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Medidas de frequência

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Medidas de frequência 
Descrever as condições de saúde da 
população, medindo a frequência com que 
ocorrem os problemas de saúde em 
populações humanas, é um dos objetivos da 
epidemiologia. Para fazer essas mensurações, 
utiliza-se métodos matemáticos. Sendo 
necessário saber como ela acontece, com que 
velocidade ela acontece o risco que essas 
doenças oferecem à população, o risco que as 
pessoas podem possuir para desenvolver 
aquela doença, entre outros. 
Frequências absolutas 
Número total de doenças que uma quantidade 
específica de pessoas desenvolveu. 
Exemplo 
Foram notificados 146.000 casos de AIDS 
Onde ou em que população? Na América do 
Sul? No Brasil? No Rio de Janeiro? 
Quando? Entre 1980 e 1997 ou entre 1980 e 
1988 ou em 1991 
 
Sempre é necessário completar a informação, 
não apenas o número, mas também referência 
temporal, referência do território. 
Frequências relativas (I) 
Referencia-se a um número por base em um 
grupo de pessoas, ou seja, há uma constante 
que torna aquela situação proporcional. 
Exemplo 
7,6% da população residente em algumas 
capitais de estados brasileiros, com idade 
entre 30 e 69 anos, apresentavam diabetes 
mellitus, entre 1986 e 1988. 
Frequências relativas (II) 
Existe outra forma de colocar os dados 
conforme a frequência relativa. 
Exemplo 
Após a menopausa, entre cada 100.000 
mulheres acompanhadas por um período de 
um ano, 85, desenvolveram um episódio de 
doença coronariana. 
O uso dos tipos de frequência irão depender 
do que quer demonstrar, ou seja, como quer 
que se passe a informação, como quer que as 
pessoas recebam a informação e o impacto 
que dará com as frequências. Isso ocorre, 
porque dependendo do tipo de frequência 
utilizada pode-se minimizar o perigo de uma 
determinada condição de saúde ou prejudicar 
ou até mesmo causar pânico dentro do grupo 
populacional pela forma que fala para essa 
população. 
Por exemplo, em 2019 tiveram 2 casos de 
HIV/AIDS e em 2020 4 tiveram casos de HIV/
AIDS em Governador Valadares (frequência 
absoluta), assim as pessoas entendem que 
não é uma doença com grande magnitude, por 
achar pouco para o volume populacional. No 
entanto, pode-se passar a mesma informação 
de outra forma, como no ano de 2020 ocorreu 
uma aumento de 100% dos casos de HIV/
AIDS em relação ao ano de 2019 em 
Governador Valadares (frequência relativa), 
dessa forma a doença é vista como um agravo 
para a população. 
Conceitos epidemiológicos fundamentais 
Incidência 
A incidência diz respeito à frequência com que 
surgem novos casos de uma doença num 
intervalo de tempo, como se fosse um “filme” 
sobre a ocorrência da doença, no qual cada 
quadro pode conter um novo caso ou novos 
casos (PEREIRA, 1995). É, assim, uma 
medida dinâmica. 
Os casos novos ou incidentes, são aqueles 
que não estavam doentes no início do período 
de observação, mas que adoeceram no 
decorrer desse período. Para que possam ser 
detectados, é necessário que cada indivíduo 
seja observado no mínimo duas vezes, ou que 
se conheça a data do diagnóstico. 
Medida “dinâmica”, porque para ter condições 
de ser avaliada precisa-se de um tempo de 
acompanhamento, sendo necessário observar 
constantemente a situação do território; refere-
se à uma mudança de estado de saúde: casos 
novos detectados através de mais de 1 
observação 
Doenças recorrentes: incidência de primeiros 
episódios ou de quaisquer episódios 
Expressa como uma proporção (incidência 
acumulada) ou como uma taxa (taxa de 
incidência) 
Sempre dentro da avaliação tanto numerador 
quanto denominador são a mesma grandeza, 
ou seja, se são pessoas, por exemplo, é 
número de pessoas no numerador e número 
de pessoas no denominador. 
Quando é sobre taxas, são grandezas 
diferentes, avaliações principalmente de 
grandezas, então o numerador é diferente do 
denominador 
Incidência acumulada 
Proporção de uma população fixa que adoece 
durante um determinado período de tempo (é 
adimensional). 
Sendo assim, Avaliação da população que 
adquiriu a doença dividido (I) pela população 
com risco de adoecimento (N0). 
Uma população é caracterizada como fixa 
quando nenhum indivíduo é nela incluído após 
