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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA

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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
CICLO I - SEMANA 01/30 
 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIAS 
 
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 30 SEMANAS 
 
CICLO I – SEMANA 01/30 
 
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COMO UTILIZAR O MATERIAL 
 
 
Este material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, por meio da 
leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. Em caso de dúvida 
sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site Dizer o Direito e estude o 
informativo na íntegra, já que nosso objetivo é somente trazer os principais pontos de forma 
a facilitar os estudos e revisão. 
Observação: foram inseridos também os julgados considerados MAIS IMPORTANTES com data 
anterior ao ano de 2018. 
 
Sumário 
Sumário ......................................................................................................................................... 2 
SEMANA 01 ................................................................................................................................... 4 
DIREITO PENAL .............................................................................................................................. 4 
1. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ................................................................................................ 4 
1.1. APONTAMENTOS e DIVERGÊNCIAS ......................................................................................... 4 
1.2. RECONHECE-SE a aplicação do princípio da insignificância ........................................................ 9 
1.3. Crimes nos quais a Jurisprudência REJEITA a aplicação do princípio da insignificância: .............. 10 
2. DOSIMETRIA DA PENA ............................................................................................................. 13 
2.1 Pena de Multa ...................................................................................................................... 22 
3. CONCURSO FORMAL E CRIME CONTINUADO ......................................................................... 24 
3.1 Crime Continuado ................................................................................................................. 24 
4. INDULTO .................................................................................................................................. 25 
5. FIXAÇÃO DO REGIME PRISIONAL ............................................................................................ 26 
6. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ............................................................................................ 27 
7. PRESCRIÇÃO ............................................................................................................................ 29 
8. OUTROS TEMAS DA PARTE GERAL .......................................................................................... 31 
8.1 Medida de Segurança ........................................................................................................... 31 
8.2 Livramento Condicional ......................................................................................................... 31 
8.3 Imputabilidade ..................................................................................................................... 32 
8.4 Arrependimento Posterior..................................................................................................... 32 
8.5 Reincidência ......................................................................................................................... 32 
8.6 Teoria do Domínio Final do Fato ............................................................................................ 32 
8.7 Perda do Cargo ..................................................................................................................... 33 
8.8 Causa de aumento de pena ................................................................................................... 33 
8.9 Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica ............................................................................. 33 
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9. CRIME CONTRA A PESSOA ....................................................................................................... 34 
9.1 Homicídio (Art. 121) .............................................................................................................. 35 
10. CRIMES CONTRA A HONRA ................................................................................................... 37 
11. CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL ......................................................................... 40 
12. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ......................................................................................... 40 
13. CRIME DE VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL (ART 184 DO CP) ............................................. 49 
14. CRIME CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ................................................................................. 49 
15. CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA ...................................................................................... 53 
16. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ............................................................................................. 54 
17. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..................................................................... 54 
17.1 Crimes Diversos .................................................................................................................. 55 
17.2 Descaminho ....................................................................................................................... 56 
17.3 Contrabando (Art. 334 A) .................................................................................................... 56 
17.4 Denunciação Caluniosa (Art.339) ......................................................................................... 56 
17.5 Corrupção .......................................................................................................................... 56 
17.6 Peculato ............................................................................................................................. 58 
17.7 Conceito de Funcionário Público e Causa de Aumento do Art. 327§2° do CP ........................... 58 
 
 
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SEMANA 01 
 
DIREITO PENAL 
 
1. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
 
1.1. APONTAMENTOS e DIVERGÊNCIAS 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Admite-se reconhecer a não punibilidade de um furto de coisa com valor insignificante, 
ainda que presentes antecedentes penais do agente, se não denotarem estes tratar-se 
de alguém que se dedica, com habitualidade, a cometer crimes patrimoniais. 
 
 
STJ. AgRg no REsp 1.986.729-MG, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 28/06/2022, DJe 
30/06/2022 (Info 744). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Admite-se, EXCEPCIONALMENTE, a aplicação do princípio da insignificância a crime 
praticado em prejuízo da administração pública quando for ÍNFIMA a lesão ao bem 
jurídico tutelado. 
 
STJ. RHC 153.480-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 24/05/2022, DJe 31/05/2022. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
EXCEPCIONALMENTE, admite-se o princípio da insignificância nos crimes contra a fé 
pública (USO DE ATESTADO FALSO) em casos que o dolo do réu revela, de plano, "a 
mínima ofensividade da conduta do agente, a nenhuma periculosidade social da ação, o 
reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão 
jurídica provocada", a demonstrar a atipicidade material da conduta e afastar a 
incidência do direito penal, sendo suficientes as sanções previstas na Lei trabalhista.PARA FIXAR: 
Admite-se, EXCEPCIONALMENTE, o princípio da insignificância nos crimes contra a fé pública se: 
↳ O dolo do réu revelar: 
• mínima ofensividade da conduta do agente; 
• nenhuma periculosidade social da ação; 
• reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e 
• inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
 
Nota: 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRESP.clas.+ou+%22AgRg+no+REsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221986729%22%29+ou+%28%28AGRESP+ou+%22AgRg+no+REsp%22%29+adj+%221986729%22%29.suce.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202102872810%27.REG.
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⚠ CUIDADO! Há DIVERGÊNCIA: a jurisprudência do STF e do STJ é no sentido da 
INAPLICABILIDADE do princípio da insignificância na hipótese de crimes praticados contra 
a fé pública (ex: uso de atestado médico falso; introdução de moedas falsas), em função 
do bem jurídico tutelado pela norma, que, no caso, a fé pública representa caráter 
supraindividual. 
STF. 2ª Turma. HC 117638, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/03/2014. STF. 1ª Turma. HC 
187269, Rel. Min Roberto Barroso, decisão monocrática em 18/06/2020. STJ. 6ª Turma. AgRg-AREsp 
1.963.955, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 08/02/2022. STJ. 5ª Turma. AgRg-RHC 
155.201, Rel. Min. Jesuíno Rissato, julgado em 12/12/2021. 
 
⚠ Portanto, o julgado acima é uma EXCEÇÃO! 
 
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1816993/B1, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 16/11/2021 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Se a pessoa for encontrada com alguns poucos gramas de droga para consumo próprio é 
possível aplicar o princípio da insignificância. 
 
Nota: O julgado acima foi decidido por EMPATE (2x), razão pela qual foi concedido o HC. 
⚠ CUIDADO! Há DIVERGÊNCIA: 
• STJ: NÃO é possível aplicar o princípio da insignificância. 
A jurisprudência de ambas as turmas do STJ firmou entendimento de que o crime de posse 
de drogas para consumo pessoal (art. 28 da Lei nº 11.343/06) é de perigo presumido ou 
abstrato e a pequena quantidade de droga faz parte da própria essência do delito em 
questão, não lhe sendo aplicável o princípio da insignificância. 
STJ. 6ª Turma. RHC 35920 -DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/5/2014. Info 541. STJ. 
5ª Turma. HC 377.737, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 16/03/2017. STJ. 6ª Turma. AgRg-RHC 
147.158, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/5/2021. STF: Há um precedente da 1ª Turma, 
aplicando o princípio STF. 1ª Turma. HC 110475 , Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/02/2012. 
 
STF. 2ª Turma. HC 202883 AgR, Relator(a) p/ Acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/09/2021 
Mesmo sentido: STF. 1ª Turma. HC 110475 , Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/02/2012. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
NÃO pode ser aplicado para fins de incidência do princípio da insignificância nos crimes 
tributários ESTADUAIS o parâmetro de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), estabelecido no art. 
20 da Lei 10.522/2002, devendo ser observada a lei estadual vigente em razão da 
autonomia do ente federativo. 
 
STJ. 5ª Turma. AgRg-HC 549.428-PA. Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 19/05/2020. 
 
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
NÃO é possível a aplicação do princípio da insignificância aos crimes tributários de acordo 
com o montante definido em parâmetro estabelecido para a propositura judicial de 
execução fiscal. 
Nota: 
⚠ DIVERGÊNCIA. 
SIM. É possível a aplicação do princípio da insignificância aos crimes tributários e de 
descaminho quando o débito tributário verificado NÃO ultrapassar o limite de R$ 
20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei nº 10.522/2002, com as 
atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda. 
STF. 2ª Turma. HC-AgR 160.239-SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; Julg. 22/05/2020. STF. 2ª Turma. HC-
AgR 174.329-SC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski; Julg. 05/11/2019; DJE 18/11/2019. STJ. 3ª Seção. 
HC 535.063-SP. Rel. Min. Sebastião Reis Júnior; Julg. 10/06/2020; DJE 25/08/2020. 
 
