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Caderno de Jurisprudência SP_SEM 07 (1)

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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES 
 
 
RETA FINAL – DELEGADO PARANÁ 
 
TURMA 3 - SEMANA 01 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE 
JURISPRUDÊNCIA 
 
SEMANA 07 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 07/18 
 
3 
 
COMO UTILIZAR O MATERIAL 
 
O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, 
por meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. 
Em caso de dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site 
Dizer o Direito e estude o informativo na íntegra. 
 
Sumário 
Sumário ............................................................................................................................. 3 
SEMANA 07 ....................................................................................................................... 4 
6. PROVAS ......................................................................................................................... 4 
7. INTERCEPTAÇÃO TELEFONICA .................................................................................... 26 
8.TRIBUNAL DO JURI ....................................................................................................... 30 
8.1 Noções Gerais ........................................................................................................................................ 30 
8.2 Outros de Júri ......................................................................................................................................... 36 
9. NULIDADE ................................................................................................................... 38 
10. OUTROS TEMAS ........................................................................................................ 44 
10.1 Impedimento/Suspeição Do Juiz ou do MP ....................................................................................... 44 
10.2 Incidentes e Medidas Cautelares ....................................................................................................... 44 
10.3 Suspensão Condicional do Processo .................................................................................................. 45 
10.4 Colaboração Premiada ........................................................................................................................ 46 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 07/18 
 
4 
SEMANA 07 
 
6. PROVAS 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
São lícitas as provas obtidas com a apreensão de bens não discriminados expressamente 
em mandado ou na decisão judicial correspondente, mas vinculados ao objeto da 
investigação. 
Nota: Relevante destacar que "não há no ordenamento jurídico pátrio qualquer exigência de 
que a manifestação judicial que defere a cautelar de busca e apreensão esmiúce quais 
documentos ou objetos devam ser coletados, até mesmo porque tal pormenorização só é 
possível de ser implementada após a verificação do que foi encontrado no local em que 
cumprida a medida". (AgRg nos EDcl no RHC 145.665/RO, relator Ministro Jesuíno Rissato 
(Desembargador Convocado do TJDFT), Quinta Turma, julgado em 28/9/2021, DJe de 
05/10/2021). 
Com efeito, prevalece no Superior Tribunal de Justiça o entendimento no sentido de que "a 
pormenorização dos bens somente é possível após o cumprimento da diligência, não sendo 
admissível exigir um verdadeiro exercício de futurologia por parte do Magistrado, máxime na 
fase pré-processual (RHC n. 59.661/PR, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado 
em 3/11/2015, DJe 11/11/2015)". (AgRg no RHC n. 150.787/PE, relator Ministro Olindo 
Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, julgado em 17/5/2022, 
DJe de 20/05/2022). 
Ademais, "o art. 243 do Código de Processo Penal disciplina os requisitos do mandado de 
busca e apreensão, dentre os quais não se encontra o detalhamento do que pode ou não ser 
arrecadado; e o art. 240 apresenta um rol exemplificativo dos casos em que a medida pode 
ser determinada, no qual se encontra a hipótese de arrecadação de objetos necessários à 
prova da infração ou à defesa do réu, não havendo qualquer ressalva de que não possam dizer 
respeito à intimidade ou à vida privada do indivíduo". (RHC n. 141.737/PR, relator Ministro 
Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julgado em 27/04/2021, DJe de 15/06/2021). 
 
STJ. Processo sob segredo de justiça, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 
16/08/2022, DJe 22/08/2022. (Info 750). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O ato de dispensar uma sacola na rua ao notar a aproximação da guarnição, somado ao 
nervosismo demonstrado e à denúncia anônima pretérita de que o acusado estava 
praticando o crime de tráfico de drogas no local, indica a existência de fundada suspeita de 
que o recipiente contivesse substâncias entorpecentes e de que o réu estivesse na posse de 
mais objetos relacionados ao crime. 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 07/18 
 
5 
STJ. HC 742.815-GO, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 23/08/2022, DJe 31/08/2022. 
(Info 749). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A decisão que determina exclusão de elementos probatórios obtidos mediante o acesso 
ao e-mail funcional de servidor investigado não contamina a legalidade da utilização de 
provas produzidas de forma independente por comissão disciplinar de PAD, em 
observância à teoria da fonte independente e da descoberta inevitável da prova. 
 
AgRg na Rcl 42.292-DF, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Terceira Seção, por 
unanimidade, julgado em 24/08/2022, DJe 26/08/2022. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
As guardas municipais não possuem competência para patrulhar supostos pontos de 
tráfico de drogas, realizar abordagens e revistas em indivíduos suspeitos da prática de tal 
crime ou ainda investigar denúncias anônimas relacionadas ao tráfico e outros delitos 
cuja prática não atinja de maneira clara, direta e imediata os bens, serviços e instalações 
municipais. 
Nota: Ainda que eventualmente se considerasse provável que a sacola ocultada pelo réu 
contivesse objetos ilícitos, não estavam os guardas municipais autorizados, naquela 
situação, a avaliar a presença da fundada suspeita e efetuar a busca pessoal no acusado. 
Caberia aos agentes municipais, apenas, naquele contexto totalmente alheio às suas 
atribuições, acionar os órgãos policiais para que realizassem a abordagem e revista do 
suspeito, o que, por não haver sido feito, macula a validade da diligência por violação do 
art. 244 do CPP e, por conseguinte, das provas colhidas em decorrência dela, nos termos 
do art. 157 do CPP, também contrariado na hipótese. 
 
STJ. REsp 1.977.119-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 16/08/2022 (Info 746). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O acesso ao chip telefônico descartado pelo acusado em via pública não se qualifica 
como quebra de sigilo telefônico. 
 
STJ. HC 720.605-PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 09/08/2022 (Info 744). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É cabível o acesso aos dados telemáticos de aparelho celular de advogado, quando a 
medida é autorizada em razão da existência de sérios indícios da prática de crime por 
meio da utilização do aparelho. 
 
STJ. RHC 157.143-PR, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 14/06/2022, DJe 20/06/2022. 
 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202201476698%27.REG.https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRRCL.clas.+ou+%22AgRg+na+Rcl%22.clap.%29+e+%40num%3D%2242292%22%29+ou+%28%28AGRRCL+ou+%22AgRg+na+Rcl%22%29+adj+%2242292%22%29.suce.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202103914460%27.REG.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28HC.clas.+e+%40num%3D%22720605%22%29+ou+%28HC+adj+%22720605%22%29.suce.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202103682061%27.REG.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 07/18 
 
6 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A visualização de itens semelhantes a drogas dentro de residência não é justificativa 
suficiente para o ingresso forçado em domicílio por agentes policiais. 
 
STJ. AgRg no HC 735.572-RS, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 21/06/2022, DJe 
24/06/2022. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
No caso em que o reconhecimento fotográfico na fase inquisitorial não tenha observado 
o procedimento legal, mas a vítima relata o delito de forma que não denota riscos de um 
reconhecimento falho, dá-se ensejo a distinguishing quanto ao acórdão do HC 
598.886/SC, que invalida qualquer reconhecimento formal - pessoal ou fotográfico - que 
não siga estritamente o que determina o art. 226 do CPP. 
Nota: Atenção: O Julgado no informativo 739 não supera o entendimento do Informativo 
Info 684 (O art. 226 do CPP estabelece formalidades para o reconhecimento de pessoas 
(reconhecimento pessoal) e o descumprimento dessas formalidades enseja a nulidade do 
reconhecimento). 
No julgamento do HC 598.886/SC, da relatoria do Min. Rogério Schietti Cruz Info 684, 
decidiu a Sexta Turma, revendo anterior interpretação, no sentido de que se 
"determine, doravante, a invalidade de qualquer reconhecimento formal - pessoal ou 
fotográfico - que não siga estritamente o que determina o art. 226 do CPP, sob pena de 
continuar-se a gerar uma instabilidade e insegurança de sentenças judiciais que, sob o 
pretexto de que outras provas produzidas em apoio a tal ato - todas, porém, derivadas 
de um reconhecimento desconforme ao modelo normativo - autorizariam a 
condenação, potencializando, assim, o concreto risco de graves erros judiciários". 
Além disso, importante observar que o entendimento do STF. 2ª Turma. RHC 206846/SP 
também é pela nulidade: A desconformidade ao regime procedimental determinado no 
art. 226 do CPP deve acarretar a nulidade do ato e sua desconsideração para fins 
decisórios, justificando-se eventual condenação somente se houver elementos 
independentes para superar a presunção de inocência. 
 
