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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I - CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE HISTÓRIA DISCIPLINA: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA III PROFESSOR: ANSELMO RONSARD CAVALCANTE ALUNO: HERMESON SILAS GUEDES FERREIRA TURNO: NOITE PERÍODO: 2023.2 Orientações: – Cada questão proposta para essa avaliação tem peso de 3,5. Uma vez tendo êxito nas questões, o aluno poderá ter a nota máxima de 7,0. O restante para completar a nota, de peso até 3,0, é referente à presença e participação em sala de aula; – Essa avaliação juntamente com as respostas deverá ser devolvida até o dia 04/10; – Procurem desenvolver as respostas das devidas questões da melhor maneira possível e com um bom aprofundamento teórico dos textos apresentados durante a unidade, pois isso também será levado em favor no somatório da nota final. – Enviar para o e-mail: anselmo.ronsard@servidor.uepb.edu.br AVALIAÇÃO DA UNIDADE I Questão 01 Israel nasceu como Estado de acordo com as proposituras do sionismo, movimento religioso e político organizado que visava restabelecer uma pátria judaica na Palestina. Muitos judeus que viviam na Europa e em outros lugares, temendo a perseguição durante o reinado nazista, encontraram refúgio na Palestina e abraçaram o sionismo. Depois que o Holocausto e a Segunda Guerra Mundial terminaram, os membros do movimento sionista se concentraram principalmente na criação desse estado judeu independente. As Nações Unidas aprovaram um plano para dividir a Palestina em um estado judeu e árabe em 1947, mas os árabes o rejeitaram. Em maio de 1948, Israel foi oficialmente declarado um Estado independente com David Ben-Gurion, o chefe da Agência Judaica, como primeiro-ministro. Embora este evento histórico pareça ser uma vitória para os judeus, também marcou o início de mais violência com os árabes. Esta variante política é uma questão preocupante. Como analisar este enfoque de acordo com o nosso estudo? Questão 02 Dada a divergência entre a realidade do socialismo soviético e o ideal interpretado nos clássicos marxista-leninistas, um termo alternativo era necessário. 'Socialismo realmente existente', 'socialismo desenvolvido' e 'socialismo de estado' foram apenas alguns dos sugeridos tanto por seus defensores quanto por seus detratores. 'Socialismo real', que surgiu como a legenda favorita, implicava que a composição econômica, política e social das sociedades do bloco soviético era na verdade um modo de produção distinto, com suas próprias tendências iminentes. Essa categoria se formatou no desenrolar do século XX por nações como a Ex-URSS e a China contemporânea. Como explicar este processo à luz da historiografia de Eric Hobsbawm? Questão 01: Esse conflito tem diversas motivações históricas, religiosas e políticas. O território palestino está localizado entre o mar Mediterrâneo, o Rio Jordão e o mar morto lá no Oriente médio, esse conflito é mais bastante antigo e remonta a época anterior ao nascimento de Cristo. Assim, nesta época o lugar que hoje é conhecido como Palestina era a região onde viviam os judeus que era o rei do de Israel, que por sua vez era dominado pelo Império Romano e já nessa haviam conflitos entre os judeus que viviam no Reino de Israel e o próprio Império Romano sendo um dos mais notáveis o que aconteceu no ano 70 d.C. onde os judeus se rebelaram e entraram em guerra contra os romanos, porém, os judeus saíram derrotados e foram expulsos das suas terras outro embate marcante aconteceu no ano 130 d.C. onde os judeus novamente entraram em guerra contra o Império Romano e novamente saíram derrotadas, por outro lado, desta vez o imperador da época Públio Élio Adriano não apenas os expulsou como também infringiu uma punição adicional, rebatizando o lugar no seu território de origem com o nome de Palestina, em homenagem aos filisteus que são inimigos históricos dos judeus. E é justamente daí que nasce esse nome de Palestina, ou seja, um nome que foi criado como punição para o povo judeu e deste momento em diante todas as pessoas que moravam naquele território eram chamadas de palestinos, independentemente da religião que seguiam. Nos anos de 1516 - 1517 foi quando o Império turco otomano assume o controle da região após a