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População mundial – Migrações Internacionais 
Dados essenciais: 
❖ 281 milhões de pessoas nasceram em um país e vivem em outro 
❖ Os Estados Unidos é o país que mais recebe imigrantes – o que não significa que a maioria do país seja 
composta por migrantes (apenas 15% da população). Em comparação com os Emirados Árabes, por exemplo, 
onde quase 90% da população é composta por migrantes, a parcela da população americana que é composta 
por migrantes não é tão expressiva (em comparação ao total populacional). 
❖ A rota migratória africana ocorre principalmente dentro do próprio continente 
❖ O crescimento da migração internacional está acontecendo em termos absolutos e relativos 
❖ Em 2022, 3,6% da população mundial é imigrante 
❖ A pandemia alterou o ritmo da migração mas não diminuiu o número de migrantes 
❖ É equilibrada a questão de gênero quando se fala de migração 
❖ A maior parte dos migrantes é composta por trabalhadores; os refugiados representam em torno de 30 
milhões, cerca de 10% do número de migrantes. 
❖ A maioria dos migrantes internacionais se encontram em idade ativa (20-64 anos); no caso dos refugiados, há 
grande número de crianças. 
1 – tradicionais migrações Sul > Norte 
3 – migrações Sul > Sul 
Nos últimos anos, a migração Sul-Sul teve maior número que a migração Sul-Norte. 
 
Além das migrações entre países pobres e ricos, é interessante pensar também em sistemas de migrações regionais. 
A ideia de que as migrações estão globalizadas, mas que permitem a identificação de sistemas regionais, dialogam 
com as ideias do geografo alemão Ravenstein, que escreveu “The birthplaces of the People and the Laws of Migration 
(1876)” – que fala da influência da distância sobre os deslocamentos e dos fatores de repulsão e atração (como a 
economia). Embora os avanços tecnológicos tenham diminuído consideravelmente o peso da distância nesses 
deslocamentos, isso não significa que ele tenha desaparecido. Importante frisar que a mitigação das distâncias 
proporcionadas pelos avanços tecnológicos tem caráter seletivo – ou seja, é maior para os que conseguem arcar com 
os custos desse avanço. Dessa forma, os que não podem arcar com os custos da tecnologia continuam sendo 
influenciados pelo fator distância. 
O advento das redes sociais também cria uma importante concentração de migrantes de uma mesma nacionalidade 
em um mesmo local – as pessoas veem outras de sua nacionalidade em um determinado lugar e esse destino se torna 
atrativo para a migração, criando uma comunidade (como é o caso de brasileiros em algumas cidades dos EUA, por 
exemplo). 
 
A despeito da ideia de migração Sul>Norte, que é uma imigração importante, ao pegar dados é possível perceber que 
a maioria das migrações – com exceção da América Latina (sobretudo por conta da proximidade com os EUA), a maioria 
das migrações ocorrem entre países da mesma região. 
 
OBS: a migração Sul>Norte é importante; entretanto, a corrente Sul>Sul também é muito expressiva mas aparece 
pouco nos veículos midiáticos; em 2017, a migração Sul>Sul superou a migração Sul>Norte. 
 
O migrante não só rejuvenesce a população (visto que a maior parte está em idade ativa) como gera maior 
produtividade; há mais benefícios para os países receptores do que malefícios. Já para os países de saída, há mais 
malefícios – normalmente relacionados à “fuga de cérebros”, perda de potencial e mão de obra, etc. A vantagem para 
os países de saída se encontra sobretudo nas remessas internacionais – uma vantagem que se vê na Balança de 
Pagamentos, quando o migrante envia dinheiro de volta ao seu país de origem. 
 
Migrações forçadas 
No final de 2020, 82 milhões de pessoas são consideradas migrantes forçados; desses 82, 48 milhões são deslocados 
internos (saída de uma região para outra dentro do próprio território nacional). O restante desse número, cerca de 
34 milhões de pessoas, são refugiados. Desse número, 4 milhões são “asylum-seekers” – ainda esperam o status de 
refugiado. Com a situação da Ucrânia, esse número deve aumentar ainda mais (tanto com refugiados como com 
deslocados internos). 
O Afeganistão liderou por 30 anos o ranking de emissão de refugiados, e nesses 30 anos, o país que mais recebeu 
refugiados afegãos foi o Paquistão; com a Síria, a Turquia; com o caso da Venezuela, a Colômbia passou a ser grande 
receptora de refugiados venezuelanos. Com a guerra na Ucrânia, certamente a Polônia será a maior receptora de 
refugiados ucranianos. 
 
