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Aula 08
PM-MS (Soldado) Bizu Estratégico -
2022 (Pós-Edital)
Autor:
Aline Calado Fernandes, Elizabeth
Menezes de Pinho Alves,
Fernanda Harumi Amaral Jo,
Leonardo Mathias, Arthur Fontes
da Silva Jr
27 de Outubro de 2022
00481205101 - rodrigo J d Silva
 
 
 
 
BIZU ESTRATÉGICO DE DIREITO PENAL MILITAR - PM-
MS (SOLDADO) 
Olá, prezado aluno. Tudo certo? 
Neste material, traremos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Penal Militar 
para o concurso da PM-MS para o cargo de Soldado. 
O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio 
de tópicos que possuem as maiores chances de incidência em prova. 
Todos os bizus destinam-se a alunos que já estejam na fase bem final de revisão (que já 
estudaram bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam 
revisar por algum material bem curto e objetivo). 
Esse bizu foi elaborado com base nos cursos de Direito Penal Militar da Equipe de 
Legislação Específica do Estratégia Concursos. 
 
 
 
 
Fernanda Harumi 
@fernandaharu_ 
 
 
Leonardo Mathias 
@profleomathias 
Aline Calado Fernandes, Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Fernanda Harumi Amaral Jo, Leonardo Mathias, Arthur Fontes da Silva Jr
Aula 08
PM-MS (Soldado) Bizu Estratégico - 2022 (Pós-Edital)
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213696400481205101 - rodrigo J d Silva
 
 
 
 
ANÁLISE ESTATÍSTICA 
Pessoal, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos mais exigidos pela no âmbito da 
disciplina de Direito Penal Militar pela Idecan e bancas similares em concursos. 
 
Direito Penal Militar (Foram encontradas 43 questões) 
Assunto 
% de 
cobrança 
Dos Crimes Contra a Autoridade ou a Disciplina Militar 20,93% 
Dos Crimes Contra a Administração Militar 20,93% 
Dos Crimes Contra o Serviço Militar e o Dever Militar 18,60% 
 
* Análise realizada nas provas aplicadas até 2022. 
Os demais itens não foram abordados pela banca em provas anteriores ou possuem baixíssimo percentual de cobrança em 
concursos. 
 
A disciplina de Direito Penal Militar no edital do concurso da PM-MS abordou o seguinte 
conteúdo programático: 
4. NOÇÕES DE DIREITO PENAL E DIREITO PENAL MILITAR: Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de 
setembro de 1940 (Código Penal Brasileiro): Parte Geral: Título I: Aplicação da Lei Penal. 
Título II: do Crime. Título III: da Imputabilidade Penal. Título IV: do Concurso de Pessoas. 
Título V: das Penas: Capítulo I: das Espécies de Pena; Capítulo II: da Cominação das Penas; 
Capítulo III: da Aplicação da Pena. Título VI: das Medidas de Segurança. Título VIII: da 
Extinção da Punibilidade. Parte Especial: Título I: dos Crimes Contra a Pessoa. Título II: dos 
Crimes Contra o patrimônio. Título VI: dos Crimes Contra a Dignidade Sexual: Capítulo I: 
dos Crimes Contra a Liberdade Sexual; Capítulo IA: da Exposição da Intimidade Sexual; 
Capítulo II: dos Crimes Sexuais Contra Vulnerável. Título X: dos Crimes Contra a Fé Pública: 
Capítulo V: das Fraudes em Certames de Interesse Público. Título XI: dos Crimes Contra a 
Administração Pública: Capítulo II: dos Crimes Praticados por Particular Contra a 
Administração em Geral; Capítulo II-B: dos Crimes em Licitações e Contratos 
Administrativos. Decreto-Lei n. 1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código Penal Militar): 
Parte Geral: Título I: da Aplicação da Lei Penal Militar. Título II: do Crime. Título IV: do 
Concurso de Agentes. Título V: das Penas: Capítulo I: das Penas Principais; Capítulo V: das 
Penas Acessórias. Título VII: da Ação Penal. Título VIII: da Extinção da Punibilidade. Parte 
Aline Calado Fernandes, Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Fernanda Harumi Amaral Jo, Leonardo Mathias, Arthur Fontes da Silva Jr
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Especial: Livro I: dos Crimes Militares em Tempo de Paz: Título II: dos Crimes Contra a 
Autoridade ou Disciplina Militar: Capítulo I: do Motim e da Revolta; Capítulo II: da Aliciação 
e do Incitamento; Capítulo III: da Violência Contra Superior ou Militar de Serviço; Capítulo 
IV: do Desrespeito a Superior e a Símbolo Nacional ou à Farda; Capítulo V: da 
Insubordinação; Capítulo VII: da Resistência. Título III: dos Crimes Contra o Serviço Militar e 
o Dever Militar: Capítulo II: Deserção; Capítulo III: do Abandono de Posto e de Outros 
Crimes em Serviço. Título IV: dos Crimes Contra a Pessoa: Capítulo I: do Homicídio; Capítulo 
VI: dos crimes Contra a Liberdade: Seção I: dos Crimes Contra a Liberdade Individual; Seção 
II; dos Crimes Contra a Inviolabilidade do Domicílio; Título VII: dos Crimes Contra a 
Administração Militar: Capítulo I: do Desacato e da Desobediência; Capítulo II: do Peculato; 
Capítulo III: da Concussão, Excesso de Exação e Desvio; Capítulo IV: da Corrupção; Capítulo 
V: da Falsidade; Capítulo VI: dos Crimes Contra o Dever Funcional. 
 