STF. 1ª Turma. HC-AgR 144.193-SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/04/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É POSSÍVEL aplicar o princípio da insignificância para furto de bem avaliado em R$ 20,00 
mesmo que o agente tenha antecedentes criminais por crimes patrimoniais. 
Nota: 
A existência de antecedentes criminais (habitualidade criminosa) pode servir como 
argumento do juiz para afastar a aplicação do princípio da insignificância. 
No entanto, NÃO se trata de uma vedação absoluta, podendo ser, EXCEPCIONALMENTE, 
aplicado o princípio, COM BASE NAS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO. 
Nesse sentido: STF. 2ª Turma. HC 141440 AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 
14/8/2018 (Info 911), STF. 2ª Turma. HC 159435 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 
28/06/2019, STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1517800/TO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado 
em 20/02/2020. 
Ainda vale o conhecimento da jurisprudência em Teses do STJ (ed. 47): 
Tese 7: O princípio da insignificância deve ser afastado nos 
casos em que o réu faz do crime o seu MEIO DE VIDA, ainda que 
a coisa furtada seja de pequeno valor. 
OBS.: É possível aplicar o princípio da insignificância para o furto 
de mercadorias avaliadas em R$ 29,15, mesmo que a subtração 
tenha ocorrido durante o período de repouso noturno e mesmo 
que o agente seja reincidente. Vale ressaltar que os produtos 
haviam sido furtados de um estabelecimento comercial e que 
logo após o agente foi preso, ainda na porta do estabelecimento. 
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Objetos furtados: R$ 4,15 em moedas, uma garrafa de Coca-
Cola, duas garrafas de cerveja e uma garrafa de pinga marca 51, 
tudo avaliado em R$ 29,15. 
STF. 2ª Turma. HC 181389 AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/4/2020 (Info 973). 
 
STF. 1ª Turma. RHC 174784/MS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 11/2/2020. 
(Info 966) 
Mesmo sentido: STF. Plenário. HC 123108/MG, HC 123533/SP, HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 3/8/2015 
(Info 793) e STF. 2ª Turma. HC 181389 AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/4/2020 (Info 973). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É possível aplicar o princípio da insignificância para a conduta de transmitir sinal de internet 
como provedor sem autorização da ANATEL (art. 183 da Lei nº 9.472/97)? 
No STJ: é pacífico que NÃO (Súmula 606-STJ: Não se aplica o princípio da insignificância a casos 
de transmissão clandestina de sinal de internet via radiofrequência, que caracteriza o fato 
típico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997). 
No STF: prevalece que não. Assim, é inaplicável o princípio da insignificância no crime de 
transmissão clandestina de sinal de internet, por configurar o delito previsto no art. 183 da Lei 
nº 9.472/97, que é crime formal, e, como tal, prescinde de comprovação de prejuízo para sua 
consumação (STF. 1ª Turma. HC 124795 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 23/08/2019). 
Ocorre que no HC 157014 AgR/SE, julgado pela 2ª Turma do STF em 17/9/2019 (Info 952), 
houve um empate na votação: dois Ministros entenderam que se deveria reconhecer o 
princípio e dois outros negaram o HC. 
Quando há um empate no julgamento de um habeas corpus, prevalece a decisão mais 
favorável ao paciente, conforme determina o art. 146, parágrafo único, do Regimento Interno 
do STF. 
Assim, neste caso concreto, o réu foi absolvido por se tratar de delito de bagatela, em razão 
do mínimo potencial ofensivo da conduta. 
STF. 2ª Turma. HC 157014 AgR/SE, rel. orig. Min. Cármen Lúcia, red.p/ o ac. Min Ricardo Lewandowski, julgado em 17/9/2019. 
(Info 952) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A Primeira Turma, por maioria, concedeu, de ofício, a ordem de habeas corpus para fixar o 
regime inicial aberto em favor de condenado pelo furto de duas peças de roupa avaliadas 
em R$ 130,00. 
Após ter sido absolvido pelo juízo de primeiro grau ante o princípio da insignificância, o 
paciente foi condenado pelo Tribunal de Justiça à pena de 1 (um) ano e 9 (nove) meses de 
reclusão em regime inicial semiaberto. A Corte de origem levou em consideração os maus 
antecedentes, como circunstância judicial desfavorável, e a reincidência para afastar a 
aplicação do princípio da insignificância. 
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Nota: neste caso, não se absolveu o réu, mas utilizou a insignificância como exceção 
jurisprudencial à regra do art. 33, §2º, do CP (base na proporcionalidade). 
C 135164/MT, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, julgamento em 23.4.2019. (Info 938-STF) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O princípio da bagatela NÃO SE APLICA ao crime previsto no art. 34, caput c/c parágrafo 
único, II, da Lei nº 9.605/98. 
Nota: 
Art. 34 da Lei nº 9.605/98: “Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares 
interditados por órgão competente: 
Pena - detenção de 1 (um) ano a 3 (três) anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: [...] 
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, 
petrechos, técnicas e métodos não permitidos;” 
Obs: apesar de a redação utilizada no informativo original ter sido bem incisiva (“O princípio 
da bagatela não se aplica ao crime previsto no art. 34, caput c/c parágrafo único, II, da Lei 
9.605/98”), existem julgados tanto do STF como do STJ aplicando, excepcionalmente, o 
princípio da insignificância para o delito de pesca ilegal. 
⚠ CUIDADO! Há DIVERGÊNCIA: Não se configura o crime previsto no art. 34 da Lei nº 
9.605/98 na hipótese em há a devolução do único peixe – ainda vivo – ao rio em que foi 
pescado. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.409.051-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 20/4/2017 (Info 602). 
STF. 1ª Turma. HC 122560/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 08/05/2018. (Info 901) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
NÃO SE APLICA o princípio da insignificância a CASOS DE TRANSMISSÃO CLANDESTINA DE 
SINAL DE INTERNET VIA RADIOFREQUÊNCIA, que caracteriza o fato típico previsto no art. 
183 da Lei nº 9.472/1997. 
Art. 183, Lei nº 9.472/1997. Desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicação: 
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, aumentada da metade se houver dano a 
terceiro, e multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, direta ou indiretamente, concorrer para o 
crime. 
• Súmula nº 606, STJ. NÃO SE APLICA o princípio da insignificância a casos de transmissão 
clandestina de sinal de internet via radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no 
art. 183 da Lei n. 9.472/1997. 
 
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⚠ CUIDADO! Há DIVERGÊNCIA: Para o STF é possível, em situações excepcionais, o 
reconhecimento do princípio da insignificância desde que a rádio clandestina opere em 
baixa frequência, em localidades afastadas dos grandes centros e em situações nas quais 
ficou demonstrada a inexistência de lesividade. 
STF. 2ª Turma. HC 138134/BA, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 7/2/2017 (Info 853). STF. 2ª 
Turma. HC 142738 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 04/04/2018. 
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 11/04/2018, DJe 17/04/2018. (Info 622) 
Súmula 606-STJ 
 