queda do Império Romano e esse controle do Império turco Otomano sobre a região da Palestina dura mais ou menos até primeira guerra mundial. Após esse evento as coisas começam a piorar na região da Palestina. Mas, antes disso, é necessário falar do sionismo que também é um marco importantíssimo na história deste conflito, esse por sua vez é um movimento judeu que surge principalmente com a ideia da criação de um estado judeu, como para a religião judaica o antigo território de Israel era um território que havia sido prometido a eles por Deus, obviamente seria aquele lugar ideal para criação do novo estado. O sionismo, liderado por figuras como Theodor Herzl, promoveu a ideia de que os judeus deveriam ter um estado próprio na Palestina ou em outra parte do mundo para escapar da perseguição e discriminação que enfrentavam em várias partes da Europa. Agora retomando para a primeira guerra mundial, uma coisa muito importante acontece, pois, a Inglaterra manifesta que apoiaria a causa sionista em caso de vitória da Inglaterra na primeira guerra mundial, o que de fato acontece, pois, a Inglaterra vence e passa a controlar o território palestino e a apoiar a causa sionista principalmente no que se refere à criação de um estado judeu na região da Palestina. Assim, nos anos seguintes entre o fim da primeira guerra mundial e o começo da segunda o que se viu foi a perseguição aos judeus aumentar demasiadamente principalmente por conta da ascensão de Hitler e do nazismo, o que fez com que os judeus migrassem em massa para a região da Palestina. Nesse sentido, os palestinos não gostaram dessa ideia, o que fez com que os conflitos entre esses povos se intensificassem ainda mais. Após a Segunda Guerra Mundial e do Holocausto que foi um terrível massacre aos povos judeus, aumentou-se muito a demanda Internacional pela criação de um estado para os judeus, o que fez com que a ONU aprovasse no ano de 1947 um plano de partilha do território palestino em dois estados, um judeu ocupando 53,5 % da área e o outro palestino-árabe que ficou com 45,4% o restante corresponderia a Jerusalém, sob controle internacional, havia nessa divisão uma grande contradição, pois os judeus, que correspondiam a 30% da população, ficariam com uma parcela maior do território. Os palestinos, por sua vez, correspondiam a 70% da população e ficariam com uma parcela menor. Além disso, as autoridades árabes alegaram que o seu território concentrava as terras menos férteis e que eles teriam acesso mais limitado à água potável. A proposta foi aceita pelos judeus, mas foi rejeitada pelos árabes. No ano seguinte, os britânicos se retiraram da Palestina, e, em 14 de maio de 1948, foi proclamada a fundação do Estado de Israel. A fundação de Israel deu início aos conflitos entre árabes e israelenses na região. Ao longo do século XX, foram travadas: a Primeira Guerra Árabe-Israelense, a Guerra de Suez, a Guerra dos Seis Dias, e a Guerra de Yom Kippur. Nesse sentido, houve um episódio marcante deste conflito que aconteceu em 14 / 05 / 1948 que foi a data em que os judeus finalmente fundaram o estado de Israel na região da Palestina o que também não agradou os árabes que viviam ali na região da Palestina, após um dia depois da criação de Israel eles declararam guerra ao novo estado e o resultado desse novo conflito que durou por anos foi a derrota dos árabes e a anexação de mais terras palestinas pelos judeus quando o estado de Israel chegou a ter 75 % das terras do antigo território palestino e parte das terras que sobraram foram anexadas pela Transjordânia, a Cisjordânia e pelo Egito quer está localizado na região sudoesteda faixa de Gaza. Em consequência disso, muitos palestinos se refugiaram em estados árabes vizinhos e outra boa parte permaneceu sob o controle e autoridade de Israel. Na década de 1950, os israelenses se aproveitaram de uma crise do Egito com França e Reino Unido para invadirem a Faixa de Gaza e a Península do Sinai. A relação entre israelenses e palestinos seguiu tensa, o que resultou em movimentos de resistência palestinos contra a ocupação por Israel. Em 1964, foi criada a Organização para a Libertação Palestina, a OLP, que buscava lutar pelos direitos perdidos dos palestinos na região com os acontecimentos então recentes. Os membros da OLP usavam da luta