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PROVA CONTEMPORÂNEA III - PROFESSOR ANSELMO

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Orientações: 
– Cada questão proposta para essa avaliação tem peso de 3,5. Uma vez tendo êxito nas 
questões, o aluno poderá ter a nota máxima de 7,0. O restante para completar a nota, de peso 
até 3,0, é referente à presença e participação em sala de aula; 
– Essa avaliação juntamente com as respostas deverá ser devolvida até o dia 03/10; 
– Procurem desenvolver as respostas das devidas questões da melhor maneira possível e com 
um bom aprofundamento teórico dos textos apresentados durante a unidade, pois isso também 
será levado em favor no somatório da nota final. 
– Enviar para o e-mail: anselmo.ronsard@servidor.uepb.edu.br 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB; campus I – Campina Grande-PB 
Centro de Humanidades – CH; Departamento de História – DH 
História Contemporânea III - Manhã 2023.2 - HIS01097 
Docente: Anselmo Ronsard Cavalcanti 
 
Discente: Danielson Jovencio de Souza 
 
Matricula: 201290103 
 
Questão 01 
 
Israel nasceu como Estado de acordo com as proposituras do sionismo, 
movimento religioso e político organizado que visava restabelecer uma 
pátria judaica na Palestina. Muitos judeus que viviam na Europa e em outros 
lugares, temendo a perseguição durante o reinado nazista, encontraram 
refúgio na Palestina e abraçaram o sionismo. Depois que o Holocausto e a 
Segunda Guerra Mundial terminaram, os membros do movimento sionista 
se concentraram principalmente na criação desse estado judeu 
independente. As Nações Unidas aprovaram um plano para dividir a 
Palestina em um estado judeu e árabe em 1947, mas os árabes o rejeitaram. 
Em maio de 1948, Israel foi oficialmente declarado um Estado independente, 
com David Ben-Gurion, o chefe da Agência Judaica, como primeiro-ministro. 
Embora este evento histórico pareça ser uma vitória para os judeus, 
também marcou o início de mais violência com os árabes. Esta variante 
política é uma questão preocupante. 
Como analisar este enfoque de acordo com o nosso estudo? 
 
 
É sabido que a questão da criação de Israel e do conflito israelense-palestino 
é uma questão complexa e profundamente enraizada na história e na política da 
região. Assim, para analisarmos é importante considerarmos várias perspectivas e 
fatores históricos. Primeiramente devemos entender o que foi o sionismo e a busca 
por uma pátria judaica: o sionismo surgiu no final do século XIX como um movimento 
que visava estabelecer um Estado Judeu na Palestina. Isso foi uma resposta à 
perseguição histórica dos judeus em várias partes do mundo, culminando no 
Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. Assim sendo, muitos cidadãos viram 
na Palestina um refúgio seguro e uma oportunidade de estabelecer um lar nacional. 
 A década de 1890 é um marco importante nesse contexto, devido ao 
surgimento do movimento. O sionismo, liderado por figuras como Theodor Herzl, 
promoveu a ideia de que os judeus deveriam ter um estado próprio na Palestina ou 
em outra parte do mundo para escapar da perseguição e discriminação que 
enfrentavam em várias partes da Europa. 
 