 
 
Com essa análise, podemos verificar quais são os temas mais exigidos pela banca Idecan e, 
através disso, focaremos nos principais pontos em nossa revisão! 
 
 
Segue uma tabela contendo a numeração dos bizus referentes a cada tópico abordado e os 
respectivos cadernos de questões selecionados no nosso SQ. 
Direito Penal Militar – PM-MS 
Assunto Bizus Caderno de Questões 
Dos Crimes Contra a Autoridade ou a 
Disciplina Militar 
1 a 12 http://questo.es/vjxhc1 
Dos Crimes Contra o Serviço Militar e o 
Dever Militar 
13 a 15 http://questo.es/xuqmyt 
Dos Crimes Contra a Administração 
Militar 
16 a 19 http://questo.es/lsv7jf 
* Para fins de treino dos assuntos mais cobrados, utilizaremos questões de outras bancas. 
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Apresentação 
 
Olá, futuro (a) aprovado(a)! Antes de darmos início aos nossos trabalhos, farei uma breve 
apresentação. 
Meu nome é Fernanda Harumi Amaral Jo, sou natural de São Paulo, 
me formei em Contabilidade pela USP e hoje ocupo o cargo de 
Auditor de Controle Externo no Tribunal de Contas do Estado de 
São Paulo (TCE-SP), tendo sido aprovada no último certame, 
realizado em 2017. 
 
Hoje também Integro a Equipe de Coaching do Estratégia 
Concursos junto com renomados profissionais e ex-concurseiros 
de todo o Brasil. 
 
Como pode perceber, há pouco tempo eu estava justamente aí, 
onde você concurseiro está. Logo utilizarei as experiências e conhecimentos adquirodos ao 
longo da minha trajetória para auxiliá-lo na disciplina de Direito Penal Militar . Fiz uma análise 
bem cautelosa dos pontos mais exigidos pela banca, e todos eles estão aqui! Cada questão 
vale ouro, então não podemos dar bobeira! Mãos à obra! 
 
Fernanda Harumi 
 
 
 
 
 
Aline Calado Fernandes, Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Fernanda Harumi Amaral Jo, Leonardo Mathias, Arthur Fontes da Silva Jr
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Dos Crimes Contra a Autoridade ou a Disciplina Militar 
 
1) Do motim e da revolta 
 
 
 
o Estes crimes são os que mais apareceram em provas até hoje! Perceba que todos 
os incisos do art. 149 mencionam de alguma forma a desobediência ou resistência 
ao cumprimento de ordem superior. 
 
o Os delitos não podem se cometidos por apenas uma pessoa. Podemos dizer, 
portanto, que são crimes de concurso de pessoas necessário. Basta, porém, a ação 
de duas pessoas para que a conduta seja criminosa. Vai ser fácil você lembrar essa 
característica a partir da associação ao nome do tipo penal: quando pensamos num 
motim, inevitavelmente surge a ideia de ação de um grupo. 
 
o Os sujeitos ativos precisam ser militares em atividade,não sendo possível o 
cometimento do crime por civis ou mesmo por militares da reserva ou reformados. 
A esta altura você também já sabe que a figura do assemelhado não mais existe 
em nosso ordenamento. 
 