1.2. RECONHECE-SE a aplicação do princípio da insignificância 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É possível aplicar o princípio da insignificância para o furto de mercadorias avaliadas em R$ 
29,15, mesmo que a subtração tenha ocorrido durante o período de repouso noturno e 
mesmo que o agente seja reincidente. 
Nota: 
• Regra: o STF afasta a aplicação do princípio da insignificância aos acusados reincidentes ou 
de habitualidade delitiva comprovada. 
• Entretanto, a reincidência não impede, por si só, que o juiz da causa reconheça a 
insignificância penal da conduta, à luz dos elementos do caso concreto. 
STF. Plenário. HC 123108/MG, HC 123533/SP e HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados 
em 3/8/2015. 
STF. 2ª Turma. HC 181389 AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/4/2020. (Info 973) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
STF reconheceu o princípio da insignificância, mas, como o réu era reincidente, em vez de 
absolvê-lo, o Tribunal utilizou esse reconhecimento para conceder a pena restritiva de 
direitos, afastando o óbice do art. 44, II, do CP. 
STF. 1ª Turma. HC 137217/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 28/8/2018. (Info 913) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Em regra, a habitualidade delitiva específica (ou seja, o fato de o réu já responder a outra 
ação penal pelo mesmo delito) é um parâmetro (critério) que afasta o princípio da 
insignificância mesmo em se tratando de bem de reduzido valor. 
EXCEPCIONALMENTE, no entanto, as peculiaridades do caso concreto podem justificar o 
afastamento dessa regra e a aplicação do princípio, com base na ideia da 
PROPORCIONALIDADE. 
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É o caso, por exemplo, do furto de um galo, quatro galinhas caipiras, uma galinha garnizé e 
três quilos de feijão, bens avaliados em pouco mais de cem reais. O valor dos bens é 
inexpressivo e não houve emprego de violência. Enfim, é caso de mínima ofensividade, 
ausência de periculosidade social, reduzido grau de reprovabilidade e inexpressividade da 
lesão jurídica. Mesmo que conste em desfavor do réu outra ação penal instaurada por igual 
conduta, ainda em trâmite, a hipótese é de típico crime famélico. 
A excepcionalidade também se justifica por se tratar de hipossuficiente. Não é razoável que 
o Direito Penal e todo o aparelho do Estado-polícia e do Estado-juiz movimente-se no 
sentido de atribuir relevância a estas situações. 
STF. 2ª Turma. HC 141440 AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/08/2018. (Info 911) 
 
1.3. Crimes nos quais a Jurisprudência REJEITA a aplicação do princípio da insignificância: 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A MULTIRREINCIDÊNCIA específica somada ao fato de o acusado estar em prisão domiciliar 
durante as reiterações criminosas são circunstâncias que INVIABILIZAM a aplicação do 
princípio da insignificância. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.957.218-MG, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por 
maioria, julgado em 23/08/2022 (Info 746). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
NÃO SE APLICA o princípio da insignificância para o CRIME DE CONTRABANDO. 
Nota: 
NÃO SE APLICA aos crimes de CONTRABANDO DE CIGARROS, por menor que possa ter sido o 
resultado da lesão patrimonial, pois a conduta atinge outros bens jurídicos, como a saúde, a 
segurança e a moralidade pública. 
STJ. ProAfR no REsp 1.971.993-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 12/04/2022, DJe 
29/04/2022. (Tema 1143) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O simples fato de CARTUCHOS apreendidos estarem desacompanhados da respectiva 
arma de fogo NÃO IMPLICA, por si só, a ATIPICIDADE da conduta, de maneira que as 
peculiaridades do caso concreto devem ser analisadas a fim de se aferir os requisitos. 
 
REQUISITOS: 
↳ O dolo do réu revelar: 
• mínima ofensividade da conduta do agente; 
• nenhuma periculosidade social daação; 
• reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28RESP.clas.+e+%40num%3D%221957218%22%29+ou+%28RESP+adj+%221957218%22%29.suce.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28PAFRESP.clas.+ou+%22ProAfR+no+REsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221971993%22%29+ou+%28%28PAFRESP+ou+%22ProAfR+no+REsp%22%29+adj+%221971993%22%29.suce.
http://www.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1143&cod_tema_final=1143
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• inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
 
 
Nota: Na hipótese dos autos, embora com o embargado tenha sido apreendida apenas 
uma munição de uso restrito, desacompanhada de arma de fogo, ele foi também 
condenado pela prática dos crimes descritos nos arts. 33, caput, e 35, da Lei nº 11.343/06 
(tráfico de drogas e associação para o tráfico), o que afasta o reconhecimento da 
atipicidade da conduta, por não estarem demonstradas a mínima ofensividade da ação e a 
ausência de periculosidade social exigidas para tal finalidade. 
 
No mesmo sentido: Não se reconhece a incidência excepcional do princípio da 
insignificância ao crime de posse ou porte ilegal de munição, quando acompanhado de 
outros delitos, tais como o tráfico de drogas. 
STF. 1ª Turma. HC 206977 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/12/2021. 
 
⚠ CUIDADO! O atual entendimento do STJ é no sentido de que a apreensão de pequena 
quantidade de munição, desacompanhada da arma de fogo, permite a aplicação do 
princípio da insignificância ou bagatela. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 517.099/MS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 06/08/2019. 
 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.856.980, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 22/09/2021 (Info 710). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
NÃO SE APLICA o princípio da insignificância para o CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
PREVIDENCIÁRIA. 
Nota: independentemente do valor do ilícito, pois esses tipos penais protegem a própria 
subsistência da Previdência Social, de modo que é elevado o grau de reprovabilidade da 
conduta do agente que atenta contra este bem jurídico supraindividual. 
STJ. 3ª Seção. AgRg na RvCr 4.881/RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 22/05/2019. 
Mesmo sentido: STF. 1ª Turma. HC 102550, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 20/09/2011. STF. 2ª Turma. RHC 132706 AgR, Rel. Min. 
Gilmar Mendes, julgado em 21/06/2016. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
NÃO SE APLICA o princípio da insignificância ao furto de bem de inexpressivo valor 
pecuniário de associação sem fins lucrativos com o induzimento de filho menor a participar 
do ato. 
STJ. 6ª Turma. RHC 93.472-MS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 15/03/2018. (Info 622) 
 
 
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O STJ e o STF NÃO ADMITEM a aplicação dos princípios da insignificância e da bagatela 
imprópria aos CRIMES E CONTRAVENÇÕES PRATICADOS COM VIOLÊNCIA OU GRAVE 
AMEAÇA CONTRA A MULHER, no âmbito das relações domésticas, dada a relevância penal 
da conduta. 
Nota: Vale ressaltar que o fato de o casal ter se reconciliado NÃO significa atipicidade material 
da conduta ou desnecessidade de pena. 
STF. 2ª Turma. RHC 133043/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/5/2016 (Info 825). 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. HC 333.195/MS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 12/04/2016. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 318849/MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 27/10/2015. 
 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b1563a78ec59337587f6ab6397699afc?categoria=11&subcategoria=95&assunto=251
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2. DOSIMETRIA DA PENA 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
No concurso entre AGRAVANTES e ATENUANTES, a atenuante da confissão espontânea 
deve preponderar sobre a agravante da dissimulação, nos termos do art. 67 do Código 
Penal. 
 
Nota: Esta Corte Superior entende que a confissão espontânea é circunstância 
preponderante, e a agravante da dissimulação não está prevista como circunstância 
preponderante por não se encaixar nos quesitos previstos no art. 67 do Código Penal. Assim, 
a reprimenda deve ser reduzida na segunda fase da dosimetria. 
 
