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Farmacotécnica Homeopática

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Farmacotécnica homeopática
Prof. Javier Salvador Gamarra Junior
Descrição
Fundamentos da farmacotécnica homeopática, aplicada na produção
dos medicamentos homeopáticos (MH) de modo seguro, com garantia
de qualidade e com promoção de sua eficácia.
Propósito
O conhecimento dos fundamentos e detalhes da farmacotécnica e da
farmácia homeopática é essencial para que o farmacêutico habilitado
em homeopatia produza de forma segura, efetiva e qualificada
medicamentos homeopáticos, principais ferramentas terapêuticas das
Práticas Integrativas e Complementares (PICS) no Brasil.
Preparação
Antes de iniciar seu estudo, pesquise e acesse a Farmacopeia
Homeopática Brasileira, 3ª edição, 2011, disponível no site da Anvisa.
Objetivos
Módulo 1
Insumos e veículos em homeopatia
Reconhecer as bases conceituais de insumos e veículos
homeopáticos.
Módulo 2
Medicamento homeopático
Descrever os conceitos básicos relacionados a medicamentos
homeopáticos.
Módulo 3
Formas farmacêuticas básicas e
derivadas
Identificar as formas farmacêuticas básicas e os princípios das
formas farmacêuticas derivadas.
Módulo 4
Preparação de FFD e formas
farmacêuticas de dispensação
Reconhecer os métodos de preparação de formas farmacêuticas
derivadas, bem como formas de dispensação.

Introdução
Na atuação do profissional farmacêutico em homeopatia, é
indispensável o conhecimento técnico pleno sobre farmácia
homeopática e sobre farmacotécnica homeopática. Neste
conteúdo, concentraremos nossa atenção na farmacotécnica
homeopática. O estudo sobre a farmacotécnica voltada à
homeopatia é terreno destinado ao farmacêutico e proporciona
as ferramentas para que se possa produzir os medicamentos
homeopáticos (MH), seja na farmácia homeopática seja em
laboratórios industriais homeopáticos.
Você conhecerá os insumos que são empregados na
farmacotécnica homeopática, caracterizando-os conceitual e
tecnicamente. Depois, abordaremos os conceitos básicos sobre
medicamentos e sobre dinamização, técnica peculiar para
produção dos MH. Em seguida, apresentaremos o que são as
formas farmacêuticas homeopáticas, abordando a básica (FFB) e
as derivadas (FFD). Nesse momento, você fará um mergulho nas
escalas e nos métodos que são empregados em farmacotécnica
homeopática para o preparo das dinamizações. Finalizaremos
apresentando as formas farmacêuticas de dispensação. Esse é o
percurso que convidamos você a percorrer, conhecendo de modo
aprofundado os detalhes da farmacotécnica homeopática,
essencial para que o futuro farmacêutico atue na farmácia
homeopática com segurança e qualidade.
1 - Insumos e veículos em homeopatia
Ao �nal deste módulo, esperamos que você reconheça as bases conceituais
de insumos e veículos homeopáticos.
Conceito de insumos inertes
e descrição de insumos
líquidos
Vamos conhecer agora os insumos utilizados para a produção de
medicamentos homeopáticos. Iniciaremos conhecendo o que são
veículos e excipientes.
Os veículos (substâncias líquidas) e excipientes (substâncias sólidas ou
semissólidas) são denominados como insumos inertes (I.I). Trata-se de
substâncias complementares sem ação farmacológica e terapêutica
nas concentrações empregadas. Com esses insumos se realizam as
diluições, preparam-se as dinamizações e se faz a extração de
princípios ativos das drogas, quando se elaboram as tinturas-mãe
homeopáticas.
Um aspecto importante desse contexto é que, no medicamento
homeopático, os veículos se tornam parte integrante dos
medicamentos, conduzindo a informação terapêutica e facilitando a
administração. São os veículos que incorporam, assimilam e
transmitem as virtudes medicinais das substâncias para os organismos
vivos.
Na farmacotécnica homeopática, empregamos insumos comuns à
alopatia (gerais) e alguns que são de uso somente em homeopatia, tais
como:
Alopatia (gerais)
Água pura (ou purificada), álcool (etanol), lactose e sacarose.
Homeopatia
Glóbulos, microglóbulos, tabletes.
É importante que os insumos gerais provoquem pouquíssima ou
nenhuma sensibilidade ao organismo.
Quanto aos padrões de pureza e qualidade dos insumos homeopáticos,
eles devem seguir os compêndios oficiais, farmacopeias e formulários
gerais, e os textos homeopáticos específicos, as farmacopeias e
formulários homeopáticos.
A partir de agora, conheceremos um pouco mais sobre esses insumos.
Vamos lá?
Insumos líquidos
Água pura (ou puri�cada)
A água empregada em farmacotécnica homeopática é pura ou
purificada de acordo com padrão farmacopeico, sendo essa purificação
obtida por meio de várias tecnologias, destilação, bidestilação, osmose
reversa, deionização com filtração esterilizante, filtragem por
membranas Milli Q. A água deve vir de fontes potáveis – rede pública,
poços artesianos.
Milli Q
É uma marca de sistemas de purificação de água para o fornecimento de
água ultrapura tipo I. Apenas equipamentos Milli Q são capazes de fornecer
esse tipo de água que é popularmente conhecida como “água Milli Q”.
Sistema de osmose reversa.
As tecnologias mais frequentes nas farmácias homeopáticas ou em
farmácias com manipulação que incluam produção de medicamentos
homeopáticos são duas: a destilação e a osmose reversa. O menor
custo é com a destilação.
Entretanto, a tecnologia mais sustentável do ponto de vista ambiental é
a osmose reversa.
A água para homeopatia deve ter as seguintes características em
termos de qualidade: incolor, límpida, inodora, isenta de impurezas. A
armazenagem deve ser em recipientes de plástico virgem, vidro. O
estoque de água pura deve ser renovado diariamente, uma vez que o
prazo de validade é de 24 horas. Recomenda-se que a renovação do
estoque ocorra no período da manhã.
A água pura é empregada para preparo de soluções hidroalcoólicas,
destinadas para líquidos extratores na técnica de tintura-mãe, para
soluções de dinamização, para veículos de dispensação.
Recomendação
O ideal é que se acople o sistema de pré-filtragem à tecnologia
selecionada, usando filtros de celulose, tela metálica, carvão ativado,
antes de iniciar o processo de purificação. Isso vai possibilitar melhoria
no rendimento e economia na manutenção. O sistema de purificação
deve ser limpo e receber manutenção periodicamente.
Álcool (Etanol)
Na farmácia homeopática, o álcool utilizado é o álcool etílico neutro
bidestilado (etanol). No Brasil, pode ser de cana-de-açúcar ou de cereais
(neste caso, sobretudo o de milho). Em países europeus se pode
empregar álcool obtido da beterraba. O médico fundador da
homeopatia, o alemão Samuel Hahnemann, adotava álcool de uva (o
chamado espírito do vinho).
Frasco de etanol.
Em termos de qualidade, o álcool deve ser límpido, incolor, sabor
ardente, odor característico e isento de impurezas (sobretudo aldeídos
e álcoois superiores). O armazenamento deve ser em embalagens
herméticas, por exemplo, bombonas de polietileno.
O álcool é o insumo mais importante da farmacotécnica homeopática,
em termos quantitativos, para elaboração de tinturas e dinamizações
homeopáticas. A seguir, compreenda os tipos de álcool empregados e
seus variados usos, conforme Fontes (2018):
Etanol a 5% (v/v)
Utilizado como insumo inerte na dispensação de doses únicas
líquidas.
Etanol a 20% (v/v)
Empregado para dissolução do 3º triturado (3CH trituração) na
preparação da escala cinquenta milesimal.
Etanol a 30% (v/v)
Utilizado para dispensação de medicamentos homeopáticos
em gotas.
Etanol a 77% (v/v)
Usado nas dinamizações intermediárias.
Etanol igual ou superior a 77% (v/v)
Direcionado para preparação de dinamizações que
impregnarão a lactose, os glóbulos, os comprimidos e os
tabletes, além de moldagem dos tabletes.
Etanol a 96% (v/v)
Aplicado na dinamização de medicamentos na escala
cinquenta milesimal.
Diferentes diluições etanólicas
Direcionado para elaboração de tinturas homeopáticas e na
diluição de drogas solúveis.
Glicerina
Glicerina líquida.
A glicerina é um líquido viscoso, xaroposo, límpido, incolor,inodoro,
higroscópico (absorve a umidade do ar). Pode ser empregada a glicerina
bidestilada ou anidra. A glicerina deve ser acondicionada em
embalagens de vidro ou de plástico – limpas e fechadas
hermeticamente. Usos da glicerina: nas preparações denominadas
“glicerinadas”, em proporções variadas considerando glicerina/água,
glicerina/etanol, glicerina/água/etanol (1:1, 1:1, 1:1:1, respectivamente).
As preparações são a partir de drogas animais, produtos biológicos,
produtos extrativos ou de transformação vegetal.
Insumos sólidos, recipientes e
acessórios
Insumos sólidos
Lactose
É o açúcar do leite de origem bovina. Descrita como pó branco,
cristalino, levemente doce. Seu acondicionamento deve ser em
recipientes bem fechados para evitar absorção de odores. É adotada
para preparo de dinamizações de drogas insolúveis (trituração) em água
pura, etanol e suas soluções, além do emprego na produção de
comprimidos, tabletes, glóbulos.
