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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB CAMPUS VIII – CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO CORPO HUMANO II Professora:Aldelany Ramalho Freire (aldelanyramalho@hotmail.com) Monitora: Thaís Santos de Souza MATERIAL DE APOIO PRÁTICA: ODONTOGÊNESE E COMPLEXO DENTINA-POLPA PARTE I: ODONTOGÊNESE 1. FASE DE BOTÃO Proliferação da lâmina dentária – A partir da 8ª SVIU, em cada arco originam-se dez pequenas esférulas que invadem o ectomesênquima – representa o início de formação dos germes dos dentes decíduos; Células epiteliais e ectomesenquimais com pouca, ou nenhuma, alteração no formato ou na função; Células ectomesenquimais de suporte se encontram condensadas imediatamente abaixo e ao redor do botão epitelial. – Ectomesênquima condensado. 2. FASE DE CAPUZ Entre a 9ª e a 10ª SVIU; Proliferação continua, porém seu crescimento é desigual – assemelha-se a um boné – “capuz” Níveis variados de diferenciação; No centro da parte mais profunda, o capuz apresenta uma concavidade, onde é observada uma maior concentração de células ectomesenquimais; Nessa fase, o germe dentário é constituído pelo órgão do esmalte e pela papila dentária: Órgão do esmalte – responsável pela formação do esmalte. - Células na concavidade – epitélio interno do órgão do esmalte; - Células na convexidade – epitélio externo do órgão do esmalte; - Células na região central – retículo estrelado. Papila dentária – responsável pela formação da dentina e da polpa - O ectomesênquima aumenta o seu grau de condensação – células muito próximas umas das outras. Botão epitelial Ectomesênquima condensado Folículo dentário – responsável pela formação do periodonto de inserção. - o ectomesênquima sofre uma condensação de modo que as células se alinham em torno do germe em desenvolvimento, formando uma cápsula que o separa do restante do ectomesênquima. Marca o início das diferenças morfológicas entre germes dentários que dão origem a diferentes tipos de dentes; Epitélio externo do órgão do esmalte– camada única e contínua de células localizadas na convexidade externa do capuz epitelial; Epitélio interno do órgão do esmalte – camada única e contínua de células localizadas na concavidade do capuz epitelial, é o local onde encontra-se uma maior condensação ectomesenquimal; Retículo estrelado– formado por células esparsas e em formato de estrelas, localizado no centro do órgão do esmalte; Papila dentária– é responsável pela formação de dentina e polpa; Folículo dentário– condensação do ectomesênquima que rodeia o órgão do esmalte e a papila dentária em formato de cápsula. É quem dará origem ao periodonto de inserção (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar). Lâmina dentária 3. FASE DE SINO/CAMPÂNULA Diminuição do crescimento do órgão do esmalte; Fase de morfo e histodiferenciação; O órgão do esmalte apresenta aspecto de um sino com a concavidade mais acentuada e, consequentemente, com as margens mais aprofundadas; Crescimento em volume do retículo estrelado por causa do aumento da distância entre as células e seus prolongamentos: Epitélio externo: células pavimentosas; Epitélio interno: células cilíndricas baixas com núcleo central. Surgimento do estrato intermediário: - Duas ou três camadas de células pavimentosas; - Acredita-se que ele participa da formação do esmalte. Formação da alça cervical: - Região onde os epitélios interno e externo do esmalte se encontram ao nível da borda do sino; - É nesse local que no final da fase de coroa, as células do epitélio interno e externo proliferam para formar a Bainha radicular de Hertwing – vai induzir a formação da raiz do dente; O folículo dentário fica mais evidente – envolve o germe dentário por completo. Nessa fase, a porção da lamina dentária desintegra-se; Nó do esmalte – acúmulos de células epiteliais na região do estrato intermediário, nos futuros vértices das cúspides – determinam a forma da coroa dos dentes. A interrupção da divisão mitótica das células do epitélio interno do esmalte determina o