STJ. 6a Turma. REsp 1.969.032-RS, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF da 1ª Região), Sexta Turma, por 
unanimidade, julgado em 17/05/2022, DJe 20/05/2022. (Info 739) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22735572%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22735572%22%29.suce.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202103505643%27.REG.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 07/18 
 
7 
A investigação policial originada de informações obtidas por inteligência policial e 
mediante diligências prévias que redunda em acesso à residência do acusado configura 
exercício regular da atividade investigativa promovida pelas autoridades policiais. 
Nota: O ingresso forçado em domicílio sem mandado judicial para busca e apreensão é 
legítimo se amparado em fundadas razões, devidamente justificadas pelas 
circunstâncias do caso concreto, especialmente nos crimes de natureza permanente, 
como são o tráfico de entorpecentes e a posse ilegal de arma de fogo.Afere-se a justa 
causa para o ingresso forçado em domicílio mediante a análise objetiva e satisfatória do 
contexto fático anterior à invasão, considerando-se a existência ou não de indícios 
mínimos de situação de flagrante no interior da residência.Com efeito, a investigação 
policial originada de informações obtidas por inteligência policial e mediante diligências 
prévias que redunda em acesso à residência do acusado não se traduz em 
constrangimento ilegal, mas sim em exercício regular da atividade investigativa 
promovida pelas autoridades policiais. 
 
STJ. 5a Turma. AgRg no HC 734.423-GO, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 
24/05/2022, DJe 26/05/2022. (Info 738) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A mera alegação genérica de "atitude suspeita" é insuficiente para a licitude da busca 
pessoal. 
Nota: Exige-se, em termos de standard probatório para busca pessoal ou veicular sem 
mandado judicial, a existência de fundada suspeita (justa causa) - baseada em um juízo 
de probabilidade, descrita com a maior precisão possível, aferida de modo objetivo e 
devidamente justificada pelos indícios e circunstâncias do caso concreto - de que o 
indivíduo esteja na posse de drogas, armas ou de outros objetos ou papéis que 
constituam corpo de delito, evidenciando-se a urgência de se executar a diligência. 
Entretanto, a norma constante do art. 244 do CPP não se limita a exigir que a suspeita 
seja fundada. É preciso, também, que esteja relacionada à "posse de arma proibida ou 
de objetos ou papéis que constituam corpo de delito". Vale dizer, há uma necessária 
referibilidade da medida, vinculada à sua finalidade legal probatória, a fim de que não 
se converta em salvo-conduto para abordagens e revistas exploratórias (fishing 
expeditions), baseadas em suspeição genérica existente sobre indivíduos, atitudes ou 
situações, sem relação específica com a posse de arma proibida ou objeto (droga, por 
exemplo) que constitua corpo de delito de uma infração penal. O art. 244 do CPP não 
autoriza buscas pessoais praticadas como "rotina" ou "praxe" do policiamento 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22734423%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22734423%22%29.suce.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 07/18 
 
8 
ostensivo, com finalidade preventiva e motivação exploratória, mas apenas buscas 
pessoais com finalidade probatória e motivação correlata. 
 
STJ. RHC 158.580-BA, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 19/04/2022, DJe 25/04/2022. 
(Info 735) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Excepcionalmente, presentes nos autos elementos aptos a comprovar a escalada de 
forma inconteste, a prova pericial torna-se prescindível. 
Nota: Não se olvida que esta Corte firmou a orientação de ser imprescindível, nos 
termos dos arts. 158 e 167 do CPP, a realização de exame pericial para o reconhecimento 
das qualificadoras de escalada e arrombamento no caso do delito de furto (art. 155, § 
4º, II, do CP), quando os vestígios não tiverem desaparecido e puderem ser constatados 
pelos peritos. 
Contudo, importa ressaltar a orientação de que, "'excepcionalmente, quando presentes 
nos autos elementos aptos a comprovar a escalada de forma inconteste, pode-se 
reconhecer o suprimento da prova pericial [...]'(AgRg no HC 556.549/SC, Ministro Reynaldo 
Soares da Fonseca, Quinta Turma, DJe 1/3/2021)" (AgRg no HC 691.823/SC, Ministro 
Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, DJe 30/9/2021). 
 
STJ. AgRg no REsp 1.895.487-DF, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 26/04/2022, 
DJe 02/05/2022. (Info 735) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Se a vítima é capaz de individualizar o autor do fato, é desnecessário instaurar o 
procedimentodo art. 226 do CPP. 
Nota: reconhecimento de pessoa continua tendo espaço quando há necessidade, ou 
seja, dúvida quanto à individualização do suposto autor do fato. Trata-se do método 
legalmente previsto para, juridicamente, sanar dúvida quanto à autoria. Se a vítima é 
capaz de individualizar o agente, não é necessário instaurar a metodologia legal. 
O que a nova orientação buscou afastar a prática recorrente dos agentes de segurança 
pública de apresentar fotografias às vítimas antes da realização do procedimento de 
reconhecimento de pessoas, induzindo determinada conclusão. 
 
STJ. HC 721.963-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por maioria, julgado em 19/04/2022. (Info 733) 
 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202104036090%27.REG.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRESP.clas.+ou+%22AgRg+no+REsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221895487%22%29+ou+%28%28AGRESP+ou+%22AgRg+no+REsp%22%29+adj+%221895487%22%29.suce.
https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC721963
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 07/18 
 
9 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É aplicável a teoria do juízo aparente para ratificar medidas cautelares no curso do 
inquérito policial quando autorizadas por juízo aparentemente competente. 
Nota: A jurisprudência do STJ tem entendido, de maneira ampla, que os desvios de 
verbas do Sistema Único de Saúde - SUS - atrai a competência da Justiça Federal, tendo 
em vista o dever de fiscalização e supervisão do governo federal. 
Não obstante reconhecer a incompetência do Juízo estadual, os atos processuais devem 
ser avaliados pelo Juízo competente, para que decida se valida ou não os atos até então 
praticados. Cumpre registrar que, nesta Corte Superior de Justiça, é pacífica a 
aplicabilidade da teoria do juízo aparente para ratificar medidas cautelares no curso do 
inquérito policial quando autorizadas por juízo aparentemente competente. 
 
STJ. AgRg no RHC 156.413-GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 05/04/2022, DJe 
08/04/2022. (Info 733) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A percepção de nervosismo do averiguado por parte de agentes públicos é dotada de 
excesso de subjetivismo e, por isso, não é suficiente para caracterizar a fundada suspeita 
para fins de busca pessoal. 
Nota: execução da busca pessoal sem mandado, como medida autônoma, depende da 
presença de fundada suspeita da posse de objetos que constituam corpo de delito. Para 
tanto, ressalto que, conforme a doutrina, "não é suficiente, está claro, a mera 
conjectura ou desconfiança sobre tal posse, mas a suspeita amparada por 
circunstâncias objetivas que permitam uma grave probabilidade de que sejam 
encontradas as coisas mencionadas pela lei". 
Ocorre que, no caso dos autos, a busca pessoal realizada pelos policiais foi justificada 
apenas com base no fato de que o acusado, que estava em local conhecido como ponto 
de venda drogas, ao avistar a viatura policial, demonstrou nervosismo. 
No entanto, a percepção de nervosismo por parte do agente policial - ainda que 
posteriormente confirmada pela apreensão de objetos ilícitos - é dotada de excesso de 
subjetivismo e, por isso, não é suficiente para caracterizar a fundada suspeita, que exige 
mais do que mera desconfiança por parte dos agentes públicos. 
 
STJ. REsp 1.961.459-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 05/04/2022, DJe de 08/04/2022. 
 (Info 732 STJ). 
 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+RHC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22156413%22%29+ou+%28%28AGRRHC+ou+%22AgRg+no+RHC%22%29+adj+%22156413%22%29.suce.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202100440170%27.REG.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 07/18 
 
10 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Admitir a entrada na residência especificamente para efetuar uma prisão não significa 
conceder um salvo-conduto para que todo o seu interior seja vasculhado 
indistintamente, em verdadeira pescaria probatória (fishing expedition), sob pena de 
nulidade das provas colhidas por desvio de finalidade. 
Nota: se mesmo de posse de um mandado de busca e apreensão expedido pelo Poder 
Judiciário, o executor da ordem deve se ater aos limites do escopo - vinculado à justa 
causa - para o qual se admitiu a excepcional restrição do direito fundamental à 
intimidade, com muito mais razão isso deve ser respeitado quando o ingresso em 
domicílio ocorrer sem prévio respaldo da autoridade judicial competente (terceiro 
imparcial e desinteressado), sob pena de nulidade das provas colhidas por desvio de 
finalidade. 
Vale dizer, admitir a entrada na residência especificamente para efetuar uma prisão não 
significa conceder um salvo-conduto para que todo o seu interior seja vasculhado 
indistintamente, em verdadeira pescaria probatória (fishing expedition). 
Desse modo, é ilícita a prova colhida em caso de desvio de finalidade após o ingresso 
em domicílio, seja no cumprimento de mandado de prisão ou de busca e apreensão 
expedido pelo Poder Judiciário, seja na hipótese de ingresso sem prévia autorização 
judicial, como ocorre em situação de flagrante delito. O agente responsável pela 
diligência deve sempre se ater aos limites do escopo - vinculado à justa causa - para o 
qual excepcionalmente se restringiu o direito fundamental à intimidade, ressalvada a 
possibilidade de encontro fortuito de provas. 
 
