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GUIA UNIDADE 1_Tópicos Integradores II_Biomedicina_SER

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UNIDADE I
TÓPICOS INTEGRADORES II - 
BIOMEDICINA
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
_______________________________________________________________________
Gonçales, Juliana. 
Tópicos Integradores II – Biomedicina: Unidade 1 
Recife: Grupo Ser Educacional, 2020.
_______________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
Sumário
CArACTErÍSTiCAS GErAiS DAS HEmáCiAS ........................................................ 5
Eritropoese ........................................................................................................................................... 5
HEmoGrAmA ............................................................................................................... 8
Eritrograma – Análise Quantitativa .................................................................................................. 8
Índices Hematimétricos – Análise Qualitativa ............................................................................... 10
PriNCiPAiS ALTErAÇÕES DoS EriTrÓCiToS ....................................................... 12
Policromasia ........................................................................................................................................ 12
Pecilocitose ......................................................................................................................................... 12
iNCLuSÕES EriTroCiTáriAS ................................................................................... 19
Corpúsculo de Howell-Jolly .............................................................................................................. 19
Pontilhado basófilo ............................................................................................................................. 20
Corpúsculos de Pappenheimer ........................................................................................................ 20
Corpúsculos de Heinz ......................................................................................................................... 21
CArACTErÍSCTiCAS GErAiS DAS ANEmiAS ........................................................ 21
Anemias Carenciais ............................................................................................................................ 22
Anemias Hemolíticas .......................................................................................................................... 22
Leucócitos ............................................................................................................................................ 23
Neutrófilos ............................................................................................................................................ 23
Eosinófilos ............................................................................................................................................ 24
Basófilos ............................................................................................................................................... 24
monócitos ............................................................................................................................................ 25
Linfócitos .............................................................................................................................................. 25
iNCLuSÕES LEuCoCiTáriAS ..................................................................................... 26
Granulações tóxicas ........................................................................................................................... 26
Corpúsculo de Döhle .......................................................................................................................... 26
Pelger-Hüet .......................................................................................................................................... 27
Hipersegmentação ............................................................................................................................. 28
PLAQuEToGrAmA ...................................................................................................... 28
Contagem de plaquetas ..................................................................................................................... 29
Volume plaquetário médio (VPm) .................................................................................................... 29
4
TÓPiCoS iNTEGrADorES ii - BiomEDiCiNA
uNiDADE 1
PArA iNÍCio DE CoNVErSA
Olá aluno (a), tudo bem com você? Seja bem-vindo(a) ao primeiro guia de estudos da 
disciplina de Tópicos Integradores II – Biomedicina.
Neste guia iremos abordar os aspectos gerais relacionados às hemácias, aos 
leucócitos e às plaquetas, o reconhecimento das principais alterações relacionadas a 
esses elementos celulares, bem como as principais anemias e noções básicas sobre o 
hemograma.
Preparado(a)? 
Vamos começar a nossa primeira unidade!
oriENTAÇÕES DA DiSCiPLiNA
Este guia de estudo irá revisar conteúdos estudados anteriormente, por este motivo é importante que 
você acesse os materiais adicionais, bem como, consulte a bibliografia indicada. Não se esqueça que 
no ensino a distância você é gestor(a) do seu progresso acadêmico e fundamental para que você consiga 
adquirir o conhecimento necessário para se tornar um excelente profissional. Sendo assim, organize seu 
tempo de estudo de acordo com sua disponibilidade e dificuldade. 
5
PALAVrAS Do ProfESSor
CArACTErÍSTiCAS GErAiS DAS HEmáCiAS 
As hemácias apresentam forma de discos bicôncavos. Em uma lâmina de sangue corada são caracterizadas 
normalmente como estruturas circulares de tamanho médio (quando comparados aos outros elementos 
presentes no sangue periférico), que possuem uma área central mais pálida, que ocupa parte da célula. 
A sua principal função é a condução do oxigênio (O2) para os tecidos, troca do gás O2 pelo dióxido de 
carbono (CO2) presente no local (realizada mediante diferença entre o PH do meio e do interior da célula), 
e retorno de CO2 para os pulmões.
Para o desempenho dessa função, os eritrócitos dependem da presença de proteínas especializadas, 
denominadas hemoglobinas (Hb). As Hb são formadas por duas cadeias alfa e duas betas (α2β2), o que 
lhes confere a conformação de tetrâmero de globina. Cada uma das cadeias está associada a um grupo 
“heme”, formado por um anel de protoporfirina combinado a uma molécula de ferro no estado ferroso 
(Fe2+), que possui a capacidade de se ligar de forma reversível a moléculas de O2 e CO2.