STJ. 6ª Turma. HC 557.224-PR, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 16/08/2022, DJe 
19/08/2022 (Info 745). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É possível, na segunda fase da dosimetria da pena, a COMPENSAÇÃO integral da atenuante 
da confissão espontânea com a agravante da reincidência, seja ela específica ou não. 
Todavia, nos casos de MULTIRREINCIDÊNCIA, deve ser reconhecida a preponderância da 
agravante prevista no art. 61, I, do Código Penal, sendo admissível a sua compensação 
proporcional com a atenuante da confissão espontânea, em estrito atendimento aos 
princípios da individualização da pena e da proporcionalidade. 
Art. 61, CP. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não 
constituem ou qualificam o crime: 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - a reincidência; 
Nota: 
⚠ CUIDADO! Há DIVERGÊNCIA: A posição do STF é a de que a agravante da REINCIDÊNCIA 
prevalece. 
A teor do disposto no art. 67 do Código Penal, a circunstância agravante da reincidência, 
como preponderante, prevalece sobre a confissão. 
STF. 2ª Turma. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 18/03/2014. 
Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes 
Art. 67, CP. No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve 
aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, 
entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do 
crime, da personalidade do agente e da reincidência. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202000067111%27.REG.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art67
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STJ. 5ª Turma. REsp 1.972.098-SC, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 14/06/2022, DJe 
20/06/2022. (Info 742). 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. HC 620640, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 02/02/2021. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A condição de policial militar que pratica o crime de extorsão indica maior reprovabilidade 
e censura da conduta praticada, o que justifica a majoração da pena base. 
Nota: o fato de ser policial militar justifica a maior reprovabilidade da conduta (culpabilidade) 
e, por conseguinte, a exasperação da pena-base, uma vez que o comportamento dele 
esperado seria exatamente o de evitar a prática de crimes. A referida característica não é 
elementar do crime de extorsão, não havendo que se falar em bis in idem. 
STJ. EDcl no AgRg no REsp 1.903.213-MG, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF da 1ª Região), Sexta 
Turma, por unanimidade, julgado em 07/06/2022, DJe 10/06/2022. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A atenuante da menoridade relativa deve ser considerada circunstância preponderante na 
exasperação da pena. 
↳ A atenuante da menoridade relativa, assim como a da confissão espontânea, por estarem 
relacionadas com a personalidade do agente, devem ser consideradas preponderantes, nos termos do 
art. 67 do CP. 
Nesse sentido: "1. O Superior Tribunal de Justiça já firmou o entendimento de que a confissão 
espontânea (Recurso Especial Representativo de Controvérsia 1.341.370/MT) e a menoridade relativa,sendo atributos da personalidade do agente, são igualmente preponderantes com a reincidência e os 
motivos do delito, consoante disposto no art. 67 do Código Penal." (AgRg no REsp 1627502/RO, Rel. 
Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em 28/11/2017, DJe 01/12/2017). 
STJ. AgRg no HC 693.079-SP, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF da 1ª Região), Sexta Turma, por 
unanimidade, julgado em 14/06/2022, DJe 20/06/2022. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O réu fará jus à atenuante do art. 65, III, 'd', do CP quando houver admitido a autoria do 
crime perante a autoridade, independentemente de a confissão ser utilizada pelo juiz como 
um dos fundamentos da sentença condenatória, e mesmo que seja ela parcial, qualificada, 
extrajudicial ou retratada. 
↳ Circunstâncias atenuantes 
Art. 65, CP. São circunstâncias que sempre ATENUAM a pena: 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - ter o agente: 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202103697907%27.REG.
https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1903213
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22693079%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22693079%22%29.suce.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65
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(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do 
crime; 
Nota: o direito subjetivo à atenuação da pena surge quando o réu CONFESSA (momento 
constitutivo), e não quando o juiz cita sua confissão na fundamentação da sentença 
condenatória (momento meramente declaratório). 
Ademais, viola o princípio da legalidade condicionar a atenuação da pena à citação expressa 
da confissão na sentença como razão decisória, mormente porque o direito subjetivo e 
preexistente do réu não pode ficar disponível ao arbítrio do julgador. 
STJ. 5ª Turma. REsp 1.972.098-SC, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 14/06/2022, DJe 
20/06/2022. (Info 740). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Ameaçar a vítima na presença de seu filho menor de idade justifica a valoração negativa da 
culpabilidade do agente. 
STJ. 5ª Turma. AREsp 1.964.508-MS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 29/03/2022, DJe 
01/04/2022. (Info 731). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O roubo em transporte coletivo vazio é circunstância concreta que NÃO justifica a elevação 
da pena-base. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 693.887-ES, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 15/02/2022 (Info 727). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Na hipótese de condenação concomitante a pena privativa de liberdade e multa, o 
inadimplemento da sanção pecuniária, pelo condenado que comprovar impossibilidade 
de fazê-lo, NÃO obsta o reconhecimento da extinção da punibilidade. 
Nota: 
Regra: obsta! Exceção: se o condenado comprovar a impossibilidade de pagar a sanção 
pecuniária, neste caso, será possível a extinção da punibilidade mesmo sem a quitação da 
multa. Bastará cumprir a pena privativa de liberdade e comprovar que não tem condições 
de pagar a multa. 
Isso porque o STF, ao julgar a ADI 3150/DF, declarou que, à luz do preceito estabelecido 
pelo art. 5º, XLVI, da Constituição Federal, a multa, ao lado da privação de liberdade e de 
outras restrições – perda de bens, prestação social alternativa e suspensão ou interdição 
de direitos –, é espécie de pena aplicável em retribuição e em prevenção à prática de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202103697907%27.REG.
https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=AREsp1964508
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crimes, não perdendo ela sua natureza de sanção penal. Logo, em regra, não se pode 
declarar a extinção da punibilidade pelo cumprimento integral da pena privativa de 
liberdade quando pendente o pagamento da multa criminal. 
 
STJ. 3ª Seção. REsp 1.785.383-SP e REsp 1.785.861/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgados em 24/11/2021 (Recurso 
Repetitivo - Tema 931) (Info 720). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É manifestamente ILEGAL a negativação dos antecedentes e a aplicação da agravante da 
reincidência, QUANDO fundamentadas em condenações, ainda que transitadas em julgado, 
por fatos posteriores àquele sob julgamento. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 1903802/ES, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 21/09/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Se o Tribunal, em recurso exclusivo da defesa, exclui circunstância judicial reconhecida na 
sentença, isso deve gerar a diminuição da pena. 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.826.799-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Antônio Saldanha Palheiro, julgado em 08/09/2021, 
DJe 08/10/2021 (Info 713). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Condenações criminais transitadas em julgado, não consideradas para caracterizar a 
reincidência, somente podem ser valoradas, na primeira fase da dosimetria, a título de 
antecedentes criminais, NÃO se admitindo sua utilização para desabonar a personalidade 
ou a conduta social do agente. 
STJ. 3ª Seção. Tema 1077.REsp 1794854-DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 23/06/2021 (Recurso Repetitivo – Tema 1077) (Info 
702) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que a exasperação da pena-base, pela 
existência de circunstâncias judiciais negativas, deve seguir o parâmetro da fração de 1/6 
para cada circunstância judicial negativa, fração que se firmou em observância aos 
princípios da razoabilidade e proporcionalidade. 
Nota: 
⚠ A maioria da doutrina afirma que deveria ser aplicada a fração de 1/8 para cada 
circunstância judicial negativa. Isso porque existem oito circunstâncias judiciais. Assim, se o 
juiz detectasse a existência de três circunstâncias judiciais desfavoráveis, aumentaria a pena-
base em 3/8. 
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⚠ O STJ, contudo, não possui uma posição pacífica existindo decisões recentes em vários 
sentidos diversos. 
• Para elevação da pena-base, podem ser utilizadas as frações de 1/6 sobre a pena mínima 
ou de 1/8 sobre o intervalo entre as penas mínima e máxima, exigindo-se fundamentação 
concreta e objetiva para o uso de percentual de aumento diverso de um desses. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp n. 1.942.233/DF, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 
24/5/2022. 
• Não há um critério matemático para a escolha das frações de aumento em função da 
negativação dos vetores contidos no art. 59 do Código Penal, sendo garantida a 
discricionariedade do julgador para a fixação da pena-base, dentro do seu livre 
convencimento motivado e de acordo com as peculiaridades do caso concreto. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC n. 665.698/RS, Rel. Min. Antônio Saldanha Palheiro, julgado em 10/5/2022. 
• A jurisprudência deste Tribunal Superior é firme em garantir a discricionariedade do 
julgador, sem a fixação de critério aritmético, na escolha da sanção a ser estabelecida na 
primeira etapa da dosimetria. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC n. 670.044/RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 10/5/2022. 
• Não há direito subjetivo do réu ao emprego da fração de 1/6 por cada circunstância judicial 
desfavorável, para elevação da reprimenda básica. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 2.037.079/TO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 26/04/2022. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 647642/SC, Rel. Min. Sebastião ReisJúnior, julgado em 15/06/2021 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É possível o aumento de pena-base fundado nos abalos psicológicos causados à vítima 
sobrevivente. 
Nota: no caso concreto, a pena-base foi exasperada em razão do abalo psicológico causado à 
ofendida que precisou vender sua residência por valor muito inferior ao de mercado, pois não 
conseguia conviver com as lembranças que o local lhe trazia e precisou adquirir com urgência 
outro imóvel para morar. A presença de sequelas psicológicas decorrentes do crime tem sido 
considerado fundamento idôneo para justificar o afastamento da pena-base do piso legal, 
pois demonstra que a conduta do agente extrapolou os limites ordinários do tipo penal 
violado, merecendo, portanto, maior repreensão. Para tanto, a exasperação da pena-base 
deve estar fundamentada em dados concretos extraídos da conduta imputada ao acusado, 
os quais devem desbordar dos elementos próprios do tipo penal. 
STJ. 5ª Turma. HC 624.350/SC, Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 09/12/2020. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
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Havendo pluralidade de causas de aumento de pena e sendo apenas uma delas empregada 
na terceira fase, as demais podem ser utilizadas nas demais etapas da dosimetria da pena. 
Nota: A etapa judicial adotou o sistema trifásico da dosimetria, conforme explicitado no item 
51 da Exposição de Motivos da Parte Geral do Código Penal e delineado no art. 68 do Código 
Penal. Assim, a dosimetria da pena na sentença obedece a um critério trifásico: 
• 1º passo: o juiz calcula a pena-base de acordo com as circunstâncias judiciais do art. 59, CP; 
• 2º passo: o juiz aplica as agravantes e atenuantes; 
• 3º passo: o juiz aplica as causas de aumento e de diminuição. 
Este critério trifásico, elaborado por Nelson Hungria, foi adotado pelo Código Penal, sendo 
consagrado pela jurisprudência pátria: STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1021796/RS, Rel. Min. Assusete 
Magalhães, julgado em 19/03/2013. 
O deslocamento da majorante sobejante para outra fase da dosimetria, além de não 
contrariar o sistema trifásico, é a que melhor se coaduna com o princípio da individualização 
da pena. 
STJ. 3ª Seção. HC 463.434-MT, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 25/11/2020 (Info 
684). 
OBS.: esse mesmo raciocínio empregado no caso das qualificadoras pode também ser 
utilizado para os casos em que há pluralidade de causas de aumento de pena. 
STJ. 3ª Seção. HC 463.434-MT, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 25/11/2020. (Info 684) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O forte vínculo de parentesco com o adolescente induzido à prática do crime torna a 
conduta dos pacientes mais repreensível. 
STJ. 5ª Turma. HC 614.998/PE, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 13/10/2020. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A circunstância de se tratar de réu da carreira da polícia – DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL – 
denota reprovabilidade especial a justificar o aumento da pena-base, tratando-se de 
culpabilidade que ultrapassa aquela ínsita aos delitos pelos quais condenado, previstos nos 
arts. 312 e 311 do CP. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1.885.525, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 06/10/2020. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não se aplica a agravante prevista no art. 61, II, “h”, do Código Penal na hipótese em que o 
crime de furto qualificado pelo arrombamento à residência ocorreu quando os 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/9afe487de556e59e6db6c862adfe25a4?categoria=11&subcategoria=96&criterio-pesquisa=e
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/9afe487de556e59e6db6c862adfe25a4?categoria=11&subcategoria=96&criterio-pesquisa=e
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proprietários não se encontravam no imóvel, não havendo que se falar, portanto, em 
ameaça à vítima ou em benefício do agente para a prática delitiva em razão de sua condição 
de fragilidade. 
Nota: “Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou 
qualificam o crime: II - ter o agente cometido o crime: h) contra criança, maior de 60 (sessenta) 
anos, enfermo ou mulher grávida.” 
Por se tratar de agravante de natureza objetiva, a incidência do art. 61, II, “h”, do CP não 
depende da prévia ciência pelo réu da idade da vítima, sendo, de igual modo, desnecessário 
perquirir se tal circunstância, de fato, facilitou ou concorreu para a prática delitiva, pois a 
maior vulnerabilidade do idoso é presumida. 
 