Comentário
Outro uso relevante da lactose é na forma farmacêutica sólida
denominada “pós”, em que se associa insumo ativo líquido
(dinamização) com fração de lactose padronizada em peso (300 a
500mg) impregnada com no mínimo 10% de dinamização líquida (v/p).
Também se faz a dispensação usando insumo ativo sólido, mantendo
mesmo padrão de fração e proporção.
Sacarose
Garrafa de sacarose pura.
Geralmente obtida a partir da cana-de-açúcar, purificada. Insumo
descrito como cristais ou massas cristalinas, incolores ou brancas, ou
pó cristalino branco, com sabor doce característico. Acondicionar em
recipientes bem fechados. A sacarose é empregada no fabrico de várias
formas farmacêuticas, como glóbulos, microglóbulos e comprimidos.
Comprimidos
Os comprimidos são pequenos discos que se obtêm mediante a
compressão da lactose ou mistura de lactose e sacarose, com ou sem
granulação prévia, e apresentam peso entre 100mg e 300mg. Para a
produção dos medicamentos homeopáticos, esses insumos são usados
por compressão ou por impregnação. Em impregnação, a proporção
insumo ativo líquido/comprimido inerte é, no mínimo, de 10% (v/p).
A forma farmacêutica sólida, assim como o próprio insumo inerte, é
denominada “comprimidos” e possui pouca ocorrência em homeopatia.
Comprimidos.
Glóbulos
Glóbulos.
Essa forma farmacêutica sólida é uma das mais importantes para a
homeopatia, amplamente usada na pediatria homeopática. São esferas
bem pequenas de sacarose pura ou misturada com pequenas
quantidades de lactose. Apresentam três padrões, com base no peso
médio: n. 3 (30mg), n. 5 (50mg), n. 7 (70mg). Os glóbulos inertes devem
ser esféricos, homogêneos e regulares, brancos, praticamente inodoros
e com sabor doce. Devem possuir capacidade de adsorção da forma
farmacêutica ativa líquida. São impregnados com a dinamização líquida
para obtenção da forma farmacêutica denominada “glóbulos”.
Microglóbulos
Os microglóbulos inertes são esferas muito pequenas, de sacarose e
amido de milho, com padronização em peso de 63mg a cada 100
unidades de microglóbulos, em média, conforme descrito no Organon da
arte de curar, obra principal de Samuel Hahnemann (1810), no trecho em
que o autor descreveu a técnica de preparo da dinamização cinquenta
milesimal.
O insumo deve apresentar-se como grão esférico, homogêneo, regular,
branco, sabor doce, praticamente sem odor. Deve ser acondicionado em
frascos bem fechados (frasco âmbar, por exemplo).
Seu emprego é na produção de dinamizações na escala cinquenta
milesimal, para geração de estoque e para dispensação.
Microglóbulos armazenados em frascos âmbar.
Tabletes
São preparações de consistência sólida em formato de cilindros
achatados, para dissolução na cavidade bucal. São feitos de lactose e
obtidos por moldagem em tableteiro, possuem cor branca, são inodoros
e de sabor levemente adocicado. O peso médio oscila entre 75 e 150mg.
Devem ser acondicionados em recipientes bem fechados. Os tabletes
são impregnados com dinamizações líquidas para obtenção da forma
farmacêutica sólida denominada “tabletes”.
Recipientes e acessórios
Os recipientes e acessórios empregados na preparação e no
acondicionamento dos medicamentos homeopáticos devem ser de
materiais que não podem se alterar nem modificar as atividades
medicamentosas. Esse cuidado também se aplica aos frascos de vidro
utilizados no armazenamento das tinturas homeopáticas. Nesse caso, é
importante que a embalagem seja de vidro, raramente será admitida
embalagem plástica. Tinturas-mãe de Arnica montana, Calendula
officinalis, Berberis vulgaris, por exemplo, serão sempre armazenadas
em frascos de vidro âmbar.
Características das embalagens de vidro
Consta no texto farmacopeico brasileiro que a preparação e a
estocagem de medicamentos homeopáticos e de tinturas homeopáticas
devem ser feitas em frascos de vidro âmbar, de quatro classes
hidrolíticas, I, II, III, NP.
Conheça, a seguir, as características das vidrarias utilizadas em cada
uma das classes hidrolíticas:
Classe hidrolítica I
Vidro não alcalino, neutro, destinado a embalar medicamentos
para aplicações intravasculares e de uso parenteral.
Classe hidrolítica II
Vidro alcalino tipo III, tratado e semineutro, para embalar
produtos de uso parenteral que não devem ter seu pH alterado.
Classe hidrolítica III
Vidro alcalino, em geral utilizado para preparações parenterais,
exceto quando ensaios de estabilidade adequados não
recomendem o uso.
Classe hidrolítica NP
Vidro não parenteral, alcalino, para embalagem de produtos para
uso oral ou tópico.
Acessórios
São parte integrante dos recipientes, podendo ter contato direto com os
medicamentos. Temos tampas, batoques, gotejadores, conta-gotas, que
devem ser de polietileno ou polipropileno. Há ainda as cânulas, que
devem ser de vidro, polietileno de alta densidade, polipropileno ou
policarbonato. Já os bulbos devem ser de látex, silicone atóxico ou
polietileno. Não se deve usar bulbos de borracha, que podem ceder
resíduos ao medicamento. Quem utiliza as ponteiras descartáveis
também deve estar atento, já que elas entram em contato com os
medicamentos. Portanto, devem ser de polietileno de alta densidade,
polipropileno ou policarbonato.
Insumos, recipientes e
acessórios

Assista ao vídeo a seguir e conheça os principais insumos, recipientes e
outros materiais utilizados em farmacotécnica homeopática.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
No contexto das formas farmacêuticas homeopáticas de
dispensação, além dos critérios que estipulam concentração
insumo ativo/insumo inerte, um dos elementos críticos é o
parâmetro de validade dos insumos empregados na dispensação.
Entre os principais insumos inertes empregados na dispensação,
estão soluções hidroalcoólicas, água purificada, lactose, sacarose.
Com base nessa reflexão, assinale a opção correta em termos de
validade de insumos inertes para dispensação.
A
A validade padrão da água purificada em padrão
farmacopeico é de sete dias.
B
Na dispensação de dose repetida líquida, deve ser
adotado o etanol a 77% (v/v).
C
O etanol a 5% (v/v) é opção admitida para
dispensação de dose única líquida.
D
O etanol padrão para dose repetida líquida deve ser,
sempre, etanol a 5% (v/v).
Parabéns! A alternativa C está correta.
Para dispensação de dose única líquida, está previsto que se utilize
água purificada a padrão farmacopeico ou solução hidroalcoólica
fraca, no caso até a 5% (v/v).
Questão 2
Em farmacotécnica homeopática, o insumo mais importante é o
etanol, em termos quantitativos. Mas a água em diversas formas
também é necessária e mesmo indispensável na farmácia
homeopática, em seus procedimentos de farmacotécnica
homeopática. Sabe-se que se parametriza tanto a água considerada
potável quanto a água submetida a padrões farmacopeicos. Com
base nessa introdução, assinale a opção correta no que tange à
água em farmacotécnica homeopática.
E
Não é permitida a dispensação de dose única sólida
empregandoo insumo inerte comprimido.
A
Para água purificada, a principal técnica de
obtenção é a bidestilação.
B
Não se emprega água purificada em dispensação
homeopática, sempre se adotando soluções
hidroalcoólicas que variam de fracas a fortes (desde
5% até 77%).
C
A água a ser purificada deve ser coletada
diretamente da rede de abastecimento pública ou
do poço artesiano.
D
Para a pré-filtração da água de abastecimento,
pode-se adotar filtros químicos (como carvão
ativado) e físicos (telas metálicas e membranas de
celulose).
Parabéns! A alternativa D está correta.
A água para homeopáticos deve ser purificada e as principais
técnicas são destilação simples e osmose reversa. Bidestilação é
cara e recomendada para indústrias. Água purificada é prevista para
dispensação de doses únicas líquidas na FHB3 e não se adota
álcool tão forte (77%) para dispensação. O limite é até 30%. A água
de abastecimento coletada diretamente da rede pode danificar o
sistema de purificação – recomenda-se pré-filtração. Para doses
repetidas líquidas, adotar soluções hidroalcoólicas, o padrão
farmacopeico é 30%.
2 - Medicamento homeopático
Ao �nal deste módulo, esperamos que você descreva os conceitos básicos
relacionados a medicamentos homeopáticos.
De�nições relacionadas a
medicamentos homeopáticos
Medicamento homeopático x remédio
homeopático
E Para doses repetidas líquidas, sempre adotar como
veículo de dispensação água purificada a padrão
farmacopeico.
Você lembra das definições de medicamento e remédio?

Medicamento
Representa produto
farmacêutico,
tecnicamente obtido ou
elaborado, com
finalidade profilática,
curativa, paliativa ou
para fins de diagnóstico
(BRASIL, 1973; BRASIL,
2019).

Remédio
Corresponde a qualquer
tipo de produto ou ação
usado para curar ou
aliviar doenças,
sintomas, desconforto
ou mal-estar.
Complementando a definição de remédio, poderia ser tanto
medicamentos industrializados/manipulados quanto chás,
procedimentos lúdicos (abraço, por exemplo) e medicamentos de
quaisquer racionalidades médicas.