Eritropoese 
É o nome dado para a sequência de eventos que envolvem os processos de produção e maturação de novos 
eritrócitos (hemácias). Considerando um paciente adulto normal, todo o processo de eritropoese ocorre na 
medula óssea (pacientes que apresentam quadros graves de anemia, podem realizar a eritropoese através 
do sistema hepatoesplêncio), a partir de estímulo inicial em células-tronco progenitoras, que através de 
processos de divisão e diferenciação geram a primeira célula precursora da linhagem eritroide.
Os estímulos partem principalmente de um hormônio glicoproteico chamado eritropoetina, que atuam 
estimulando as células progenitoras a se diferenciar e formar eritroblastos. Outras moléculas são de 
extrema importância no processo evolutivo dos eritroblastos, como as vitaminas B12 e B9 que participam 
da síntese de DNA, e o ferro, que é umdos componentes relacionados à formação da hemoglobina, que 
caracteriza o avanço nos estágios de maturação da célula. A carência de moléculas estimulantes leva o 
paciente a desenvolver diferentes tipos de patologias, que serão comentadas posteriormente.
A primeira célula precursora da linhagem eritroide é chamada de proeritroblasto, e esta, a partir de 
uma série de divisões mitóticas, originam outros tipos de eritroblastos, que posteriormente resultam na 
formação de 16 eritrócitos.
6
Figura 1. Desenho esquemático da eritopoese
Fonte: Hoffbrand et al., 2013
Caro (a) estudante, de maneira geral, o avanço nos estágios evolutivos dos eritroblastos apresentam 
características comuns, como a diminuição gradual do tamanho da célula, a mudança da coloração 
basofílica do citoplasma (em decorrência da perda do RNA e aumento do conteúdo de hemoglobina) e o 
processo de compactação do núcleo, até o momento de sua expulsão.
As células precursoras que compõem o processo de eritropoese são:
ü	 Proeritroblasto: É uma célula grande, com citoplasma fortemente basófilo; alta relação núcleo/
citoplasma. Pode apresentar projeções citoplasmáticas; núcleo com cromatina frouxa e presença de nu-
cléolos.
 
Figura 2. Célula percursora - Proeritroblasto
Fonte: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/486/o/proeritroblasto_2_z.jpg
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/486/o/proeritroblasto_2_z.jpg
7
ü	 Eritroblasto basófilo: Segunda célula dos estágios evolutivos. Ligeiramente menor que o proeritro-
blasto; o núcleo apresenta uma cromatina mais grosseira, já sem nucléolos visíveis; citoplasma basofílico.
ü	 Eritroblasto policromático: Núcleo com cromatina condensada; citoplasma perde a basofilia e 
passa a apresentar policromatofilia, em decorrência da interação simultânea de corantes básicos com o 
RNA, e eosina com a hemoglobina.
ü	 Eritroblasto ortocromático: Nessa fase já não se realiza processos mitóticos. Apresenta núcleo 
picnótico; a policromatofilia se perder, surgindo um citoplasma mais alaranjado (de coloração semelhante 
ao citoplasma dos eritrócitos maduros), indicando presença de grande quantidade de hemoglobina.
Na imagem a seguir, é possível observar o eritroblasto basófilo (seta), eritroblasto policromático (dupla 
seta) e eritroblasto ortocromático (seta tracejada):
 
Figura 3. Diferentes tipos de eritroblastos
Fonte:
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/756/o/47-_Eritroblasto_bas%C3%B3filo__
ortocrom%C3%A1tico_e_policrom%C3%A1tico.jpg
ü	Reticulócitos: Ao perder o núcleo, o eritroblasto ortocromático passa a se chamar reticulócito. Apre-
senta vestígios de RNA, visíveis apenas após a coloração com azul de cresil brilhante. Ao perder os res-
quícios de RNA, o reticulócito se diferencia em um eritrócito maduro.
 
//files.cercomp.ufg.br/weby/up/756/o/47-_Eritroblasto_bas%C3%B3filo__ortocrom%C3%A1tico_e_policrom%C3%A1tico.jpg
//files.cercomp.ufg.br/weby/up/756/o/47-_Eritroblasto_bas%C3%B3filo__ortocrom%C3%A1tico_e_policrom%C3%A1tico.jpg
8
Figura 4. Reticulócitos corados com azul de cresil brilhante 
Fonte: Melo et al., 2019
HEmoGrAmA 
É um exame que se propõe a fornecer informações acerca dos três principais elementos celulares do 
sangue, permitindo sua subdivisão em grupos de análise diferentes, um para cada elemento, sendo: o 
eritrograma, leucograma e plaquetograma.
O leucograma contabiliza todas as subpopulações que compõem o grupo dos leucócitos (incluindo 
células imaturas); enquanto o plaquetograma e o eritrograma fornecem índices que permitem de maneira 
simultânea, uma análise qualitativa e quantitativa de seus elementos.
Vamos conhecê-las!
Eritrograma – Análise Quantitativa 
O eritrograma é o segmento do hemograma que avalia a série vermelha do sangue, ou seja, as hemácias. 