Como foi visto, o consenso ideológico dentro do movimento sionista, 
mencionado por Fernando Antônio Resende e Letícia Rossignoli em seu artigo: O 
conflito Israel/Palestina como acontecimento jornalístico: análises de narrativas do 
jornal Folha da Manhã (1936/1946) — 2015 — havia uma “crença fundamental de 
que a Palestina eventualmente deveria se tornar o lar de uma maioria judaica”. Isso 
foi problemático, uma vez que a população palestina já estava presente na região há 
séculos e constituía a maioria na Palestina naquela época. 
A ideia de estabelecer um estado judeu na Palestina, onde a maioria da 
população era árabe-palestina, gerou diversos conflitos. À medida que o movimento 
sionista ganhou força e apoio internacional, mais judeus migraram para a Palestina, 
comprando terras e estabelecendo comunidades judaicas, muitas vezes em terras 
anteriormente habitadas por palestinos. Nesse viés, a decisão da ONU de dividir a 
Palestina em 1947, com a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovando o Plano 
de Partilha da Palestina, que propunha a criação de dois estados independentes, um 
judeu e outro árabe, com Jerusalém sob administração internacional. Isso foi uma 
tentativa de resolver o conflito entre as comunidades judaica e árabe na região. 
Com a rejeição árabe, a proposta da ONU foi negada, que viam a criação de 
Israel como uma usurpação de terras historicamente árabes, levando a uma guerra 
de independência em 1948, na qual Israel declarou sua independência e travou uma 
série de conflitos com os estados árabes vizinhos. Consequentemente, o conflito 
resultou em guerras, deslocamento de população, conflitos territoriais e disputas 
sobre Jerusalém. 
Por conseguinte, o sionismo ganhou impulso e, eventualmente, com à criação 
do Estado de Israel no mesmo ano (1948) o consenso sionista de que a Palestina 
deveria abrigar uma maioria judaica, combinada com o influxo de judeus na região e 
a criação de Israel, contribuiu significativamente para o conflito entre palestinos e 
judeus na Palestina. A priori com todas essas situações desgastantes, o processo de 
paz tem sido difícil, com várias tentativas de negociação ao longo dos anos. 
No entanto, é importante notarmos que esta é apenas uma parte da história 
complexa e multifacetada do conflito, que envolve questões de identidade, 
nacionalismo, direitos territoriais e religião, entre outros fatores, sendo justamente a 
forma de analisar o conflito de acordo com o nosso estudo. É como afirma a Flavia 
 
Oliveira Marques no artigo: Identidade e soberania no conflito entre Israel e Palestina 
(2008): 
 “É possível perceber que o conflito entre Israel e Palestina 
apresenta motivações que vão além de questões religiosas ou territoriais. 
Assim, a partilha e o destino de seus componentes territoriais de Israel, 
Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém, e Jordânia, levantaram questões 
fundamentais de ideologia, segurança e identidade nacional” 
(WEINBERGER, 1998 citado por MARQUES, 2008. p 109). 
 
 
Sendo assim, para sustentar a tese de que o conflito envolvia diversos 
aspectos, a autora traz alguns argumentos a qual devem ser ressaltados como: o 
Estado de Israel não possuía uma constituição escrita, seu governo se dá a partir de 
um conjunto de leis básicas, como por exemplo, a Lei de Jerusalém e a Lei de 
retorno (conferia a naturalização automática a qualquer judeu ou qualquer pessoa 
que consiga provar ter uma avó judia, com exceção, dos envolvidos em alguma 
atividade antissemita ou que causasse risco à saúde pública). 
 Outro fato é que havia assistência governamental durante todo o processo de 
emigração e o período de adaptação à vida em Israel, os emigrantes recebiam 
auxilio moradia, aulas de hebraico, seguro-saúde e treinamento de emprego, 
recebiam empréstimos do governo para ajudar durante o período de adaptação e 
possível desemprego, como também, descontos em compras, em impostos, 
transporte e nas escolas. 
Ademais, no momento de domínio do Império Otomano, judeus e árabes 
viviam sem maiores problemas na região da Palestina, isso indica que a razão do 
conflito não poderia ser simplesmente territorial ou étnica, isto é, o governo 
israelense incentiva a migração de sujeitos de diferentes regiões a Israel. E, com 
vista a questão religiosa, não há por parte dos dois grupos uma tentativa de 
conversão religiosa. De acordo com Marques (2008) a diferença identitária 
socialmente construída, que marca as relações entre israelenses e palestinos, pode 
ser vista como fomentadora e, até mesmo, originária do conflito. 
 Portanto, as questões políticas e humanitárias atuais: O conflito israelense-
palestino continua a ser uma questão global preocupante, com impactos políticos, 
humanitários e econômicos significativos. A ocupação de territórios palestinospor 
Israel, a construção de assentamentos, os bloqueios econômicos e a questão dos 
 
direitos humanos são preocupações persistentes. Consequentemente, ao analisar 
esta abordagem, é importante considerar a complexidade histórica e as perspectivas 
divergentes envolvidas. A criação de Israel foi vista como uma conquista pelos 
judeus, mas também desenvolveu um conflito persistente que continua afetando a 
região e o mundo. 
 
