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Pré-natal

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● O pré-natal representa uma janela de oportunidade para que o sistema de saúde
atue integralmente na promoção e, muitas vezes, na recuperação da saúde das
mulheres.
● A atenção prestada deve ser qualificada, humanizada e hierarquizada de acordo com
o risco gestacional.
● A organização dos processos de atenção, incluindo a estratificação de risco
obstétrico, é determinante para a redução da mortalidade materna.
● A estratificação de risco gestacional busca que cada gestante receba o cuidado
necessário às suas demandas, por equipes com nível de especialização e de
qualificação apropriados.
● O objetivo da estratificação de risco é predizer quais mulheres têm maior
probabilidade de apresentar eventos adversos à saúde.
● Com a estratificação evitam-se intervenções desnecessárias e o uso excessivo de
tecnologia, podendo concentrar os recursos naqueles que mais precisam,
melhorando os resultados e reduzindo os custos.
● A identificação de risco deverá ser iniciada na primeira consulta de pré-natal e
deverá ser dinâmica e contínua.
● As gestantes em situações de alto risco eventualmente podem precisar de serviço de
referência secundário ou terciário com instalações neonatais que ofereçam cuidados
específicos. Porém é a coordenação do cuidado pela Atenção Primária em Saúde-
APS o que permite que a gestante se mantenha vinculada ao território.
● O cuidado pré natal, ainda que compartilhado, deve continuar a ser ofertado pela
unidade de origem, por meio de consultas médicas e de enfermagem e visitas
domiciliares.
● A estratificação deve responder à lógica de ampliação do acesso às diversas
tecnologias de cuidado em busca do princípio fundamental da equidade.
● A APS não deve deixar de assistir a gestante ainda que esta esteja sendo
acompanhada em outro equipamento de saúde.
● É importante caminhar na direção de um modelo integrado de atenção no qual atue
uma equipe interdisciplinar em que uma equipe de referência apoia a equipe da APS
(agentes comunitários de saúde, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos de
família e comunidade) na condução de determinada gestante.
● A equipe de referência deve ser composta por especialistas encarregados de apoiar
a condução do seguimento pré-natal nas gestantes com condições clínicas
específicas.
● No Brasil, a partir da Estratégia Saúde da Família (ESF) existe a possibilidade de
organizar as equipes de referência por meio de equipes multiprofissionais a fim de
garantir a qualidade dos serviços prestados no território.
● A equipe multiprofissional tem o objetivo de ampliar a oferta de cuidado na rede de
serviços, melhorar a resolutividade e qualificar a equipe de saúde da APS.
● A articulação entre as equipes pode se dar por meio de treinamentos, intervenções
conjuntas, discussões de casos, reuniões de equipe, elaboração de projetos
terapêuticos singulares, ampliação de exames laboratoriais e de imagem, entre
outras formas de interação.
● Com o rápido desenvolvimento das ferramentas de telessaúde, essa estratégia de
apoio matricial tem sido potencialmente ampliada e pode vir a ser muito mais
utilizada.
● Em conjunto com a abordagem integrada, deve haver uma abordagem de
hierarquização do cuidado em camadas, por nível de hierarquia dos equipamentos
de saúde, cujo local do atendimento pré-natal e do parto é baseado na identificação
contínua do risco materno desde o início da gravidez.
● Para isso, é necessário garantir acesso e acolhimento de todas as mulheres durante
as diversas fases do ciclo gravídico-puerperal.
● É fundamental que a hierarquização da assistência pré-natal, com suas vias de
encaminhamento, de referência e contrarreferência, seja bem planejada, bem
desenhada e eficiente.
● A comunicação entre os membros dessa equipe é algo de extrema importância.
● A definição de risco gestacional não é tarefa fácil, e listas e critérios de definição de
risco gestacional apresentam muita divergência na literatura especializada.
● Embora o pré-natal seja uma avaliação contínua de risco, é possível que
elenquemos condições que classificam a gestante como sendo de alto risco já na
primeira consulta de pré-natal.
● Algumas características individuais, condições sociodemográficas, história
reprodutiva anterior, condições clínicas prévias à gestação podem trazer risco
aumentado de patologias incidentes ou agravadas pela gestação. Essas
características não compõem uma lista estática e imutável e devem ser avaliadas
segundo o perfil epidemiológico das gestantes de determinado contexto.

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