Agora, vamos pensar nessas definições no contexto da farmácia
homeopática:
Possui dois significados importantes. Um voltado aos aspectos
filosóficos, em que é toda substância que tem a capacidade de
produzir sintomas no homem sadio e de fazer desaparecer
sintomas semelhantes no indivíduo enfermo, em um processo
dinâmico que resulta em movimentação
biopsicoanatomofuncional em direção à cura, seja no plano
físico, mental ou moral. O segundo traz a visão farmacotécnica,
em que o medicamento homeopático é toda forma farmacêutica
de dispensação ministrada seguindo dois princípios de cura,
como entende nossa Farmacopeia homeopática (2011), o da
semelhança e o da identidade, com finalidade
curativa/preventiva, obtida pela dinamização, com uso interno e
externo. A técnica da dinamização será analisada em detalhes.

Medicamento homeopático 
É um conceito inerente à homeopatia e que não deve ser
confundido com o de remédio que você já conhece. Trata-se do
medicamento homeopático que alcançou sucesso em suas
finalidades, ou seja, alcançou a cura do paciente ao coincidir
com a sintomatologia semelhante apresentada pelo doente
durante a consulta e anamnese homeopática.
Contexto de prescrição durante os estudos e
trabalhos de Hahnemann
Para desenvolver o contexto da ferramenta terapêutica da homeopatia,
seu criador, Hahnemann, passou por diversas etapas no
desenvolvimento de seu trabalho. Iniciou com uso e investigação de
drogas em concentrações elevadas. O exemplo emblemático é o ensaio
original, empregando China officinalis. Depois, passou a diluir as
substâncias em solventes adequados, água purificada e açúcar de leite
e, finalmente, desenvolveu a técnica farmacêutica peculiar à
homeopatia, denominada dinamização.
Dinamização homeopática
Para entender a técnica criada por Hahnemann, analisemos alguns
conceitos básicos.
Diluição
Diluir é desconcentrar, mediante adição de um líquido ou um sólido.
Diluir também é atenuar. Adicionar solvente a uma solução explica bem
o que é diluição. Esse procedimento em que se adiciona insumo inerte a
um insumo ativo tem por consequência a redução da concentração de
insumo ativo.
Dinamização
O termo dinamização é inerente à farmacotécnica homeopática. Resulta
do processo de diluições seguidas de agitações mecânicas, que
recebem uma denominação própria, as sucussões e/ou triturações.
Antes de avançarmos, vamos entender o que é sucussão e trituração?
Sucussão
Remédio homeopático 
É um processo manual no qual ocorre um movimento vigoroso do
insumo ativo dissolvido em insumo inerte adequado, por meio do
movimento do antebraço, devidamente ritmado, contra um
anteparo semirrígido. O movimento do braço humano se dá em
angulação próxima a 90°, devendo ser repetido 100 vezes (100
ciclos ou golpes). É possível recorrer a tecnologias
eletromecânicas, como os braços sucussionadores, que devem
reproduzir o processo manual. Esse processo é utilizado quando
os insumos são líquidos.
Trituração
É um procedimento que consiste na redução do insumo ativo a
partículas menores, usando lactose como insumo inerte, para
dinamizar o constituinte ativo. O processo pode ser manual
(usando gral e pistilo) ou mecânico, neste caso, adota-se os
moinhos de bolas, entre outras tecnologias.
Nomenclatura dos
medicamentos homeopáticos
Como surgiu a nomenclatura dos medicamentos
homeopáticos?
A denominação dos medicamentos homeopáticos segue regras técnico-
científicas bem estabelecidas. Os nomes são científicos, atendendo a
regras internacionais de nomenclatura botânica, zoológica, biológica,
química, farmacêutica, além de incluir nomes tradicionais dessas
drogas na homeopatia. Nesses casos, constantes de compêndios
oficiais, como farmacopeias e formulários homeopáticos, matérias
médicas ou outras obras reconhecidas no meio homeopático.
Os nomes são latinos ou então latinizados e científicos. Esse sistema
começou durante os trabalhos pioneiros de Hahnemann e outros
grandes homeopatas. Na nomenclatura moderna, basta grafar o
primeiro nome iniciando por maiúscula e os demais, sempre, em
minúscula.
Exemplo
Vejamos o caso de Arnica montana. Basta registrar desse modo, que
estará identificada a droga investigada por Carlos Lineu (botânico
sueco, 1707-1778), que é registrada como Arnica montana L. (em itálico,
também se usa negrito e muitas vezes sublinhado), grande droga
vegetal de importância homeopática.
Na homeopatia se dispensa esses procedimentos. A organização das
regras para nomenclatura é importante para análise e aviamento das
prescrições pelos farmacêuticos, uma vez que orienta a conduta técnica
dos prescritores profissionais de saúde homeopatas habilitados
(médicos, cirurgiões-dentistas, médicos veterinários, enfermeiros,
fisioterapeutas, nutricionistas, além dos próprios farmacêuticos), na
elaboração das receitas homeopáticas.
Descrição das regras de nomenclatura
A Farmacopeia Homeopática Brasileira em vigor apresenta com clareza
as regras a serem adotadas para a nomenclatura homeopática.
Usaremos sua referência técnica como base e comentários adicionais
além de Fontes [(ed.), 2018].
Primeira recomendação
Primeiro nome em letra maiúscula, segundo e seguintes,
sempre em letra minúscula. Exemplos: Nux vomica, Apis
mellifera, Pulsatilla nigricans, Ruta graveolens.
Segunda recomendação
Caso de uso de única espécie usada em homeopatia, admite-se
que se use apenas gênero. Exemplo: é o caso de Lycopodium
(Lycopodium clavatum).
Terceira recomendação
Há casos de nomes consagrados em homeopatia, em que se
adota somente gênero, omitindo a espécie, desde que o
procedimento não permita que haja dúvidas. Exemplos: Um
dos casos mais emblemáticos é o do Eupatorium perfoliatum.
Embora haja outras espécies, por exemplo, Eupatorium
hagelundii, Eupatorium spathulatum, são pouco utilizadas.
Desse modo, usar Eupatorium somente remete ao E.
perfoliatum. E esseuso é corrente em homeopatia.
Quarta recomendação
Há casos de nomes consagrados em homeopatia em que se
faculta omitir o gênero, adotando a espécie. Exemplos: Atropa
belladonna, se usa Belladonna, Solanum dulcamara, se usa
Dulcamara, Citrullus colocynthis, se adota Colocynthis.
Quinta recomendação
Quando forem espécies pouco usadas, deve ser utilizada a
grafia completa. Exemplos: Aconitum ferox para não confundir
com outra mais comum, Aconitum napellus, que adota
somente o gênero. Outro exemplo, Crotalus horridus, para não
confundir com Crotalus terrificus. Lobelia inflata, para não
confundir com a espécie Lobelia purpurea.
Sexta recomendação
Outro caso importante é a denominação de drogas químicas,
além da nomenclatura oficial, se adota a nomenclatura
consagrada pelo uso homeopático. Exemplos: Barium e seus
compostos, se admite também Baryta, como em Baryta
carbonica. Bromum e seus compostos, se admite Bromium,
como em Bromium, o metaloide. Em Calcium e seus
compostos, se admite Calcarea, como em Calcarea
phosphorica. Ocorre também em Kalium e seus compostos,
adotando-se Kali, como em Kali carbonicum. Outro exemplo
para finalizar, Sulfur e seus compostos, admite-se Sulphur,
como é a denominação do medicamento homeopático que tem
como ponto de partida as flores de enxofre.
Sétima recomendação
Em relação a drogas químicas, ácidos e sais, orgânicos ou
inorgânicos, admite-se, além da designação química oficial,
aquela consagrada pelo uso homeopático, escrevendo-se, de
preferência, em primeiro lugar, o nome do elemento ou do íon
de valência positiva e, em segundo lugar, o de valência
negativa. Exemplos: Acidum aceticum ou Acetic acidum,
Acidum muriaticum ou Muriatis acidum, Acidum nitricum ou
Nitri acidum.
Oitava recomendação
Outro elemento importante é o emprego de abreviaturas na
nomenclatura de medicamentos homeopáticos. Deve-se
atentar para evitar geração de dúvidas com a aplicação do
procedimento. A Farmacopeia homeopática brasileira (FHB)
exemplifica situações que podem dar margem à dúvida, Antim.
ars. que poderia ser identificado como Antimonium
arsenicosum (deve-se abreviar Antim. arsenic.) ou Antimonium
arsenicum (deve-se abreviar Antim. arsenicum), que são drogas
distintas. Nos casos identificados como corretos são descritos:
Mercurius solubilis (Merc. sol. ou Mercur. sol.), Atropa
belladonna ou Belladonna (Bell. ou Bellad.), Solanum
dulcamara ou Dulcamara (Dulc. ou Dulcam.).
Sinonímias
Os sinônimos adotados homeopaticamente (sinonímias) devem seguir
o que está constando na literatura homeopática, obras consagradas,
oficiais e científicas.
Não é permitido o uso de sinônimos arbitrários que
não constem nas obras comentadas acima, assim
como códigos, números, siglas, nomes arbitrários.
Reforçando, a prática é vedada de acordo com o
regramento sanitário brasileiro.
São ferramentas importantes para fortalecer a adesão terapêutica e
devem ser empregadas com critério pelo clínico. Elas são úteis, por
exemplo, nos casos de pacientes autodidatas, que procuram
informações sobre seus medicamentos homeopáticos na internet, por
exemplo, e que podem acabar buscando questionar a decisão do clínico
de selecionar esse ou aquele medicamento.