o início do período de observação. 
Valores variam de 0 a 1 
Exemplo 
Um surto de intoxicação alimentar foi 
detectado durante um fim de semana, entre 
jovens que participavam de um retiro espiritual 
em uma cidade da grande São Paulo. Dos 132 
participantes, 90 apresentaram um quadro 
clínico de gastroenterite aguda (GEA) no 
domingo. 
É uma medida adimensional, porém é 
necessário referi-la a um determinado período 
de tempo 
0,68 por dia ≠ 0,68 por semana ≠ 0,68 por 
mês 
Expressa o risco de adoecimento (“average 
risk”): probabilidade de uma indivíduo 
desenvolver uma doença durante um 
determinado período de tempo, condicionada 
à ausência de outros riscos relacionados a 
outras doenças. 
Quando a observação ao longo do tempo tem 
uma população no início e permanece até o 
final do período de avaliação, ou seja, tem 
uma população fixa de avaliação então 
trabalha-se com incidência acumulada, mas 
quando há perdas durante o período de 
observação trabalha-se com taxa de 
incidência. 
Taxa de inc idência (densidade de 
incidência) 
Razão entre o número de casos novos de uma 
doença e a soma dos períodos durante os 
quais cada indivíduo componente da 
população esteve exposto ao risco de adoecer 
e foi observado (quantidade de pessoa-tempo 
de exposição) 
Pessoa-tempo: Medida composta pelos i 
indivíduos que integram uma população, e 
pelo intervalo de tempo Δti, durante o qual 
cada um deles se expõe ao risco de adoecer. 
I = número de casos novos 
PT = pessoa-tempo 
∑Δti = Somatória dos tempos de participação 
de cada uma das pessoas que compõem o 
estudo. 
Exemplo 
Casos de acidente de trabalho em duas 
fábricas de eletrodomésticos durante o ano de 
1996 (dados fictícios) 
Obs: Sempre que ocorrer acidente de 
trabalho vai ser considerado incidência, 
sempre é um caso novo. 
Taxa de incidência de acidentes de trabalho 
na fábrica A 
Dependendo da doença que está sendo 
avaliada a incidência acumulada será bem 
próxima à taxa de incidência quando o 
adoecimento é bem rápido entre o grupo 
populacional. 
Prevalência 
Já a prevalência se refere ao número de 
casos, ou seja, frequência de casos existentes 
de uma doença em um dado momento; é uma 
“fotografia” sobre a sua ocorrência, sendo 
assim uma medida estática. Os casos 
existentes são daqueles que adoeceram em 
algum momento do passado, somados aos 
casos novos dos que ainda estão vivos e 
doentes (MEDRONHO, 2005, PEREIRA, 
1995). 
Medida estática: casos existentes detectados 
através de uma única observação 
Expressa como uma proporção (valores 
variam de 0 a 1) 
Exemplo 
Prevalência do diabetes mellitus na população 
de 30 a 69 anos segundo grupos etários, em 
algumas capitais brasileiras, novembro de 
1986 a julho de 1988. 
Não mostra o risco de adoecimento, mas sim 
a frequência da ocorrência da doença. 
Ev idenc iando nesse exemplo que a 
prevalência é maior em idosos. 
Fatores determinantes da prevalência de uma 
doença: incidência, duração da doença, 
mortalidade, cura, migração. 
Caso tenha uma doença em que foi 
descoberta um tratamento que prolongue a 
vida dos pacientes, mas não leva a cura. Isso 
faz com que a prevalência aumente, uma vez 
que o indivíduo não sai da doença ele 
continua nela e vai conviver o resto da vida 
com ela. 
Prevalência pontual que é a avaliação atual e 
prevalência de período que é feita no início e 
no final do estudo. 
Incidência e prevalência 
Podem chegar situações onde se tem a 
prevalência da doença quase que igual a 
incidência relacionada a ela, que são doenças 
que possuem um cu r t o pe r í odo de 
desenvolvimento. 
Mortalidade 
Análoga à avaliação da incidência. 
Expressão como uma proporção (mortalidade 
cumulativa) ou como uma taxa (taxa ou 
densidade de mortalidade), cujos significados 
são análogos aos das respectivasmedidas de 
incidência. 
Notar as diferenças nos denominadores, que 
incluem doentes e não doentes (exceto o da 
letalidade) 
Pode ser referida a uma ou mais causas de 
óbito, assim como a todas as causas 
Diferente da letalidade, pois quanto na 
mortalidade usa-se o grupo de pessoas com 
risco de morte, a letalidade usa-se as pessoas 
que morreram dividido pelo número do grupo 
de pessoas que desenvolveram a doença. 
Sobrevida complementaridade da letalidade

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