armada como caminho para resistir a Israel, e um de seus nomes mais conhecidos foi Yasser Arafat, líder da organização a partir de 1969. O principal grupo político da OLP é o Fatah, um grupo moderado que ainda existe. Em 1967, foi iniciada a Guerra dos Seis Dias após ataques de Israel contra a Síria. Em apenas seis dias, os israelenses tomaram a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, as Colinas de Golã da Síria, Jerusalém Oriental e a Cisjordânia. Mesmo com a resolução posterior da ONU em que Israel deveria devolver tais territórios, eles continuaram sob seu domínio por um bom tempo. Em 1973, teve início a Guerra do Yom Kippur, em que os países árabes derrotados na Guerra dos Seis Dias tentaram reaver os seus territórios. Todavia, Israel conseguiu uma nova vitória, pois contava com o apoio indireto dos Estados Unidos. Tais circunstâncias levaram os árabes a criarem a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), um cartel entre os países petrolíferos da região que elevou o preço dessa importante matéria-prima. Por essa razão, o sistema capitalista entrou na maior crise depois de 1929, conhecida como Choque do Petróleo. Em 1979, Israel decidiu pela devolução da Península de Sinai para o Egito, após a mediação dos Estados Unidos, no sentido de selar um acordo entre os dois países, os Acordos de Camp David. Com isso, os egípcios tornaram-se os primeiros árabes a reconhecerem oficialmente o Estado de Israel, gerando profunda revolta entre os demais países da região. Até então tudo parecia estar na paz até a chegada de Yasser Arafat. O desejo de vingança ainda existia nos palestinos e muçulmanos e ele levaria novamente a luta até Israel, em especial nos anos 1970 e 1980, mas, Israel contra-atacou violentamente e destruiu bases inteiras no Líbano e para revidar esse ataque de Israel grupos de guerrilheiros muçulmanos criaram Hezbollah (1985) que é visto pelos Próprios palestinos e muçulmanos como o grupo legítimo de luta contra Israel, mas na verdade é encarado como terroristas por boa parte do mundo ocidental e até pela liga árabe. Mesmo assim Israel continuou expandindo seu território criando comunidades judaicas na Cisjordânia e em Gaza, o que acabou causando uma série de revoltas da própria população que ficou conhecida como as intifadas e nesse caos surge o Hamas um grupo que queria a libertação dos palestinos e o fim de Israel, mas que era contra a organização de libertação da Palestina. As coisas começaram a mudar com negociações entre a OLP de Arafat e Israel, o que levou o acordo Oslo (1993) nesse acordo a OLP reconhecia o estado de Israel e o estado de Israel passaria a reconhecer a OLP como soberana da Palestina. Um ano depois foi a vez da Jordânia aceitar a soberania de Israel. Mas a partir de 1995 o caos volta a reinar na região. E a partir de 1995 o Hamas começou uma série de ataques contra civis israelenses o que acabou gerando uma resposta agressiva de Israel acabando assim um período de paz região e esses eventos levaram a segunda intifada (2000 – 2005) que acabou matando milhares de judeus e palestinos e para proteger os judeus contra esses ataques do Hamas o primeiro ministro de Israel Ariel Sharon começa a criar o muro na Cisjordânia que era onde ficava essas comunidades judaicas, porém, os palestinos acabaram acusando israelenses de invadir seu território na construção desse muro, então quando Arafat morre em 2005 o Hamas começa a controlar o governo palestino aumentando ainda mais a tensão entre os dois povos. Nos últimos 15 anos o Hamas lança foguetes e ataques pesados contra Israel e Israel por sua vez responde violentamente os ataques e no meio de tudo isso quem mais sofre é e sempre será o povo inocente e não se deve perder tempo discutindo quem é o culpado de todo esse conflito, enquanto isso o povo sofre e morre, eles não estão esperando que alguém vá até lá e assuma a culpa pelos seus erros, o povo está esperando que alguém vá até lá e traga a paz que eles tanto sonham, é isso que eles querem e no fim é isso que todos nós queremos onde quer que estejamos. Questão 02: o famoso historiador britânico de orientação marxista Eric Hobsbawm, não apenas examinou o progresso do socialismo no século XX, como também contribuiu para a compreensão dos obstáculos enfrentados pelo socialismo