Exemplos de sinonímias adotadas:
Nomenclatura Sinonímias
Arsenicum album Metallum album
Bryonia alba Vitis alba
Calcarea carbonica
Calcium ostrearum, Calcarea
edulis
Graphites
Carbo mineralis, Plumbago
mineralis
Hydrastis canadenses Warneria canadenses
Lappa major Arctium majus
Lycopodium Muscus clavatus
Pulsatilla Anemone pratensis
Nux vomica Strychnos colubrina
Sulphur Flavum
Tabela: Relação entre nomenclaturas e sinonímias utilizadas na homeopatia.
Thaiane Andrade.
Abreviaturas e símbolos em farmácia
homeopática
Existem símbolos e abreviaturas que fazem parte da rotina operacional
da farmácia homeopática e sua abordagem farmacotécnica (constam
da farmacopeia, na rotulagem dos medicamentos), assim como são
empregados na elaboração das prescrições dos profissionais de saúde
homeopatas habilitados.
Na tabela a seguir, veja a relação de símbolos e abreviaturas úteis para a
prática da farmacotécnica homeopática.
Símbolos e abreviaturas - Farmacotécnica homeopática
Comprimido (comp.)
Microglóbulo (mcglob ou
mcgl.)
Diluição (dil.) Partes iguais (ana ou ãã)
Dinamização (din.) Quantidade suficiente (qs)
Escala centesimal, método
Hahnemanniano (CH)
Quantidade suficiente para
(qsp)
Escala cinquenta milesimal
(LM)
Resíduo seco tintura-mãe
(r.s.)
Escala decimal de Hering,
método Hahnemanniano
(DH)
Resíduo sólido de vegetal
fresco (r.sol.)
Farmacopeia Homeopática
Brasileira (FHB)
Solução (sol.)
Forma farmacêutica básica
(FFB)
Tabletes (tabl.)
Glóbulos (glob.)
Tintura-mãe (Tint.mãe, TM,
ϕ)
Método de Fluxo Contínuo
(FC)
Título alcoólico da tintura-
mãe (tit. alc.)
Método Korsakoviano (K) Trituração (trit.)
Tabela: Símbolos e abreviaturas.
Thaiane Andrade.
Classi�cação dos
medicamentos homeopáticos
em categorias
Origem dos medicamentos homeopáticos
Os medicamentos homeopáticos podem ser categorizados
considerando origem na natureza e espectro de ação farmacológica
homeopática.
As drogas homeopáticas podem vir de diversas fontes na natureza.
Reino Vegetal, Reino Mineral, Reino Animal, Reino Fungi, Reino Monera,
Reino Protista, além de drogas desenvolvidas por Hahnemann por meio
de marchas analíticas químicas (preparações especiais de Hahnemann),
drogas desenvolvidas como fruto do engenho tecnológico humano
(químicas, farmacêuticas, biotecnológicas), e drogas de origem
biológica natural. Outra categoria importante são as drogas que não se
enquadram nas categorias anteriores, mas são obtidas mediante
exploração de princípios físicos sobretudo. São denominadas
imponderáveis.
A seguir, indicamos as categorias de origem dos medicamentos
homeopáticos (MH), comentando aspectos básicos sobre o uso de
drogas de cada categoria e citando exemplos de drogas:
Aspectos básicos: fornece maior número de drogas; drogas
frescas ou secas; plantas inteiras ou suas partes – flores, folhas,
raízes etc. Importância da identificação botânica e coleta
correta.
Exemplos de drogas conforme a categoria: Belladonna (planta
inteira); Allium cepa (bulbo); Berberis vulgaris (casca da raiz).
Aspectos básicos: considera-se drogas em estado natural e
drogas obtidas pelas tecnologias de extração, purificação,
produção laboratorial. Importância da identificação correta. Usar
drogas com padrão de pureza mais elevado (PA).
Exemplos de drogas conforme a categoria: Grandes MH: Sulphur,
Phosphorus, Aurum metallicum – drogas químicas naturais;
Reino Vegetal 
Reino Mineral 
drogas industrializadas: Sulfanilamidum, Acidum sulfuricum,
Barium carbonicum.
Aspectos básicos: menor aporte de drogas entre os 3 reinos
principais. Drogas de grande importância. Organismos inteiros,
suas partes, produtos extrativos ou de transformação, produtos
patológicos. Importância do conhecimento exato da droga,
identificação técnica acurada, higidez dos organismos –
alimentação, ciclo claro-escuro, regras bioéticas.
Exemplos de drogas conforme a categoria: Amanita phalloides
(cálice da morte), Lycoperdon bovista, Agaricus muscarius
(agárico mosqueado). Apresentam patogenesias ricas.
Aspectos básicos: Agrupa bactérias e cianobactérias. São
organismos procariontes. Incluídas bactérias e seus produtos
fisiológicos – toxinas
Exemplos de drogas conforme a categoria: Colibaccillinum
(Escherichia coli), Tuberculinum (tuberculina bruta de Koch)
Aspectos básicos: três drogas minerais obtidas mediante
marchas analíticas. Não existem em estado natural.
Exemplos de drogas conforme a categoria: Causticum, Hepar
sulphuris calcareum, Mercurius solubilis.
Aspectos básicos: agrupa drogas não classificadas nas
categorias anteriores. Produtos biotecnológicos, vírus.
Exemplos de drogas conforme a categoria: Albuminum, Beta-
carotenum, Biotinum, Influenzinum (vírus Influenza), Latrodectus
ReinoFungi 
Reino Monera 
Preparações especiais de Hahnemann 
Drogas biológicas 
matans serum (soro da viúva negra).
Classi�cação pelo espectro de ação farmacológica
homeopática
Aqui se apresenta como se classificam os medicamentos homeopáticos
(MH), tendo em consideração o perfil dos estudos realizados para
investigação do potencial terapêutico de drogas que podem vir a ser
empregadas como MH.
É importante compreender que a base dessa
classificação é o banco de dados resultante dos
estudos denominados Experimentação Patogenética
do Homem São, método investigativo desenvolvido por
Hahnemann, como já descrito no estudo sobre os
fundamentos da homeopatia.
Sob esse contexto, os MH se classificam em três grupos: policrestos,
semipolicrestos e menores. Analisemos brevemente cada um:
Policrestos
O termo se origina de duas palavras de origem grega, polys =
muito, khréstos = amplo, benéfico, favorável. Interpreta-se que
tem muitas aplicações. São MH que apresentaram patogenesias
extensas, e isso determina o amplo espectro de ação
farmacológica homeopática, as listas variam de país a país, com
24 MH ao todo. Nos estudos de uso de MH, são os mais
frequentes nas prescrições.
Exemplos de MH policrestos: Arnica montana, Atropa belladonna,
Mercurius solubilis, Sulphur.
Semipolicrestos
Apresentam patogenesias relativamente menos extensas. As
listas apresentam 36 MH, e também são variáveis
internacionalmente.
Exemplos de MH desse grupo: Baryta carbonica, Causticum,
Graphytes, Lilium tigrinum, Natrum sulphuricum.
Medicamentos menores
Apresentam patogenesias de menor porte, porém são drogas
importantes já que, na individualização clínica do paciente para
escolha do MH, os sintomas descritos em suas matérias médicas
podem ser mais raros, mais estranhos e mais peculiares (sigla
REP), e assim se ajustarem à necessidade clínica individualizada
daquele paciente. Consideremos que são mais de 3.000 drogas
investigadas como MH no mundo e que os menores são todos os
demais fora dos itens policrestos e semipolicrestos.
Classi�cação de
medicamentos homeopáticos
Você sabe a origem e a classificação dos medicamentos homeopáticos
em categoria? Assista ao vídeo a seguir que apresenta exatamente essa
temática, com base em exemplos e aplicações.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Medicamento homeopático é uma tecnologia em saúde presente no
sistema de saúde brasileiro, podendo ser produzido por
manipulação em farmácias homeopáticas ou industrializado em
laboratórios farmacêuticos homeopáticos industriais. O que o
caracteriza é a farmacotécnica específica, que inclui o processo
chamado dinamização. Sobre dinamização homeopática, é correto
afirmar:
Parabéns! A alternativa D está correta.
A alternativa D é a correta, pois apresenta as duas etapas
farmacotécnicas que compõem a dinamização, diluição seguida de
agitações mecânicas, que para sistemas líquidos são as
sucussões. E as sucussões devem ser feitas sempre 100 vezes a
cada potência a ser produzida.
A
Dinamização é ato farmacotécnico peculiar à
homeopatia, caracterizado por procedimento de
diluições sucessivas em insumo inerte líquido ou
sólido adequado.
B
Para dinamizar, deve proceder a diluições
sucessivas em escalas de proporção conhecida
consagradas na homeopatia, por exemplo, escala
decimal, seguidas de agitações mecânicas
denominadas trituração, em sistemas líquidos.
C
Para produzir as dinamizações, temos duas escalas
matemáticas de proporção adotadas na
homeopatia, a decimal e a centesimal.
D
Para preparo de medicamentos na escala
centesimal, devemos observar o uso de um frasco
de diluição para cada potência a ser produzida,
seguida de 100 agitações mecânicas, denominadas
sucussões.
E
O frasco de dinamização, quando aplicado o método
hahnemanniano dos frascos múltiplos, deve ser
preenchido, sempre, em ½ da sua capacidade, do
contrário haverá queda de qualidade no
vascolejamento.