STJ. HC 663.055-MT, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 22/03/2022. (Info 731 STJ). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não há ilicitude das provas por violação ao sigilo de dados bancários, em razão do 
compartilhamento de dados de movimentações financeiras da própria instituição 
bancária ao Ministério Público. 
 
STJ. RHC 147.307-PE, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por unanimidade, 
julgado em 29/03/2022. (Info 731 STJ). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202101288508%27.REG.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28RHC.clas.+e+%40num%3D%22147307%22%29+ou+%28RHC+adj+%22147307%22%29.suce.
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A violação de domicílio com base no comportamento suspeito do acusado, que 
empreendeu fuga ao ver a viatura policial, não autoriza a dispensa de investigações 
prévias ou do mandado judicial para a entrada dos agentes públicos na residência. 
Nota: Tendo como referência o recente entendimento firmado por esta Corte, nos autos 
do HC 598.051/SP, o ingresso policial forçado em domicílio, resultando na apreensão de 
material apto a configurar o crime de tráfico de drogas, deve apresentar justificativa 
circunstanciada em elementos prévios que indiquem efetivo estado de flagrância de delitos 
graves, além de estar configurada situação que demonstre não ser possível mitigação da 
atuação policial por tempo suficiente para se realizar o trâmite de expedição de mandado 
judicial idôneo ou a prática de outras diligências. 
No caso em tela, a violação de domicílio teve como justificativa o comportamento suspeito 
do acusado - que empreendeu fuga ao ver a viatura policial -, circunstância fática que não 
autoriza a dispensa de investigações prévias ou do mandado judicial para a entrada dos 
agentes públicos na residência, acarretando a nulidade da diligência policial. 
Ademais, a alegação de que a entrada dos policiais teria sido autorizada pelo agente não 
merece acolhimento.Isso, porque não há outro elemento probatório no mesmo sentido, 
salvo o depoimento dos policiais que realizaram o flagrante, tendo tal autorização sido 
negada em juízo pelo réu. 
Por fim, "Segundo a nova orientação jurisprudencial, o ônus de comprovar a higidez dessa 
autorização, com prova da voluntariedade do consentimento, recai sobre o estado 
acusador" (HC 685.593/SP, relator Ministro Sebastião Reis Junior, Sexta Turma, DJe 
19/10/2021). 
 
HC 695.980-GO, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 22/03/2022, DJe 25/03/2022. 
(Info 730 STJ). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não é possível a quebra de sigilo de dados informáticos estáticos (registros de 
geolocalização) nos casos em que haja a possibilidade de violação da intimidade e vida 
privada de pessoas não diretamente relacionadas à investigação criminal. 
Nota: Vale destacar que tal situação configura apenas quebra de sigilo de dados 
informáticos estáticos e se distingue das interceptações das comunicações dinâmicas em 
si, as quais dariam acesso ao fluxo de comunicações de dados, isto é, ao conhecimento do 
conteúdo da comunicação travada com o seu destinatário.Importante, contudo, 
sedimentar que a ordem dirigida a provedor cuja relação é regida pelo Marco Civil da 
Internet não prevê, dentre os requisitos que estabelece para a quebra de sigilo, que a 
decisão judicial especifique previamente as pessoas objeto da investigação ou que a prova 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202103079241%27.REG.
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da infração (ou da autoria) possa ser realizada facilmente por outros meios (arts. 22 e 23 
da Lei n. 12.965/2014). 
Entretanto, o referido fundamento não subsiste nos casos em que haja a possibilidade de 
violação da intimidade e vida privada de pessoas não comprovadamente relacionadas à 
investigação criminal. 
 
RMS 68.119-RJ, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 
15/03/2022, DJe 28/03/2022. (Info 730 STJ). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O art. 226 do CPP estabelece formalidades para o reconhecimento de pessoas 
(reconhecimento pessoal) e o descumprimento dessas formalidades enseja a nulidade do 
reconhecimento. 
 
Nota: 
1) O reconhecimento de pessoas deve observar o procedimento previsto no art. 226 do 
Código de Processo Penal, cujas formalidades constituem garantia mínima para quem se 
encontra na condição de suspeito da prática de um crime; 
 2) À vista dos efeitos e dos riscos de um reconhecimento falho, a inobservância do 
procedimento descrito na referida norma processual torna inválido o reconhecimento da 
pessoa suspeita e não poderá servir de lastro a eventual condenação, mesmo se confirmado 
o reconhecimento em juízo; 
3) Pode o magistrado realizar, em juízo, o ato de reconhecimento formal, desde que 
observado o devido procedimento probatório, bem como pode ele se convencer da autoria 
delitiva a partir do exame de outras provas que não guardem relação de causa e efeito com 
o ato viciado de reconhecimento; 
4) O reconhecimento do suspeito por simples exibição de fotografia(s) ao reconhecedor, a 
par de dever seguir o mesmo procedimento do reconhecimento pessoal, há de ser visto como 
etapa antecedente a eventual reconhecimento pessoal e, portanto, não pode servir como 
prova em ação penal, ainda que confirmado em juízo. 
 
OBS. A posição da 5ª Turma era a de em sentido contrário: as disposições contidas no art. 
226 do CPP configuram uma recomendação legal, e não uma exigência absoluta. Assim, é 
válido o ato mesmo que realizado de forma diversa da prevista em lei. STJ. 5ª Turma. AgRg 
no AREsp 1665453/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 02/06/2020. 
Contudo, se ajustou no HC 694.083/PB, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, 
QUINTA TURMA, julgado em 23/11/2021, DJe 29/11/2021: O reconhecimento fotográfico 
serve como prova apenas inicial e deve ser ratificado por reconhecimento presencial, assim 
que possível. E, no caso de uma ou ambas as formas de reconhecimento terem sido 
efetuadas, em sede inquisitorial, sem a observância (parcial ou total) dos preceitos do art. 
226 do CPP e sem justificativa idônea para o descumprimento do rito processual, ainda que 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=RMS68119
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confirmado em juízo, o reconhecimento falho se revelará incapaz de permitir a condenação, 
como regra objetiva e de critério de prova, sem corroboração do restante do conjunto 
probatório, produzido na fase judicial. 
 
Obs. A desconformidade ao regime procedimental determinado no art. 226 do CPP deve 
acarretar a nulidade do ato e sua desconsideração para fins decisórios, justificando-se 
eventual condenação somente se houver elementos independentes para superar a 
presunção de inocência. STF. 2ª Turma. RHC 206846/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 
22/2/2022 (Info 1045). 
 
Obs. O julgado mais recente apontado no INFO 739 NÃO DESATUALIZA O PRESENTE (Info 
684). Perceba que, INFO 739, foi decidido que, no caso em que o reconhecimento fotográfico 
na fase inquisitorial não tenha observado o procedimento legal, mas a vítima relata o delito 
de forma que não denota riscos de um reconhecimento falho, DANDO ENSEJO A 
DISTINGUISHING QUANTO AO ACÓRDÃO DO HC 598.886/SC, que invalida qualquer 
reconhecimento formal - pessoal ou fotográfico - que não siga estritamente o que determina 
o art. 226 do CPP. 
STJ. 6ª Turma. HC 598.886-SC, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 27/10/2020. (Info 684) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A indução do morador a erro na autorização do ingresso em domicílio macula a validade 
da manifestação de vontade e, por consequência, contamina toda a busca e apreensão. 
Nota: O STJ entendeu que a busca foi ilícita, assim como todas as provas dela derivadas. 
Isso porque não houve comprovação de consentimento válido para o ingresso no domicílio 
do réu. 
 
