas para 
mailto:contato@algetec.com.br
 
 
 
LABORATÓRIO DE FARMACOTÉCNICA HOMEOPÁTICA 
PREPARO DE GLÓBULOS HOMEOPÁTICOS 
 
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E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 
 
a farmácia homeopática (ABFH, 2022) e a Farmacopeia homeopática brasileira (BRASIL, 
2011), a impregnação deverá ser conduzida em três etapas, sendo denominada tríplice 
impregnação. 
O volume de solução a ser aplicado pode variar de 2 a 10% v/m, sendo 
recomendados 5% v/m pela Farmacopeia homeopática brasileira (BRASIL, 2011) e entre 
2 e 5% v/m pelo Manual de normas técnicas para a farmácia homeopática (ABFH, 2022). 
Segundo a ABFH (2022), a proporção de solução a ser impregnada deverá ser 
determinada pelo controle de qualidade da farmácia, de acordo com o teste de 
capacidade de absorção dos glóbulos. Esse controle deverá ser conduzido sempre que 
houver troca de lote dos glóbulos, troca de fornecedor e alteração das condições de 
temperatura e umidade do local de manipulação (ABFH, 2022; FONTES et al., 2018). 
Na prática, 24g de glóbulos de sacarose serão impregnados com 5% v/m de 
natrum muriaticum 30CH, ou seja, o volume total de solução será de 1,2mL. Esse volume 
total deverá ser impregnado em três porções de 0,4mL, com auxílio de gotejador e 
agitação dos glóbulos após cada impregnação. Dessa forma, garante-se a impregnação 
do princípio ativo de forma homogênea. 
Uma forma de averiguar a uniformidade da impregnação consiste no emprego 
de solução de violeta de genciana a 0,2% m/v em etanol superior a 70% m/m. Os 
glóbulos deverão apresentar coloração violeta homogênea, sem presença de grumos ou 
resíduos após o processo (FONTES et al., 2018). Ressalte-se que esse teste deverá ser 
conduzido somente quando necessário, para controle interno. 
Finalizada a impregnação com a solução homeopática, os glóbulos devem ser 
transferidos para uma placa de vidro ou papel-filtro e submetidos a secagem em estufa, 
em temperatura inferior a 50°C. Alternativamente, algumas referências recomendam a 
secagem após cada etapa de impregnação (FONTES et al., 2018). Por fim, os glóbulos 
devem ser envasados em frascos de vidro âmbar com boca larga, evitando possíveis 
degradações por luz e umidade. 
A rotulagem dos frascos deve seguir as orientações da legislação vigente, mas a 
Farmacopeiahomeopática brasileira (BRASIL, 2011) recomenda a inclusão dos seguintes 
dados: nome homeopático; potência, escala e método; forma farmacêutica; 
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quantidade; data de manipulação; prazo de validade; posologia; uso interno; insumo 
inerte ou grau alcoólico; nome do paciente; nome do prescritor; e condições de 
conservação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS. Manual de normas 
técnicas para farmácia homeopática. São Paulo: ABFH, 2022. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC-
SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia 
homeopática brasileira. 3. ed. Brasília, DF: Anvisa, 2011. 
 
FONTES, O. L. et al. Farmácia homeopática: teoria e prática. 5. ed. Barueri: Manole, 
2018. 
 
 
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