Questão 2
Os medicamentos homeopáticos (MH), do ponto de vista da
Farmacologia Homeopática, são classificados segundo o espectro
de ação farmacológica. Sobre esse critério de classificação, analise
as afirmações e identifique a correta.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A opção correta é a alternativa B. Os policrestos são os MH mais
prescritos e com patogenesias mais extensas, um grupo de 24
drogas. Os MH menores são a maioria dos mais de 3.000 MH
investigados até o presente no mundo todo e são importantes pela
individualização clínica e pelos sintomas raros, estranhos e
peculiares. Os semipolicrestos são 36 drogas cujas listas são
A
Medicamentos menores são MH de patogenesias
pequenas, e compõem um pequeno grupo de
medicamentos no universo do arsenal terapêutico
homeopático.
B
Policrestos são os MH de maior abrangência no
emprego terapêutico e nos estudos sobre uso
desses medicamentos.
C
O grupo de MH semipolicrestos perfaz um total de
24 drogas.
D
A relevância dos menores é limitada, já que suas
patogenesias são pouco extensas e portanto
referem e identificam poucos sinais e sintomas
homeopáticos.
E
Os semipolicrestos se originam apenas de drogas
de origem vegetal.
variáveis, como é praxe nessa classificação, e se originam dos mais
diversos reinos da natureza.
3 - Formas farmacêuticas básicas e derivadas
Ao �nal deste módulo, esperamos que você identi�que as formas
farmacêuticas básicas e os princípios das formas farmacêuticas derivadas.
De�nições
O que é tintura-mãe?
Como vai ficando claro, à medida que se desenvolve o tema,
medicamentos homeopáticos podem ser produzidos a partir das drogas
diretamente, ou a partir das tinturas homeopáticas, que são
denominadas tinturas-mãe.
Forma farmacêutica básica (FFB) é a preparação que constitui o ponto
inicial para a preparação das formas farmacêuticas derivadas (FFD).
Além disso, FFB é a tintura-mãe (TM), conforme a FHB 3 (2011). Agora,
vejamos o que é a TM.
Tintura-mãe (TM) é preparação farmacêutica em forma de solução,
resultante da ação dissolvente e/ou extrativa de um insumo inerte (I.I.)
hidroalcoólico ou hidroglicerinado sobre uma determinada droga.
A droga pode ser vegetal fresca ou dessecada e também animal,
igualmente fresca ou dessecada. TM pode ser obtida por meio de
técnicas como a maceração e percolação, atualmente, sem deixar de
considerar que no tempo de Hahnemann havia outra técnica por ele
desenvolvida, denominada expressão, atualmente em desuso. A tintura-
mãe será identificada pelos símbolos TM e ϕ.
O preparo de TM é atribuição do laboratório industrial
homeopático, sendo raramente feito em farmácia
homeopática, dado que essa produção será onerosa,
considerando os requisitos de qualidade exigíveis para
o preparo de TM conforme a legislação brasileira.
Processos para obtenção da TM
Agora passemos à análise dos principais processos de obtenção de TM.
A literatura descreve três processos: expressão, técnica de Hahnemann,
maceração e percolação – técnicas mais recentes e que prevalecem
modernamente.
Maceração
Na maceração, a droga, vegetal ou animal, é colocada em contato com o
líquido extrator, com agitação, durante certo período. Na FHB, esse
período está definido em, no mínimo, 15 dias. É importante, durante
esse processo, lembrar-se de sempre agitar o frasco com a preparação.
A razão para estar atento à agitação é que se trata de uma técnica de
extração, na qual atuam a difusão e a osmose.
O líquido extrator atua sobre a superfície celular, exercendo a ação
dissolvente até que estabelece um equilíbrio, com igualdade de
concentração entre os líquidos extra e intracelular. Por isso, é
importante a maior quantidade de líquido extrator, garantindo a entrada
na célula, provocando seu rompimento. Já a agitação assegura melhor
distribuição da droga, reduzindo essa concentração ao redor das
células, isso altera o equilíbrio das concentrações.
Técnica de maceração.
Percolação
É a técnica de extração prevista parauso em plantas dessecadas,
descrita em diversas farmacopeias, citando-se a norte-americana
(HPUS), a alemã (GHP) e a edição brasileira em vigor (FHB, 2011).
A técnica brasileira estabelece os seguintes passos:
Primeiro
A droga vegetal, finamente dessecada e tamisada (tamis 40 ou
60) em recipiente adequado, deve ser deixada em contato com
quantidade suficiente de líquido extrator (20% do peso da droga),
de modo a umedecer o pó, por um período de quatro horas.
Segundo
Deve ser feita a transferência para percolador (que tenha
capacidade ideal) com cuidado, para evitar formação de canais
preferenciais para escoamento do solvente. A droga deve estar
distribuída homogeneamente.
Terceiro
A seguir, coloca-se volume do líquido extrator, que seja suficiente
para cobrir toda a droga e obter o volume desejado de tintura-
mãe, por 24 horas, com velocidade de percolação calibrada para
oito gotas por minuto para cada 100g de droga vegetal.
Quarto
O solvente deve ser reposto mantendo a droga imersa até se
alcançar o volume de TM. Para finalizar, o líquido resultante deve
ficar em repouso por 48 horas, ser filtrado e depois armazenado.
Expressão
A expressão é uma técnica desenvolvida por Hahnemann no começo da
homeopatia. Hahnemann a considerava a técnica mais adequada para o
preparo de TM a partir de vegetais frescos, conforme posto no Organon.
A técnica pode ser descrita por meio dos seguintes procedimentos:
Primeiro
O vegetal fresco é reduzido em pedaços pequenos até formar
uma pasta fina. Essa pasta é envolta em um pano de linho novo.
Segundo
O pano é prensado para que se obtenha o suco. Esse suco é
misturado com álcool de imediato pós-prensagem.
Terceiro
O preparado será conservado em frasco âmbar fechado, por
alguns dias, protegido da luz e do calor. Para finalizar, ele será
filtrado em papel de filtro de boa qualidade.
Apesar de estar em desuso, essa forma de obtenção tem seu valor
histórico que deve ser reconhecido.
Preparo a partir de drogas
animais, acondicionamento e
validade
Preparo de TM a partir de drogas animais
Para produção de TM tendo como ponto de partida drogas de origem
animal, se prevê o uso de animais vivos, recém-sacrificados ou
dessecados, podendo usar o animal inteiro, suas partes ou secreções.
Para essa TM, a técnica é a maceração, podendo incluir como líquidos
extratores soluções hidroalcoólicas ou hidroglicerinadas.
Segundo a atual edição da FHB, poderão ser usados como líquidos
extratores soluções hidroalcoólicas de 65% a 70% (v/v), mistura
glicerina e água (partes iguais), misturas entre etanol, água e glicerina
(1:1:1), soluções hidroalcoólicas indicadas nas respectivas monografias
de cada droga. A relação droga/líquido extrator para TM de origem
animal é de 1:20 (p/v), ou seja, 5%.
Exemplo
No emprego de drogas a partir de órgãos e glândulas de animais
superiores, exemplificado pelo Thyroidinum (obtido da hipófise), o
líquido extrator será uma mistura de água e glicerina; não se emprega
etanol, que pode alterar constituintes orgânicos. No emprego de drogas
a partir de insetos, por exemplo, Apis mellifica, que é a abelha operária
inteira viva submetida à maceração, emprega-se mistura hidroalcoólica.
Maceração de drogas animais
A maceração de drogas animais consiste em, basicamente,
acondicionar uma parte da droga, fragmentada ou não, atendendo ao
determinado em monografia, em presença de 20 partes de líquido
extrator, por pelo menos 20 dias, agitando o recipiente contentor 3 vezes
ao dia. A maceração nesse caso deve ocorrer em ambiente refrigerado e
protegido da luz. Na etapa seguinte, é feita filtração sem prensagem
nem expressão.
Se a quantidade final de TM não alcançar 20 vezes o peso da droga,
acrescenta-se ao resíduo do macerado quantidade suficiente de líquido
extrator. Esse líquido permanecerá em repouso por 48 horas. Findo esse
tempo, proceder à filtragem com papel de filtro de boa qualidade.
Acondicionamento e conservação de tinturas-
mãe
Entre os cuidados técnicos no manuseio de TM, sua conservação e seus
modos de acondicionamento são críticos para garantia da qualidade de
tão importante insumo farmacêutico no contexto da farmácia
homeopática. Devem ser acondicionadas em frascos de vidro âmbar,
bem fechados e protegidos da exposição à luz e ao calor. Não se
recomenda acondicionar TM em frascos de material plástico, pois
poderá alterar a qualidade do insumo, em razão do modo de estocagem
e da natureza da própria TM. Os procedimentos para TM conforme a
natureza de seu preparo são:
TM hidroalcoólicas
Consiste em armazenar em locais com temperatura entre 16-22°C.
TM hidroglicerinadas
Baseia-se em estocar em ambientes refrigerados (temperatura entre 2 e
8°C) com prazo de validade inferior a seis meses.
Validade de TM
Prazo de validade de TM dependerá das condições de estocagem e de
sua natureza. É importante destacar que as TM durante a armazenagem
poderão sofrer uma série de alterações, como precipitações, oxidações,
hidrólises, reações com componentes dos recipientes em que as TM
estão armazenadas – pela cedência. Outro fator relevante é a perda de
álcool por evaporação – nesse caso, a TM foi acondicionada de modo
inadequado.
Atenção!
Atribui-se à TM o prazo de validade de cinco anos pelos laboratórios, a
quem cabe, por lei, essa responsabilidade, e deve ser feita caso a caso.
É altamente recomendável que se realizem testes de controle de
qualidade após um ano nas TM preparadas com soluções
hidroalcoólicas. Deve ser lembrado que as TM perdem suas
propriedades farmacológicas à medida que o tempo avança,
influenciado pelos procedimentos de armazenamento e
acondicionamento.