A partir de diferentes parâmetros analíticos, permite avaliar a quantidade e características morfológicas 
das células, que são variáveis utilizadas para classificar os diferentes tipos de anemias, e identificar 
outras patologias.
Os parâmetros quantitativos do eritrograma são: 
§	 Red Blood Cell (Rbc) / Contagem de eritrócitos;
§	 Dosagem de hemoglobina (Hb);
§	 Hematócrito (Ht).
9
GuArDE ESSA iDEiA!
Os valores de referência podem variar dependendo da marca/metodologia dos sistemas automatizados de 
análise utilizados pelos laboratórios, bem como pela população estudada (região de moradia, diferença 
de etnias, etc.)
ü	 Red Blood Cell (Rbc) / Contagem de eritrócitos
É o parâmetro responsável pela contabilização das hemácias, que geralmente expressa seus resultados 
em milhões por microlitros (milhões/µL), mas alguns equipamentos podem fornecer em milímetros cúbicos 
(mm3). Os resultados do Rbc variam, assim como os outros parâmetros, de acordo com a idade e sexo dos 
pacientes.
Os valores de referência são:
Homens: 4,4 a 6,6 Milhões/µL
Mulheres: 4,2 a 5,4 Milhões/µL
Saiba que eritrocitose é a nomenclatura utilizada para indicar resultados superiores aos dos valores de 
referência, e eritropenia para resultados inferiores.
ü	 Dosagem de Hemoglobina (Hb)
A dosagem de Hb é o parâmetro utilizado para avaliar se o paciente se encontra ou não em um quadro 
anêmico (é necessário a realização de outros exames complementares para descobrir a origem de 
formação da anemia), e seus resultados são expressos em gramas por decilitro (g/dL).
Os valores de referência são:
Homens: 13 a 18 g/dL.
Mulheres: 12 a 16 g/dL.
ü	 Hematócrito (Ht)
O hematócrito é a representação em porcentagem (%), do volume total que as hemácias ocupam dentro do 
volume total da amostra de sangue. Assim como a dosagem de hemoglobina, a diminuição do hematócrito 
é visualizada em anemias. É possível determinar o hematócrito por uma metodologia manual chamada 
Velocidade de Hemossedimentação (VHS), aplicando o método de Micro-VHS.
10
Os valores de referência são:
Homens: 39 a 54%
Mulheres: 37 a 48%
Índices Hematimétricos – Análise Qualitativa 
Os índices hematimétricos são parâmetros qualitativos que avaliam características das hemácias quanto 
ao seu tamanho/volume e a concentração intracelular de hemoglobina. Existem três índices que são 
calculados a partir dos valores obtidos pelos parâmetros de análise quantitativa, são eles: 
§	 Volume corpuscular médio (VCM);
§	 Hemoglobina corpuscular média (HCM);
§	 Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM). 
A distribuição do tamanho dos eritrócitos (RDW – Red Cell Distribution Width), é o quarto índice, obtido 
por análise automatizada. Lembrando que os valores de referência dos índices qualitativos são os mesmos 
para homens e mulheres.
ü	 Volume corpuscular médio (VCM)
É o índice que avalia o tamanho/volume das hemácias. Seus resultados são expressos em fentolitros 
(fL), e permitem classificar o eritrócito como normocíticos (de tamanho normal), microcíticos (abaixo dos 
valores de referência) e macrocíticos (acima dos valores de referência). Os valores de referência são: 76 
a 96 fL.
O VCM é obtido pela multiplicação do hematócrito por 10, seguido de divisão pelo valor da contagem de 
células (VCM = Ht x 10 / Rbc x 106).
ü	 Hemoglobina corpuscular média (HCM)
Avalia a concentração média de hemoglobina por hemácia. Seus resultados são expressos em pictogramas 
(pg), e junto a análise simultânea do CHCM, classificam os eritrócitos em normocrômicos (concentrações 
normais) e hipocrômicos (abaixo dos valores de referência). Os valores de referência são: 27 a 33 pg.
O HCM é obtido pela multiplicação da dosagem de hemoglobina por 10, seguido de divisão pelo valor da 
contagem de células (HCM = Hb x 10 / Rbc x 106).
ü	 Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM)
É um índice que complementa a análise de concentração de hemoglobina, e tem como objetivo, medir o 
total de hemoglobina concentrada em 100mL de hemácias. Seus resultados são expressos em gramas por 
decilitro (g/dL), e a partir de análise simultânea com o HCM, classifica as células em normocrômicas e 
hipocrômicas. Os valores de referênciasão: 32 a 36 g/dL.
11
O CHCM é obtido pela multiplicação da dosagem de hemoglobina por 10, seguido de divisão pelo valor do 
hematócrito (CHCM = Hb x 10 / Ht).
Figura 5. Eritrócitos hipocrômicos.