Questão 02 
 
Dada a divergência entre a realidade do socialismo soviético e o ideal 
interpretado nos clássicos marxista-leninistas, um termo alternativo era 
necessário. 'Socialismo realmente existente', 'socialismo desenvolvido' e 
'socialismo de estado' foram apenas alguns dos sugeridos tanto por seus 
defensores quanto por seus detratores. 'Socialismo real', que surgiu como a 
legenda favorita, implicava que a composição econômica, política e social 
das sociedades do bloco soviético era na verdade um modo de produção 
distinto, com suas próprias tendências iminentes. 
 
Essa categoria se formatou no desenrolar do século XX por nações como a 
Ex-URSS e a China contemporânea. Como explicar este processo à luz da 
historiografia de Eric Hobsbawm? 
 
Eric Hobsbawm, o renomado historiador marxista britânico, não apenas 
analisou o desenvolvimento do socialismo no século XX, mas também contribuiu 
para a compreensão dos desafios enfrentados pelo socialismo real, especialmente 
no contexto da União Soviética e da China. Embora Hobsbawm não tenha 
desenvolvido um conceito específico de "socialismo real", suas análises e escritos 
sobre o comunismo e o socialismo fornecem percepções importantes sobre o 
processo de evolução desses regimes. 
Com vista ao contexto histórico, Hobsbawm ficou bastante conhecido por sua 
abordagem histórica contextualizada. Onde, analisou o socialismo real no contexto 
das transformações sociais, políticas e econômicas do século XX. Ele destacou a 
ascensão desses regimes após a Revolução Russa de 1917 e como eles buscaram 
implementar as ideias marxistas em condições muito diferentes das previsões de 
 
Marx. Eric destacou as contradições internas do socialismo real, considerou como 
esses regimes pretendiam reconciliar os princípios marxistas com a realidade de 
governar vastos estados, implementando planejamento centralizado e lidando com 
desafios como a burocracia e a corrupção, por exemplo. Esses desafios foram um 
fator importante na distância entre a teoria marxista e a prática do socialismo real. 
Em meio a “evolução do Socialismo Real” Hobsbawm examinou como o 
socialismo real evoluiu ao longo do século XX. Analisou as reformas econômicas 
introduzidas na União Soviética sob Gorbachev na década de 1980 e como elas 
refletiram a necessidade de ajustar o sistema socialista em face de problemas 
crescentes. Além disso, explorou o papel da ideologia no socialismo real, discutindo 
como os líderes desses estados adquiriram a ideologia comunista para legitimar seu 
poder, mesmo quando as políticas inovadoras divergiam das ideias originais do 
marxismo-leninismo, destacou também a retórica revolucionária e a importância da 
"ditadura do proletariado" na justificação do autoritarismo. 
Como é de conhecimento, nesse período que o Eric analisa (séc XX) tivemos 
o contexto da Guerra Fria, a qual foi um período histórico que abrangeu 
aproximadamente as décadas de 1940 a 1990, durante o qual os Estados Unidos e a 
União Soviética emergiram como as duas superpotências dominantes do mundo, 
competindo ideologicamente e militarmente. A Guerra Fria foi descrita por uma série 
de confrontos indiretos, como a corrida armamentista, a corrida espacial e conflitos 
em terceiros países, nos quais o comunismo e o capitalismo representavam sistemas 
opostos em tensão constante. 
Posto isto, Eric Hobsbawm, trabalhou incansavelmente o período da Guerra 
Fria em suas obras. Explorou como as tensões entre os Estados Unidos e a União 
Soviética moldaram o cenário global e afetaram as dinâmicas políticas e sociais em 
todo o mundo. Como também, explorou o impacto do “socialismo real”, que se referia 
aos regimes comunistas baseados no modelo soviético, que surgiram em muitos 
países durante a Guerra Fria. 
No contexto do artigo: O Imaginário da Guerra Fria, como a própria expressão 
já pode ser inferida, se refere a imagens, narrativas e representações que as 
pessoas tinham da Guerra Fria e do conflito ideológico entre o capitalismo e o 
comunismo. As grandes discussões historiográficas sobre a Guerra Fria tendiam a 
 