STJ. 6ª Turma. HC 674.139-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/02/2022 (Info 725). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O requerimento de simples guarda dos registros de acesso a aplicações de internet ou 
registros de conexão por prazo superior ao legal, feito por autoridade policial, 
administrativa ou Ministério Público, prescinde de prévia autorização judicial. 
 
STJ. 6ª Turma. HC 626.983-PR, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF da 1ª Região), julgado em 
08/02/2022 (Info 724). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É ilegal a requisição, sem autorização judicial, de dados fiscais pelo Ministério Público. 
Nota: Ao julgar o Tema 990, o STF afirmou que é legítimo que a Receita Federal compartilhe 
o procedimento fiscalizatório que ela realizou para apuração do débito tributário com os 
 
 
 
 
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órgãos de persecução penal para fins criminais (Polícia Federal, Ministério Público etc.), 
não sendo necessário, para isso, prévia autorização judicial (STF. Plenário. RE 1.055.941/SP, 
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 4/12/2019). Por outro lado, neste julgado, o STF não 
autorizou que o Ministério Público faça a requisição direta (sem autorização judicial) de 
dados fiscais, para fins criminais. Ex: requisição da declaração de imposto de renda. 
Uma coisa é órgão de fiscalização financeira, dentro de suas atribuições, identificar indícios 
de crime e comunicar suas suspeitas aos órgãos de investigação para que, dentro da 
legalidade e de suas atribuições, investiguema procedência de tais suspeitas. Outra, é o 
órgão de investigação, a polícia ou o Ministério Público, sem qualquer tipo de controle, 
alegando a possibilidade de ocorrência de algum crime, solicitar ao COAF ou à Receita 
Federal informações financeiras sigilosas detalhadas sobre determinada pessoa, física ou 
jurídica, sem a prévia autorização judicial. 
 
STJ. 3ª Seção. RHC 83.233-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 09/02/2022 (Info 724). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Quando a acusação não produzir todas as provas possíveis e essenciais para a elucidação 
dos fatos, capazes de, em tese, levar à absolvição do réu ou confirmar a narrativa 
acusatória caso produzidas, a condenação será inviável, não podendo o magistrado 
condenar com fundamento nas provas remanescentes. 
 
STJ. AREsp 1.940.381-AL, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 14/12/2021, DJe 16/12/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Os indícios de autoria antecedem as medidas invasivas, não se admitindo em um Estado 
Democrático de Direito que primeiro sejam violadas as garantias constitucionais para só 
então, em um segundo momento, e eventualmente, se justificar a medida anterior, sob 
pena de se legitimar verdadeira fishing expedition. 
 
STJ. 5a Turma. AgRg no RMS 62.562-MT, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador Convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. Reynaldo 
Soares Da Fonseca, Quinta Turma, por maioria, julgado em 07/12/2021, DJe 13/12/2021. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É lícita a coleta de dados telemáticos de mensagens enviadas por meio de 
aparelhos Blackberry. 
Nota: O Brasil e o Governo do Canadá firmaram, em 27/11/1995, Tratado de 
Assistência Mútua em Matéria Penal, promulgado por meio do Decreto n. 
6.747/2009. Nada obstante, se os serviços de telefonia, por meio dos quais foram 
interceptadas as comunicações - BlackBerry Messenger (BBM), encontravam-se 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202102429156%27.REG.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AROMS.clas.+ou+%22AgRg+no+RMS%22.clap.%29+e+%40num%3D%2262562%22%29+ou+%28%28AROMS+ou+%22AgRg+no+RMS%22%29+adj+%2262562%22%29.suce.
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ativos no Brasil, por intermédio de operadoras de telefonia estabelecidas no território 
nacional, o sigilo está submetido à jurisdição nacional, não sendo necessária a 
cooperação jurídica internacional. Com efeito, a conclusão é de que é lícita a coleta 
de dados telemáticos de mensagens enviadas por meio de aparelhos Blackberry. 
 
STJ. AgRg no REsp 1.928.705-RS, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador Convocado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal 
e Territórios), Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 23/11/2021, DJe 03/12/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
As irregularidades constantes da cadeia de custódia devem ser sopesadas pelo 
magistrado com todos os elementos produzidos na instrução, a fim de aferir se a prova é 
confiável. 
Nota: Uma das mais relevantes controvérsias que essa alteração legislativa suscita diz 
respeito às consequências jurídicas, para o processo penal, da quebra da cadeia de custódia 
da prova (break on the chain of custody) ou do descumprimento formal de uma das 
exigências feitas pelo legislador no capítulo intitulado "Do exame de corpo de delito, da 
cadeia de custódia e das perícias em geral": essa quebra acarreta a inadmissibilidade da 
prova e deve ela (e as dela decorrentes) ser excluída do processo? Seria caso de nulidade 
da prova? Em caso afirmativo, deve a defesa comprovar efetivo prejuízo, para que a 
nulidade seja reconhecida (à luz da máxima pas de nulitté sans grief)? Ou deve o juiz aferir 
se a prova é confiável de acordo com todos os elementos existentes nos autos, a fim de 
identificar se eles são capazes de demonstrar a sua autenticidade e a sua integridade? 
Se é certo que, por um lado, o legislador trouxe, nos arts. 158-A a 158-F do CPP, 
determinações extremamente detalhadas de como se deve preservar a cadeia de custódia 
da prova, também é certo que, por outro, quedou-se silente em relação aos critérios 
objetivos para definir quando ocorre a quebra da cadeia de custódia e quais as 
consequências jurídicas, para o processo penal, dessa quebra ou do descumprimento de 
um desses dispositivos legais. 
Respeitando aqueles que defendem a tese de que a violação da cadeia de custódia implica, 
de plano e por si só, a inadmissibilidade ou a nulidade da prova, de modo a atrair as regras 
de exclusão da prova ilícita, parece ser mais adequada aquela posição que sustenta que as 
irregularidades constantes da cadeia de custódia devem ser sopesadas pelo magistrado 
com todos os elementos produzidos na instrução, a fim de aferir se a prova é confiável. 
Assim, à míngua de outras provas capazes de dar sustentação à acusação, deve a pretensão 
ser julgada improcedente, por insuficiência probatória, e o réu ser absolvido. 
 
STJ. 6ª Turma. HC 653.515-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/11/2021 (Info 720). 
 
 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRESP.clas.+ou+%22AgRg+no+REsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221928705%22%29+ou+%28%28AGRESP+ou+%22AgRg+no+REsp%22%29+adj+%221928705%22%29.suce.
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não configura cerceamento de defesa o fato de não se permitir que o réu que está preso 
preventivamente tenha acesso a um notebook na unidade prisional a fim de examinar as 
provas que estão nos autos. 
Nota: Se a defesa técnica teve pleno acesso aos autos da ação penal, anexos e mídias 
eletrônicas, a negativa de ingresso de notebook na unidade prisional para que o custodiado 
visualize as peças eletrônicas não configura violação do princípio da ampla defesa. A 
garantia constitucional à ampla defesa, prevista no art. 5º, LV, da CF/88, envolve a defesa 
em sentido técnico (defesa técnica), realizada pelo advogado, e a defesa em sentido 
material (autodefesa), por meio de qualquer atividade defensiva desenvolvida pelo próprio 
acusado, em especial durante seu interrogatório. Contudo, no caso, a restrição ao ingresso 
de notebook na unidade prisional justificava-se pelo risco de ofensa à segregação prisional. 
Essa restrição não representou obstáculo à ampla defesa, pois as peças processuais mais 
relevantes poderiam ter sido impressas e levadas ao preso. No caso concreto, embora o 
custodiado tenha formação jurídica, sua defesa técnica está sendo patrocinada por 
advogados habilitados nos autos, os quais tiveram pleno acesso aos autos da ação penal, 
anexos e mídias eletrônicas. 
 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 631.960-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 23/11/2021 (Info 720). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É lícita a entrada de policiais, sem autorização judicial e sem o consentimento do hóspede, 
em quarto de hotel, desde que presentes fundadas razões da ocorrência de flagrante delito. 
Nota: O STJ afirmou que, embora o quarto de hotel regularmente ocupado seja, 
juridicamente, qualificado como “casa” para fins de tutela constitucional da inviolabilidade 
domiciliar (art. 5º, XI), a exigência, em termos de standard probatório, para que policiais 
ingressem em um quarto de hotel sem mandado judicial não pode ser igual às fundadas 
razões exigidas para o ingresso em uma residência propriamente dita, a não ser que se trate 
(o quarto de hotel) de um local de moradia permanente do suspeito. 
STJ. 6ª Turma. HC 659.527-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 19/10/2021 (Info 715). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A buscae apreensão de bens em interior de veículo é legal e inerente ao dever de 
fiscalização regular da PRF, em se tratando do flagrante de transporte de vultosa quantia 
em dinheiro e não tendo o investigado logrado justificar o motivo de tal conduta. 
 
