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ATIVIDADES INDUSTRIAIS

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ATIVIDADES INDUSTRIAIS 
 
ETAPAS DO CAPITALISMO E DIVISÃO 
INTERNACIONAL DO TRABALHO (DIT) 
 
CAPITALISMO COMERCIAL (MERCANTILISMO) 
“A riqueza vem do comércio” 
A favor: a intervenção do estado na economia, 
metalismo (acúmulo de metais preciosos) 
DIT: as metrópoles compravam matéria-prima, 
escravos e especiarias das colônias ($) e as vendiam 
produtos manufaturas ($$). 
 
CAPITALISMO INDUSTRIAL (LIBERALISMO) 
“A riqueza vem da indústria” 
Contrários: mercantilismo e absolutismo (política); 
intervenção do estado na economia (economia) 
A favor: democracia representativa, três poderes e 
liberdade (política); direito à propriedade, a livre-
iniciativa e concorrência (economia) 
DIT (pré 2ª guerra): as metrópoles compravam 
matéria-prima das colônias ($) e as vendiam produtos 
industrializados ($$). 
 
CAPITALISMO FINANCEIRO (KEYNESIANISMO) 
Contrários: ideia do equilíbrio espontâneo da 
economia 
A favor: intervenção do estado na economia (para 
evitar crises de superprodução, como a de 29), 
investimentos públicos para estimular a economia e 
geração de empregos 
DIT (pós 2ª guerra): os países desenvolvidos 
compravam commodities dos subdesenvolvidos ($) e 
os vendiam produtos industrializados ($$). 
 
CAPITALISMO INFORMACIONAL (NEOLIBERALISMO) 
Contrários: ideia do equilíbrio econômico espontâneo 
A favor: intervenção mínima do estado, livre 
concorrência, abertura econômica e privatização de 
empresas estatais 
Nova DIT: 
⁕ Periferia 2: vende commodities ($) para países 
centrais; compra industrializados ($$) da Periferia 1. 
⁕ Periferia 1: vende industrializados para a Periferia 2 
($$) e commodities e industrializados ($$) para países 
centrais; compra tecnologia dos países centrais ($$$). 
⁕ Países centrais: compram commodities das 
Periferias 1,2 ($) e industrializados da Periferia 1 ($$); 
vendem tecnologias para a Periferia 1 ($$$) 
 
AS INDÚSTRIAS 
 
Indústrias de bens de capital (pesadas): se localizam 
perto de fontes de matérias-primas e as utilizam para 
produzir produtos semiacabados. Ex: metalúrgicas, 
petroquímicas. 
 
Indústrias de bens intermediários: se localizam em 
regiões urbano-industriais, onde há outras indústrias, 
e produzem para equipá-las. Ex: máquinas para 
agricultura. 
 
Indústrias de bens de consumo (leves): se localizam 
em regiões com mais acesso à mão de obra e 
mercado consumidor. 
 • bens não duráveis: alimentos, remédios, roupas 
 • bens duráveis: móveis, automóveis, eletrônicos 
 
Indústria 4.0: produção baseada na interação entre a 
máquina e o digital, praticamente sem interferência 
humana, buscando poupar tempo, reduzir erros e 
tomar decisões rápidas. Características: 
⁕ modularidade: flexibilização da linha de produção, a 
empresa pode mudar de produto produzido sem 
reconfigurar todo o processo 
⁕ descentralização do trabalho: máquina independe 
do elemento humano 
⁕ alta velocidade de análise de dados: toda 
informação gerada pela máquina é automaticamente 
avaliada pelo sistema 
⁕ virtualização: a indústria terá sensores que 
permitirão controle remoto do ambiente 
 
ESTRATÉGIAS 
 
FATORES DE LOCALIZAÇÃO 
Mercado consumidor, mão de obra disponível, 
energia, incentivos fiscais, rede de transportes e 
comunicação, matéria prima e universidades 
(desenvolvimento de pesquisas). 
 
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DE PRODUÇÃO 
⁕ desconcentração: retiradas de indústrias de grandes 
centros urbanos e instalação em regiões pouco 
industrializados ou países com melhores condições. 
As novas unidades, mais tecnológicas, exigem menos 
mão de obra. 
⁕ descentralização: governo favorece a mudança das 
indústrias para regiões periféricas por meio de 
incentivos fiscais e investimentos infraestruturas. 
⁕ localização flexível: dispersão de várias unidades 
para uma maior mobilidade geográfica industrial. 
Existem em escala local, regional ou mundial. 
 
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DE MERCADO 
⁕ holdings: empresa que controla acionariamente 
outras empregas. 
⁕ truste: união de empresas para monopolizar um 
mercado – matéria prima, produção e distribuição de 
um produto. É essencial para o capitalismo, e ilegal. 
⁕ cartel: acordo entre empresas independentes para 
dividir um mercado consumidor ou matéria prima, 
determinando um preço único e limitando a 
concorrência. 
⁕ dumping: carteis vendem seus produtos a um preço 
inferior ao custo de produção para eliminar a 
concorrência. 
 