Aline Calado Fernandes, Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Fernanda Harumi Amaral Jo, Leonardo Mathias, Arthur Fontes da Silva Jr
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o Alguns doutrinadores entendem que o civil e o militar inativo podem cometer o 
delito na condição de coautores ou partícipes, mas somente se houver pelos 
menos dois militares da ativa envolvidos. Como a circunstância pessoal de ser 
militar da ativa é elementar do crime, ela se comunica aos partícipes e coautores, 
nos termos do art. 53, §1º do CPM. 
 
o É importante, contudo, que você saiba que as considerações acima acerca do civil 
somente se aplicam na esfera federal, pois a Justiça Militar Estadual não julga civis 
sob nenhuma circunstância (art. 125, §4º da Constituição Federal). 
 
o Esse raciocínio será aplicável para todos os crimes que estudaremos na aula de 
hoje. Sempre que eu disser que é possível que civil cometa algum crime, isso vale 
apenas para o âmbito federal. 
 
o Parte importante dos doutrinadores, entre eles Célio Lobão, entende, todavia, que 
o crime de motim somente pode ser cometido por militares da ativa (crime 
propriamente militar). ATENÇÃO! O Cespe já elaborou questões com este 
entendimento. Cuidado com a confusão, ok? 
 
o Quanto ao inciso I, não faz diferença se a negativa de obediência da ordem 
superior for expressa ou tácita. Também é importante que você saiba que o 
superior hierárquico não é necessariamente o militar de posto ou graduação 
superior à do agente. Pode ser também um militar de mesmo posto ou graduação, 
que esteja exercendo função de comando. 
 
o O inciso II trata da situação em que o superior hierárquico tenta resgatar a 
normalidade da ação irregular adotada pelos agentes, ou da violência praticada 
de forma ilícita. Esta situação é mais grave, pois além de os autores do crime 
estarem agindo sem ordem ou com violência, recusam o cumprimento da ordem 
superior de cessar a conduta. 
 
o No inciso III há a situação em que um grupo se recusa a obedecer, ou agride o seu 
superior. A maior parte da Doutrina acredita que a greve praticada por militares, 
além de ser ilegal, encaixa-se também neste tipo penal militar. 
 
o Perceba que aqui a conduta é a mera concordância, e não a organização da 
resistência. Os criminosos não são os cabeças. É importante compreender bem 
esse aspecto para não confundir o motim com a conspiração, prevista no art. 152. 
 
o Na conspiração a conduta é anterior, preparatória, para, posteriormente, haver 
anuência coletiva à prática do motim. 
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o Há ainda alguma discussão da relação do motim com a violência contra superior 
(art. 157). A posição doutrinária mais aceita é a de que a violência contra superior, 
por ser mais grave, absorve o motim. 
 
o No inciso IV está prevista a conduta daqueles militares que ocupam locais ou 
veículos militares. Célio Lobão diz que é necessário que os locais ou meios de 
transporte sejam utilizados para consecução militar: movimentação própria de 
organização bélica, com armamento. 
o Ainda sobre o inciso IV, perceba que o texto dá abertura para que o crime seja 
cometido mesmo sem desobediência direta a ordem de superior. Esta é a hipótese 
de ocupação destes bens ou locais em detrimento da ordem ou da disciplina 
militar. 
 
o No crime de motim, a pena dos cabeças é aumentada de um terço. A definição 
de cabeças está no art. 53, §§4º e 5º do CPM, que você já estudou. 
 
o Para que ocorram os crimes de motim e revolta, é necessária a atuação de pelo 
menos dois militares da ativa (concurso de pessoas necessário). 
 
o Agora vamos estudar a revolta. Célio Lobão entende que o fato de estarmos diante 
de militares armados não é o que distingue a revolta do motim, mas sim a violência 
com que os atos são perpetrados. Esta visão é adotada unicamente por este 
doutrinador. 
 
o A revolta, na realidade, é um motim qualificado pela presença de armas. Nas 
polícias militares, as condutas que estudamos quase sempre incorrerão em crime de 
revolta, pois os policiais, salvo raras exceções, exercem suas atribuições armados. 
 
o Se houver pelo menos dois militares armados, a qualificadora já se torna aplicável 
e comunica-se aos demais, mesmo que não estejam utilizando armas, mas apenas 
se tiverem conhecimento da circunstância. 
 
o Assim como no motim, a pena dos cabeças do crime de revolta também é 
majorada de um terço. 
 