STJ. 6ª Turma. RHC 142.250-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/09/2021 (Info 711). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
 
 
 
 
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Viola o princípio constitucional da ampla defesa o indeferimento de prova nova sem a 
demonstração de seu caráter manifestamente protelatório ou meramente tumultuário, 
especialmente quando esta teve como causa situação processual superveniente. 
 
Nota: É possível a aplicação ao processo penal, por analogia, do art. 435 do CPC. 
STJ. 6ª Turma. HC 545.097-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 28/09/2021 (Info 711). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É ilegal a quebra do sigilo telefônico mediante a habilitação de chip da autoridade policial 
em substituição ao do investigado titular da linha. 
Nota: A Lei nº 9.296/96 não autoriza a suspensão do serviço telefônico ou do fluxo da 
comunicação telemática mantida pelo usuário, tampouco a substituição do investigado e 
titular da linha por agente indicado pela autoridade policial. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.806.792-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 11/05/2021 (Info 696). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É lícito o compartilhamento de dados bancários feito por órgão de investigação do país 
estrangeiro para a polícia brasileira, mesmo que, no Estado de origem, essas informações 
não tenham sido obtidas com autorização judicial, já que isso não é exigido naquele país. 
 
STJ. 5ª Turma. AREsp 701.833/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 04/05/2021 (Info 695). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não se admite condenação baseada exclusivamente em declarações informais prestadas 
a policiais no momento da prisão em flagrante. 
 
Nota: Esse alerta sobre o direito ao silêncio deve ser feito não apenas pelo Delegado, 
durante o interrogatório formal, mas também pelos policiais responsáveis pela voz de 
prisão em flagrante. Isso porque a todos os órgãos estatais impõe-se o dever de zelar pelos 
direitos fundamentais. A falta da advertência quanto ao direito ao silêncio torna ilícita a 
prova obtida a partir dessa confissão. 
Miranda warning ou Miranda rights (aviso de Miranda ou advertência de Miranda). Tal 
instituto tem origem no julgamento Miranda V. Arizona, realizado pela Suprema Corte 
norte-americana em 1966, em que se decidiu, por 5 (cinco) votos a 4 (quatro), que as 
declarações prestadas pela pessoa presa à polícia não teriam qualquer valor a não ser que 
ela fosse claramente informada 1) que tem o direito de ficar calada; 2) que tudo o que for 
dito pode ser utilizado contra ela; 3) que tem direito à assistência de defensor constituído 
ou nomeado.” (Manual de Processo Penal. Salvador: Juspodivm, 2021, p. 102). 
STF. 2ª Turma. RHC 170843 AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4/5/2021 (Info 1016). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
 
 
 
 
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Não existe exigência legal de que o mandado de busca e apreensão detalhe o tipo de 
documento a ser apreendido, ainda que de natureza sigilosa. 
 
STJ. 6ª Turma. RHC 141.737/PR, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 27/04/2021 (Info 694). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Realizada a busca e apreensão, apesar de o relatório sobre o resultado da diligência ficar 
adstrito aos elementos relacionados com os fatos sob apuração, deve ser assegurado à 
defesa acesso à integra dos dados obtidos no cumprimento do mandado judicial. 
 
STJ. 6ª Turma. RHC 114.683/RJ, Rel. Rogério Schietti Cruz, julgado em 13/04/2021 (Info 692). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É permitido o acesso ao whatsapp, mesmo sem autorização judicial, em caso de telefone 
celular encontrado no interior de estabelecimento prisional 
 
 
Nota: Mesmo no caso de comunicação por intermédio de correspondência escrita, 
permitida legalmente, o STF firmou jurisprudência no sentido de que, diante da 
inexistência de liberdades individuais absolutas, é possível que a Administração 
Penitenciária, sem prévia autorização judicial, acesse o seu conteúdo quando houver 
inequívoca suspeita de sua utilização como meio para a preparação ou a prática de ilícitos. 
A necessidade de se resguardar a segurança, a ordem pública e a disciplina prisional, 
segundo a Corte Suprema, prevalece sobre a reserva constitucional de jurisdição. Nessa 
conjuntura, se é prescindível decisão judicial para a análise do conteúdo de 
correspondência a fim de preservar interesses sociais e garantir a disciplina prisional, com 
mais razão se revela legítimo, para a mesma finalidade, o acesso dos dados e comunicações 
constantes em aparelhos celulares encontrados ilicitamente dentro do estabelecimento 
penal, pois a posse, o uso e o fornecimento do citado objeto são expressamente proibidos 
pelo ordenamento jurídico. 
STJ. 6ª Turma. HC 546.830/PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 09/03/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A prova da legalidade e da voluntariedade do consentimento para o ingresso na 
residência do suspeito incumbe, em caso de dúvida, ao Estado, e deve ser feita com 
declaração assinada pela pessoa que autorizou o ingresso domiciliar, indicando-se, 
sempre que possível, testemunhas do ato. Em todo caso, a operação deve ser registrada 
em áudio-vídeo e preservada a prova enquanto durar o processo. 
Nota: Embora tal teoria tenha encontrado maior amplitude de aplicação jurisprudencial na 
seara civil, processual civil e no CDC, nada há que impeça sua aplicação também na seara 
penal. 
 
 
 
 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c9e5c2b59d98488fe1070e744041ea0e?categoria=12&subcategoria=130
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c9e5c2b59d98488fe1070e744041ea0e?categoria=12&subcategoria=130
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STJ. 5ª Turma. HC 616.584/RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 30/03/2021. STJ. 6ª Turma. HC 598051/SP, Rel. Min. Rogério 
Schietti Cruz, julgado em 02/03/2021 (Info 687). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não podem ser usadas como prova as mensagens obtidas por meio do print screen da 
tela da ferramenta WhatsApp Web 
 
Nota: o STJ considerou ilícita essa prova. Isso porque, para o STJ, é inválida a prova obtida 
pelo WhatsApp Web, tendo em vista que nessa ferramenta “é possível, com total 
liberdade, o envio de novas mensagens e a exclusão de mensagens antigas (registradas 
antes do emparelhamento) ou recentes (registradas após), tenham elas sido enviadas pelo 
usuário, tenham elas sido recebidas de algum contato. Eventual exclusão de mensagem 
enviada (na opção "Apagar somente para Mim") ou de mensagem recebida (em qualquer 
caso) não deixa absolutamente nenhum vestígio, seja no aplicativo, seja no computador 
emparelhado, e, por conseguinte, não pode jamais ser recuperada para efeitos de prova 
em processo penal, tendo em vista que a própria empresa disponibilizadora do serviço, em 
razão da tecnologia de encriptação ponta-a-ponta, não armazena em nenhum servidor o 
conteúdo das conversas dos usuários” (STJ. 6ª Turma. RHC 99.735/SC, Rel. Min. Laurita Vaz, 
julgado em 27/11/2018). Assim, a pessoa que tirou os prints poderia, em tese, ter 
manipulado as conversas, de maneira não há segurança para se utilizar como prova. Diante 
disso, o STJ declarou nulas as mensagens obtidas por meio do print screen datela da 
ferramenta WhatsApp Web, determinando-se o desentranhamento delas dos autos, 
mantendo-se as demais provas produzidas após as diligências prévias da polícia realizadas 
em razão da notícia anônima dos crimes. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no RHC 133.430/PE, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 23/02/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É válida, com base na teoria da aparência, a autorização expressa para que os policiais 
fizessem a busca e apreensão na sede de empresa investigada, autorização essa dada por 
pessoa que, embora tenha deixado de ser sócia formal, continuou assinando documentos 
como representante da empresa. 
 
Nota: Embora tal teoria tenha encontrado maior amplitude de aplicação jurisprudencial na 
seara civil, processual civil e no CDC, nada há que impeça sua aplicação também na seara 
penal. 
STJ. 5ª Turma. RMS 57.740-PE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 23/03/2021. (Info 690) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não cabe ao juiz, na audiência de instrução e julgamento de processo penal, iniciar a 
inquirição de testemunha, cabendo-lhe, apenas, complementar a inquirição sobre os 
pontos não esclarecidos. 
 