MODELOS PRODUTIVOS 
 
TAYLORISMO 
⁕ acentuada divisão do trabalho 
⁕ hierarquização dos trabalhadores 
⁕ intenso controle sobre o tempo produtivo (controle 
de produtividade) 
 
FORDISMO 
⁕ uso de linhas de montagem 
⁕ produção em massa e em série (produtos iguais) 
⁕ grandes estoques 
⁕ salários maiores para maior mercado consumidor 
⁕ apoiava-se no keynisianismo (queriam menos 
desemprego para aumentar as vendas) 
 ↳ devido à redução do ritmo produtivo, dos lucros e 
dos salários, aliado à crise de petróleo, inflação e 
desemprego, o modelo fordista-keynesiano deixou de 
funcionar. 
 
TOYOTISMO 
⁕ mão de obra multifuncional que conhece todo o 
processo produtivo, incubados de verificar os defeitos 
⁕ inovação em produtos com qualidade 
⁕ sem estoques – produz e gasta somente o 
necessário para evitar desperdício de matéria prima 
⁕ pesquisas de mercado 
⁕ fábricas globais (peças de diferentes países) 
⁕ sindicatos enfraquecidos 
VOLVISMO 
⁕ organização de trabalho flexível 
⁕ preocupação com o bem-estar do trabalhador 
⁕ trabalhador participa das decisões 
⁕ investimento em treinamento operário 
 
As novas relações de trabalho trouxeram salários mais 
baixos, direitos trabalhistas restritos, redução dos 
benefícios previdenciários e enfraquecimento do 
movimento sindical, sobretudo nos países 
subdesenvolvidos que, em grande parte, mantém o 
método fordista baseado na superexploração do 
trabalhador. 
 
TIPOS DE INDUSTRIALIZAÇÃO 
 
PAÍSES DESENVOLVIDOS 
(clássica, original ou tradicional) 
⁕ completa: possui todos os tipos de indústrias 
⁕ países que passaram pela primeira ou segunda 
revolução industrial: Reino Unido, França, Alemanha, 
Bélgica e EUA; Itália, Holanda, Rússia e Japão 
⁕ destaque para as indústrias de metalurgia, 
mineração, têxtil na primeira revolução e siderurgia, 
automobilística, petroquímica na segunda 
 
ESTADOS UNIDOS 
Snow belt (cinturão da ferrugem, manufatureiro): no 
norte, foi a primeira região a se industrializar, com 
indústrias têxtil, automobilísticas ou metalúrgicas. 
Perdeu a força com o tempo, e devido aos altos 
custos muitas empresas estão saindo de lá. 
Sun belt: no sul e oeste, cresceu com a terceira 
revolução industrial e indústrias de tecnologias, que 
se beneficiaram da presença de universidades, que 
forneciam mão de obra qualificada. Lá é localizado o 
Vale do Silício. 
 
PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS 
(tardia ou retardatária) 
⁕ conhecidos como Novos Países Industrializados 
(NIC’s) ou economias emergentes 
⁕ Brasil, Argentina e México (1930); Coreia do Sul, 
Taiwan, Hong Kong e Cingapura (1960 - Tigres 
Asiáticos); Malásia, Tailândia, Indonésia e Filipinas 
(1980 - Novos Tigres Asiáticos) 
⁕ devido a globalização, indústrias chegam aos países 
subdesenvolvidos em busca de expandir o mercado 
consumidor e obter mão de obra barata, incentivos 
fiscais e matéria prima. Isso gera empregos. 
⁕ há dependência tecnológica e econômica em 
relação aos países desenvolvidos 
Brasil: substituição de importação (maior produção 
voltada para o mercado interno), grade mercado 
consumidor e estrutura sindical organizada 
Tigres Asiáticos: plataformas de exportação 
(recebimento de muitas transnacionais), pequeno 
mercado consumidor e estrutura sindical 
desorganizada 
 
INDUSTRIALIZAÇÃO PLANIFICADA 
⁕ após revoluções socialistas na China e na Rússia, 
foram instauradas economias planificadas, baseadas 
na propriedade estatal dos meios de produção e naformação de planos 
⁕ os planos focavam nas questões quantitativas e 
deixavam de lado questões qualitativas (não 
buscavam aprimoramentos) 
⁕ sem competição interna = não eram sociedades de 
consumo 
 
CHINA 
⁕ as 4 modernizações (1979): modernização da 
agricultura, indústrias, forças armadas e ciência e 
tecnologia 
⁕ fartos subsídios fiscais, buscando atrair 
investimentos e tornar o país exportador a baixo 
custo, e formação das Zonas Econômicas Especiais 
 
BRASIL 
 
Primeiro período “proibição”, 1500 a 1808: 
⁕ Brasil era colônia portuguesa 
⁕ pacto colonial = comercialização somente com 
Portugal 
⁕ produção somente de açúcar, gerando riquezas 
para a metrópole 
 