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2) Organização de grupo para a prática de violência 
 
 
o O crime apenas se consuma com a prática da violência (crime material). Cuidado 
com a confusão que o nome do tipo penal militar pode gerar na sua mente, pois a 
formação do grupo por si só não configura o crime, pois o grupo precisa praticar 
a violência. 
 
3) Omissão de lealdade militar 
 
o O sujeito ativo apenas pode ser o militar da ativa (ou equiparado) e agora estamos 
diante de um crime que pode perfeitamente ser perpetrado por apenas uma 
pessoa. 
 
o Este crime é constituído de duas condutas omissivas: na primeira o militar fica 
sabendo que está sendo planejado o motim ou revolta e omite-se de denunciar 
essa intenção. Os doutrinadores dizem ainda que mesmo que ele comunique, se 
o fizer tarde demais, não dando ao seu superior oportunidade de tomar as medidas 
necessárias, o crime estará configurado. 
 
o Na segunda, o militar não tem conhecimento prévio, mas está presente quando o 
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motim ou a revolta são deflagrados. Nesta situação, se ele não cumprir seus 
deveres militares, tentando impedir os atos, incorrerá no crime em estudo. 
 
4) Conspiração 
 
o Mais uma vez estamos diante de um crime de coautoria necessária (também 
chamado de plurissubjetivo), em que é necessária a ação de pelo menos duas 
pessoas. Os agentes também precisam ser militares da ativa, não fazendo sentido 
a participação de civil. 
 
o A palavra “concertar” significa entrar em acordo, pactuar. Assim, o núcleo do tipo 
está nos atos preparatórios para o motim ou revolta. Não se trata da mera conversa 
sobre o assunto nem a manifestação de insatisfação, mas sim o planejamento, 
reuniões, etc. 
 
o O parágrafo único determina a isenção de pena daquele que denuncia o esquema, 
mesmo tendo participado dele, desde que o faça enquanto ainda era possível evitar 
suas consequências. Este é um exemplo de escusa absolutória: condição 
estabelecida pela lei para que o ato, mesmo sendo típico, antijurídico e culpável, 
não seja punível. 
 
5) Aliciação e do incitamento 
 
o Aqui o sujeito ativo não precisa ser militar. Estamos diante de um crime 
impropriamente militar, pois nada impede que o civil alicie um militar para o 
cometimento de crimes contra a disciplina ou a autoridade militar. 
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==209b84==
 
 
 
 
 
o O crime apenas se consuma quando o militar efetivamente se deixa seduzir pelo 
aliciador e com ele concorda. Se a vítima não concordar, poderá haver a aliciação 
para motim ou revolta em sua forma tentada. 
 
o Perceba que o crime será consumado mesmo que o militar aliciado não venha a 
participar do crime. Sua mera concordância já é suficiente. 
 
 
6) Incitamento 
 
o Mais uma vez o sujeito ativo pode ser tanto civil quanto militar, vez que se trata de 
crime impropriamente militar. 
 
o O incitamento apenas pode ser perpetrado por meio de conduta dolosa. Assim 
como a aliciação para motim ou revolta, o incitamento também só se consuma com 
a concordância do militar que é vítima do crime, mas não é necessário que ele 
pratique nenhuma das ações sugeridas. 
 
o Se o militar não concordar com o incitador, estaremos diante da tentativa de 
incitamento. 
 
 
7) Apologia de fato criminoso ou do seu ator 
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o O sujeito ativo deste crime pode ser qualquer pessoa, civil ou militar. Trata-se de 
crime impropriamente militar. 
 
o Fazer apologia significa elogiar, exaltar, engrandecer o fato tipificado como crime 
militar. Este tipo de atitude pode levar alguém a decidir cometer o crime. 
 
o A apologia pode ser feita também ao autor de crime militar, desde que o sujeito 
seja enaltecido em razão do crime, e não por outro motivo qualquer. 
 
o O enaltecimento do crime militar ou seu autor também só será crime militar 
quando feito em local sob administração militar. Se em outro local, será 
considerado crime comum. 
 