 
 
 
 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/299dc35e747eb77177d9cea10a802da2?categoria=12&subcategoria=130
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
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20 
Nota: O juiz deverá intervir e indeferir a pergunta formulada pela parte caso se verifique 
uma das seguintes situações: a) Quando a pergunta feita pela parte puder induzir a 
resposta da testemunha; b) Quando a pergunta não tiver relação com a causa; c) Quando 
a pergunta for a repetição de outra já respondida. 
STF. 1ª Turma. HC 187035/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 6/4/2021. (Info 1012) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A prova da legalidade e da voluntariedade do consentimento para o ingresso na residência 
do suspeito incumbe, em caso de dúvida, ao Estado, e deve ser feita com declaração 
assinada pela pessoa que autorizou o ingresso domiciliar, indicando-se, sempre que 
possível, testemunhas do ato. Em todo caso, a operação deve ser registrada em áudio-vídeo 
e preservada a prova enquanto durar o processo. 
STJ. 6ª Turma. HC 598.051/SP, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 02/03/2021 (Info 687). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O direito à produção de provas não é absoluto, haja vista que a própria lei processual penal, 
em seu artigo 400, § 1º, faculta ao julgador, desde que de forma fundamentada, indeferir 
as provas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. 
STF. 2ª Turma. HC 191858, 628075, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 30/11/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Ausência de mandado não invalida busca e apreensão em apartamento desabitado. 
Nota: Quando se trata de imóvel desabitado, não é necessário o mandado judicial. 
“art. 5º (...) XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;” 
 
STJ. 5ª Turma. HC 588.445-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 25/08/2020. (Info 678) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A determinação judicial de quebra de sigilo de dados informáticos estáticos (registros), 
relacionados à identificação de usuários que operaram em determinada área geográfica, 
suficientemente fundamentada, não ofende a proteção constitucional à privacidade e à 
intimidade. 
Nota: O caso julgado se refere à Vereadora do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco, na qual foi 
assassinada em 14/03/2018. A ordem judicial para quebra do sigilo dos registros, delimitada 
por parâmetros de pesquisa em determinada região e por período de tempo, não se mostra 
medida desproporcional, porquanto, tendo como norte a apuração de gravíssimos crimes, 
não impõe risco desmedido à privacidade e à intimidade dos usuários possivelmente atingidos 
por tal diligência. 
STJ. 3ª Seção. RMS 61.302-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/08/2020. (Info 678) 
 
 
 
 
 
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DELEGADO SÃO PAULO 
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita a prova obtida mediante 
abertura de carta, telegrama, pacote ou meio análogo. 
 
Nota: Art. 5º (...) XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal. 
STF. Plenário. RE 1116949, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 18/08/2020 (Repercussão 
Geral – Tema 1041) (Info 993) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não é possível aplicar multa contra o WhatsApp pelo fato de a empresa não conseguir 
interceptar as mensagens trocadas pelo aplicativo e que são protegidas por criptografia de 
ponta a ponta. 
 
STJ. 3ª Seção. RMS 60.531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Rel. Acd. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/12/2020. (Info 684) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É desnecessária a comprovação de prejuízo para o reconhecimento da nulidade decorrente 
da não observância do rito previsto no art. 400 do CPP, o qual determina que o 
interrogatório do acusado seja o último ato a ser realizado. 
Nota: Embora, em regra, a decretação da nulidade de determinado ato processual requeira a 
comprovação de prejuízo concreto para a parte - em razão do princípio do pas de nullité sans 
grief -, o prejuízo à defesa é evidente e corolário da própria inobservância da máxima 
efetividade das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 
 
Em sentido contrário: No que tange à pretensão de reconhecimento da nulidade da instrução 
processual, desde o interrogatório, por suposta violação do art. 400, do CPP, a 5ª Turma do 
STJ consolidou o entendimento de que, para se reconhecer nulidade pela inversão da ordem 
de interrogatório, é necessário: • que o inconformismo da Defesa tenha sido manifestado 
tempestivamente, ou seja, na própria audiência em que realizado o ato, sob pena de 
preclusão; e • que seja comprovada a ocorrência de prejuízo que o réu teria sofrido com a 
citada inversão. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1573424/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da 
Fonseca, julgado em 08/09/2020. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.808.389-AM, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/10/2020. (Info 683) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O art. 226 do CPP estabelece formalidades para o reconhecimento de pessoas 
(reconhecimento pessoal) e o descumprimento dessas formalidades enseja a nulidade do 
reconhecimento. 
 
 
 
 
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22 
Nota: 
1) O reconhecimento de pessoas deve observar o procedimento previsto no art. 226 do 
Código de Processo Penal, cujas formalidades constituem garantia mínima para quem se 
encontra na condição de suspeito da prática de um crime; 
 2) À vista dos efeitos e dos riscos de um reconhecimento falho, a inobservância do 
procedimento descrito na referida norma processual torna inválido o reconhecimento da 
pessoa suspeita e não poderá servir de lastro a eventual condenação, mesmo se confirmado 
o reconhecimento em juízo; 
3) Pode o magistrado realizar, em juízo, o ato de reconhecimento formal, desde que 
observado o devido procedimento probatório, bem comopode ele se convencer da autoria 
delitiva a partir do exame de outras provas que não guardem relação de causa e efeito com 
o ato viciado de reconhecimento; 
4) O reconhecimento do suspeito por simples exibição de fotografia(s) ao reconhecedor, a 
par de dever seguir o mesmo procedimento do reconhecimento pessoal, há de ser visto como 
etapa antecedente a eventual reconhecimento pessoal e, portanto, não pode servir como 
prova em ação penal, ainda que confirmado em juízo. 
OBS. A posição pacífica da 5ª Turma é em sentido contrário de que as disposições contidas 
no art. 226 do CPP configuram uma recomendação legal, e não uma exigência absoluta. 
Assim, é válido o ato mesmo que realizado de forma diversa da prevista em lei. 
Obs MAIS RECENTE: A desconformidade ao regime procedimental determinado no art. 226 
do CPP deve acarretar a nulidade do ato e sua desconsideração para fins decisórios, 
justificando-se eventual condenação somente se houver elementos independentes para 
superar a presunção de inocência. STF. 2ª Turma. RHC 206846/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgado em 22/2/2022 (Info 1045). 
STJ. 6ª Turma. HC 598.886-SC, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 27/10/2020. (Info 684) 
Em sentido contrário: STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1665453/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 02/06/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A defesa alegou nulidade processual por desrespeito ao art. 212 do CPP, por ter o juízo 
inquerido diretamente as testemunhas. A magistrada que presidia a audiência reputou 
observados o contraditório e a ampla defesa, porque depois de perguntar, ela permitiu que 
os defensores e o MP fizessem questionamentos. A 1ª Turma do STF discutiu se houve 
nulidade. Dois Ministros (Marco Aurélio e Rosa Weber) consideraram que não foi 
respeitada a aludida norma processual. Assim, votaram por conceder a ordem de habeas 
corpus para declarar a nulidade processual a partir da audiência de instrução e julgamento. 
Os outros dois Ministros (Alexandre de Moraes e Luiz Fux) entenderam que não deveria ser 
declarada a nulidade do processo porque a alteração efetuada no art. 212 do CPP, ao 
permitir que as partes façam diretamente perguntas às testemunhas, não retirou do juiz, 
como instrutor do processo, a possibilidade de inquiri-las diretamente. Diante do empate 
na votação, prevaleceu a decisão mais favorável ao paciente. 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
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Nota: prevalece atualmente que a inobservância do procedimento previsto no art. 212 do 
CPP pode gerar nulidade relativa (depende da demonstração do prejuízo para a parte), (STF. 
1ª Turma. HC 177530 AgR, Rel. Alexandre de Moraes, julgado em 20/12/2019). 
 
STF. 1ª Turma. HC 161658/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/6/2020. (Info 980) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Para ser decretada a medida de busca e apreensão, é necessário que haja indícios mais 
robustos que uma simples notícia anônima. 
Nota: O mandado de busca e apreensão expedido exclusivamente com apoio em denúncia 
anônima é abusivo. 
STF. 2ª Turma. HC 180709/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 5/5/2020. (Info 976) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Advogado que teve seus poderes revogados pela cliente, que pediu de volta os documentos 
do caso, não pode depor como testemunha no processo porque a conduta da parte 
demonstra que ela não liberou o causídico do sigilo profissional que ele deve respeitar. 
Rcl 37235/RR. rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 18.2.2020. (Rcl-37235) – (Info 967-STF) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É constitucional lei estadual que transforma o cargo de datiloscopista da Polícia Civil em perito 
papiloscopista. 
Nota: Destaca-se que a expressão “perito criminal” abrange todos os peritos oficiais que possuem a 
incumbência estatal de elucidar crimes, sendo possível aventar um rol bem mais amplo de agentes que 
atuam como peritos oficiais. 
 