 
*A maioria dos venezuelanos não requisitou status de refugiado. 
É importante ressaltar que, na migração forçada, a fatia de crianças é superior em comparação à pirâmide etária das 
demais migrações. 
 
 
População brasileira – migrações brasileiras 
 
A participação do Brasil e dos brasileiros nos circuitos internacionais de migração 
Uma grande onda imigratória de 1850 a 1934 vem ao Brasil (com auge de 1890 a 1910); 1934 é o ano marco por conta 
da Lei de Cotas de Imigração de Vargas. A consolidação da emigração de brasileiros se dá nos anos 80 e 90 do século 
XX. 
A quantidade de brasileiros morando nos EUA é quase o triplo do número de brasileiros morando em todos os demais 
países da América do Sul – o que mostra o perfil do emigrante: de maior renda. O Brasil vira um país emigrador na 
década de 80 por conta das frustrações econômicas da classe média. Com a crise do subprime em 2008, muitos dos 
brasileiros que saíram começam a retornar – inicialmente, a crise não atinge o Brasil como atingiu os países 
desenvolvidos. Os efeitos da crise, entretanto, vão chegar ao Brasil e em 2014, o país volta a ter um perfil emigrador. 
 
A migração circular ou rotatividade migratória é a coexistência de números expressivos de saída e chegada. 
 
De 1870 a 1953, Italianos lideraram o número de imigrantes vindos para o Brasil, seguido de Portugal. Espanhóis, 
alemães, japoneses e russos também formam número expressivo. 
De maneira geral, a imigração portuguesa foi estável ao longo do tempo; no arco temporal do final do século XIX e 
início do século XX, a onda imigratória de italianos é bastante expressiva. 
Quanto aos brasileiros no exterior, quase 40% da comunidade brasileira vive nos EUA; Portugal, Japão, Espanha, Itália 
também são países com expressivas comunidades brasileiras – sobretudo por conta da questão da dupla cidadania. 
Outro país que possui expressivo número de brasileiros é o Paraguai – grande parte desses migrantes está no país por 
conta da busca por terras mais baratas, sobretudo nos anos 70. 
OBS: é importante ficar atento aos dados sobre novos imigrantes no Brasil; a tendência é que os imigrantes 
portugueses, italianos, alemães, etc. estejam diminuindo, visto que são parte de ondas migratórias que ocorreram há 
muito tempo – essas pessoas estão morrendo. A tendência é que, daqui pra frente, o maior número de imigrantes no 
Brasil seja de bolivianos, venezuelanos, haitianos, etc. Grande parte dos migrantes bolivianos estão no Brasil com 
status de migrantes econômicos, venezuelanos como refugiados, e os haitianos com visto por motivos humanitários 
(não é refugiado, pois a migração por conta de desastres naturais não recebe status de refúgio). 
 
 
 
 
Refugiados venezuelanos: a Operação Acolhida foi criada em 2018 para garantir o atendimento humanitário a 
venezuelanos em Roraima, principal porta de entrada do país vizinho para o Brasil. 
 
Migrações internas 
As migrações internas no Brasil são um fenômeno do século XX – embora obviamente não foi um fenômeno que surgiu 
no século XX, essa migração interna foi viabilizada pelo trabalho livre e pela construção de estradas conectando as 
regiões do país. À medida que há conexões das regiões, agora com mão de obra livre (sobretudo para se locomover), 
há uma migração interna mais volumosa. Ao mesmo tempo, essa migração foi beneficiada pela assimetria entre as 
regiões brasileiras – muitas pessoas saíram da decadente região do Nordeste rumo ao Sudeste em crescimento, por 
exemplo. 
Entre 1970 e 1990, ao mesmotempo em que a migração do Nordeste para o Sudeste diminui, observamos a expansão 
da fronteira agrícola do Sul/Sudeste para o Centro-Oeste. A partir da década de 90 se percebe que as migrações já não 
são tão densas entre as regiões. 
Essas migrações internas vão assumir uma nova característica: a de migrações intrarregionais – de cidades grandes 
para cidades médias (desmetropolização). 
❖ Transumância: migração sazonal 
❖ Movimento pendular: deslocamentos diários da periferia para o centro das cidades (ex: Baixada e RJ) 
 
Tendências atuais: migrações de curta distância, migrações de retorno, etc.

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