8) Da violência contra superior ou militar em serviço 
 
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9) Do desrespeito a superior e a símbolo nacional ou a farda 
 
o O cometimento deste crime é restrito aos militares. 
o O desrespeito a superior somente configurará crime quando o ato de desrespeito 
ocorrer diante de outro militar. 
 
 
10) Insubordinação 
 
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o O sujeito ativo é o inferior hierárquico ou funcional, e isto restringe o cometimento 
do crime ao militar da ativa. Este é posicionamento de Célio Lobão, mas mais uma 
vez temos alguns doutrinadores que entendem como possível a prática da conduta 
por militar inativo. 
 
o Trata-se de crime de mão própria, não sendo admitida a coautoria. Na realidade, 
se imaginarmos uma situação de coautoria, esta se traduziria na recusa coletiva de 
cumprir ordens superiores, e este é outro tipo penal: motim ou revolta. 
 
o Se o superior emite ordem ilegal, o subordinado não tem a obrigação de 
cumpri-la e, portanto, não incorre em crime de recusa de obediência. 
 
 
11) Da usurpação e do excesso ou abuso de autoridade 
 
o Geralmente este delito é perpetrado por oficiais, pois eles têm formação voltada 
para o comando. Eu, porém, não vejo nenhum empecilho à ação de praça 
assumindo indevidamente comando, já que a assunção é ilegal de qualquer forma. 
 
o Comando é a designação dada às unidades operacionais, enquanto direção refere-
se às unidades administrativas. Assumir comando ou direção diz respeito à prática 
de ato próprio e exclusivo de comandante. Não basta que o militar ocupe a cadeira 
do comandante, pois é necessário efetivamente praticar atos decisórios 
importantes. 
 
 
 
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12) Outros artigos 
 
 
 
 
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o O sujeito ativo deste crime pode ser qualquer pessoa, civil ou militar. Se o crime 
for cometido no âmbito estadual, o civil deverá ser enquadrado no tipo previsto 
no art. 351 do CP. 
 
o A conduta é promover ou facilitar a fuga de preso ou internado. Promover significa 
originar, iniciar a fuga, enquanto facilitar significa tomar parte no esquema de fuga, 
facilitando-a, mas sem desencadear o plano. 
 
o Em caso de fuga de estabelecimentos prisionais, já se firmou posição de que 
somente haverá o crime em estudo quando o fato for praticado em 
estabelecimento militar, ou seja, em presídios militares ou outras unidades com 
instalações prisionais 
 
 
Dos Crimes Contra o Serviço Militar e o Dever Militar 
 
13) Insubmissão 
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o Os sujeito ativo deste crime é o civil convocado para prestar o serviço militar 
obrigatório. Na maior parte das vezes esse convocado é o brasileiro do sexo 
masculino de 17 ou 18 anos de idade que se alistou obrigatoriamente. 
 
 
 
 
14) Da deserção 
 
o Neste crime o agente apenas pode ser o militar em atividade. Somente é possível 
desertar depois que o militar for incorporado às forças armadas, Polícia Militar ou 
Corpo de Bombeiros Militar. 
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o A conduta consiste em ausentar-se, que significa afastar-se, furtar-se de estar no 
local determinado em razão do serviço militar. O tipo não engloba apenas aquele 
que está presente na Organização Militar e dela se ausenta, mas também aquele 
que, estando em férias, folga ou outro afastamento, furta-se de retornar ao serviço 
no momento determinado. 
 
o O afastamento tem que ser injustificado 
 
o A deserção é crime permanente, o que significa que a sua consumação se protrai 
no tempo, estando o desertor, desde o início da consumação, sujeito à prisão, 
conforme o art. 452 do CPPM. 
 