STF. Plenário. ADI 5182/PE, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/12/2019. (Info 964) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não viola a SV 14 quando se nega que o investigado tenha acesso a peças que digam respeito a dados 
sigilosos de terceiros e que não estejam relacionados com o seu direito de defesa. 
Nota: Mesmo que a investigação criminal tramite em segredo de justiça será possível que o investigado 
tenha acesso amplo autos, inclusive a eventual relatório de inteligência financeira do COAF, sendo 
permitido, contudo, que se negue o acesso a peças que digam respeito a dados de terceiros protegidos 
pelo segredo de justiça. Essa restrição parcial não viola a súmula vinculante 14. Isso porque é excessivo o 
acesso de um dos investigados a informações, de caráter privado de diversas pessoas, que não dizem 
respeito ao direito de defesa dele. 
 
STF. 1ª Turma. Rcl 25872 AgR-AgR/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 17/12/2019. (Info 964) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É possível o compartilhamento, sem autorização judicial, dos relatórios de inteligência financeira do COAF 
e do procedimento fiscalizatório da Receita Federal com a Polícia e o Ministério Público. 
 
 
 
 
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24 
Nota: Ressalta-se que a previsão do art. 6º da LC 105/2001, que autoriza o Fisco a ter acesso a informações 
bancárias sem autorização judicial, é compatível com a CF/88 conforme julgado, em 2016 (Info 815), do STF 
(na visão do STF, não há QUEBRA de sigilo bancário, mas somente a “TRANSFERÊNCIA de sigilo” dos bancos 
ao Fisco. Os dados, até então protegidos pelo sigilo bancário, prosseguem protegidos pelo sigilo fiscal). 
 
STF. Plenário. RE 1055941/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 4/12/2019 (repercussão geral – Tema 990). (Info 962) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É ilícita a prova obtida por meio de revista íntima realizada com base unicamente em 
denúncia anônima. 
Caso: esposa iria visitar o marido no sistema prisional levando drogas no interior da vagina. 
Entretanto, a diretora recebeu telefonema anônimo informando a situação, razão pela qual 
determinou a revista íntima. Foi encontrada a droga. A prova colhida é ÍLICITA. 
REsp 1.695.349-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 08/10/2019, DJe 14/10/2019. (Info 
659) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A perícia realizada por perito papiloscopista não pode ser considerada prova ilícita nem 
deve ser excluída do processo. 
Nota: os peritos são integrantes de órgão público oficial do Estado com diversas atribuições 
legais (são auxiliares da Justiça). 
STF. 1ª Turma. HC 174400 AgR/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 
24/9/2019. (Info 953) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não há violação da SV 14 se os elementos de prova estão disponíveis nos autos para as 
partes. 
Nota: no caso, os elementos sempre estiveram disponíveis para a defesa que, mesmo assim, 
ingressou com a reclamação no STF. 
STF. 1ª Turma. Rcl 27919 AgR/GO, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 27/8/2019. (Info 949) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É ilícita a prova obtida mediante conduta da autoridade policial que atende, sem 
autorização, o telefone móvel do acusado e se passa pela pessoa sob investigação. 
Nota: no caso concreto, o policial também obteve acesso, sem autorização pessoal ou judicial, 
aos dados do aparelho lendo as mensagens. 
STJ. 6ª Turma. HC 511.484-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 15/08/2019. (Info 655) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A determinação de busca e apreensão nas dependências da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal pode ser decretada por juízo de 1ª instânciase o investigado não for 
congressista. 
 
 
 
 
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DELEGADO SÃO PAULO 
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25 
Nota: a imunidade é da pessoa e não do local. O fato de o endereço de cumprimento de 
medida coincidir com as dependências do Congresso Nacional não atrai, de modo automático 
e necessário, a competência do STF. 
STF. Plenário. Rcl 25537/DF e AC 4297/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 26/6/2019. (Info 945) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É ilícita a revista pessoal realizada por agente de segurança privada. 
Nota: Conforme a CF e o CPP, somente as autoridades judiciais, policiais e seus agentes estão 
autorizados a realizarem a busca domiciliar ou pessoal. 
STJ. 5ª Turma. HC 470.937/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 04/06/2019. (Info 651) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Lei estadual pode exigir que a perícia feita em vítima do sexo feminino seja feita por legista 
mulher, mas desde que isso não importe retardamento ou prejuízo da diligência. 
Nota: a lei estadual trata de procedimento em matéria processual, assunto de competência 
concorrente (art. 24, XI, da CF), não havendo vício formal. 
STF. Plenário. ADI 6039 MC/RJ, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 13/3/2019. (Info 933) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
São ilegais as provas obtidas por policial militar que, designado para coletar dados nas ruas 
como agente de inteligência, passa a atuar, sem autorização judicial, como agente infiltrado 
em grupo criminoso. 
STF. 2ª Turma. HC 147837/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 26/2/2019. (Info 932) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É nula decisão judicial que autoriza o espelhamento do WhatsApp via Código QR para 
acesso no WhatsApp Web. Também são nulas todas as provas e atos que dela diretamente 
dependam ou sejam consequência, ressalvadas eventuais fontes independentes. Não é 
possível aplicar a analogia entre o instituto da interceptação telefônica e o espelhamento, 
por meio do WhatsApp Web, das conversas realizadas pelo aplicativo WhatsApp. 
STJ. 6ª Turma. RHC 99.735-SC, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 27/11/2018. (Info 640) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É lícito o compartilhamento promovido pela Receita Federal dos dados bancários por ela 
obtidos a partir de permissivo legal, com a Polícia e com o Ministério Público, ao término 
do procedimento administrativo fiscal, quando verificada a prática, em tese, de infração 
penal. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1.601.127-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Felix Fischer, julgado em 20/09/2018. (Info 
634) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
 
 
 
 
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Em busca e apreensão ordenada contra o marido da Senadora, mas cujo cumprimento 
ocorreu no imóvel funcional onde ambos residem, deve-se observar as regras de foro 
privativo. 
STF. 2ª Turma. Rcl 24473/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 26/6/2018. (Info 908) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O direito à prova é expressão de uma inderrogável prerrogativa jurídica, que não pode ser, 
arbitrariamente, negada ao réu. O princípio do livre convencimento motivado autoriza que 
o juiz indefira as provas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias (art. 400, 
§ 1º do CPP). Todavia, no caso concreto, não se trata do indeferimento de uma ou duas 
testemunhas, mas de todas elas, o que se afigura inadmissível em um Estado Democrático 
de Direito, em que a ampla defesa é garantia constitucional de todos os acusados (art. 5º, 
LV, da CF/88). O STF entendeu que a decisão do juiz extrapolou os limites do razoável, 
especialmente se levado em consideração que a medida extrema foi tomada no estágio 
inicial do processo (resposta à acusação) e a motivação para tanto foi baseada na impressão 
pessoal do magistrado de que o requerimento seria protelatório, já que as testemunhas 
não teriam, em tese, vinculação com os fatos criminosos imputados ao réu. 
STF. 2ª Turma. HC 155363/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 8/5/2018. (Info 901) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É possível a utilização de dados obtidos pela Secretaria da Receita Federal, em regular 
procedimento administrativo fiscal, para fins de instrução processual penal. 
STJ. 6ª Turma. HC 422.473-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 20/03/2018. (Info 623) 
 
7. INTERCEPTAÇÃO TELEFONICA 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Em decisões que autorizem a interceptação das comunicações telefônicas de investigados, 
é inválida a utilização da técnica da fundamentação per relationem (por referência) sem 
tecer nenhuma consideração autônoma, ainda que sucintamente, justificando a 
indispensabilidade da autorização de inclusão ou de prorrogação de terminais em diligência 
de interceptação telefônica. 
 
Nota: O STJ admite o emprego da técnica da fundamentação per relationem. Sem embargo, 
tem-se exigido, na jurisprudência da Sexta Turma, que o juiz, ao reportar-se a fundamentação 
e a argumentos alheios, ao menos os reproduza e os ratifique, eventualmente, com acréscimo 
de seus próprios motivos. 
 
Admite-se o uso da motivação per relationem para justificar a quebra do sigilo das 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
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JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 07/18 
 
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comunicações telefônicas. STJ. 6ª Turma. HC 654.131-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 16/11/2021 
(Info 723). 
 