STJ. 5ª Turma. HC 593.219-SC, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/08/2020. (Info 679) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
NÃO se aplica para o reconhecimento dos maus antecedentes o prazo quinquenal de 
prescrição da reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal. 
Nota: 
⇾ A existência de condenação anterior, ocorrida em prazo superior a 5 (cinco) anos, contado 
da extinção da pena, poderá ser considerada como maus antecedentes? Após o período 
depurador, ainda será possível considerar a condenação como maus antecedentes? 
• SIM. As condenações atingidas pelo período depurador quinquenal do art. 64, inciso I, do 
CP, embora afastem os efeitos da reincidência, NÃO impedem a configuração de maus 
antecedentes, na primeira etapa da dosimetria da pena. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 558.745/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 
15/09/2020. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 471.346/MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado 
em 21/05/2019. 
• NÃO se aplica para o reconhecimento dos maus antecedentes o prazo quinquenal de 
prescrição da reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal. 
STF. Plenário. RE 593818/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/8/2020 (Repercussão 
Geral - Tema 150). 
⚠ Obs.: vale ressaltar, contudo, que o STJ possui o entendimento no sentido de que, quando 
os registros da folha de antecedentes do réu são muito antigos, admite-se o afastamento 
de sua análise desfavorável, em aplicação à teoria do direito ao esquecimento: 
Quando os registros da folha de antecedentes do réu são muito antigos, como no presente 
caso, admite-se o afastamento de sua análise desfavorável, em aplicação à teoria do direito 
ao esquecimento. Não se pode tornar perpétua a valoração negativa dos antecedentes, nem 
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perenizar o estigma de criminoso para fins de aplicação da reprimenda, pois a transitoriedade 
é consectário natural da ordem das coisas. Se o transcurso do tempo impede que 
condenações anteriores configurem reincidência, esse mesmo fundamento - o lapso 
temporal - deve ser sopesado na análise das condenações geradoras, em tese, de maus 
antecedentes. 
STJ. 6ª Turma. HC 452.570/PR, Rel. Min. Antônio Saldanha Palheiro, julgado em 02/02/2021. 
STF. Plenário. RE 593818/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/8/2020. (Repercussão Geral - Tema 150) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Demonstrada mera falta de técnica na sentença, o habeas corpus pode ser deferido para 
nominar de forma correta os registros pretéritos da paciente, doravante chamados de maus 
antecedentes, e NÃO de conduta social, SEM afastar, todavia, o dado desabonador que, 
concretamente, existe nos autos e justifica diferenciada individualização da pena. 
HC 501.144-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 10/03/2020, DJe 17/03/2020. (Info 
669-STJ) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Nos casos em que se aplica a Lei n. 13.654/2018, é possível a valoração do EMPREGO DE 
ARMA BRANCA, NO CRIME DE ROUBO, como circunstância judicial desabonadora (art. 59 
do CP). 
Nota: como advento da Lei 13.654, de 23 de abril de 2018, que revogou o inciso I do artigo 
157 do CP, o emprego de arma branca no crime de roubo deixou de ser considerado como 
majorante, a justificar o incremento da reprimenda na terceira fase do cálculo dosimétrico, 
sendo, porém, plenamente possível a sua valoração como circunstância judicial 
desabonadora, nos moldes do reconhecido pelas instâncias ordinárias. 
HC 556.629-RJ, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 03/03/2020, DJe 23/03/2020. (Info 668-
STJ) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A qualificadora do meio cruel é compatível com o dolo eventual. 
CASO: réu atropelou pedestre, não parou o veículo e o arrastou por 500 metros. 
REsp 1.829.601-PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 04/02/2020, DJe 12/02/2020. (Info 665-
STJ) 
Mesmo sentido: STJ, 5ª Turma. AgRg no Resp 157389/SC, julgado em 09/04/2019. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201900883013%27.REG.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202000030642%27.REG.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201901396675%27.REG.
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A folha de antecedentes criminais é um documento válido para comprovar maus 
antecedentes ou reincidência. 
Veja também: é possível que a reincidência do réu seja demonstrada com informações 
processuais extraídas dos sítios eletrônicos dos tribunais. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 448972/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 
16/08/2018/STF. 1ª Turma. HC 162548 AgR/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 16/6/2020 (Info 
982). 
• Súmula nº 636, STJ. A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a 
comprovar os maus antecedentes e a reincidência. 
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 26/06/2019, DJe 27/06/2019. (Info 650) 
Súmula 636-STJ 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O descumprimento reiterado de medidas protetivas de urgência é fundamento idôneo para 
valorar negativamente a personalidade do agente, porquanto tal comportamento revela 
seu especial desrespeito e desprezo tanto pela mulher quanto pelo sistema judicial. 
STJ. 6ª Turma. HC 452.391/PR, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 28/05/2019. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Para ter direito à atenuante da confissão espontânea no caso do crime de tráfico de drogas, 
é necessário que o réu admita que traficava, NÃO podendo dizer que era mero usuário. 
Nota: a incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, NÃO bastando a mera 
admissão da posse ou propriedade para uso próprio. 
• Súmula nº 630, STJ. A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico 
ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a 
mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. 
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 24/04/2019, DJe 29/04/2019. (Info 646) 
Súmula 630-STJ 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Condenações anteriores transitadas em julgado NÃO podem ser utilizadas como 
personalidade ou conduta social desfavorável. 
Nota: não se admite a utilização de condenações criminais para desvalorar a personalidade 
ou a conduta social do agente. A conduta e personalidade do agente não se confundem com 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1147dc16a8e1b44eead07282cad093f8?categoria=11&subcategoria=96&criterio-pesquisa=e
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1147dc16a8e1b44eead07282cad093f8?categoria=11&subcategoria=96&criterio-pesquisa=e
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1147dc16a8e1b44eead07282cad093f8?categoria=11&subcategoria=96&criterio-pesquisa=e
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antecedentes criminais. A atuação do réu no contexto familiar, na comunidade, no trabalho 
etc. é conduta social; o seu temperamento e características do seu caráter é sua 
personalidade social. 
STJ. 3ª Seção. EAREsp 1.311.636-MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/04/2019. (Info 947) 
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. REsp 1.760.972-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 08/11/2018 (Info 639) / STJ, 5ª 
Turma. HC 475.436/PE, julgado em 13.12.2018; STF, 2ª Turma, RHC 130132, julgado em 10/05/2016 (Info 825). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A existência de condenações definitivas anteriores NÃO se presta a fundamentar a 
exasperação da pena-base como personalidade voltada para o crime. 
Condenações transitadas em julgado NÃO constituem fundamento idôneo para análise 
desfavorável da personalidade do agente. 
STJ. 6ª Turma. HC 472.654-DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 21/02/2019. (Info 643) 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. HC 466.746/PE, julgado em 11/12/2018. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não se mostra correto o magistrado utilizar as condenações anteriores transitadas em 
julgado como “conduta social desfavorável”. NÃO é possível a utilização de condenações 
anteriores com trânsito em julgado como fundamento para negativar a conduta social. 
NOTA: não se pode confundir conduta social (comportamento do agente no meio familiar, no 
ambiente de trabalho e no relacionamento com outros indivíduos) com antecedentes 
criminais. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.760.972-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 08/11/2018. (Info 639) 
Mesmo sentido: STJ, 5ª Turma. HC 475.436/PE, julgado em 13.12.2018; STF, 2ª Turma, RHC 130132, julgado em 10/05/2016. (Info 
825) 
Mais recente: STJ. 3ª Seção. EAREsp 1.311.636-MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/04/2019. (Info 947) 
 