Fonte: Bain., 2015
ü	Distribuição do tamanho das hemácias – Red Cell Distribution Width (RDW)
É um índice presente exclusivamente em métodos automatizados, que se propõe a indicar a presença 
de variação de tamanho na população eritrocitária. Seus resultados são expressos em porcentagem (%), 
em que, resultados abaixo ou dentro dos valores de referência não tem significado clínico, por indicar a 
presença de homogeneidade no tamanho das células, e resultados acima dos valores indicam a presença 
das variações. Os valores de referência são: 11,0 a 15,0 %.
Anisocitose é o termo técnico utilizado para indicar a presença de variação entre os tamanhos das 
hemácias. Podendo ocorrer de maneira variada, com presença de microcitos, macrocitos, eritrócitos 
normais e alguns tipos de pecilócitos.
Figura 6. Eritrócito microcítico (uma seta), macrocítico (dupla seta). 
Fonte: Adaptado de Melo et al., 2019
12
PriNCiPAiS ALTErAÇÕES DoS EriTrÓCiToS 
Policromasia 
Hemácias policromáticas é o nome dado a uma célula que apresenta concomitantemente afinidade 
por corantes básicos (pela presença de resquícios de RNA), e pela eosina presente na coloração (pela 
presença de hemoglobina), o que leva a célula a apresentar uma coloração azul-rosada.
Existe uma relação entre hemácias policromáticas e reticulócitos. Ambos são considerados eritrócitos 
imaturos, porém, a contagem de reticulócitos ser superior à de policromáticas, indica que as células 
policromáticas são ainda mais jovens.
Figura 7. Hemácias policromáticas 
Fonte: Adaptado de Melo et al., 2019
Pecilocitose 
É caracterizada pela presença de células com morfologia anormal, seja pela produção direta de células 
alteradas na medula óssea, ou por alguma influência de caráter mecânico a células normais após sua 
saída da medula. 
São exemplos de pecilócitos:
§	 Dacriócitos
São conhecidas como hemácias em lágrimas, gota ou de formato piriforme. Sua visualização é 
frequentemente associada à anemia megaloblástica, em quadros de fibrose na medula óssea e 
talassemia maior. Em pacientes que têm fibrose medular, os dacriócitos podem representar a ocorrência 
de hematopoese extramedular.
13
Figura 8. Alteração morfológica de eritrócitos – Dacriócitos 
Fonte: Adaptado de Melo et al., 2019
§	 Esquizócitos
São hemácias que apresentam morfologia inconstante, com contornos intensamente irregulares e 
normalmente encontradas com tamanho reduzido. O aumento da concentração de esquizócitos pode ser 
visualizado normalmente em anemias hemolíticas ou por atritos mecânicos promovidos por queimaduras 
ou implante de próteses. 
 
Figura 9. Alteração morfológica de eritrócitos – Esquizózitos
Fonte: Adaptado de Melo et al., 2019.
§	 Eliptócitos
A presença de grandes quantidades de eliptócitos é sugestivo de uma anomalia genética denominada 
eliptocitose hereditária. A anomalia se deve a alterações na proteína espectrina (componente da 
membrana), o que leva a célula a perder a elasticidade característica, causando a deformação ao passar 
por vasos menos calibrosos. 
14
Figura 10. Alteração morfológica de eritrócitos – Eliptócitos
Fonte: Adaptado de Melo et al., 2019
§	 Acantócitos 
São células que apresentam espículas de tamanhos variados e distribuídos irregularmente ao longo da 
membrana celular. A sua formação deriva normalmente de distúrbios associados a absorção de lipídeos 
(membrana composta por lipoproteína) ou complicações hepáticas.
Figura 11. Alteração morfológica de eritrócitos – Acantócitos
Fonte: Bain., 2015
 
15
Figura 12. Alteração morfológica de eritrócitos – Acantócitos
Fonte: Melo et al., 2019
§	 Equinócitos 
Também são células espiculadas, mas diferente dos acantócitos, os espículos dos equinócitos são menores, 
com tamanho constante e distribuição regular ao redor da membrana celular. Sua visualização está 
relacionada principalmente às hepatopatias e insuficiência renal (possibilidade de ambas coexistirem), 
mas também pode ser encontrada em distúrbios que envolvem a ureia, como uremia e a síndrome 
hemolítico-urêmica.
Figura 13. Alteração morfológica de eritrócitos – Equinócitos
Fonte: Bain., 2015
16
Figura 14. Alteração morfológica de eritrócitos – Equinócitos
Fonte: Melo et al., 2019
§	 Codócitos
São células que apresentam uma área mais corada, localizada no centro da célula, envolta por uma 
área sem coloração, seguida imediatamente por um anel periférico corado. Essa conformação decorre 
da falha de distribuição de hemoglobina, por haver mais membrana plasmática em relação ao volume 
do citoplasma. Pode ser visualizada principalmente em hemoglobinopatias C, anemias hemolíticas, 
associadas às anemias falciforme e doenças hepáticas.