No entanto, as decisões que deferem a interceptação telefônica e respectiva prorrogação 
devem prever, expressamente, os fundamentos da representação que deram suporte à 
decisão - o que constituiria meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da 
motivação reportada como razão de decidir - sob pena de ausência de fundamento idôneo 
para deferir a medida cautelar. 
As decisões que deferem a interceptação telefônica e respectiva prorrogação devem prever, 
expressamente, os fundamentos da representação que deram suporte à decisão - o que 
constituiria meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação 
reportada como razão de decidir - sob pena de ausência de fundamento idôneo para deferir 
a medida cautelar. 
 
STJ. RHC 119.342-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 20/09/2022. (Info 751). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A mera referência à legalidade da interceptação telefônica, com exclusiva intenção de 
justificar a imposição de outra medida cautelar, não significa que tenha havido a sua 
validação pelo STJ. 
 
STJ. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 13/09/2022. 
(Info 749). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O fato de as provas obtidas com a quebra de sigilo telefônico haverem sido juntadas após 
o encerramento da instrução não é suficiente, por si só, para a anulação do processo. 
STJ. AgRg no REsp 1.965.146-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 26/04/2022, DJe 
29/04/2022. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A conversão do conteúdo das interceptações telefônicas em formato escolhido pela defesa 
não é ônus atribuído ao Estado. 
 
Nota: onstata-se que o conteúdo das interceptações telefônicas foi disponibilizado pela 
defesa, não havendo que se falar em nulidade por ser preferível um formato a outro ou em 
virtude de os órgãos públicos possuírem sistema próprio para exame das gravações. Com 
efeito, os diálogos interceptados estão integralmente disponíveis, em observância aos 
princípios do contraditório, da ampla defesa e da paridade de armas, não sendo ônus 
atribuído ao Estado a conversãoem formato escolhido pela defesa. 
STJ. AgRg no RHC 155.813-PE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 15/02/2022, 
DJe 21/02/2022. (Info 731). 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28RHC.clas.+e+%40num%3D%22119342%22%29+ou+%28RHC+adj+%22119342%22%29.suce.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRESP.clas.+ou+%22AgRg+no+REsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221965146%22%29+ou+%28%28AGRESP+ou+%22AgRg+no+REsp%22%29+adj+%221965146%22%29.suce.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+RHC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22155813%22%29+ou+%28%28AGRRHC+ou+%22AgRg+no+RHC%22%29+adj+%22155813%22%29.suce.
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A interceptação telefônica pode ser renovada sucessivamente se a decisão judicial inicial e 
as prorrogações forem fundamentadas, com justificativa legítima, mesmo que sucinta, a 
embasar a continuidade das investigações. 
Nota: São lícitas as sucessivas renovações de interceptação telefônica, desde que, verificados 
os requisitos do art. 2º da Lei nº 9.296/96 e demonstrada a necessidade da medida diante de 
elementos concretos e a complexidade da investigação, a decisão judicial inicial e as 
prorrogações sejam devidamente motivadas, com justificativa legítima, ainda que sucinta, a 
embasar a continuidade das investigações. São ilegais as motivações padronizadas ou 
reproduções de modelos genéricos sem relação com o caso concreto. 
 
Mesmo sentido: A interceptação telefônica não pode exceder 15 dias. Contudo, pode ser 
renovada por igual período, não havendo restrição legal ao número de vezes para tal 
renovação, se comprovada a sua necessidade. STF. 2ª Turma. RHC 132115/PR, Rel. Min. 
Dias Tóffoli, julgado em 6/2/2018 (Info 890). 
STF. Plenário. RE 625263/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 11/5/2021 
(Repercussão Geral – Tema 661) (Info 1047). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O prazo de 15 dias das interceptações telefônicas deve ser contado a partir da efetiva 
implementação da medida, e não da respectiva decisão. 
 
STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 114.973/SC, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 19/05/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. HC 113477-DF, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 20/3/2012. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Descobertos novos crimes durante a interceptação, a autoridade deve apurá-los, ainda que 
sejam punidos com detenção 
 
Nota:Se a autoridade policial, em decorrência de interceptações telefônicas legalmente 
autorizadas, tem notícia do cometimento de novos ilícitos por parte daqueles cujas conversas 
foram monitoradas ou mesmo de terceiros, é sua obrigação e dever funcional apurá-los, ainda 
que não possuam liame algum com os delitos cuja suspeita originariamente ensejou a quebra 
do sigilo telefônico. Tal entendimento é aplicável ainda que as infrações descobertas 
fortuitamente sejam punidas com detenção, pois o que a Lei nº 9.296/96 veda é o 
deferimento da quebra do sigilo telefônico para apurar delito que não seja apenado com 
reclusão, não proibindo, todavia, que o referido meio de prova seja utilizado quando há, 
durante a implementação da medida, a descoberta fortuita de eventuais ilícitos que não 
atendem a tal requisito. 
 
 
 
 
https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d8ea5f53c1b1eb087ac2e356253395d8?categoria=12&subcategoria=131&ano=2020
https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d8ea5f53c1b1eb087ac2e356253395d8?categoria=12&subcategoria=131&ano=2020
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Mesmo sentido: O fato de elementos indiciários acerca da pratica de crimes surgirem no 
decorrer da execução de medida de quebra de sigilo bancário e fiscal determinada para a 
apuração de outros crimes não impede por si só, que os dados colhidos sejam utilizados para 
averiguação da suposta prática daquele delito. Com efeito pode ocorrer o que se chama de 
fenômeno da SERENDIPIDADE, QUE CONSISTE NA DESCOBERTA FURTUITA DE DELITOS QUE 
NÃO SÃO OBJETO DA INVESTIGAÇÃO. (STJ.6° Turma. HC 282.096- SP) 
STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 114973/SC, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 19/05/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É dever do Estado a disponibilização da integralidade das conversas advindas nos autos de 
forma emprestada, sendo inadmissível a seleção pelas autoridades de persecução de partes 
dos áudios interceptados. 
Nota: o julgado se refere ao tema “quebra da cadeia de custódia” e, como teve inovação 
legislativa trazida pelo “Pacote Anticrime”, recomenda-se a leitura da íntegra do julgado, bem 
como dos novos dispositivos legais. “A cadeia de custódia da prova consiste no caminho que 
deve ser percorrido pela prova até a sua análise pelo magistrado, sendo certo que qualquer 
interferência indevida durante esse trâmite processual pode resultar na sua 
imprestabilidade” (RHC 77.836/PA, julgado em 05/02/2019). 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.795.341-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 07/05/2019. (Info 648) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O Plenário do STF reafirmou o entendimento de que não é imprescindível que a transcrição 
de interceptações telefônicas seja feita integralmente, salvo nos casos em que esta for 
determinada pelo relator do processo. Além disso, acolheu o pedido do MP para que a 
redação da ementa do acórdão seja revista com o objetivo de ser mais clara sobre o 
entendimento do STF e afastar a ambiguidade. 
STF. Plenário. AP 508 AgR/AP, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 08/02/2019. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É inconstitucional Resolução do CNJ que proíbe o juiz de prorrogar a interceptação 
telefônica durante o plantão judiciário ou durante o recesso do fim de ano. 
STF. Plenário. ADI 4145/DF, Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 26/4/2018. (Info 899) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É constitucional a Resolução 36/2009 do CNMP, que dispõe sobre o pedido e a utilização de 
interceptações telefônicas, no âmbito do Ministério Público, nos termos da Lei nº 9.296/96. 
STF. Plenário. ADI 4263/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 25/4/2018. (Info 899) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Segundo a jurisprudência do STJ e do STF, não há ilegalidade em iniciar investigações 
preliminares com base em "denúncia anônima" a fim de se verificar a plausibilidade das 
alegações contidas no documento apócrifo. No caso concreto, a Polícia, com base em 
 
 
 
 
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diligências preliminares para atestar a veracidade dessas “denúncias” e também lastreada 
em informações recebidas pelo Ministério da Justiça e pela CGU, requereu ao juízo a 
decretação da interceptação telefônica do investigado. O STF entendeu que a decisão do 
magistrado foi correta considerando que a decretação da interceptação telefônica não foi 
feita com base unicamente na "denúncia anônima" e sim após a realização de diligências 
investigativas e também com base nas informações recebidas dos órgãos públicos de 
fiscalização. 
STF. 2ª Turma. RHC 132115/PR, Rel. Min. Dias Tóffoli, julgado em 6/2/2018. (Info 890) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O réu estava sendo investigado pela prática do crime de tráfico de drogas. Presentes os 
requisitos constitucionais e legais, o juiz autorizou a interceptação telefônica para apurar o 
tráfico. Por meio dos diálogos, descobriu-se que o acusado foi o autor de um homicídio. A 
prova obtida a respeito

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