Segundo período “implantação”, 1808 a 1930: 
⁕ concentração de interesses no campo, produção de 
café e trabalho escravo 
⁕ Tarifa Alves Branco (1844), que aumentou a taxa 
dos importados e contribuiu para um início de criação 
de indústrias nacionais, aumentando a 
competitividade do mercado interno, e abolição da 
escravidão (1889), que inseriu mão de obra imigrante 
⁕ surto industrial e diversificação da economia 
brasileira com a Era Mauá (1850) 
⁕ surgiu então, em JF e no Brasil, indústrias de bens 
não duráveis (capital privado), ferrovias, a 1° usina 
hidrelétrica da América do Sul, o Credireal (1° banco 
privado brasileiro) e outras melhorias urbanas 
 
Terceiro período “revolução industrial”, 1930 a 1955: 
⁕ fortes mudanças com o Presidente Getúlio Vargas 
⁕ grandes investimentos (capital estatal) em 
indústrias de base e infraestrutura 
⁕ CNS (siderurgia), Petrobrás (petroquímica), FNM 
(fábrica nacional de motores), BNDES (banco nacional 
de desenvolvimento econômico e social), CLT 
(consolidação das leis trabalhistas) 
⁕ também há nacionalização e substituição de 
importações com aumento de tarifas aduaneiras 
⁕ mão de imigrante substituída pela mão de obra 
nacional derivada do êxodo rural 
 
Quarto período “internacionalização”, a partir de 
1956: 
⁕ Juscelino Kubitschek: plano de metas (50 anos em 
5), cuja intenção era instalar indústrias para gerar 
empregos e acelerar a economia usando capital 
estrangeiro, o que gerou muitas dívidas. Houve 
modernização das indústrias, construção de Brasília, 
investimentos em energia e transportes rodoviários, 
substituição de importações e instalação de indústrias 
de bens duráveis e automobilísticas 
⁕ o início do período militar (1964 - 1985) contou com 
pesados investimentos na economia que elevaram o 
pib de 43° para 9°, geraram bilhões em dívidas e 
acarretaram em uma intense desigualdade social. A 
grande entrada de empresas estrangeiras criou uma 
dependência econômica e tecnológica das grandes 
potências 
⁕ o “milagre econômico” (1968 - 1973) foi o 
momento de maior crescimento da economia 
brasileira devido à elevação dos impostos de 
importação e redução dos de exportações, 
desvalorização do cruzeiro perante ao dólar e arrocho 
salarial (salário não acompanha a inflação) 
⁕ Sarney (redemocratização): muitos planos 
econômicos em tentativa de segurar a grande inflação 
⁕ Collor: para tentar conter a inflação, confiscou 
poupanças, privatizou empresas estatais e reduziu 
tarifas de importação, abrindo porta para 
multinacionais do setor automobilístico 
⁕ Itamar Franco: início do plano real após máxima da 
inflação em 2477% e política de privatizações 
⁕ Fernando Henrique Cardoso: políticas neoliberais e 
de privatização, pequena campanha de combate à 
pobreza 
 ⁕ Lula: grande programa de combate à pobreza 
(Fome Zero e Bolsa família), inflação se mantém 
baixa, maior período de crescimento econômico sem 
aumento da desigualdade social, chegada de muitas 
multinacionais 
 ⁕ Dilma: política de valorização de empresas 
nacionais, inflação controlada, crise econômica de 
2008 chega ao Brasil e ela sofre impeachment 
⁕ Temer: políticas neoliberais, reformas trabalhistas 
infrutíferas para aumento de empregos 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA NO BRASIL 
 
Devido ao investimento estatal (plano de metas) e 
concentração da cafeicultura na região sudeste, 
haviam ali fatores que atraíram o processo de 
industrialização para aquela região, como capital, 
mercado consumidor, mão de obra e infraestrutura. 
 
Com a industrialização, o Brasil, formado por áreas 
desarticuladas, começou a se integrar. Isso 
caracterizou a divisão inter-regional de trabalho, 
tipicamente centro-periferia, com a região sudeste 
polarizando as demais. 
 
A concentração industrial no estado de São Paulo 
criou desigualdades dentro da própria região. Se 
destacou o ABCD paulista, com superconcentração 
industrial integrado a região metropolitana de São 
Paulo. 
 
Desconcentração industrial: migração de indústrias 
para o interior em busca de menores custos de 
imóveis e mão de obra, incentivos fiscais, menos 
congestionamento e melhor qualidade de vida. Isso 
acarretou no crescimento de cidades médias, em 
geral as que possuem centros universitários. 
 
Desindustrialização: fechamento de indústrias, 
causando desemprego. Destaque para a década de 
1990 (com a baixa de taxa de importação para 
motivar as indústrias a se modernizarem, algumas 
empresas não conseguiram competir) e a partir de 
2014 (crise econômica, que gerou menos consumo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1° fase 2° fase 3° fase 4° fase 
capital - 
privado 
nacional 
estatal 
privado 
estrangeiro 
indústrias - 
bens não 
duráveis 
base 
bens 
duráveis 
trabalhador escravos imigrantes nacional nacional

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