Figura 15. Alteração morfológica de eritrócitos – Codócitos
Fonte: Melo et al., 2019
17
§	 Estomatócito
São células que a área pálida no centro da hemácia assume o formato de uma fenda, que recebe o 
nome de estoma. São formados a partir do desbalanceamento das concentrações intracelulares de sódio 
(aumento) e potássio (diminuição). Podem ser vistas em pequenas quantidades em pacientes normais, mas 
a visualização em grandes quantidades está relacionada principalmente a quadros de cirrose hepática, 
ingestão excessiva de álcool ou estomatocitose hereditária.
Figura 16. Alteração morfológica de eritrócitos – Estomatócitos
Fonte: Bain., 2015
§	 Drepanócito
São células que apresentam formato de “foice”, como consequência da formação de polímeros de HbS, 
que levam as células ao processo de falcização, alterando sua conformação, tornando-a menos flexível e 
reduzindo seu tempo de vida. É a célula característica dos portadores da doença falciforme.
Figura 17. Alteração morfológica de eritrócitos – Drepanócitos
Fonte: Melo., 2019
18
??? VoCê SABiA?
Querido(a) aluno(a), você sabia que a púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) é um distúrbio que pode 
promover episódios hemorrágicos, decorrentes da formação de microtrombos no sistema circulatório?
Pois é, uma das características fisiopatológicas da PTT é a formação de filamentos de fibrinas que passam 
a aderir a parede de capilares sanguíneos, filamentos esses, que podem promover lesões de caráter 
mecânico aos eritrócitos com quem entram em contato. A plaquetopenia, junto à anemia hemolítica e a 
visualização de três tipos de pecilocitose (hemácia pinçada, fragmentos de hemácias e esquizócitos em 
“capacete”), ajudam no diagnóstico rápido da doença.
Figura 18. Hemácias pinçadas
Fonte: Bain., 2015
Figura 19. Fragmentos de hemácias
Fonte: Melo., 2019
19
Figura 20. Esquizócitos em “capacete”
Fonte: Melo et al., 2019
Continuando...
iNCLuSÕES EriTroCiTáriAS 
Corpúsculo de Howell-Jolly 
São pequenas inclusões arredondadas que apresentam coloração semelhantes a de um núcleo. Por ser 
um fragmento de material nuclear, sua formação pode estar ligada à separação de um cromossomo do 
fuso mitótico (durante um processo de mitose anormal), uma expulsão incompleta do núcleo ou ruptura 
nuclear. Pode ser visualizado em anemias megaloblásticas, hemolíticas e em alcoolismo agudo, mas está 
intimamente relacionada a pacientes que se submetam a esplenectomia, que apresentam quadros de 
hipoesplenismo ou em recém-nascidos.
Figura 21. Presença de corpúsculos de Howell-Jolly
Fonte: Melo et al., 2019
20
Pontilhado basófilo 
São pequenas inclusões basofílicas dispersas irregularmente no citoplasma dos eritrócitos. É composto 
basicamente de RNA e ribossomos, mas, agregados de mitocôndrias e siderossomos degenerados podem 
fazer parte da composição. Quantidades significativas de pontilhados basófilos podem ser visualizadas 
principalmente em anemia megaloblástica, talassemias betas, em pacientes com hemoglobina instável e 
intoxicação por metais pesados (em especial, o chumbo).Figura 22. Presença de pontilhado basófilo (seta)
Fonte: Melo et al., 2019
Corpúsculos de Pappenheimer 
São pequenas inclusões basofílicas que encontram aglomeradas na periferia das células, demonstrando 
a presença de ferro. São basicamente compostos por agregados de ferritina, mitocôndrias e fagossomos 
que apresentem agregados de ferritina ou mitocôndrias e ribossomos com sobrecarga de ferro. As células 
que apresentam esses corpúsculos, passam a ser chamadas de siderócitos, que podem ser encontradas 
em anemia sideroblástica, síndromes mielodisplásicas e alcoolismo.
 
Figura 23. Presença de Corpúsculos de Pappenheimer
Fonte: Melo et al., 2019
21
Corpúsculos de Heinz 
São estruturas arredondadas encontradas na membrana das hemácias, formadas a partir de processos 
oxidativos, envolvendo as hemoglobinas. O processo de formação se inicia a partir de reações oxidativas 
que transformam a oxiemoglobina em metaemoglobina, que em grandes quantidades, originam 
subprodutos de globina (hemicromos) e perdem seu grupo “heme”. A precipitação dos hemicromos, 
forma os corpúsculos de Heinz. Podem ser observados em pacientes esplenectomizados e portadores de 
deficiência de G6PD.
 
Figura 24. Presença de Corpúsculos de Heinz
Fonte: Melo et al., 2019
CArACTErÍSCTiCAS GErAiS DAS ANEmiAS 
São definidas como processos que levam à redução da massa eritrocitária, na qual, laboratorialmente essa 
condição se reflete na diminuição da concentração de hemoglobina. Sabe-se que o processo diagnóstico 
das anemias consiste na interpretação dos parâmetros fornecidos pelo eritrograma, associados à 
realização de exames bioquímicos complementares.