real, especialmente no contexto da União Soviética e da China. Ainda que Hobsbawm não tenha desenvolvido um conceito específico de "socialismo real", suas análises e escritos acerca do comunismo e do socialismo oferecem perspectivas valiosas sobre o processo evolutivo desses regimes. Considerando o contexto histórico, Hobsbawm se tornou amplamente reconhecido por sua abordagem histórica contextualizada. Ele examinou o socialismo real à luz das transformações sociais, políticas e econômicas do século XX. Ressaltou o surgimento desses regimes após a Revolução Russa de 1917 e como eles buscaram implementar as ideias marxistas em circunstâncias muito distintas daquelas previstas por Marx. Eric enfatizou as contradições internas do socialismo real, analisou como esses regimes tentavam conciliar os princípios marxistas com a realidade de governar diversos estados, estabelecendo um planejamento centralizado e enfrentando desafios como burocracia e corrupção. Esses desafios desempenharam um papel importante na distância entre a teoria marxista e a prática do socialismo real. No contexto da "evolução do Socialismo Real", Eric analisou o desenvolvimento do socialismo real ao longo do século XX. O mesmo examinou as reformas econômicas implementadas na União Soviética durante a década de 1980 sob o governo de Gorbachev e como essas reformas refletiram a necessidade de ajustar o sistema socialista diante dos desafios crescentes. Além disso, explorou o papel da ideologia no socialismo real, discutindo como os líderes desses estados adotaram a ideologia comunista para legitimar seu poder, mesmo quando suas políticas inovadoras se afastaram das ideias marxista- leninistas originais e também destacou a retórica revolucionária e a importância da "ditadura do proletariado" na justificação do autoritarismo. Como se sabe, no período analisado por Eric (século XX), ocorreu o contexto da Guerra Fria. Esse período histórico abrangeu aproximadamente as décadas de 1940 a 1990, durante as quais os Estados Unidos e a União Soviética emergiram como as duas superpotências dominantes do mundo, competindo tanto ideologicamente quanto militarmente. A Guerra Fria pode ser caracterizada por uma série de confrontos indiretos, como a corrida armamentista, a corrida espacial e conflitos em terceiros países, nos quais o comunismo e o capitalismo representavam sistemas opostos em constante tensão. Dito isto, Hobsbawm trabalhou incansavelmente em suas obras durante a Guerra Fria. Investigou como as tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética moldaram o cenário global e influenciaram a dinâmica política e social em todo o mundo. Hobsbawm também explora o impacto do “socialismo real”, uma referência aos regimes comunistas baseados no modelo soviético que surgiram em muitos países durante a Guerra Fria. No artigo: O Imaginário da Guerra Fria, como pode-se entender facilmente,refere-se às imagens, narrativas e representações que as pessoas tinham da Guerra Fria e da contenda ideológico entre o capitalismo e o comunismo. As grandes discussões historiográficas sobre a Guerra Fria tendiam a adotar duas perspectivas bastante distintas, segundo Biagi (2007): 1ª) uma visão soviética, que buscava expandir o comunismo para o resto do mundo; 2ª) uma visão norte-americana, utilizada para justificar suas ações e intervenções em nações que estavam fora da "esfera" de influência soviética. Isso abarcou o modo como a mídia, a cultura popular e os líderes políticos moldaram a forma como o público enxergava a Guerra Fria e os regimes comunistas. Assim, Hobsbawm, pode-se argumentar, contribuiu para a compreensão desse imaginário da Guerra Fria e do socialismo real, incluindo suas interpretações críticas das políticas e dos eventos ocorridos durante esse período, bem como sua análise das implicações do socialismo real nos países onde foi implementado. Além disso, conforme podemos observar no artigo intitulado "Entre a China e o Brasil: o pensamento maoísta e a Revolução Chinesa no Partido Comunista do Brasil na década de 1950", o autor tem como objetivo analisar a influência do pensamento maoísta e da Revolução Chinesa no Partido Comunista do Brasil (PCB) durante os anos 1950. Também busca examinar o conceito de "socialismo real", que representa a interpretação do