O farmacêutico deve realizar o descarte da TM cuja validade venceu e
ao se perceber alterações em suas características organolépticas,
turvação, precipitação. O descarte deverá atender às regras de
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, conforme preconizado
na legislação.
Introdução à Formas
Farmacêuticas Derivadas
(FFD)
Formas Farmacêuticas Derivadas
Para entendermos as escalas e os métodos das formas farmacêuticas
derivadas (FFD), precisamos conhecê-las. As FFD são o produto da
aplicação da técnica chamada dinamização sobre as drogas no estado
em que se encontram na natureza, sobre as drogas secas, sobre as
formas farmacêuticas básicas e intermediárias ou sobre dinamizados
anteriores (potências).
E o que seriam escalas e métodos?
Escalas 
É uma relação matemática de proporção entre um insumo ativo
(IA) e um insumo inerte (II). Essa relação deve ser reproduzível
ao longo de toda a execução da técnica. As escalas são
seguidas no preparo das diferentes diluições para se obter as
dinamizações. A farmacopeia em vigência estabelece que são
três as escalas: Decimal, Centesimal e cinquenta milesimal.
É o roteiro técnico seguido para o preparo das diversas FFD. São
três os Métodos em farmacotécnica homeopática:
Hahnemanniano, Korsakoviano e fluxo contínuo.
No Brasil, temos uma quarta escala, não oficializada na FHB, mas
descrita no Manual de normas técnicas da ABFH, a Escala SD ou
Dinamização Especial.
A seguir, descreveremos as diversas escalas e métodos.
Método Hahnemanniano (H)
É o método criado por Hahnemann, identificado pelo símbolo “H” e que
se tornou o principal método para preparo de dinamizações
homeopáticas. Sua importância se deve ao fato de esse método ser
adotado para produzir FFD nas escalas centesimal, decimal e SD, além
de ser empregado associado aos outros dois: o Korsakoviano e o do
fluxo contínuo.
Comentário
É também denominado de método dos frascos múltiplos porque, para
cada potência produzida, se emprega um frasco de dinamização e um
procedimento de agitações mecânicas (sucussões).
Vamos agora conhecer as escalas que empregam o método H,
conforme a FHB.
Escala centesimal (C)
A escala centesimal, identificada pelo símbolo “C”, foi desenvolvida por
Hahnemann. Inicialmente, o criador da homeopatia usava número baixo
Métodos de agitações mecânicas, as sucussões, conforme já descrito
anteriormente, sendo entre duas e dez. Depois, com o aprimoramento de
seu trabalho, ele propôs que se realizassem 100 fortes sucussões.
Assim, a dinamização na Escala Centesimal moderna preconiza que se
proceda à diluição de uma parte da substância ativa em 100 partes de
diluente (solvente, insumo inerte, veículo) (1:100), o que perfaz uma
proporção de 1 parte (substância ativa) + 99 partes (veículo) em frasco
que esteja preenchido com a capacidade entre ½ e 2/3 do volume do
frasco de dinamização. Segundo Fontes [(ed.)2018], isso permitirá que,
durante o ato da dinamização, o sistema líquido a ser dinamizado seja
melhor vascolejado, o que qualifica o resultado final do procedimento
farmacotécnico.
A seguir, veja o passo a passo de produção de uma potência na Escala
Centesimal adotando o método Hahnemanniano, tendo como ponto de
partida uma TM qualquer. Para o preparo de dinamização na Escala
Centesimal a partir de TM:
Para o preparo da 2CH:
Escala decimal (D ou X)
A escala decimal foi criada pelo médico homeopata alemão radicado
nos Estados Unidos (EUA) Constantin Hering (1800-1880), em 1833. A
produção e popularização da técnica ocorreram devido ao trabalho de
Bruno Albert Vehsemeyer (1807-1871), na Alemanha (a introduziu em
1836), e de Samuel Richard Dubs (1811-1900), nos EUA, que iniciou em
1839-1840. Isso traz um aspecto importante, que estabelece como se
identificam as potências na Escala Decimal.
Saiba mais
Na Alemanha, identificou-se pelo símbolo “D” e, nos EUA, pelo símbolo
“X”, que atualmente também são adotados. Na FHB, a identificação se
dá pelo símbolo DH (escala e método em que se produz, mas admite-se
a identificação com X também).
Acompanhe a descrição da técnica de preparo de FFD pela Escala
Decimal, tendo TM como ponto de partida.
Para o preparo de dinamização na escala decimal a partir de TM:
Para o preparo da 2DH ou 2X:
Escala SD
A escala SD (também denominada Dinamização Especial) surgiu nos
anos 1990, desenvolvida por Javier Salvador Gamarra (1941-2014),
médico homeopata paraguaio radicado no Brasil e primeiro presidente
da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB). A escala é uma
alta diluição produzida pelo método H. Não está inscrita na FHB, mas
está descrita no Manual de normas Técnicas para Farmácia
Homeopática, editado pela Associação Brasileira de Farmacêuticos
Homeopatas – ABFH (edição de 2019).
A SD é considerada dinamização homeopática não
farmacopeica (não está inserida como técnica em
compêndios oficiais, sobretudo a edição em vigor da
Farmacopeia Homeopática Brasileira) e deve ser
preparada segundo prescrição magistral.
A diluição da escala SD é 1:100.000, sendo preparada em duplo-passo,
tendo como ponto de partida a dinamização 4CH (Centesimal
Hahnemanniana). Ela é prescrita e aviada em diversos estados
brasileiros (sobretudo nas regiões Sul e Sudeste) e seu conhecimento é
importante. Vamos agora conhecer a técnica de preparo de FFD
empregando a escala SD.
Para o preparo das primeiras dinamizações na escala SD, proceda
conforme descrito a seguir. Para preparo da 1SD:
Separe uma parte da 4CH + 99 partes de solução
hidroalcoólica a 77% (v/v).
Aplique 100 fortes sucussões.
Separe uma parte da solução obtida + 999 partes de solução
hidroalcoólica a 77% (v/v).
Aplique 100 fortes sucussões.
Este será o medicamento no grau de potência 1SD.
Para preparo da 2SD:
Separe uma parte da 1SD + 99 partes de solução hidroalcoólica
a 77% (v/v).
Aplique 100 fortes sucussões.
Separe uma parte da solução obtida + 999 partes de solução
hidroalcoólica a 77% (v/v).
Aplique 100 fortes sucussões.
Este será o medicamento no grau de potência 2SD.
Para 3SD, repetir o procedimento de duplo-passo usando a 2SD como
ponto de partida.
Como preparar formas
farmacêuticas derivadas –
método Hahnemanniano
Agora, veja na prática as preparações farmacêuticas derivadas por meio
do método hahnemanniano.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Tintura-mãe (TM) é forma farmacêutica básica (FFB), segundo a
FHB3 (2011). Desse modo, ela pode ser ponto de partida para
preparo de dinamizações homeopáticas. Sobre a FFB, analise as
afirmações e assinale a correta.
A
Tintura-mãe é técnica para obtenção de
constituintes que se encontram unicamente em
drogas de origem vegetal.
Parabéns! A alternativa E está correta.
A opção correta é a alternativa E. TM se produz a partir de drogas
de origem vegetal e animal. Para preparo das TM, adota-se etanol,
água purificada, glicerina e soluções associando esses insumos. A
técnica mais adotada nas farmácias é a maceração, já nas
indústrias, maceração ou percolação. Expressão é técnica em
desuso, somente tem interesse histórico, já que é a pioneira. Para
drogas vegetais e animais, pode-se adotar qualquer dos três
insumos indicados, a depender da monografia da droga.
Questão 2
Um dos aspectos críticos no que tange à farmacotécnica e
produção de TM é assegurar que a produção aconteça atendendo a
parâmetros rigorosos de qualidade. Isso é aplicado tanto a
farmácias homeopáticas quanto a laboratórios industriais
homeopáticos. Tendo em conta essa preocupação, analise as
afirmações e assinale a correta.
B Tintura-mãe deve ser produzida a partir de insumos
(líquidos extratores) preparados com água
purificada e etanol, não se admitindo outros
insumos.
C
A principal técnica de obtenção de TM é a chamada
expressão.
D
Para drogas animais, adota-se para TM somente as
preparações glicerinadas ou mistura de água,
glicerina, etanol.
E
Para preparo de TM de drogas de origem animal,
adota-se a Força Medicamentosa (FM) de 1:20 (o
que corresponde a 5%).
Parabéns! A alternativa A está correta.
A opção correta é a alternativa A. TM com insumos glicerinados
tem validade menor – geralmente até seis meses. TM por
maceração deve ser agitada diariamente durante a preparação. Em
termos de temperatura de armazenagem, TM glicerinadas devem
ser refrigeradas (2 a 8°C), e não as TM hidroalcoólicas, neste caso a
armazenagem deve ser em temperaturas que oscilam entre 16 e
22°C.
A
Em relação a prazo de validade de TM, o prazo geral,
atribuído via indústria, é de até cinco anos, mas
deve ser definido mediante testes de estabilidade
caso a caso.
B
TM com insumos glicerinados tendem a ter prazo de
validade maior.
C
É indispensável manter a TM obtida via maceração
em repouso absoluto durante a preparação,
respeitando o período estipulado.
D
Em termos de armazenagem, as TM hidroalcoólicas
ficam resguardadas refrigeradas e as TM à base de
glicerina devem ser armazenadas em temperatura
ambiente.