A gravidade e evolução dos quadros de anemia são avaliados a partir dos resultados das dosagens de 
hemoglobina e hematócrito, que nessas condições, ambos estão abaixo dos valores de referência. Os 
índices hematimétricos (análise qualitativa), fornecem informações que rotineiramente ajudam a identificar 
anemias por deficiência de nutrientes, enquanto a contagem de reticulócitos é utilizada para avaliar a 
integridade funcional medular, podendo estar aumentada (reticulocitose) frente a quadros de hemorragia 
ou processos hemolíticos, ou diminuída (reticulopenia) em alguns casos, como anemia ferropriva, anemia 
megaloblástica, etc.
22
Anemias Carenciais 
As anemias carenciais são as seguintes, estimado(a) estudante:
ü	 Anemia ferropriva
É a anemia de maior ocorrência na rotina laboratorial. Ocorre quando a concentração de ferro presente 
no organismo é insuficiente para suprir a necessidade da eritropoese. São visualizadas hemácias 
hipocrômicas e microcíticas, ou seja, com o HCM, CHCM e VCM diminuídos, além do aumento do RDW. 
Alguns pecilócitos, como dacriócitos e eliptócitos podem estar presentes.
Lembre-se que exames bioquímicos complementares devem ser feitos, como a dosagem de ferritina 
(reduzida), ferro sérico (reduzida) e capacidade total de ligação ao ferro (aumentado).
ü	 Anemia megaloblástica
Ocorre pela deficiência da concentração de cianocobalamina (vitamina B12) e/ou ácido fólico (vitamina B9), 
por baixa de ingestão. São visualizadas principalmente, hemácias macrocíticas e normocrômicas (VCM 
aumentado), o RDW pode estar normal ou aumentado, além da possibilidade da presença de dacriócitos 
e inclusões como pontilhado basofílico e Howell-Jolly. É possível fazer a dosagem das vitaminas B12 e 
B9 (que estão diminuídos).
Anemia perniciosa é um tipo de anemia megaloblástica causada por uma condição autoimune que afeta 
as células parietais do estômago, prejudicando a absorção de B12.
Anemias Hemolíticas 
ü	 Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD)
É a anormalidade enzimática mais frequente. A deficiência da G6PD reduz os mecanismos de proteção que 
a hemácia apresenta para resistir aos agentes que causam estresse oxidativo. Além da própria dosagem 
de G6PD (que está diminuída), é observada a presença de grande quantidade de corpúsculos de Heinz.
ü	 Hemolíticas autoimunes (AHAI)
É caracterizada pela hemólise precoce das hemácias, em decorrência da presença de autoanticorpos 
aderidos aos antígenos de superfície de membrana das hemácias. Existem dois tipos de AHAI, as causadas 
por anticorpo quente e as causadas por anticorpo frio, são eles:
1. AHAI quente: É causada por anticorpos da classe IgG, que ao reagirem com a temperatura de 
37°C, se fixam na superfície das hemácias e induzem sua hemólise extravascular, por meio do sistema 
reticuloendotelial.
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2. AHAI frio: É causada por anticorpos da classe IgM, que reagem a baixas temperaturas, promoven-
do a aglutinação de hemácias. É possível observar nas amostras que apresentam crioaglutininas, hemá-
cias agrupadas, que promovem falsos resultados no hemograma (principalmente o aumento do VCM). A 
correção é feita aquecendo a amostra em banho-maria a 37°C, que inviabilizam as crioaglutininas.
Leucócitos 
São as células que compõem o sistema imunológico e desempenham diferentes funções com o objetivo 
de eliminar microrganismos infecciosos, bem como moléculas estranhas ao organismo. São classificados 
de acordo com a visualização de seus grânulos pelo microscópio óptico, em: polimorfonucleares, que 
são os que apresentam segmentação nuclear e grânulos citoplasmáticos visíveis (neutrófilos, eosinófilos 
e basófilos) e monomorfonucleares, que apresentam núcleo desprovido de segmentação e ausência de 
grânulos visíveis (monócitos e linfócitos). 
Ressaltando que o valor de referência para a contagem de leucócitos totais no hemograma é: 4.000 a 
10.000 µL em indivíduos adultos.
Neutrófilos 
É o leucócito encontrado em maiores quantidades no sangue periférico. Possui citoplasma acidófilo, com 
grânulos finos e visíveis e núcleo segmentado, formando de dois a cinco lóbulos, interligados entre si por 
filamentos de heterocromatina.
Por apresentar a fagocitose como principal mecanismo de ação, apresenta alto desempenho na eliminação 
de microrganismos, principalmente bactérias.