formato de um dente; A proliferação celular continuada faz com que o epitélio interno do esmalte se curve e forme o contorno da cúspide. INVERSÃO DA POLARIDADE: O núcleo do epitélio interno passa a se localizar do lado oposto à papila dentária. – Após esse fenômeno as CÉLULAS DO EPITÉLIO INTERNO SE DIFERENCIAM em Pré- ameloblastos. As CÉLULAS ECTOMESENQUIMAIS DA PAPILA DENTÁRIA param de se dividir, aumentam de tamanho e se diferenciam em Odontoblastos – Secretam a primeira camada de Matriz de dentina (a dentina do manto); Contatos entre odontoblastos e pré-ameloblastos desencadeiam a diferenciação final destes ameloblastos – Sintetizam e secretam a matriz orgânica do esmalte. FENÔMENO DE INDUÇÃO RECÍPROCA–resulta na diferenciação de odontoblastos e ameloblastos. – a diferenciação dos odontoblastos é induzida com a participação da lâmina basal, pelas células do epitélio interno, que, após a inversão da polaridade se denominam pré- ameloblastos. – com a primeira camada de dentina se completa a diferenciação dos pré- ameloblastos em ameloblastos. Estrato intermediário Alça cervical 4. FASE DE COROA FASE AVANÇADA DE CAMPÂNULA; Deposição de dentina e esmalte da coroa do futuro dente; DENTINOGÊNESE E AMELOGÊNESE OCORREM NA FASE DE COROA; Quanto mais próximo da cúspide for a região examinada, observam-se estágios mais avançados de diferenciação; A FORMAÇÃO DE DENTINA É CENTRÍPETA ENQUANTO A DO ESMALTE É CENTRÍFUGA: - Dentina – de fora para dentro; - Esmalte – de dentro para fora. Papila dentária Em sequência, de dentro pra fora: Odontoblastos Pré-dentina Dentina Esmalte Ameloblastos 5. FASE DE RAIZ Ao final da fase de coroa, quando os eventos de diferenciação alcançam a região da alça cervical, os epitélios interno e externo do órgão do esmalte que constituem a alça proliferam em sentido apical para induzir a formação da raiz do dente. - O epitélio resultante dessa proliferação, sofre uma dobra. – é o diafragma epitelial. - As células epiteliais continuam proliferando e originam a bainha radicular de Hertwing. Proliferação celular na alça cervical origina o diafragma epitelial e a bainha radicular de Hertwig. – São estruturas contínuas e constituídas pelas mesmas células; Fragmentação da bainha radicular de Hertwing – o crescimento contínuo da raiz provoca aumento progressivo de espaços que coalescem, reduzindo a bainha a cordões celulares – com o progresso da fragmentação os cordões se rompem e constituem um grupo isolado de células – são os restos epiteliais de Malassez. Fase de raiz é concluída com a formação da dentina radicular e do periodonto de inserção. – Cemento, ligamento periodontal e osso alveolar são formados simultaneamente; - Após entrar em contato com a dentina, as células ectomesênquimais do folículo diferenciam- se em cementoblastos secretando a matriz orgânica do cemento. – As células do lado externo do folículo diferenciam-se em osteoblastos, formando osso alveolar. – Na região central as células tornam-se principalmente fibroblastos e formam o ligamento periodontal. Enquanto ocorre a fase de raiz e o dente erupciona, o órgão do esmalte colapsa e constitui o epitélio reduzido do esmalte, que recobre o tecido até o aparecimento da coroa na cavidade, além de que, após a erupção do dente, o epitélio reduzido contribui para a formação do epitélio juncional da gengiva; Diafragma epitelial PARTE II: COMPLEXO DENTINA-POLPA A dentina formada até o fechamento do ápice radicular denomina-sedentina primária. – compreende a dentina do manto e a dentina circumpulpar: Dentina do manto:É a primeira camada de dentina formada. É uma camada formada pelos odontoblastos do manto, os seus componentes são secretados pelos odontoblastos enquanto eles estão se diferenciando. A mineralização inicia-se principalmente pelas fibrilas colágenas e moléculas associadas. - Junto com o esmalte estabelecem a junção amelodentinária. - Fibras grossas entre os odontoblastos – Fibras de von Korff. Dentina circumpulpar:É a maior parte da espessura total da dentina. Compreende a dentina primária e a dentina secundária e ambas