socialismo defendida pelos países do bloco oriental liderados pela União Soviética. Assim sendo, a presença do pensamento maoísta no PCB é de grande interesse, visto que pode acarretar consequências significativas na compreensão e prática do socialismo real no contexto brasileiro. Isso ocorre porque as ideias de Mao Tse-tung representavam uma abordagem distinta do socialismo em comparação com a ortodoxia soviética. Ao assimilar e adaptar essas ideias maoístas, o PCB desafiava a predominância das interpretações soviéticas do socialismo no movimento comunista brasileiro. Dessa forma, compreende-se por meio da análise da influência maoísta como as dinâmicas internacionais do comunismo na década de 1950 moldaram a política e a ideologia do PCB no Brasil. Vale ressaltar a importância de comparar o conceito de socialismo real com outras experiências socialistas, como o socialismo democrático na Europa Ocidental. Essa comparação possibilita uma compreensão abrangente das distintas correntes ideológicas e práticas no movimento comunista global e de como elas se relacionaram com as realidades específicas de cada país. Quanto ao artigo intitulado "As contribuições da Era Mao Tsé-Tung para a industrialização da Chinesa", busca-se investigar o papel desempenhado por Mao Tsé- Tung e sua liderança na transformação da China em uma nação industrializada ao longo do século XX. Para uma compreensão desse período, é essencial entender o contexto histórico e político em que esses acontecimentos ocorreram. Assim, A Era Mao Tsé-Tung faz referência ao período em que Mao Tsé-Tung liderou a República Popular da China, entre 1949, quando o Partido Comunista Chinês (PCC) assumiu o controle do país após uma longa guerra civil, até sua morte em 1976. No decorrer desse período, Mao introduziu um conjunto de políticas que tiveram um impacto profundo na sociedade e economia chinesas. Um dos principais focos de Mao foi a industrialização da China. Defendia também a ideia de que a China precisava se industrializar rapidamente para se tornar uma potência moderna e socialista. Isso envolveu a implementação de planos econômicos centralizados, como o Grande Salto Adiante, com o objetivo de acelerar o crescimento econômico e transformar a agricultura em uma indústria mais intensiva em mão de obra. Contudo, tais esforços frequentemente acarretaram em políticas desastrosas, como é o caso da Grande Fome, que ocasionou a morte de milhões de pessoas. Nesta perspectiva, Hobsbawm analisou a Revolução Chinesa e a era Mao Tsé-Tung de forma crítica. Em suas obras, ele aprofundou-se nas complexidades e nos desafios enfrentados pela China na busca por sua industrialização sob uma liderança comunista. Ainda, foi feita uma investigação sobre como as políticas de Mao impactaram o desenvolvimento econômico, social e político da China, bem como os efeitos de longo prazo dessas políticas. É válido ressaltar que Eric também fez críticas às medidas repressivas de Mao, como a Revolução Cultural, que resultou em perseguições políticas em grande escala e na restrição das liberdades individuais. Considerando isso, seu estudo não apenas enfatiza as contribuições de Mao para a industrialização chinesa, mas também trata as consequências negativas de seu governo. Dessa forma, o trabalho de Eric Hobsbawm possui um valor significativo ao contextualizar as experiências do socialismo real em relação a outras abordagens socialistas. Isso auxilia na compreensão de como essas ideologias e práticas se manifestaram em diferentes partes do mundo e influenciaram os movimentos comunistas locais. Destarte, ele discutiu a abordagem desses diferentes modelos em relação a questões de liberdade política, economia planejada e propriedade estatal. No geral, Eric ofereceu uma perspectiva histórica e crítica sobre o desenvolvimento do socialismo real, destacando como este se distanciou do ideal marxista-leninista original devido a fatores políticos, econômicos e sociais complexos. Suas análises forneceram um contexto relevante para compreender o surgimento do termo "socialismo real" para descrever essa realidade. DISCIPLINA: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA III PROFESSOR: ANSELMO RONSARD CAVALCANTE ALUNO: HERMESON SILAS GUEDES FERREIRA
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