 
Figura 25. Neutrófilos normais
Fonte: Melo et al., 2019
24
Eosinófilos 
São células ligeiramente maiores que os neutrófilos, com granulações alaranjadas características, e 
núcleos geralmente bilobulados. Possuem participação em reações alérgicas e combatem infecções 
parasitárias pelo mecanismo de citotoxicidade celular dependente de anticorpos (ADCC), se aderindo aos 
parasitas revestidos com anticorpos de classe IgE ou IgA, e liberando o seu conteúdo granular.
Figura 26. Eosinófilos normais
Fonte: Melo et al., 2019
Basófilos 
São os leucócitos de menor abundância. Apresenta grânulos grosseiros e escuros que normalmente 
encobrem o núcleo, dificultando sua visualização. Tem sua função relacionada às reações de 
hipersensibilidade I (por apresentar histamina e heparina na composição de seus grânulos), podendo ser 
encontrado em maiores concentrações em processos alérgicos, sinusite e rinite.
 
Figura 27. Basófilos normais
Fonte: Melo et al., 2019
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monócitos 
São células grandes em que o citoplasma normalmente não apresenta grânulos perceptíveis e o núcleo 
possui formato irregular, podendo assumir diversas conformações diferentes. Ao sair da corrente sanguínea 
para os tecidos, se diferenciam em macrófagos, que além de apresentar intensa atividade fagocitária, 
contribuem para a resposta imune adaptativa, ao assumir a função de uma célula apresentadora de 
antígeno.
Figura 28. Monócitos normais
Fonte: Melo et al., 2019
Linfócitos 
São as células especializadas que atuam tanto na imunidade inata quanto na adaptativa, podendo ser 
classificados em três tipos diferentes: linfócitos T, linfócitos NK (natural killer) e linfócitos B.
1. Linfócitos NK: Promovem a citólise de células infectadas por vírus ou tumorais, por indução a 
apoptose (mediada por granzinas) e criação de poros na membrana (mediada por perforinas).
2. Linfócitos B: Participam daresposta imune humoral, através da secreção de imunoglobulinas 
após diferenciação em plasmócitos.
3. Linfócitos T: São divididos em dois tipos: linfócitos TCD4 e TCD8. O LTCD4 tem função auxiliar 
que promove a diferenciação e proliferação de células B, enquanto o TCD8 atua na citólise de células 
contaminadas por vírus.
Figura 29. Linfócito pequeno
Fonte: Melo et al., 2019
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Figura 30. Linfócito grande
Fonte: Melo et al., 2019
iNCLuSÕES LEuCoCiTáriAS
Granulações tóxicas 
É a formação de grânulos maiores e basófilos que podem surgir em monócitos e neutrófilos. Podem ser 
observados principalmente em infecções agudas graves e processos inflamatórios.
Figura 31. Neutrófilo com granulação tóxica
Fonte: Melo et al., 2019
Corpúsculo de Döhle 
É uma inclusão exclusiva de neutrófilos. Caracteriza-se como uma forma arredondada, que se cora em 
azul-claro e se localiza geralmente na periferia das células. Sua origem se deve ao processo de liquefação 
do retículo endoplasmático, que está associado a quadros inflamatórios e de infecções graves. É comum 
visualizar granulação tóxica e corpúsculos de Döhle simultaneamente.
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Figura 32. P Corpúsculo de Döhle
Fonte: Melo et al., 2019
Pelger-Hüet 
Está relacionado à hipolobulação nuclear de eosinófilos e neutrófilos. Por ser de natureza hereditária, 
a anomalia pode ter pacientes heterozigotos (núcleo com conformação em bastão ou bilobulado) ou 
homozigotos (núcleo arredondado, sem segmentação). Normalmente os portadores são assintomáticos, 
pois apesar da alteração nuclear, os grânulos citoplasmáticos (que garantem a funcionalidade do 
mecanismo de ação da célula) permanecem intactos. 
Raros relatos associam pacientes homozigotos a quadros de epilepsia ou retardo no desenvolvimento.
Figura 33. Pelger-Hüet (heterozigoto)
Fonte: Melo et al., 2019
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Figura 34. Pelger-Hüet (homozigoto)
Fonte: Melo et al., 2019
Hipersegmentação 
É classificado como hipersegmentado, o neutrófilo que apresenta cinco ou mais lóbulos nucleares. São 
causados pelo envelhecimento da célula, ainda na corrente sanguínea. Pode ser encontrado na anemia 
megaloblástica e em síndromes mielodisplásicas.
 
Figura 35. Presença de hiperssegmentação nuclear
Fonte: Melo et al., 2019
PLAQuEToGrAmA 
Plaquetas são estruturas derivadas da fragmentação citoplasmática dos megacariócitos presentes na 
medula óssea. Desempenham importante função na formação de tampões (através de processos de 
recrutamento e agregação plaquetária), que são respostas fisiológicas ao surgimento de lesões vasculares.