têm basicamente a mesma estrutura. - É constituída pela dentina peritubular, que constitui as paredes dos túbulos dentinários, e pela dentina intertubular, que ocupa todo o espaço entre os túbulos; Dentina interglobular:São áreas de dentina hipomineralizada localizadas na porção mais externa da dentina coronária, no limite entre a dentina do manto e a circumpulpar. Essas áreas resultam da inadequada fusão dos glóbulos de mineralização ou calcosferitos ao coalescerem, ficando entre eles regiões com seus contornos em forma de arco. Esmalte Junção amelodentinária Dentina do manto Dentina circumpulpar Dentina interglobular Camada granulosa de Tomes:É formada pelas numerosas ramificações e alças terminais dos prolongamentos odontoblásticos. Na porção radicular, observa-se na região mais periférica da dentina, uma camada granulosa, esses “grânulos” representam pequenos espaços nas lamelas desgastadas, os quais são preenchidos por ar, provocando uma refração do feixe de luz durante sua observação no microscópio. Túbulos dentinários:São “túneis” originados pela formação de dentina mineralizada em volta dos prolongamentos odontoblasticos. São ocupados porfluido dentinário. Eles seguem um trajeto sinuoso e por essa razão, possuem formato de “S” alongado, além disso, devido a esse trajeto ondulado, frequentemente ocorre entrecruzamentos entre eles. Existem também diversas comunicações entre os túbulos ao longo do seu comprimento, são os canalículos dentinários. Cemento Camada granulosa de Tomes Túbulos dentinários Dentina reacional:é a dentina que se forma frente a fatores como a atrição e a cárie, por exemplo. É uma tentativa dos odontoblastos em formar uma barreira, restabelecendo a espessura de dentina, tornando-se mais afastados dos fatores agressores. É irregular e não tem estrutura tubular ordenada; Dentina esclerótica:devido à formação contínua de dentina ao longo de toda a vida, com o avançar da idade ocorre esclerose nos túbulos, sobretudo na sua extremidade distal desprovida de prolongamento odontoblástico. Por causa disso, em indivíduos com mais de 50 anos, o diâmetro dos túbulos na região mais externa da dentina diminui ou é totalmente obliterado pela gradual deposição de dentina peritubular, que, neste caso, denomina-se dentina esclerótica; Tratus mortos:Pode ocorrer quando os prolongamentos no interior dos túbulos dentinários em lesões cariosas se desintegram ou retraem-se tornando vazios. A dentina de reparação veda tais tratos mortos em sua extremidade pulpar, com o objetivo de proteger a polpa contra infecções. O tratus também podem ocorrer como resultado da morte de odontoblastos devido a aglomeração celular, especialmente em cornos pulpares. – Nessas áreas a sensibilidade é diminuída. Dentina esclerótica Tratus mortos Dentina reacional Calcosferitos:são glóbulos de calcificação/mineralização que coalescem e formam a porção mineralizada da dentina. Camada de odontoblastos:são as células responsáveis pela formação da dentina. Dispõem-se em paliçada, constituindo uma só camada de células colada à pré-dentina, contornando a periferia da polpa dentária. Eles estão unidos por junções comunicantes. Zona pobre em células:região com menor número de células, é atravessada por prolongamentos das células adjacentes, vasos sanguíneos, linfáticos e fibras nervosas amielínicas. Zona rica em células:Constituída por células indiferenciadas que emitem seus prolongamentos para a zona acelular. Região central da polpa: Tecido conjuntivo frouxo singular, devido sua organização e sua localização, rodeado por dentina. As células mais abundantes são os fibroblastos com aspecto fusiforme e longos prolongamentos, sendo encontrados em diversos estágios de Dentina Calcosferitos Pré-dentina Em sequência, de dentro pra fora: - Região central da polpa - Zona rica em células - Zona pobre em células - Camada de odontoblastos atividade. Também são encontradas células indiferenciadas. Células do sistema imune podem ser encontradas, sobretudo, no estado inflamatório.
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