E
Embalagens de plástico são importante opção para
armazenar TM.
4 - Preparação de FFD e formas farmacêuticas de
dispensação
Ao �nal deste módulo, esperamos que você reconheça os métodos de
preparação de formas farmacêuticas derivadas, bem como formas de
dispensação.
Métodos para preparação de
FFD
Método Korsakoviano (K)
Método de preparo de FFD é denominado Korsakoviano (símbolo “K”)
em homenagem a seu criador, o homeopata russo Semion Korsakov
(1788-1853). Conhecido também como Método do Frasco Único, pois
emprega um único frasco de dinamização para o preparo das FFD. Na
FHB, está descrito tendo como ponto de partida a potência 30CH,
usando como insumo inerte etanol a 77% (v/v) para o preparo das
potências e etanol a 30% (v/v) para o preparo das dispensações.
FFD produzidas seguindo essa técnica não podem ser estocadas,
conforme a regra farmacopeica. É um método pouco empregado no
Brasil, prevalecendo em alguns estados da região Sudeste, além de ser
empregado em medicamentos homeopáticos industrializados.
O princípio do método K é que a quantidade de líquido
aderida às paredes do frasco, após este ser
emborcado, reteria quantidade de solução
correspondente à centésima parte do volume original,
sendo, portanto, equivalente à diluição centesimal.
Vejacomo é feito o preparo farmacotécnico de FFD no método
Korsakoviano:
Separe o ponto de partida (potência 30CH) para preencher o
frasco de dinamização (frasco único) em etanol a 77% (v/v).
Emborque o frasco do ponto de partida por 5 segundos
(cronometrados), escoando o líquido sem interferências.
Preencha o frasco de dinamização com insumo inerte - etanol
a 77% (v/v) entre ½ e 2/3 da capacidade do frasco.
Aplique ao frasco 100 fortes sucussões.
Estará pronto o medicamento na potência 31K.
Para o preparo das potências subsequentes, repita o
procedimento até a potência desejada.
Método do Fluxo Contínuo (FC)
O método do Fluxo Contínuo, identificado pelo símbolo “FC”, surgiu com
a introdução de altas e altíssimas potências na homeopatia, sobretudo
pela influência de James Tyler Kent (1849-1916) nos EUA. O método é
eletromecânico, usa como solvente água purificada, o que determina
elevado consumo de energia e água para a produção das FFD. Segue em
uso no Brasil, embora esteja em declínio, o que pode ser devido aos
evidentes custos financeiros e ambientais para seu emprego.
O princípio do método é a diluição seguida do
turbilhonamento do insumo inerte de escolha, a água
pura. Deve haver fluxo ininterrupto do insumo inerte.
A técnica atual tem como base o equipamento desenvolvido por Paul
Lock, o turbo-dinamizador e segue os seus parâmetros.
Método Hahnemanniano aplicado a drogas
insolúveis
Para drogas insolúveis nos solventes principais, água purificada e
etanol, o insumo inerte de escolha é a lactose e a técnica de
dinamização, desenvolvida por Hahnemann, é a trituração.
Escala cinquenta milesimal (LM)
Essa escala também é identificada na literatura como método. Na FHB,
é escala cinquenta milesimal. O símbolo de identificação é “LM”, sendo
também reconhecido, sobretudo fora do Brasil, como “Q”, de
quinquemilesimale (em italiano). A técnica da LM foi descrita por
Hahnemann na sexta edição de sua obra principal, o Organon da arte de
curar, publicada em 1922, nos EUA, postumamente.
O autor utilizou a LM nos últimos cinco anos de sua trajetória e a
considerava seu melhor e mais aperfeiçoado método. O grau de diluição
da LM é 1:50.000. Alguns parâmetros técnicos são básicos para
compreender os procedimentos farmacotécnicos em relação à LM.
Atenção!
A dispensação da LM é sempre de um microglóbulo no veículo de
dispensação. Em dose repetida líquida, usar frasco com 2/3 da
capacidade preenchida, em dose única líquida, usar um microglóbulo
diluído no volume de veículo de dispensação sem precisar adotar a
regra de 2/3 da capacidade do frasco.
Características e aplicações
de métodos para preparação
de formas farmacêuticas
derivadas
Conheça mais profundamente os métodos de fluxo contínuo,
hahnemanniano, aplicado a drogas insolúveis, e a escala cinquenta
milesimal, por meio de exemplos.

Formas farmacêuticas de
dispensação líquidas de uso
interno
As formas farmacêuticas de dispensação em homeopatia se dividem
em uso interno e externo, e existem formas farmacêuticas líquidas,
sólidas e semissólidas. Vamos analisar as principais formas.
Formas farmacêuticas homeopáticas de uso
interno
Nesse caso, são dois grandes grupos, as líquidas e as sólidas. No Brasil,
as mais comuns são:
Líquidas
Gotas, dose única líquida e formulações líquidas.
Sólidas
Comprimidos, glóbulos, pós, tabletes, dose única sólida e formulações
sólidas.
Formas farmacêuticas líquidas
Gotas
Forma farmacêutica líquida.
É a forma farmacêutica dispensada, na maior parte das vezes em etanol
a 30% (v/v), padrão farmacopeico, obtida via os métodos já descritos –
H, K, FC, com volume definido pelo prescritor. Forma de grande
demanda.
Prepara-se conforme a FHB estabelece, sendo o medicamento
dinamizado na potência requerida (escala e método), em frasco de
dinamização, transferido para frasco de dispensação no volume
prescrito.
Se não for especificado, será dispensado pelas farmácias geralmente
em 15, 20, 30mL.
Como exemplo, observe a seguinte prescrição:
Arnica montana 12CH  30mL
GTS.
Comentário
Nessa sugestão de prescrição, separa-se a potência mais próxima (ao
menos a 11CH) e se dinamiza em etanol a 30% (v/v) no volume
requerido, transferindo para frasco de dispensação. O padrão
farmacopeico prevalece, mas há outras formas de prescrever, como a
diluição a 1% em etanol a 30% (v/v). No caso da LM, dispensar 1mcgl no
veículo requerido na prescrição, completando o frasco até 2/3 de sua
capacidade.
A validade das dispensações em gotas dependerá do veículo:
Água purificada: de 24 horas a 7 dias, conforme presença do
álcool de matriz.
Etanol a 5%: 3 meses.
Etanol a 30%: 2 anos.
Etanol a 77%: 5 anos.
As farmácias podem obter prazos distintos validados
em testes de estabilidade para medicamentos
dinamizados: por exemplo, água pura em maior prazo,
etanol de matriz idem.
Dose única líquida (DUL)
Preparação farmacêutica obtida por meio dos métodos homeopáticos já
citados, para ser tomada de uma só vez. Prepara-se a potência
requerida em etanol a 77%.
Atende-se ao volume na receita, se não houver especificado, dispensar
duas gotas da potência por mL (em água purificada ou etanol até 5%)
até 10mL.
2 gotas por mL.
Veja como exemplo a prescrição a seguir:
Pulsatilla 30CH 30mL.
Dose única líquida.
Tomar todo o conteúdo do frasco em jejum.
Comentário
Nesse caso, separa-se a potência estoque da farmácia e se dilui 60
gotas da potência estoque 30CH em etanol a 77% (v/v) em 30mL de
água pura ou a etanol até 5% (v/v). Na maioria dos casos, os
prescritores dão preferência à dispensação em água purificada.
A validade dessa forma farmacêutica é mais curta, já que a maioria das
preparações será em água purificada. Recomenda-se validade de 24
horas até sete dias em água purificada, a depender do volume de matriz
alcoólica constante na preparação. No caso de preparações a 5% (v/v),
validade de 90 dias. As farmácias têm autonomia para definir prazos
distintos mediante testes de estabilidade.
Formulações líquidas
Transferência de formulações líquidas.
Formulações líquidas/sólidas são preparações farmacêuticas
homeopáticas que apresentam, em uma composição, um ou mais
insumos ativos, obtidos por meio dos métodos homeopáticos
conhecidos. Formulações com mais de um insumo ativo atendem às
prescrições homeopáticas complexistas.
As formulações líquidas com apenas um insumo ativo devem ser
diluídas no insumo inerte com o volume indicado na receita. Para
formulações com mais de um insumo ativo, é necessário preparar os
medicamentos, separadamente, em etanol 30%, potências até 3CH/6DH,
usar o mesmo etanol do ponto de partida.
As dinamizações devem ser misturadas em um cálice e transferidas
para frasco de dispensação.
Veja a seguir exemplos de formulações líquidas:
Sepia 10MFC  2%
Etanol a 30%  30mL
Nesse caso, 2% da potência será diluída em etanol a 30% (v/v) em 30mL
de volume.
O uso do caractere ãã indica formulação líquida em forma de complexo
(mistura de dinamizações na mesma apresentação farmacêutica).
}  ãã 30mL
 Bryonia alba 12CH
 Drosera 12CH
Comentário
Nessa formulação, deve-se preparar, separadamente, cada potência, no
volume correspondente a 50% do volume total, 15mL cada, a partir da
potência anterior disponível – ao menos a 11CH de cada medicamento,
empregando veículo etanol a 30% (v/v).
Para:
Rhus tox. 30CH  X/20mL
GTS.
Deve-se separar a potência estoque, Rhus toxicondendron, na potência
30CH, e dispor dez gotas do estoque em frasco de dispensação com
20mL, cujo veículo será o padrão farmacopeico, etanol a 30% (v/v), para
uso em gotas.