assumir duas posturas bastante distintas, para Biagi (2007) foram: 1ª) uma 
construção soviética, que queria expandir o comunismo para o resto do mundo; 2ª) 
uma construção norte-americana, para justificar suas ações e consequentes 
intervenções nas nações que estivessem fora da “esfera” do domínio soviético. 
 Isso incluiu a forma como a mídia, a cultura popular e os líderes políticos 
moldaram a percepção pública da Guerra Fria e dos regimes comunistas. É possível 
considerar que Eric Hobsbawm contribuiu para a compreensão desse imaginário da 
Guerra Fria e do socialismo real, incluindo suas interpretações críticas das políticas e 
dos eventos que ocorreram durante a Guerra Fria e sua avaliação das implicações 
do socialismo real para os países em que foi implementado. 
Ademais, como tivemos a possibilidade de observar no artigo: "Entre a China 
e o Brasil: o pensamento maoísta e a Revolução Chinesa no Partido Comunista do 
Brasil na década de 1950", a qual o autor se propõe a analisar a influência do 
pensamento maoista e da Revolução Chinesa no Partido Comunista do Brasil (PCB) 
durante a década de 1950. Como também, examinar o conceito de "socialismo real", 
que era a interpretação do socialismo promovido pelos países do bloco oriental 
liderados pela União Soviética. 
A influência maoísta no PCB é de particular interesse porque poderia ter 
impactos significativos na compreensão e prática do socialismo real no contexto 
brasileiro. Isso ocorre porque o pensamento de Mao Tse-tung representava uma 
abordagem diferente em relação ao socialismo em comparação com a ortodoxia 
soviética. O PCB, ao absorver e adaptar as ideias maoístas, estava desafiando a 
predominância das interpretações soviéticas do socialismo dentro do movimento 
comunista brasileiro. 
Sendo assim, através da análise dessa influência maoista, fica compreendido 
como as dinâmicas internacionais do comunismo na década de 1950 moldaram a 
política e a ideologia do PCB no Brasil. Com destaque para a importância de 
comparar o conceito de socialismo real com outras experiências socialistas, como o 
socialismo democrático na Europa Ocidental. Essa comparação permite uma 
compreensão mais ampla das diferentes correntes ideológicas e práticas dentro do 
movimento comunista global e como elas se relacionaram com as realidades 
específicas de cada país. 
 