29
Prezado(a), saiba que apesar de equipamentos mais sofisticados fornecerem índices analíticos como 
o plaquetócrito e amplitude de distribuição das plaquetas, a maioria dos equipamentos utilizados se 
restringe a realização da contagem de plaquetas e análise do seu volume plaquetário médio (VPM).
Contagem de plaquetas 
Os valores de referência para a contagem de plaquetas é: 140.000 a 500.000 µL. Resultados acima 
dos valores de referência indica um quadro de plaquetose, que pode estar associado à estimulação da 
medula óssea, que ocorre em quadros de anemia ferropriva, processos inflamatórios, hipotireoidismo, etc. 
Resultados abaixo dos valores de referência indicam plaquetopenia, que tornam o paciente mais suscetível 
a processos hemorrágicos. Pode ser observada em quadros como: leucemias, púrpura trombocitopênica 
trombótica (PTT), durantes tratamento quimioterápicos, dengue, etc.
Volume plaquetário médio (VPm) 
Existem duas denominações para plaquetas de tamanho aumentado, são elas: macroplaquetas, que são 
plaquetas de tamanho aumentado, porém, menores que uma hemácia, e as plaquetas gigantes, que são 
maiores que as hemácias. Podem ser visualizadas após processo de renovação das plaquetas ou como 
consequências de algumas síndromes.
Figura 36. Macroplaquetas
Fonte: Melo et al., 2019
Figura 37. Plaqueta gigante
Fonte: Melo et al., 2019
30
???
GuArDE ESSA iDEiA!
O relato sobre a presença de pecilocitose ou inclusões é insuficiente, sendo necessário reportar no laudo, 
o tipo específico da anormalidade que foi visualizada durante a leitura da lâmina, pois elas interferem na 
interpretação do caso. 
VoCê SABiA?
Estimado(a) estudante, você sabia que os Corpúsculos de Barr ou cromatina sexual são estruturas 
encontradas nos núcleos de células somáticas de indivíduos do sexo feminino?
Por que? Porque são caracterizadas como projeções nucleares em forma de “baqueta”, e são a 
representação do cromossomo X. Os corpúsculos podem ser visualizados facilmente nos neutrófilos.
Figura 38. Corpúsculos de Barr
Fonte: Melo et al., 2019
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Hematologia básica. Esses livros poderão ser utilizados como leitura complementar para expandir seus 
conhecimentos. 
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rEfErêNCiAS BiBLioGráfiCAS
MELO, M; SILVEIRA, C.M. Laboratório de Hematologia – Teorias, Técnicas e Atlas. 2. Ed. Rio de Janeiro: 
Rubio, 2019.
HOFFBRAND, A.V; MOSS P.A.H. Fundamentos em Hematologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
BAIN, B.J. Blood Cells – A Practical Guide. 5. Ed. Wiley Blackwell, 2015.
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esqueça de realizar os questionários e as atividades. Qualquer dúvida, procure o(a) tutor(a) em dúvidas 
de conteúdo. 
PALAVrAS fiNAiS
Finalizamos aqui nosso Guia 1 de estudos. O conteúdo abordado reafirmou fundamentos já conhecidos, esses 
assuntos irão auxiliá-lo(a) no hemograma, ferramenta importante para o diagnóstico e acompanhamento 
de diversas doenças. Vale ressaltar, que a hematologia é uma área muito importante no processo estágio, 
uma vez que é de grande demanda nos laboratórios de análises clínicas. Aproveite que terminou seu 
estudo e responda ao questionário referente a este guia, isso lhe permitirá identificar suas principais 
dúvidas. 
Não se esqueça que o(a) tutor(a) estará disponível para tirar suas dúvidas e fique de olho na data da 
webconferência desta disciplina, assim poderá esclarecer suas dúvidas com o(a) professor(a). 
Vejo você no próximo guia! Até breve! 
	_Hlk45232840
	_Hlk48192907
	_Hlk48194013
	CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS HEMÁCIAS 
	Eritropoese 
	HEMOGRAMA 
	Eritrograma – Análise Quantitativa 
	Índices Hematimétricos – Análise Qualitativa 
	PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DOS ERITRÓCITOS 
	Policromasia 
	Pecilocitose 
	INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS 
	Corpúsculo de Howell-Jolly 
	Pontilhado basófilo 
	Corpúsculos de Pappenheimer 
	Corpúsculos de Heinz 
	CARACTERÍSCTICAS GERAIS DAS ANEMIAS 
	Anemias Carenciais 
	Anemias Hemolíticas 
	Leucócitos 
	Neutrófilos 
	Eosinófilos 
	Basófilos 
	Monócitos 
	Linfócitos 
	INCLUSÕES LEUCOCITÁRIAS
	Granulações tóxicas 
	Corpúsculo de Döhle 
	Pelger-Hüet 
	Hipersegmentação 
	PLAQUETOGRAMA 
	Contagem de plaquetas 
	Volume plaquetário médio (VPM)

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