 
2.1 Pena de Multa 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Em adequação ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, o INADIMPLEMENTO da 
pena de multa obsta a extinção da punibilidade do apenado. 
Nota: O STF decidiu na ADI 3.150/DF que a multa é espécie de pena. 
AgRg no REsp 1.850.903-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 28/04/2020, DJe 
30/04/2020. (Info 671-STJ) 
 
 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1850903
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O MINISTÉRIO PÚBLICO possui legitimidade para propor a cobrança de multa decorrente de 
sentença penal condenatória transitada em julgado, com a possibilidade subsidiária de 
cobrança pela Fazenda Pública. 
Nota: a Súmula 521-STF fica superada e deverá ser cancelada. 
Súmula 521-STJ: A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento 
imposta em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública. 
 
Nota: O presente caderno é de jurisprudência e o julgado postado é do Plenário do STF na 
ADI 3.150 -DF que, apesar de ser de 2018, foi publicado somente em junho de 2020 no 
sentido de legitimação prioritária do MP, podendo a multa ser cobrada pela Fazenda se o 
MP não houver atuado em prazo razoável (90 dias). 
 
Tal posição foi REAFIRMADA pelo STF em decisão publicada em outubro de 2020: […] 1. 
Execução penal em que foi extinta a pena privativa de liberdade pelo indulto. Não obstante, 
subsistente o dever jurídico de pagamento da pena de multa. 
2.O juízo da execução penal é competente para a execução da multa se houver atuação do 
Ministério Público, que é o legitimado prioritário (12ª QO na AP nº 470, de minha relatoria; 
ADI nº 3150, em que fui designado redator para o acórdão). 
3.Poroutro lado, havendo atuação da Fazenda Pública, legitimado subsidiário, a execução da 
multa deve ocorrer perante o juízo da execução fiscal. 
4.Na hipótese, a PGFN noticia que a multa criminal é objeto de execução fiscal. Assim, não há 
motivo para o prosseguimento desta execução penal porque já ajuizada a respectiva 
execução fiscal no juízo cível. 
5. Arquivamento da execução penal. […] (Execução Penal nº 12/DF, STF,Rel. Min. Roberto 
Barroso, decisão de 16.10.2020, publicado no DJ em 19.10.2020). 
 
Obs. há um julgado da 5ª Turma do STJ publicado em novembro no sentido que cabe ao juízo 
das execuções penais, sem ressalvas, a competência da execução da pena de multa. 
assentou o STJ: 
[…] II – O Plenário do Excelso Pretório, em sede de controle concentrado de 
constitucionalidade, via dotada de eficácia erga omnes e efeito vinculante em relação aos 
demais órgão do Poder Judiciário nacional, reconheceu ser atribuição prioritária do 
Ministério Público, Federal ou Estadual, promover a execução da pena de multa, o que fará 
conforme o procedimento descrito nos artigos 164 e seguintes da Lei n. 7.210/1984, perante 
o Juízo das Execuções Penais. 
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III – No caso vertente, colhe-se da decisão de primeiro grau, transcrita no acórdão guerreado 
(fls. 51-57), que à época em que requerida a declaração do indulto da sanção pecuniária 
perante o juízo das execuções penais, ainda não havia sido encaminhada informações quanto 
ao débito à Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrição em dívida ativa. 
IV – Ainda que assim não fosse, proveito algum decorreria da declaração de incompetência 
do juízo das execuções penais, eis que, conforme a atual redação do artigo 51 do Código 
Penal, recentemente alterada pela Lei n. 13.964/2019, cabe ao juízo das execuções penais, 
SEM RESSALVAS, a competência para execução da pena de multa. É de conhecimento geral 
que as alterações nas regras processuais relativas à competência material têm aplicação 
imediata, independentemente das que vigiam à época do cometimento do crime. […] (Agravo 
Regimental no Recurso Especial nº 1.869.371-PR, STJ, 5ª Turma, julgado em 17.11.2020, 
publicado no DJ em 24.11.2020) 
 
Em conclusão, depois da entrada em vigor da Lei nº 13.964/2019, a execução da pena de 
multa deverá ser, necessariamente, perante o Juízo da Execução Penal, com atribuição 
exclusiva do Ministério Público, sendo descabido falar, desde então, em atribuição 
subsidiária da Fazenda Pública perante a Vara de Execuções Fiscais, nos termos em que 
decidido pelo STF (segundo a redação da disposição anterior) na ADI nº 3.150-DF. 
 
 
⚠ CUIDADO! MODULAÇÃO DOS EFEITOS: 
O STF, em embargos de declaração, decidiu modular os efeitos do entendimento acima e 
afirmou que existe competência concorrente da Procuradoria da Fazenda Pública quanto às 
execuções findas ou iniciadas até a data do trânsito em julgado da presente ação direta de 
inconstitucionalidade (STF. Plenário. ADI 3150 ED, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 
20/04/2020). 
STF. Plenário. ADI 3150/DF, Min. Roberto Barroso, julgado em 12 e 13/12/2018. (Info 927) 
 
3. CONCURSO FORMAL E CRIME CONTINUADO 
 
3.1 Crime Continuado 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É proporcional a aplicação da fração máxima de 2/3 na hipótese de a conduta criminosa 
corresponder a 7 ou mais infrações em continuidade delitiva. 
Nota: A jurisprudência do STJ entende que "a fração a ser aplicada a título de continuidade 
delitiva deve ser proporcional ao número de infrações cometidas, sendo aplicada a fração 
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máxima de 2/3 no caso de 7 ou mais infrações." (AgRg no AREsp n. 2.067.269/SP, Ministro 
Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, DJe de 
5/8/2022). 
 