Formas farmacêuticas de uso
interno sólidas e de uso
externo
Essas formas farmacêuticas já foram descritas quando falamos
anteriormente sobre insumos e veículos, assim, vamos nos concentrar
nos formatos de dispensação considerando essas formas
farmacêuticas.
Formatos de dispensação das formas
farmacêuticas sólidas
Para comprimidos, a preparação, seguindo a farmacopeia, será na
proporçãode 10% (v/p ou p/p), e em seguida é realizada secagem em
temperatura inferior a 50°C. Sugere-se validade de 02 anos. Para os
glóbulos, a dispensação será via impregnação, na proporção de 5%
(v/p), seguindo a FHB. Para microglóbulos, a dispensação atende ao
preconizado, seja para dose repetida seja para dose única, 1mcgl
dispensado em qualquer volume de dispensação; observar que, em DRL,
preencher o frasco em 2/3 da capacidade para a dispensação. Para
tabletes, preparar na proporção 10% (v/p ou p/p), secagem abaixo de
50°C. Uma forma a ser mais detalhada é a dose única sólida, a seguir.
Dose única sólida
É a quantidade limitada de medicamento na forma sólida a ser tomada
de uma só vez. O ponto de partida será o insumo ativo na potência
desejada. A técnica a ser adotada é impregnar a forma sólida com duas
gotas do insumo ativo ou de acordo com a prescrição.
Quanto à dispensação, quando não indicado na prescrição, dispensar:
Comprimidos
Um (1) comprimido.
Glóbulos
Cinco (5) glóbulos.
Pó
300 a 500mg de lactose.
Tablete
Um (1) tablete.
Pós
Dispensação de formas farmacêuticas sólidas.
Os pós de uso interno serão constituídos de insumo ativo, na potência
desejada, veiculados em lactose. A impregnação é a 10% (v/p ou p/p).
Deve-se repartir em porções de 300 a 500mg, adotando a secagem
padrão conforme já descrito. Dispensação em papéis, sachês,
flaconetes, cápsulas gelatinosas, com liberação do conteúdo
diretamente na boca.
Formas farmacêuticas de uso externo
São classificadas em:
Líquidas
Há algumas opções desses tipos de formas farmacêuticas, que
são menos frequentes em farmacotécnica homeopática. Elas
estão descritas na edição em vigência da FHB (3ª, 2011), por
exemplo os linimentos, que serão preparados e dispensados a
10% (v/v ou p/v); as preparações nasais, líquidas ou
semissólidas, com proporção 1 a 5% (p/v ou v/v); as preparações
oftálmicas, proporção 0,5 a 1%; as preparações otológicas,
líquidas ou semissólidas, proporção 10% (v/v, p/v).
Sólidas
Entre essas formas farmacêuticas, estão incluídos apósitos
medicinais, em algodão ou gaze esterilizada; pós medicinais
(talcos), na proporção 10% (p/p, v/p), adotando a secagem
padrão já detalhada; supositórios retais, com a proporção 5%
(p/p, v/p); e supositórios vaginais (óvulos), usados na proporção
a 5%.
Semissólidas
Essas formas farmacêuticas são adotadas na farmacotécnica
geral, mas com algumas particularidades. Para uso em
homeopatia, devem apresentar a maior hipossensibilidade
possível, assegurando que não apresentarão risco considerável
de reações indesejáveis de cunho alérgico. Entre essas formas
farmacêuticas, incluímos: cremes, géis, géis-creme, pomadas, a
proporção estabelecida via farmacopeia é de 10%.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
As formas farmacêuticas de dispensação em homeopatia podem
ser de uso interno e externo, subdividindo-se em sólidas, líquidas,
semissólidas. As mais frequentes são as líquidas, algumas sólidas
são de grande relevância em alguns casos específicos. Mais
recentemente, ganhou importância o uso de pomadas, cremes,
géis-cremes. Com base nessas premissas, analise as afirmações e
assinale a única correta.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A dispensação de gotas está correta, conforme a FHB3. A farmácia
deve adotar o padrão farmacopeico para a dispensação, não se
adota modelo próprio. Os volumes mais frequentes de dispensação
são 15, 20 ou 30mL. Os volumes indicados também ocorrem, mas
em menor frequência. O padrão farmacopeico é fazer a potência
requerida no volume de dispensação e no veículo requerido pelo
prescritor ou no padrão farmacopeico. A validade de dispensações
nessa alcoolatura é de dois anos. Cinco anos está incorreto.
Questão 2
A
As gotas são forma farmacêutica líquida de uso
interno. A dispensação se dá, considerando o
padrão farmacopeico, em etanol a 30% (v/v).
B
A farmácia pode adotar padrão próprio quando o
prescritor não especificar qual será o veículo de
dispensação.
C
O volume de dispensação mais frequente para
gotas é 60 ou 100mL.
D
O padrão farmacopeico de dispensação é diluir
volume da dinamização no veículo padrão ou no
requerido pelo prescritor. Por exemplo, diluir 1mL
em 30mL de etanol a 30% (v/v).
E
A validade de dispensações em etanol a 30% é de
cinco anos.
A dispensação homeopática ocorre com o emprego de diversas
formas farmacêuticas. Entre as principais, doses repetidas e doses
únicas, que podem ser líquidas e sólidas. Com base nessa
introdução, analise as afirmações e identifique a correta.
Parabéns! A alternativa C está correta.
A opção correta é a alternativa C. Esse é o procedimento padrão
para dispensar DUL pela FHB3 (2011). O veículo para DUL é água
pura a até, no máximo, álcool a 5%. A dispensação farmacopeica de
DRL é usar etanol a 30%. Na DUL, pela FHB3 (2011), se dispensa o
insumo padrão (duas gotas a cada mL de veículo). Para DRL,
preparar a potência requerida a partir da potência anterior, no
veículo prescrito ou adotar o padrão de álcool a 30%.
A
Quanto à dose única líquida (DUL), o veículo
recomendado é o etanol a 20%.
B
Para dispensação de dose repetida líquida (DRL), o
padrão farmacopeico é empregar etanol a 5%.
C
Dose única líquida, pela FHB3 (2011), deve ser feita
em água pura ou até etanol a 5% com proporção de
duas gotas de insumo ativo por mL de veículo até
10mL de limite.
D
Ao se aviar dose DUL, deve ser adotado o padrão de
1% de insumo ativo e o restante insumo inerte.
E
O padrão farmacopeico para DRL é diluir 1% do
insumo ativo no veículo de dispensação, qualquer
que seja o volume.
Considerações �nais
Neste conteúdo, estabelecemos as diferenças entre insumos e veículos,
observando as peculiaridades do medicamento homeopático. Depois,
fizemos análise conceitual sobre o medicamento homeopático, principal
tecnologia de saúde adotada na homeopatia, pontuando conceitos de
base e depois buscando o entendimento sobre o medicamento
homeopático e suas características.
Fizemos a classificação dos medicamentos considerando origem e
espectro farmacológico, assim como estudamos as regras de
nomenclatura para medicamentos homeopáticos. Estudamos a tintura-
mãe, única forma farmacêutica básica da farmacotécnica homeopática,
considerando as regras farmacopeicas nacionais e analisando suas
técnicas de obtenção. Em seguida, estudamos as formas farmacêuticas
derivadas homeopáticas, bem como as escalas e os métodos adotados
para produzi-las, detalhando e descrevendo cada um. Por fim,
estudamos as formas farmacêuticas de dispensação e vimos que
podem ser líquidas, sólidas e semissólidas, podendo ser de uso interno
ou externo. Consideramos suas concentrações e verificamos a validade
dos insumos empregados nas dispensações homeopáticas.
Podcast
Para encerrar, ouça o especialista apresentar um resumo do conteúdo
abordado no estudo, ressaltando a importância desses contextos para a
formação do farmacêutico homeopata.

Explore +
Pesquise o artigo (dossiê) Farmacotécnica homeopática, de Verano
Costa Dutra (2012), que esmiúça com riqueza de detalhes aspectos
básicos da farmacotécnica homeopática abordada em nosso conteúdo.
Visite o site da Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas –
ABFH, para tomar contato com a principal entidade de representação
dos farmacêuticos homeopatas e da farmácia homeopática em nível
nacional.
Conheça a cartilha Homeopatia, editada pelo CRF-SP (3ª edição, 2019),
que aborda aspectos da farmácia homeopática e da manipulação
homeopática.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS. ABFH.
Manual de Normas Técnicas para Farmácia Homeopática: ampliação
dos aspectos técnicos e inovações na prática farmacêutica
homeopática. 5. ed. São Paulo: 2019, 218p.
BRASIL. Lei nº 5991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o
Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos
Farmacêuticos e Correlatos, e dá outrasProvidências. Brasil, DF, 2022.
Consultado na Internet em: 29 abr. 2022.
BRASIL. Farmacopeia homeopática Brasileira (FHB). 3. ed. Brasília-DF:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos. Componente populacional: introdução, método e
instrumentos. Ministério da Saúde – Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2016, 80 p.
BRASIL. Farmacopeia brasileira. Volume I. 6. ed. Brasília-DF: Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, 2019.
CÉSAR, A. de T. Dinamização. Cultura Homeopática, 2 (5), out-dez 2003,
p.15-41.
FONTES, O. L. (Ed.). Farmácia homeopática: teoria e prática. 5. ed. rev. e
atual. Barueri-SP: Manole, 2018, 381p.
HOLANDINO, C. et al. Medicamentos homeopáticos e o paradigma da
evidência científica. J. Manag. Prim. Heal. Care., 2017; 8(2):322-332.
Material para download
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