Já a respeito do artigo: "Contribuições da Era Mao Tsé-Tung para a 
Industrialização Chinesa busca explorar o papel desempenhado por Mao Tsé-Tung e 
sua liderança na transformação da China em uma nação industrializada durante o 
século XX. Para entendermos esse período é fundamental compreendermos o 
contexto histórico e político em que esses eventos ocorreram. 
 A Era Mao Tsé-Tung refere-se ao período de liderança de Mao Tsé-Tung na 
República Popular da China, que durou de 1949, quando o Partido Comunista 
Chinês (PCC) distribuiu o controle sobre o país após uma longa guerra civil, até a 
sua morte em 1976. Durante esse período, Mao implementou uma série de políticas 
que tiveram um impacto profundo na sociedade e na economia chinesa. Uma das 
principais áreas de foco de Mao foi a industrialização da China. Ele defendeu a ideia 
de que a China deveria passar por uma rápida industrialização para alcançar o status 
de uma potência moderna e socialista. Isso envolveu a criação de planos 
econômicos centralizados,como o Grande Salto Adiante, que visava acelerar o 
crescimento econômico e transformar a agricultura em uma indústria mais intensiva 
em mão de obra. 
No entanto, esses esforços resultaram frequentemente em políticas 
desastrosas, como a Grande Fome, que feriu a morte de milhões de pessoas. Neste 
aspecto, é de conhecimento que Eric Hobsbawm, analisou a Revolução Chinesa e a 
era Mao Tsé-Tung sob uma lente crítica. Em suas obras, ele explorou as 
complexidades e os desafios enfrentados pela China enquanto buscava se 
industrializar sob uma liderança comunista. 
Além disso, investigou como as políticas de Mao influenciaram o 
desenvolvimento econômico, social e político da China, bem como os efeitos no 
longo prazo dessas políticas. É importante notar que Hobsbawm também criticou as 
políticas repressivas de Mao, como a Revolução Cultural, que gerou perseguições 
políticas em larga escala e na supressão das liberdades individuais. Posto isto, sua 
análise não destaca apenas as contribuições de Mao para a industrialização chinesa, 
mas também aborda as consequências negativas de seu governo. 
Portanto, o trabalho de Hobsbawm é valioso para contextualizar as 
experiências do socialismo real em relação a outras abordagens socialistas, 
ajudando a compreender como essas ideologias e práticas se manifestaram em 
 
diferentes partes do mundo e influenciaram os movimentos comunistas locais. 
 Assim, ele discutiu como esses diferentes modelos abordaram questões de 
liberdade política, economia planejada e propriedade estatal. No geral, Eric ofereceu 
uma perspectiva histórica e crítica sobre o desenvolvimento do socialismo real, 
destacando como ele divergiu do ideal marxista-leninista original devido a fatores 
políticos, econômicos e sociais complexos. Suas análises forneceram um contexto 
relevante para entender por que termos como "socialismo real" surgiram para 
descrever tal fato. 
 
 
Referências bibliográficas 
 
 
BIAGI, Orivaldo Leme. O Imaginário da Guerra Fria. Revista de História Regional, 
[S. l.], v. 6, n. 1, 2007. Disponível em: 
https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/2119. Acesso em: 26 de set de 
2023. 
 
MILARÉ, Luís Felipe L.; DIEGUES, Antônio Carlos. “Contribuições da era Mao Tsé-
Tung para a industrialização chinesa”. Revista de Economia Contemporânea, 16, 
jul/2012. 
 
Oliveira Marques, F. (1). Identidade e soberania no conflito entre Israel e 
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Internacionais, 7(13), 103-114. Disponivel em: 
https://periodicos.pucminas.br/index.php/fronteira/article/view/3883. Acesso em: 26 
de set de 2023. 
 
PAGLIARO, H.; MARTINS, L. Nacionalismo, Reconhecimento E Conflito Árabe-
Judaico: Nationalism, Recognition And The Arab-Jewish Conflict. Boletim Goiano de 
Geografia, Goiânia, v. 40, n. 01, p. 1–32, 2021. DOI: 10.5216/bgg.v40i01.64579. 
Disponível em: https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/64579. Acesso em: 26 set. 
2023. 
 
RESENDE, F. A.; ROSSIGNOLI, L. O conflito Israel/Palestina como 
acontecimento jornalístico: análises de narrativas do jornal Folha da Manhã 
(1936/1946). Galaxia (São Paulo, Online), n. 30, p. 86-98, dez. 2015. 
http://dx.doi.org/10.1590/1982-25542015223289. Acesso em: 26 de set de 2023. 
 
RIBEIRO, Jayme Lúcio Fernandes. Entre a China e o Brasil: o pensamento maoísta 
e Revolução Chinesa no Partido Comunista do Brasil na década de 1950. In: 
SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 25., 2009, Fortaleza. Anais do XXV Simpósio 
Nacional de História – História e Ética. Fortaleza: ANPUH, 2009. Disponível em: 
https://anpuh.org.br/index.php/documentos/anais/category-items/1-anais-simposios-
anpuh/30-snh25?start=1440. Acesso em: 26 set. 2023.

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