2 crimes — aumenta 1/6 
3 crimes — aumenta 1/5 
4 crimes — aumenta 1/4 
5 crimes — aumenta 1/3 
6 crimes — aumenta 1/2 
7 ou mais — aumenta 2/3 
 
STJ. AgRg no REsp 1.945.790-MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 13/09/2022. (Info 
749). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O reconhecimento da continuidade delitiva não importa na obrigatoriedade de redução da 
pena definitiva fixada em cúmulo material, porquanto há possibilidade de aumento do 
delito mais gravoso em até o triplo, nos termos do art. 71, parágrafo único, in fine, do 
Código Penal. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 301.882-RJ, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 
19/04/2022, DJe 26/04/2022.(info 734) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Os delitos de apropriação indébita previdenciária e de sonegação de contribuição 
previdenciária, previstos, respectivamente, nos arts. 168-A e 337-A do CP, embora sejam 
do mesmo gênero, são de espécies diversas; obstando a benesse da continuidade delitiva. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1868826/CE, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/02/2021. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não há continuidade delitiva entre os crimes de roubo e extorsão, ainda que praticados em 
conjunto. Isso porque, os referidos crimes, apesar de serem da mesma natureza, são de 
espécies diversas. 
STF. 1ª Turma. HC 190909, rel. org. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado em 26/10/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. HC 435.792/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/05/2018. STF. 1ª Turma. HC 114667/SP, rel. 
org. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 24/4/2018 (Info 899). TJ. 5ª Turma. AgInt no AREsp 
908.786/PB, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 06/12/2016. 
 
4. INDULTO 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRESP.clas.+ou+%22AgRg+no+REsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221945790%22%29+ou+%28%28AGRESP+ou+%22AgRg+no+REsp%22%29+adj+%221945790%22%29.suce.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22301882%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22301882%22%29.suce.
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O indulto é instituto da execução penal, não se estendendo os benefícios da norma 
instituidora aos presos cautelarmente com direito à detração penal. 
 
Nota: a jurisprudência da Corte, é no sentido de que o indulto é instituto da execução penal, 
não se estendendo os benefícios da norma instituidora, no caso o Decreto Presidencial n. 
9.246/1997, aos presos cautelarmente com direito à detração penal, mas apenas aos que 
cumpriam prisão-pena na ocasião da edição da norma. 
STJ. AgRg no AREsp 1.887.116-GO, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por 
unanimidade, julgado em 03/05/2022, DJe 06/05/2022. (Info 736) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O indulto extingue somente a pena ou medida de segurança, não interferindo nos efeitos 
secundários da condenação. 
Nota: Já a anistia extingue os efeitos primários e secundários. 
Súmula 631-STJ: O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão executória), mas não atinge os efeitos 
secundários, penais ou extrapenais. 
3ª Seção. Aprovada em 24/04/2019, DJe 29/04/2019. (Info 646) 
 
5. FIXAÇÃO DO REGIME PRISIONAL 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Dadas as peculiaridades do caso concreto, admite-se que ao réu primário, condenado à 
pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos de reclusão, seja fixado o regime inicial aberto, ainda 
que negativada circunstância judicial. 
 
Nota: A despeito de o § 3º do art. 33 do Código Penal dispor que para a escolha do modo 
inicial de cumprimento da pena deverão ser observados os critériosdo art. 59, não fica o 
julgador compelido a fixar regime mais gravoso do que o cabível em razão do quantitativo da 
sanção imposta, ainda que presente circunstância judicial desfavorável. 
Assim, embora a definição da pena-base acima do mínimo legalmente previsto autorize, nos 
termos do art. 33, § 3º, do Código Penal, a fixação do regime inicial imediatamente mais grave 
do que o estabelecido em razão do quantum da pena aplicada, nada impede que o julgador 
deixe de recrudescer o modo prisional se entender que aquele cominado ao montante da 
pena imposta se mostra suficiente à reprovação do delito. 
É possível, portanto, concluir que a negativação de circunstâncias judiciais, ao contrário do 
que ocorre quando reconhecida a agravante da reincidência, confere ao julgador a faculdade 
- e não a obrigatoriedade - de recrudescer o regime prisional. 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGARESP.clas.+ou+%22AgRg+no+AREsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221887116%22%29+ou+%28%28AGARESP+ou+%22AgRg+no+AREsp%22%29+adj+%221887116%22%29.suce.
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STJ. 6ª Turma. REsp 1.970.578-SC, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF1ª Região), Sexta Turma, por 
maioria, julgado em 03/05/2022. (Info 735) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A reincidência delitiva do paciente, que praticou o quinto furto em pequeno município, 
eleva a gravidade subjetiva de sua conduta. 
Nota: João, reincidente, foi condenado a uma pena de 1 ano e 4 meses de reclusão, em regime 
inicial fechado, pela prática do crime de furto simples (art. 155, caput, do CP). A defesa 
postulou a aplicação do regime aberto com base no princípio da insignificância, considerado 
o objeto furtado ter sido apenas uma garrafa de licor. O STF decidiu impor o regime 
semiaberto. Entendeu-se que, de um lado, o regime fechado deve ser afastado. Por outro, 
não se pode conferir o regime aberto para um condenado reincidente, uma vez que isso 
poderia se tornar um incentivo à criminalidade, ainda mais em cidades menores, onde o furto 
é, via de regra, perpetrado no mesmo estabelecimento. 
STF. 1ª Turma. HC 136385/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, red. julgado em 07/08/2018. (Info 910) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Se todas as circunstâncias judiciais são favoráveis, de forma que a pena-base foi fixada no 
mínimo legal, então, neste caso, não cabe a imposição de regime inicial mais gravoso. 
Nota: o STJ possui um enunciado nesse sentido: 
Súmula 440-STJ: Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime 
prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na 
gravidade abstrata do delito. 
STF. 2ª Turma. RHC 131133/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 10/10/2017 (Info 881). 
 
6. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Se a prestação pecuniária prevista no art. 45, § 1º do CP for paga à vítima (o que é a 
prioridade), esse valor deverá ser abatido da quantia fixada como reparação dos danos (art. 
387, IV, do CPP). 
Nota: A partir de uma interpretação teleológica, pode-se concluir que o art. 45, § 1º, do CP 
previu uma ordem sucessiva de preferência entre os beneficiários elencados. Assim, havendo 
vítima determinada, o valor fixado como prestação pecuniária deve ser a ela destinado. Se 
não houver vítima, quem recebe são seus dependentes ou a entidade pública ou privada. 
STJ. 5ª Turma. REsp 1.882.059-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 19/10/2021 (Info 714). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1970578
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Não existe direito subjetivo do réu em optar, na substituição da pena privativa de liberdade 
por restritiva de direitos por qual medida prefere cumprir, cabendo ao judiciário fixar a 
medida mais adequada ao caso concreto. 
Nota: Não existe direito subjetivo do réu em optar, na substituição da pena privativa de 
liberdade, se prefere duas penas restritivas de direitos ou uma restritiva de direitos e uma 
multa. AgRg no HC 456.224/SC, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, DJe 
01/04/2019. AgRg no HC 587.473/SC, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em 
25/08/2020, DJe 04/09/2020. 
AgRg no HC 582.302/SC, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 03/11/2020, DJe 16/11/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não é possível a aplicação da detração, na pena privativa de liberdade, do valor recolhido 
a título de prestação pecuniária. Isto porque, a prestação pecuniária tem caráter penal e 
indenizatório, com consequências jurídicas distintas da prestação de serviços à comunidade 
(em que se admite a detração). 
TJ. 5ª Turma. REsp 1853916/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em04/08/2020. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 401.049/SC, Rel. Min. 
Ribeiro Dantas, julgado em 13/12/2018. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Em caso de descumprimento injustificado da pena restritiva de direitos (ex: prestação 
pecuniária), o CP prevê, como consequência, a reconversão da pena restritiva de direitos 
em privativa de liberdade. Logo, o juiz não deve decretar o arresto dos bens do condenado 
como forma de cumprimento forçado da pena substitutiva. A possibilidade de reconversão 
da pena já é a medida que, por força normativa, atribui coercividade à pena restritiva de 
direitos. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.699.665-PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 07/08/2018. (Info 631) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não é possível a execução da pena restritiva de direitos antes do trânsito em julgado da 
condenação. 
Nota: Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em 
julgado da condenação. 
 
O cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de todos os recursos. 
É proibida a chamada execução provisória da pena. 
STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF, ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 
07/11/2019. 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.619.087-SC, Rel. para acórdão Min. Jorge Mussi, julgado em 14/6/2017 (Info 609). 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIAS 
 
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CICLO I – SEMANA 01/30 
 
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7. PRESCRIÇÃO 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O Termo inicial da contagem do prazo da prescrição da pretensão executória é o trânsito 
em julgado para ambas as partes. 
gRg no REsp 1.983.259-PR, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Terceira Seção, por maioria, julgado 26/10/2022, DJe 03/11/2022. 
(Info 755). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O acórdão confirmatório da condenação é causa interruptiva da prescrição. 
Nota: o que reduz também é causa interruptiva da prescrição. 
Nos termos do inciso IV do art. 117 do Código Penal, o acórdão condenatório sempre 
interrompe a prescrição, inclusive quando confirmatório da sentença de 1º grau, seja 
mantendo, reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta. A prescrição é, como 
se sabe, o perecimento da pretensão punitiva ou da pretensão executória pela inércia do 
próprio Estado. No art. 117 do Código Penal, que deve ser interpretado de forma sistemática, 
todas as causas interruptivas da prescrição demonstram, em cada inciso, que o Estado não 
está inerte. Não obstante a posição de parte da doutrina, o Código Penal não faz distinção 
entre acórdão condenatório inicial e acórdão condenatório confirmatório da decisão. Não há, 
sistematicamente, justificativa para tratamentos díspares. 
AgRg no AREsp 1.668.298-SP, Rel. Min. Felix Fischer, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 12/05/2020, DJe 18/05/2020. 
(Info 672-STJ) 
Mesmo sentido: STF. Plenário. HC 176473/RR, Rel. Min. Alexandrede Moraes, julgado em 27/04/2020 (Info 990). STF. 1ª Turma. RE 
1195122 AgR-segundo, Rel. Min. Marco Aurélio, Red. acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 30/11/2020. 
REsp 1.930.130-MG, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 10/08/2022 (Tema 1100). (Info 
744). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A comunicabilidade da interrupção do prazo prescricional alcança tão somente os corréus 
do mesmo processo. Dessa forma, havendo desmembramento, os feitos passam a tramitar 
de forma autônoma, possuindo seus próprios prazos, inclusive em relação à prescrição. 
 
STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 121.697/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 19/10/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O cumprimento de pena imposta em outro processo, ainda que em regime aberto ou em 
prisão domiciliar, impede o curso da prescrição executória. 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=AREsp1668298
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28RESP.clas.+e+%40num%3D%221930130%22%29+ou+%28RESP+adj+%221930130%22%29.suce.
http://www.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1100&cod_tema_final=1100
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Nota: Não há que se falar em fluência do prazo prescricional, o que impede o reconhecimento 
da extinção de sua punibilidade. 
AgRg no RHC 123.523-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 13/04/2020, DJe 20/04/2020. (Info 
670-STJ) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A decretação da prescrição da pretensão punitiva do Estado na ação penal não fulmina o 
interesse processual no exercício da pretensão indenizatória a ser deduzida no juízo cível 
pelo mesmo fato. 
REsp 1.802.170-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, por unanimidade, julgado em 20/02/2020, DJe 26/02/2020. (Info 
666-STJ) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O termo “sentença” contido no art. 115 do Código Penal se refere à primeira decisão 
condenatória, seja a do juiz singular ou a proferida pelo Tribunal, não se operando a 
redução do prazo prescricional quando a sentença condenatória é confirmada em sede de 
apelação. 
Nota: havendo substancial modificação da sentença pelo acórdão, além de modificar a 
tipificação conferida ao fato, deve o acórdão ser considerado novo marco interruptivo da 
prescrição inclusive para fins de aplicação do benefício do art. 115 do CP. STJ, 6ª Turma, AgRg 
no Resp 1481022/RS, julgado em 18/09/2018. 
STJ. 6ª Turma. HC 316.110-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/06/2019. (Info 652) 
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl no AREsp 491258/TO, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 07/02/2019. 
STJ. 6ª Turma. HC 316110/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/06/2019. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O início do prazo da prescrição executória deve ser o momento em que ocorre o trânsito 
em julgado para o MP? 
Ou o início do prazo deverá ser o instante em que se dá o trânsito em julgado para ambas 
as partes, ou seja, tanto para a acusação como para a defesa? 
Posicionamento pacífico do STJ: o termo inicial da prescrição da pretensão executória é a 
data do trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação, ainda que a defesa 
tenha recorrido e que se esteja aguardando o julgamento desse recurso. Aplica-se a 
interpretação literal do art. 112, I, do CP, considerando que ela é mais benéfica ao 
condenado. • Entendimento da 1ª Turma do STF: o início da contagem do prazo de 
prescrição somente se dá quando a pretensão executória pode ser exercida. Se o Estado 
não pode executar a pena, não se pode dizer que o prazo prescricional já está correndo. 
Assim, mesmo que tenha havido trânsito em julgado para a acusação, se o Estado ainda não 
pode executar a pena (ex: está pendente uma apelação da defesa), não teve ainda início a 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=RHC123523
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201900182386%27.REG.
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contagem do prazo para a prescrição executória. É preciso fazer uma interpretação 
sistemática do art. 112, I, do CP. É preciso fazer uma interpretação sistemática do art. 112, 
I, do CP. STF. 1ª Turma. RE 696533/SC, Rel. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, 
julgado em 6/2/2018 (Info 890). Obs: a posição majoritária é a que adota a redação literal 
do art. 112, I, do CP. No entanto, o tema será definitivamente julgado pelo STF no ARE 
848107 RG, admitido para ser decidido pelo Plenário da Corte sob a sistemática da 
repercussão geral. 
STF. 1ª Turma. RE 696533/SC, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 06/02/2018. (Info 890) 
 
8. OUTROS TEMAS DA PARTE GERAL 
 
8.1 Medida de Segurança 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Na aplicação do art. 97 do CP não deve ser considerada a natureza da pena privativa de 
liberdade aplicável, mas sim a periculosidade do agente, cabendo ao julgador a faculdade 
de optar pelo tratamento que melhor se adapte ao inimputável. 
Nota: mesmo que o inimputável tenha praticado um fato previsto como crime punível com 
reclusão, ainda assim será possível submetê-lo a tratamento ambulatorial, desde que fique 
demonstrado que essa é a medida de segurança que melhor se ajusta ao caso concreto 
(princípio da individualização da pena). Desta forma, mesmo em se tratando de delito punível 
com reclusão, é facultado ao magistrado a escolha do tratamento mais adequado ao 
inimputável (adequação, proporcionalidade e razoabilidade). 
 STJ. 3ª Seção. EREsp 998.128-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/11/2019. (Info 662) 
 
8.2 Livramento Condicional 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Aplica-se o limite temporal previsto no art. 75 do Código Penal ao apenado em livramento 
condicional. 
STJ. REsp 1.922.012-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 05/10/2021, DJe 08/10/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O descumprimento das condições impostas para o livramento condicional não pode ser 
invocado para impedir a concessão do indulto, a título de não preenchimento do requisito 
subjetivo. 
Nota: o magistrado deve apenas verificar o preenchimento dos requisitos previstos no 
decreto presidencial. 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202100411896%27.REG.
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CICLO I – SEMANA 01/30 
 
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AgRg no HC 537.982-DF, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 13/04/2020, DJe 20/04/2020. (Info 
670-STJ) 
 
8.3 Imputabilidade 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O reconhecimento da inimputabilidade ou semi-imputabilidade do réu depende da prévia 
instauração de incidente de insanidade mental e do respectivo exame médico-legal nele 
previsto. 
REsp 1.802.845-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 23/06/2020, DJe 30/06/2020. 
(Info 675 STJ) 
 
8.4 Arrependimento Posterior 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Aplica-se o arrependimento posterior para o agente que fez o ressarcimento da dívida 
principal antes do recebimento da denúncia, mas somente pagou depois os juros e a 
correção monetária. 
STF. 1ª Turma. HC 165312/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/4/2020. (Info 973) 
 
8.5 Reincidência 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Para fins de comprovação da reincidência, é necessária documentação hábil que traduza o

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