15) Do abandono de posto e de outros crimes em serviço 
 
o Neste crime o sujeito ativo precisa ser militar da ativa que esteja de serviço em 
posto (fixo ou móvel), em 
lugar delimitado ou em execução de tarefa específica. 
 
o A conduta consiste em abandonar, deixar o posto no qual esteja prestando serviço, 
o local em que o presta ou o próprio serviço. Obviamente para que a conduta seja 
típica é necessário que o abandono se dê sem autorização ou ordem superior. 
 
o Posto é o local (fixo ou não) onde se cumpre a missão. Pode haver postos de 
vigilância, controle, segurança, guarda, ou qualquer outra tarefa própria das forças 
militares. 
 
o Para abandonar o serviço, é necessário que o militar primeiramente o assuma. 
Aquele que não cumpre ordem direta de assumir o serviço e deixa a unidade não 
comete o crime de abandono de posto, mas poderia ser enquadrado,por exemplo, 
no delito de recusa de obediência (art. 163 do CPM). 
 
o Para que a conduta esteja completada, não é necessário que haja nenhuma 
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contagem temporal desde o abandono do posto. Não importa se o sujeito ativo o 
abandonou por uma hora ou um dia, o crime estará consumado do mesmo jeito. 
 
 
 
 
o Aqui o sujeito ativo mais uma vez é o comandante, mas o preceito secundário nos 
indica que deve ele ser 
oficial, pois apenas oficiais ocupam posto. 
 
 
o A conduta está relacionada à embriaguez do militar. Incorre neste crime o militar 
que se embriaga em serviço ou que já se apresenta nesta condição. 
 
o Aqui estamos tratando da embriaguez voluntária. Obviamente não há conduta 
típica se o militar foi embriagado contra sua vontade, por caso fortuito ou força 
maior. 
 
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Dos Crimes Contra a Administração Militar 
 
16) Do desacato e da obediência 
 
o O sujeito ativo deste crime é o inferior hierárquico. O núcleo da conduta é 
desacatar, que significa faltar com respeito, desmerecer, afrontar. 
 
 
o A diferenciação entre este crime e o de desrespeito a superior, previsto no art. 
160, está apenas na gravidade da conduta. O desrespeito é uma falta de 
consideração mais branda, enquanto o desacato é mais severo, e por essa razão o 
desrespeito é subsidiário, sendo absorvido quando ocorrer desacato. 
 
o No parágrafo único há causa especial de aumento de pena, quando o superior 
desacatado for oficial general ou comandante da unidade. É interessante lembrar 
que nas polícias militares, por força do Decreto-Lei n° 667/1969, o posto máximo 
do oficialato é o de coronel, não sendo possível haver oficiais generais. 
 
 
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o Este crime pode ser praticado por qualquer pessoa, militar ou civil. O sujeito 
passivo, por outro lado, é o militar em exercício de função de natureza militar, ou 
que seja ofendido em razão dela. 
 
 
 
o Este crime pode ser praticado por qualquer pessoa, civil ou militar. 
 
o Pratica o crime em estudo aquele que não atende à ordem de autoridade militar, 
pouco importando se o fez por ação contrária à ordem ou simplesmente por 
omissão. 
 
o Essa desobediência não inclui o uso de violência ou ameaça direcionada à 
autoridade militar. Se fosse este o caso, o tipo penal seria o do art. 177 
(Resistência). 
 
o Também é necessário que a ordem seja legal e atenda aos requisitos de validade 
do ato administrativo. 
 
17) Do peculato 
 
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o O funcionário público, no entanto, não precisa ser militar, sendo possível a prática 
do crime por funcionário público civil atuando na Administração Militar. Ficamos 
então diante de uma situação um pouco estranha: o crime é próprio, mas também 
é impropriamente militar. 
 
o peculato próprio, previsto no caput do art. 303. A conduta ilícita é “apropriar-se”, 
significando que o autor do delito já tem em seu poder, em razão do cargo, a posse 
do objeto material, assumindo em seguida a posição de dono. 
 
o Este crime ocorre quando um policial militar, por exemplo, decidir se apropriar de 
arma apreendida no exercício da função. 
 
o Na segunda forma do peculato próprio, temos o desvio. Neste caso o agente não 
toma o bem para si, mas dá a ele destinação diferente da devida, pouco 
importando se o faz em benefício próprio ou de terceiro. 
 
o Este é o caso do militar que trabalha na seção de pagamentos e faz lançamento de 
valores na conta corrente de outra pessoa que não o real favorecido. 
 
o O §1° do art. 3° traz uma causa especial de aumento de pena: se o bem apropriado 
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ou desviado for de valor superior a vinte salários mínimos, a pena é aumentada em 
um terço. Perceba que, pela forma como foi escrito o §1°, podemos concluir que 
essa majorante apenas se aplica ao peculato próprio. 
 
o Com relação ao peculato impróprio, previsto no §2°, trata-se de hipótese de 
peculato-furto, ou seja, o agente não tem a posse do bem, mas o subtrai ou facilita 
sua subtração por outrem. 
 
o Este ato, obviamente, precisa estar acompanhado da vontade do agente de tirar 
proveito do bem. Não há crime, portanto, quando um funcionário público toma a 
posse de bem apenas para utilizá-lo momentaneamente e devolvê-lo em seguida. 
 
o O §3° tipifica o peculato culposo, que ocorre quando o funcionário público 
contribui, de forma culposa, para que outra pessoa desvie ou subtraia bem móvel, 
ou dele se aproprie. Geralmente essa culpa se dá na modalidade negligência, em 
que o agente não observa seu dever objetivo de cuidado. 
 
o Para que o funcionário público seja responsabilizado pelo peculato culposo não é 
necessário que se descubra a autoria do furto ou desvio do bem, pois uma conduta 
independe da outra. 
 
o O §4° prevê uma causa de extinção da punibilidade e outra causa especial de 
diminuição de pena, aplicáveis apenas ao peculato culposo. 
 
o Se o autor do peculato culposo reparar o dano antes do trânsito em julgado da 
sentença condenatória, sua punibilidade estará extinta. Caso o faça após o trânsito 
em julgado, terá sua pena diminuída pela metade. 
 
 
o Este crime também é chamado de peculato-estelionato. Mais uma vez estamos 
diante de um crime próprio, mas impropriamente militar, sendo necessário apenas 
que o autor seja funcionário público. 
 
o Neste crime o autor deve receber o dinheiro ou bem em razão do cargo exercido, 
e em função de erro cometido por outra pessoa. Esse erro pode decorrer de falha 
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na identificação do destinatário do bem, ou da própria coisa móvel a ser entregue. 
 
o Este erro não precisa ser espontâneo, podendo ser provocado pelo próprio agente. 
Daí a identificação desta modalidade de peculato com o crime de estelionato. 
 
18) Da concussão, excesso de exação e desvio 
 
19) Da corrupção 
 
o Este crime tem uma semelhança muito grande com a concussão, diferenciando-se 
basicamente apenas pelos verbos nucleares. Na concussão, o autor “exige” a 
vantagem, enquanto na corrupção passiva as condutas nucleares são “receber” 
vantagem indevida e “aceitar” sua promessa. 
 
o Diferentemente da corrupção passiva prevista no Código Penal Comum, o CPM 
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não tipifica a conduta “solicitar”, o que não torna exatamente o crime diferente, 
não é mesmo? Apenas há dúvida quanto a qual crime é cometido pelo militar que 
“solicita” vantagem indevida em razão da função. 
 
o A solução dada pela Doutrina é a de que um militar, fardado e armado, que solicita 
vantagem, na verdade a está exigindo, e portanto cometeria o crime de concussão. 
 
o Caso o militar não esteja aparamentado e não ofereça ameaça direta, apenas 
solicitando a vantagem, incorrerá no crime de corrupção passiva comum, previsto 
pelo Código Penal. Este caso seria o do bombeiro militar que solicita vantagem 
para aprovar uma construção e expedir o AVCB. 
 
o Segundo a Doutrina, o crime em estudo tem caráter bilateral. Somente haverá 
corrupção passiva se houver um corruptor, que, por sua vez, praticará o crime de 
corrupção ativa. 
 
 
o Este crime pode ser praticado por qualquer pessoa, seja militar ou civil. 
Diferentemente do crime de corrupção passiva, a corrupção ativa não será 
necessariamente um crime bilateral, pois é possível que o agente ofereça 
vantagem indevida e o funcionário público não a aceite. 
 
o Aqui também há uma diferença de redação entre o CPM e o CP. O crime militar traz 
como núcleos da conduta os verbos “dar”, “oferecer” e “prometer”. O crime 
previsto no CP apenas traz os verbos “oferecer” e “prometer”. 
 
 
 
 
 
 
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Vamos ficando por aqui. 
Esperamos que tenha gostado do nosso Bizu! 
Bons estudos! 
 
“Não é a força ou a sorte, mas o empenho e a persistência que determinam seu sucesso.” 
(Autor Desconhecido) 
Fernanda Harumi Leonardo Mathias 
@fernandaharu_ @profleomathias 
 
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